Voz de Saboya evolui pelo chão firme de Sève
Resenha de CD
Título: Chão Aberto
Artista: Carol Saboya
Gravadora: Sala de Som
Records
Cotação: * * * 1/2
Em 1998, ao lançar pomposo primeiro CD, Dança da Voz, Carol Saboya se excedeu na técnica. Dez anos depois, a boa cantora se mostra mais equilibrada ao inventariar obra inédita do flautista e saxofonista Mário Sève, integrante do grupo Nó em Pingo d'Água, cuja primeira canção, Imaginária, parceria de Sève com Suely Mesquita, foi defendida por Saboya no pálido Festival da Música Brasileira produzido pela Rede Globo em 2000. A técnica precisa ainda está lá, intacta, mas posta a serviço de um cancioneiro de rebuscado acabamento melódico e harmônico - típica obra da lavra de um músico. Chão Aberto não é disco fácil. Como não foram fáceis os títulos anteriores da discografia da cantora carioca. Contudo, a voz de Carol dança segura pelo chão complexo do repertório de Sève. O leque rítmico é diverso e abre para a alegria foliã no frevo Outros Carnavais e em Um Segredo, mas engloba samba (Águas Passadas, parceria com Chico César), ijexá (Bonde Iorubá), acalanto (Uma Estrela) e até um tango composto e entoado em espanhol (Cancíon Necesaria). Sem falar nas faixas salpicadas por elementos que evocam a matriz rítmica do Nordeste. Que podem ser os pifes tocados pelo próprio Sève em Draganjo - faixa em que Saboya faz dueto com Daniel Gonzaga - ou o acordeom que introduz Damasco. A voz da cantora evolui com graça por esse chão sem derrapar nas quebradas de um tema sinuoso como Trocando as Pernas. A pisada da voz graciosa de Carol Saboya sobre a obra de Mário Sève é firme. Entre na dança...
Título: Chão Aberto
Artista: Carol Saboya
Gravadora: Sala de Som
Records
Cotação: * * * 1/2
Em 1998, ao lançar pomposo primeiro CD, Dança da Voz, Carol Saboya se excedeu na técnica. Dez anos depois, a boa cantora se mostra mais equilibrada ao inventariar obra inédita do flautista e saxofonista Mário Sève, integrante do grupo Nó em Pingo d'Água, cuja primeira canção, Imaginária, parceria de Sève com Suely Mesquita, foi defendida por Saboya no pálido Festival da Música Brasileira produzido pela Rede Globo em 2000. A técnica precisa ainda está lá, intacta, mas posta a serviço de um cancioneiro de rebuscado acabamento melódico e harmônico - típica obra da lavra de um músico. Chão Aberto não é disco fácil. Como não foram fáceis os títulos anteriores da discografia da cantora carioca. Contudo, a voz de Carol dança segura pelo chão complexo do repertório de Sève. O leque rítmico é diverso e abre para a alegria foliã no frevo Outros Carnavais e em Um Segredo, mas engloba samba (Águas Passadas, parceria com Chico César), ijexá (Bonde Iorubá), acalanto (Uma Estrela) e até um tango composto e entoado em espanhol (Cancíon Necesaria). Sem falar nas faixas salpicadas por elementos que evocam a matriz rítmica do Nordeste. Que podem ser os pifes tocados pelo próprio Sève em Draganjo - faixa em que Saboya faz dueto com Daniel Gonzaga - ou o acordeom que introduz Damasco. A voz da cantora evolui com graça por esse chão sem derrapar nas quebradas de um tema sinuoso como Trocando as Pernas. A pisada da voz graciosa de Carol Saboya sobre a obra de Mário Sève é firme. Entre na dança...
17 Comments:
Em 1998, ao lançar pomposo primeiro CD, Dança da Voz, Carol Saboya se excedeu na técnica. Dez anos depois, a boa cantora se mostra mais equilibrada ao inventariar obra inédita do flautista e saxofonista Mário Sève, integrante do grupo Nó em Pingo d'Água, cuja primeira canção, Imaginária, parceria de Sève com Suely Aguiar, foi defendida por Saboya no anêmico Festival da Música Brasileira produzido pela Rede Globo em 2000. A técnica precisa ainda está lá, intacta, mas posta a serviço de um cancioneiro de rebuscado acabamento melódico e harmônico - típica obra da lavra de um músico. Chão Aberto não é disco fácil. Como não foram fáceis os títulos anteriores da discografia da cantora carioca. Contudo, a voz de Carol dança segura pelo chão complexo do repertório de Sève. O leque rítmico é diverso e abre para a alegria foliã no frevo Outros Carnavais e em Um Segredo, mas engloba samba (Águas Passadas, parceria com Chico César), ijexá (Bonde Iorubá), acalanto (Uma Estrela) e até um tango composto e entoado em espanhol (Cancíon Necesaria). Sem falar nas faixas salpicadas por elementos que evocam a matriz rítmica do Nordeste. Que podem ser os pifes tocados pelo próprio Sève em Draganjo - faixa em que Saboya faz dueto com Daniel Gonzaga - ou o acordeom que introduz Damasco. A voz da cantora evolui com graça por esse chão sem derrapar nas quebradas de um tema sinuoso como Trocando as Pernas. A pisada da voz graciosa de Carol Saboya sobre a obra de Mário Sève é firme. Entre na dança...
Carol Sabóya tem sabido administrar bem a carreira e tem feito boas escolhas de repertório (nem sempre fáceis), e como vc mesmo refere Mauro, sua voz é cheia de graça.
Essa sim vale à pena ouvir!
Sou fã de Carol desde o tempo em que ela atuava em musicais infantis, como criança que era.
Carol é tdb. O repertório é dez. Mas, ela está se devendo um disco solar, serelepe, sorriso e molecagem. Mas, tudo com o bom gosto que lhe é habitual, algo como Vizinha do Lado, que Roberta Sá regravou.
Vai Carol que o caminho é seu.
Essa menina é linda, cheia de graça e ainda canta que é uma barbaridade. É que deve estar na veia. Filha de quem é.
Pelo menos esse foi ou será - ainda não encontrei onde comprar - lançado por aqui. Os dois anteriores foi só para os "Japa".
Acho excelente seu tributo a Tom Jobim, ao lado de Nelson Faria. Belíssimas interpretações de Chansong e Meninos, eu vi, entre outras.
Carol é 10!
Anderson Falcão.
Brasília - DF)
Rapaz, os discos que Mauro indica é só colocar no google da vida que aparece onde comprar. De Carol a Silvia Bambolê. Do campeão Zé Renato ao dvd do Martinho.
Rumo aos cds e dvds legais !
O Nome da parceira do Mário Sève na canção "Imaginária" ( Festival da Globo) é Suely MESQUITA, e não Suely Aguiar. Talvez você tenha se confundido com o Mauro Aguiar que é parceiro de Sève em 6 canções do CD de Carol.
E "Trocando as pernas" tem participação do Edu krieger, que, aliás, é o letrista da música.
Caraca, meu, sou leitor assíduo deste blog e, pelo que leio por aqui, acho que o Edu Krieger deve ter sido o compositor mais gravado de 2008: Carol Saboya, Anna Luiza, PC Castilho, Silvia Machete, Fênix, Grupo Vocal Garganta Profunda, Nilze Carvalho e Sururu na Roda... sem falar no DVD da Maria Rita, que foi lançado neste ano. O cara tá podendo...
Os dois anteriores citados - "Bossa Nova" e "Nova Bossa" - são dois primores. Mas realmente tive que gastar em dólar.
Quem quiser: CD Point ou Amazon (CD Point já cotado, sem riscos de ondas do câmbio, e entrega mais rápida). Esse eu também não achei: nem pela Internet nem em lojas físicas (e olha que aqui tem a Modern Sound em Coapacana).
Se alguém souber onde achar, agradeço.
O disco da Carol tem na Saraiva, onde por sinal foi lançado em um pocket, pouco concorrido, mas genial, só voz e piano.
Prezado anônimo de 11 de dezembro (7:21). Agradeço o interesse mas não achei no "site" da Saraiva, não; assim como em nenhum outro "site": CD Point, Videolar, Americanas, Submarino.
Moro no Rio de janeiro. Foi em loja física que achaste ? Não teria sido distribuído só no show ?
Agradeço.
nÃO. tEM NA LOJA FÍSICA DA sARAIVA, TEM NA LOJA DAS CASAS CASADAS.... DEVE TER NA MODERN SOUND. MAS EU COMPREI NA SARAIVA DO CENTRO...
É possível ouvir algumas faixas no blog http://www.2.uol.com.br/ziriguidum/
O resultado é delicioso e encantador.
Um dos melhores do ano!!! Carol fez um gol de placa!
Agradeço Anônimo,
Na Modern Sound não tem não, mas na Saraiva "física" não procurei.
Vou tentar.
Abraços.
Para os interessados: já tem na Modern Sound (loja física e via Internet). Demorou.
Tá comprado. Obrigado anônimo.
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