9 de agosto de 2009

Coletânea revive tempo em que Elis cantou Edu

A biografia de Elis Regina (1945 - 1982) se cruza de forma definitiva com a de Edu Lobo em 1965, quando a cantora - então ainda sem a devida projeção - se consagra ao defender Arrastão, a épica parceria de Edu com Vinicius de Moraes (1913 - 1980), no I Festival de Música da TV Excelsior. Daquele ano de 1965 até 1969, Elis incluiu diversas músicas de Edu Lobo nos LPs que gravaria para a Philips já com repertório dedicado à nascente MPB. É essa produção fonográfica - pequena, mas de grande valor artístico - que está reunida na ótima coletânea Elis Canta Edu, supervisionada pelo próprio Edu Lobo para a gravadora Universal Music com base na seleção de repertório proposta por Thiago Marques Luiz. Já existem no mercado compilações de Elis dedicadas a compositores como Milton Nascimento e João Bosco - ambos, aliás, recorrentes na discografia da Pimentinha nos anos 70 - mas não havia, até então, uma coletânea que enfocasse exclusivamente a abordagem da obra de Edu por Elis. Eis a seleção do CD, cuja cuidadosa ficha técnica escorrega somente ao creditar ao ano de 1969 a gravação ao vivo de Chegança, captada em show feito por Elis em 1965 com o Zimbo Trio e lançada no mesmo ano no álbum O Fino do Fino:

1. Casa Forte (Edu Lobo)
Do álbum Elis, Como & Porque (1969)
2. Corrida de Jangada (Edu Lobo e Capinam)
Do álbum Aquarela do Brasil (1969)
3. Upa, Neguinho (Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieri)
Do álbum Elis Regina in London - com Toots Thielemans (1969)
4. Pra Dizer Adeus (Edu Lobo e Torquato Neto)
Do álbum Elis (1966)
5. Memórias de Marta Saré (Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieri)
Do álbum Elis, Como & Porque (1969)
6. Chegança (Edu Lobo e Oduvaldo Viana)
Do álbum O Fino do Fino (ao vivo) - com Zimbo Trio (1965)
7. Jogo de Roda (Edu Lobo e Ruy Guerra)
Do álbum Festival dos Festivais (1969)
8. Canto Triste (Edu Lobo e Vinicius de Moraes)
De compacto simples de 1966
9. Arrastão (Edu Lobo e Vinicius de Moraes)
De compacto simples de 1965
10. Estatuinha (Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieri)
Do álbum Elis (1966)
11. Canção do Amanhecer (Edu Lobo e Vinicius de Moraes)
Do álbum O Fino do Fino (ao vivo) - com Zimbo Trio (1965)
12. Aleluia (Edu Lobo e Ruy Guerra)

Do álbum Samba Eu Canto Assim (1965)
13. Veleiro (Edu Lobo e Torquato Neto)
Do álbum Elis (1966)
14. Reza (Edu Lobo e Ruy Guerra)
Do álbum Samba Eu Canto Assim (1965)
15. Zambi (Edu Lobo e Vinicius de Moraes)
Do álbum O Fino do Fino (ao vivo) - com Zimbo Trio (1965)

12 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

A biografia de Elis Regina (1945 - 1982) se cruza de forma definitiva com a de Edu Lobo em 1965, quando a cantora - então ainda sem a devida projeção no cenário musical - se consagrou ao defender Arrastão, parceria de Edu com o poeta Vinicius de Moraes (1913 - 1980), no I Festival de Música da TV Excelsior. Daquele ano de 1965 até 1969, Elis incluiu várias músicas de Edu Lobo nos discos que gravaria para Philips já com repertório dedicado à nascente MPB. É essa produção fonográfica - pequena, mas de grande valor artístico - que está reunida na ótima coletânea Elis Canta Edu, supervisionada pelo próprio Edu Lobo para a gravadora Universal Music com base na seleção de repertório proposta por Thiago Marques Luiz. Já existem no mercado compilações de Elis dedicadas a compositores como Milton Nascimento e João Bosco - ambos, aliás, recorrentes na discografia da Pimentinha nos anos 70 - mas não havia, até então, uma coletânea que enfocasse exclusivamente a abordagem da obra de Edu por Elis. Eis a seleção do CD, cuja cuidadosa ficha técnica escorrega somente ao creditar ao ano de 1969 a gravação ao vivo de Chegança, captada em show feito por Elis em 1965 com o Zimbo Trio e lançada no mesmo ano no álbum O Fino do Fino:

1. Casa Forte (Edu Lobo)
Do álbum Elis, Como & Porque (1969)
2. Corrida de Jangada (Edu Lobo e Capinam)
Do álbum Aquarela do Brasil (1969)
3. Upa, Neguinho (Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieri)
Do álbum Elis Regina in London - com Toots Thielemans (1969)
4. Pra Dizer Adeus (Edu Lobo e Torquato Neto)
Do álbum Elis (1966)
5. Memórias de Marta Saré (Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieri)
Do álbum Elis, Como & Porque (1969)
6. Chegança (Edu Lobo e Oduvaldo Viana)
Do álbum O Fino do Fino (ao vivo) - com Zimbo Trio (1965)
7. Jogo de Roda (Edu Lobo e Ruy Guerra)
Do álbum Festival dos Festivais (1969)
8. Canto Triste (Edu Lobo e Vinicius de Moraes)
De compacto simples de 1966
9. Arrastão (Edu Lobo e Vinicius de Moraes)
De compacto simples de 1965
10. Estatuinha (Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieri)
Do álbum Elis (1966)
11. Canção do Amanhecer (Edu Lobo e Vinicius de Moraes)
Do álbum O Fino do Fino (ao vivo) - com Zimbo Trio (1965)
12. Aleluia (Edu Lobo e Ruy Guerra)
Do álbum Samba Eu Canto Assim (1965)
13. Veleiro (Edu Lobo e Torquato Neto)
Do álbum Elis (1966)
14. Reza (Edu Lobo e Ruy Guerra)
Do álbum Samba Eu Canto Assim (1965)
15. Zambi (Edu Lobo e Vinicius de Moraes)
Do álbum O Fino do Fino (ao vivo) - com Zimbo Trio (1965)

9 de agosto de 2009 às 12:23  
Anonymous Anônimo said...

Tenho tudo da minha ídola. Coletânea, para variar, dispenso.

PS: tenho tudo de Edu também: SE MERECEM.

9 de agosto de 2009 às 12:28  
Anonymous Anônimo said...

Dispensável.

9 de agosto de 2009 às 12:41  
Anonymous Anônimo said...

Coletânea realmente é uma pobreza.
Mas as temáticas são menos pobres, pelo menos não apelam para os sucessos TOP 10 dos álbuns do artista e permitem entender a obra de um compositor ou a trajetória - evolutiva ou não - do artista dentro do tema proposto.

9 de agosto de 2009 às 12:43  
Anonymous Anônimo said...

Pra que isso?
Se é pra ter uma coisa assim, fora de contexto, prefiro baixar tudo na internet.

9 de agosto de 2009 às 15:18  
Anonymous Luc said...

Opa, tem Estatuinha. Nunca ouvi com a Elis, só com a Marilia Medalha. Que bom.

Bela coletânea, capa divertida (imagino que não seja original da Elenco. Ou é?). Oportunidade para quem não tem todos os discos da Elis ouvir os vocais superpostos de Casa Forte, balançar os ombros com Corrida de Jangada, e acreditar em Deus com Reza.

9 de agosto de 2009 às 15:26  
Anonymous Anônimo said...

Nunca é demais lançar algo de Elis, mesmo não sendo novidade. Ainda prefiro cem lançamentos banais de Elis do q as novidades atuais...

9 de agosto de 2009 às 20:59  
Blogger Vladimir said...

Acho interessante este tipo de coletânea!! Não as comparo com as que se proliferam no mercado, aleatórias e sem nenhum propósito.

Selecionar músicas que tenham uma linha em comum, como neste caso que reúne músicas de um mesmo compositor, contribui para abrilhantar a obra de ambos, no caso as de Elis e Edu Lobo.

10 de agosto de 2009 às 00:02  
Blogger Flávio Voight said...

Eu acho Corrida de Jangada bem melhor na versão do Elis in London (que é um discaço, por falar nisso).

10 de agosto de 2009 às 03:10  
Anonymous Denilson said...

Outro equívoco é citar que "Jogo de Roda" foi lançada em 1969, quando na realidade foi lançada em 1966, no compacto duplo Phillips 441403 (que tinha também as músicas "Saveiros", "Ensaio Geral" e "Canto Triste") e no compacto "Ensaio Geral 1966
Rosenblit - Artistas Unidos - 7004" (que tinha do outro lado a música "Ensaio Geral"). (fonte: site http://www.sombras.com.br/elis/elis.htm#discografia)

De qualquer forma, é uma boa compilação de músicas, retrato de um período muito fértil, tanto para a cantora, quanto para o compositor.

Sinceramente, não gosto muito de "Estatuinha", música que ficou bastante datada, na minha opinião, assim como "Memórias de Marta Saré".

Interessante também a participação do Edu no projeto, pois no seu DVD, com a retrospectiva da sua carreira, Edu ignorou solenemente a importância da Elis, sendo exibida apenas uma singela foto dos dois cantando juntos, dando-me a impressão de que o Edu estaria tentando dissociar-se dela.

abração,
Denilson

10 de agosto de 2009 às 07:19  
Blogger Flávio Cortez said...

Denilson,

Interessante o que você escreveu sobre o "esquecimento" do Edu. Sobretudo porque Elis foi a cantora que mais deu glórias à obra dele.

11 de agosto de 2009 às 19:45  
Blogger ADEMAR AMANCIO said...

'Memórias de marta saré" é lindo,pena que nessa época(anos 60)a Elis quando cantava em estúdio estava sempre contida.

13 de setembro de 2012 às 13:56  

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