17 de março de 2009

Por ora, Twiggy tem mais voz do que identidade

Resenha de CD
Título: Twiggy
Artista: Twiggy
Gravadora: Discobertas
Cotação: * * 1/2

Twiggy é uma cantora de 17 anos que hoje desponta como roqueira neste seu primeiro disco, produzido pelo baixista Andria Busic para o selo Discobertas. A julgar pelo CD de estréia, Twiggy, ela tem mais voz do que atitude. Os covers de Ovelha Negra e Pense e Dance - com arranjos chupados dos registros originais feitos por Rita Lee e Barão Vermelho em 1975 e 1988, respectivamente - sinalizam que Twiggy ainda precisa encontrar sua identidade. O álbum não é ruim, porém carece de um traço original, algo que personalize o som de Twiggy na cena roqueira. Desde a primeira faixa, Olho do Furacão, rock composto por Erasmo Carlos com músicos do desativado grupo LS Jack, paira a sensação de que se trata de mais uma produção feita em escala industrial. As inéditas compostas por Liah, Rodrigo Leal e Dr. Sin não desfazem tal impressão - ainda que Adeus, balada pop de Leal, tenha vocação radiofônica. Entre um cover de Leoni (o rock Diga Não) e outro rock de Erasmo (Escorregadia, parceria com Rick Ferreira), Twiggy não diz de fato a que veio. E, como a artista atualmente aprimora seu bons recursos vocais com o estudo de canto lírico na Alemanha, pode ser que no segundo álbum ela ache seu caminho. Na longa estrada do rock ou em outra trilha musical.

8 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Twiggy é uma cantora de 17 anos que hoje desponta como roqueira neste seu primeiro disco, produzido pelo baixista Andria Busic para o selo Discobertas. A julgar pelo CD de estréia, Twiggy, ela tem mais voz do que atitude. Os covers de Fruto Proibido e Pense e Dance - com arranjos chupados dos registros originais feitos por Rita Lee e Barão Vermelho em 1975 e 1986, respectivamente - sinalizam que Twiggy ainda precisa encontrar sua identidade. O álbum não é ruim, porém carece de um traço original, algo que personalize o som de Twiggy na cena roqueira. Desde a primeira faixa, Olho do Furacão, rock composto por Erasmo Carlos com músicos do desativado grupo LS Jack, paira a sensação de que se trata de mais uma produção feita em escala industrial. As inéditas compostas por Liah, Rodrigo Leal e Dr. Sin não desfazem tal impressão - ainda que Adeus, balada pop de Leal, tenha vocação radiofônica. Entre um cover de Leoni (o rock Diga Não) e outro rock de Erasmo (Escorregadia, parceria com Rick Ferreira), Twiggy não diz de fato a que veio. E, como a artista atualmente aprimora seu bons recursos vocais com o estudo de canto lírico na Alemanha, pode ser que no segundo álbum ela ache seu caminho. Na longa estrada do rock ou em outra trilha musical.

17 de março de 2009 às 10:13  
Anonymous Anônimo said...

Mauro, só uma correção: o registro original de "Pense e Dance" é de 1988, no disco "Carnaval". Em 86 o Barão fez o "Declare Guerra".

17 de março de 2009 às 10:42  
Blogger Mauro Ferreira said...

Valeu, Felipe, sempre atento!

17 de março de 2009 às 10:48  
Anonymous Anônimo said...

Na verdade Twiggy gravou "Ovelha Negra" e não "Fruto Proibido". Mas, claro, ambas são do mesmo disco de Rita Lee. Talvez motivo para confusão do jornalista.

17 de março de 2009 às 16:25  
Blogger Bruno Cavalcanti said...

Gosto da Twiggy... assisti, há um bom tempinho atrás, a gravação do Cd e DVD "Jovens Talentos - 40 Anos de Jovem Guarda" ou alguma coisa assim e ela foi a que mais se sobressaiu! Mas é meio decepcionante ouvir esse disco dela... a voz está mto boa, mas o repertório deixa a desejar... ela n mostra a q veio... foi um disco "simplesmente jogado às marjens do mercado" como diz meu professor de filosofia... Mas eu torço, torço bastante para que ela se encontre no mercado, ela merece...

17 de março de 2009 às 23:04  
Blogger Philipe Daniel said...

É mauro... faltou a citação que ela é Ex-Caloura do Raul Gil!

18 de março de 2009 às 23:20  
Anonymous Anônimo said...

Ela pode cantar maravilhosamente... Mas os experts querem no primeiro cd que ela já tenha identidade musical... Coisa que nem a poderosa Marisa Monte tinha em seu primeiro trabalho... E o fato da menina ter sido caloura já vai pesar pra começarem a atirar pedras.... Adoro essa menina. Com o tempo acha seu caminho... Precisamos de cantoras assim de voz e atitude. Chega de sambinhasnewbossas.

19 de março de 2009 às 01:10  
Anonymous Anônimo said...

Essa garota é maravilhosa, sempre arrasava no programa Raul Gil. Agora uma cobrança dessa logo no primeiro CD da menina, é muita falta de tolerância. Se começarmos a citar grandes artistas que hj estão aí fazendo sucesso, e não tiveram identidade no priceiro CD ficariamos aqui por horas.

19 de março de 2009 às 21:09  

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