Fênix roda irregular na ciranda do (seu) mundo
Resenha de Show - Gravação de DVD
Título: Ciranda do Mundo
Artista: Fênix
Local: Sala Baden Powell (RJ)
Data: 18 de novembro de 2008
Foto: Mauro Ferreira
Cotação: * * 1/2
Cantor pernambucano radicado no Rio de Janeiro (RJ) desde que ganhou alguma projeção ao se destacar no elenco do musical As Quatro Carreirinhas, encenado por Wolf Maya nos anos 90, Fênix descende da linhagem andrógina de Ney Matogrosso. Inclusive pelo uso recorrente do timbre feminino de sua voz de tons variados e boa extensão. Após dois álbuns de estúdio (Eu, Causa e Efeito e Marfim), o intérprete subiu ao palco da Sala Baden Powell (RJ) na noite de terça-feira, 18 de novembro de 2008, para gravar seu primeiro DVD em show dirigido por Jean Wyllys. Intitulado Ciranda do Mundo, nome da composição de Edu Krieger incluída no roteiro em registro insosso, o show foi apresentado com louvável apuro técnico e visual. Contudo, como intérprete de músicas próprias e alheias, Fênix rodou irregular na ciranda de seu mundo. O vôo mais alto foi feito em dueto com Zé Ramalho em Avohai, música de forte espiritualidade (já gravada por Fênix no CD Eu, Causa e Efeito) que soou renovada pelo belo arranjo do violonista João Gaspar que alterou andamentos num mix de sons acústicos e eletrônicos. Ramalho entrou na onda.
A entrada teatral de Fênix, cantando Vaca Profana de costas para a platéia, fez supor um show vibrante que, no entanto, nem sempre manteve o pique ao longo dos 19 números do roteiro. Ao buscar registros vocais mais intensos, Fênix pecou por não explorar todas as nuances de sua voz. Não foi por acaso que sua interpretação mais suave, acompanhando-se ao violão na autoral canção Um Segundo (com direito à citação de Olhos nos Olhos), se impôs como um dos melhores momentos do show. A presença de Silvia Machete em cena para cantar É Luxo Só também se revelou graciosa. Ao rodopiar com seu bambolê, enquanto Fênix cantava os versos do samba de Ary Barroso (1903 - 1964), a cantora entrou em sintonia com o gingado do tema e arrancou merecidos aplausos pelas habilidades circenses. O requebrado foi diferente...
A origem nordestina do artista foi evocada na inclusão de duas músicas do pernambucano Lula Queiroga, Forró dos Infernos S.A. (precedida por texto de tom artificial) e Essa Alegria (gravada por Elba Ramalho nos anos 80). Mas ambas não surtiram o efeito que poderiam pela vivacidade rítmica. Da mesma forma que Eu Quero É Botar meu Bloco na Rua (Sérgio Sampaio) saiu sem a habitual empolgação. Contudo, houve também acertos. Regravar a brega-chique Sonho de Ícaro - parceria de Piska e Cláudio Rabello, propagada na voz de Biafra nos anos 80 - foi um deles. Apesar da letra pretensamente poética, a música é bonita e paira acima da produção habitual do cancioneiro populista. Sem firulas, Fênix soube valorizar tal beleza melódica. A roupagem roqueira posta em Feira Moderna (Beto Guedes) também resultou interessante. Bem mais do que o figurino (mais talhado para uma cantora de flamenco) usado pelo cantor no bom número. Em contrapartida, Meninos e Meninas soou esquisita com arranjo de batida forte tirando o foco dos versos confessionais de Renato Russo (1960 - 1996). Da mesma forma que Carnavália ganharia mais se tivesse sido apresentada em tempo de maior delicadeza. Entre vôos baixos e altos, com direito a algumas desafinadas quando abusava da voz, Fênix se reafirmou intérprete de personalidade forte que, a julgar por shows anteriores, pode render mais se entender que menos, às vezes, é mais no caso de vozes (naturalmente) potentes.
Título: Ciranda do Mundo
Artista: Fênix
Local: Sala Baden Powell (RJ)
Data: 18 de novembro de 2008
Foto: Mauro Ferreira
Cotação: * * 1/2
Cantor pernambucano radicado no Rio de Janeiro (RJ) desde que ganhou alguma projeção ao se destacar no elenco do musical As Quatro Carreirinhas, encenado por Wolf Maya nos anos 90, Fênix descende da linhagem andrógina de Ney Matogrosso. Inclusive pelo uso recorrente do timbre feminino de sua voz de tons variados e boa extensão. Após dois álbuns de estúdio (Eu, Causa e Efeito e Marfim), o intérprete subiu ao palco da Sala Baden Powell (RJ) na noite de terça-feira, 18 de novembro de 2008, para gravar seu primeiro DVD em show dirigido por Jean Wyllys. Intitulado Ciranda do Mundo, nome da composição de Edu Krieger incluída no roteiro em registro insosso, o show foi apresentado com louvável apuro técnico e visual. Contudo, como intérprete de músicas próprias e alheias, Fênix rodou irregular na ciranda de seu mundo. O vôo mais alto foi feito em dueto com Zé Ramalho em Avohai, música de forte espiritualidade (já gravada por Fênix no CD Eu, Causa e Efeito) que soou renovada pelo belo arranjo do violonista João Gaspar que alterou andamentos num mix de sons acústicos e eletrônicos. Ramalho entrou na onda.
A entrada teatral de Fênix, cantando Vaca Profana de costas para a platéia, fez supor um show vibrante que, no entanto, nem sempre manteve o pique ao longo dos 19 números do roteiro. Ao buscar registros vocais mais intensos, Fênix pecou por não explorar todas as nuances de sua voz. Não foi por acaso que sua interpretação mais suave, acompanhando-se ao violão na autoral canção Um Segundo (com direito à citação de Olhos nos Olhos), se impôs como um dos melhores momentos do show. A presença de Silvia Machete em cena para cantar É Luxo Só também se revelou graciosa. Ao rodopiar com seu bambolê, enquanto Fênix cantava os versos do samba de Ary Barroso (1903 - 1964), a cantora entrou em sintonia com o gingado do tema e arrancou merecidos aplausos pelas habilidades circenses. O requebrado foi diferente...
A origem nordestina do artista foi evocada na inclusão de duas músicas do pernambucano Lula Queiroga, Forró dos Infernos S.A. (precedida por texto de tom artificial) e Essa Alegria (gravada por Elba Ramalho nos anos 80). Mas ambas não surtiram o efeito que poderiam pela vivacidade rítmica. Da mesma forma que Eu Quero É Botar meu Bloco na Rua (Sérgio Sampaio) saiu sem a habitual empolgação. Contudo, houve também acertos. Regravar a brega-chique Sonho de Ícaro - parceria de Piska e Cláudio Rabello, propagada na voz de Biafra nos anos 80 - foi um deles. Apesar da letra pretensamente poética, a música é bonita e paira acima da produção habitual do cancioneiro populista. Sem firulas, Fênix soube valorizar tal beleza melódica. A roupagem roqueira posta em Feira Moderna (Beto Guedes) também resultou interessante. Bem mais do que o figurino (mais talhado para uma cantora de flamenco) usado pelo cantor no bom número. Em contrapartida, Meninos e Meninas soou esquisita com arranjo de batida forte tirando o foco dos versos confessionais de Renato Russo (1960 - 1996). Da mesma forma que Carnavália ganharia mais se tivesse sido apresentada em tempo de maior delicadeza. Entre vôos baixos e altos, com direito a algumas desafinadas quando abusava da voz, Fênix se reafirmou intérprete de personalidade forte que, a julgar por shows anteriores, pode render mais se entender que menos, às vezes, é mais no caso de vozes (naturalmente) potentes.
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Cantor pernambucano radicado no Rio de Janeiro (RJ) desde que ganhou alguma projeção ao se destacar no elenco do musical As Quatro Carreirinhas, encenado por Wolf Maya nos anos 90, Fênix descende da linhagem andrógina de Ney Matogrosso. Inclusive pelo uso recorrente do timbre feminino de sua voz de tons variados e boa extensão. Após dois álbuns de estúdio (Eu, Causa e Efeito e Marfim), o intérprete subiu ao palco da Sala Baden Powell (RJ) na noite de terça-feira, 18 de novembro de 2008, para gravar seu primeiro DVD em show dirigido por Jean Wyllys. Intitulado Ciranda do Mundo, nome da composição de Edu Krieger incluída no roteiro em registro insosso, o show foi apresentado com louvável apuro técnico e visual. Contudo, como intérprete de músicas próprias e alheias, Fênix rodou irregular na ciranda de seu mundo. O vôo mais alto foi feito em dueto com Zé Ramalho em Avohai, música de forte espiritualidade (já gravada por Fênix no CD Eu, Causa e Efeito) que soou renovada pelo belo arranjo do violonista João Gaspar que alterou andamentos num mix de sons acústicos e eletrônicos. Ramalho entrou na onda.
A entrada teatral de Fênix, cantando Vaca Profana de costas para a platéia, fez supor um show vibrante que, no entanto, nem sempre manteve o pique ao longo dos 19 números do roteiro. Ao buscar registros vocais mais intensos, Fênix pecou por não explorar todas as nuances de sua voz. Não foi por acaso que sua interpretação mais suave, acompanhando-se ao violão na autoral canção Um Segundo (com direito à citação de Olhos nos Olhos), se impôs como um dos melhores momentos do show. A presença de Silvia Machete em cena para cantar É Luxo Só também se revelou graciosa. Ao rodopiar com seu bambolê, enquanto Fênix cantava os versos do samba de Ary Barroso (1903 - 1964), a cantora entrou em sintonia com o gingado do tema e arrancou merecidos aplausos pelas habilidades circenses. O requebrado foi diferente...
A origem nordestina do artista foi evocada na inclusão de duas músicas do pernambucano Lula Queiroga, Forró dos Infernos S.A. (precedida por texto de tom artificial) e Essa Alegria (gravada por Elba Ramalho nos anos 80). Mas ambas não surtiram o efeito que poderiam pela vivacidade rítmica. Da mesma forma que Eu Quero É Botar meu Bloco na Rua (Sérgio Sampaio) saiu sem a habitual empolgação. Contudo, houve também acertos. Regravar a brega-chique Sonho de Ícaro - parceria de Piska e Cláudio Rabello, propagada na voz de Biafra nos anos 80 - foi um deles. Apesar da letra pretensamente poética, a música é bonita e paira acima da produção habitual do cancioneiro populista. Sem firulas, Fênix soube valorizar tal beleza melódica. A roupagem roqueira posta em Feira Moderna (Beto Guedes) também resultou interessante. Bem mais do que o figurino (mais talhado para uma cantora de flamenco) usado pelo cantor no bom número. Em contrapartida, Meninos e Meninas soou esquisita com arranjo de batida forte tirando o foco dos versos confessionais de Renato Russo (1960 - 1996). Da mesma forma que Carnavália ganharia mais se tivesse sido apresentada em tempo de maior delicadeza. Entre vôos baixos e altos, com direito a algumas desafinadas quando abusava da voz, Fênix se reafirmou intérprete de personalidade forte que, a julgar por shows anteriores, pode render mais se entender que menos, às vezes, é mais no caso de vozes (naturalmente) potentes.
Afinada e afiada crítica. Parabéns.
Fomos ao show e concordamos praticamente com tudo.
Fenix e Ramalho, com o super arranjo de Gaspar, foi Mara. Essa é pra tocar no rádio !
Mauro,
Compreendo a sua resenha e embora seja dura, agradeço o espaço generoso com O artista Fênix.
Conheço o Fênix desde o primeiro cd e confesso que sempre me impressionei com seu "cuidado" em tudo. Sempre com uma banda excelente, com cenário, iluminação e figurinos elaborados, enfim, apesar de ser um artista independente(que isso seja levado em consideração) está longe de parecer amador.
Ele é estranho, frio, tem um agudo agressivo e forte mesmo as vezes "desafinando", é diferente, é de certa forma novo e nos instiga.
Tô cansada desses cantores cult meia Bomba. Tudo clean ao ponto de não me emocionar em nada, de não causar dúvidas, críticas.
Sou fã dele e pronto!
O show não foi dos melhores que já vi dele, mas quem sabe o Produto final (DVD) saia a contento!
Vamos torcer.
Bj
Patricia
É isso aí Patrícia !
O risco de um dvd em um único dia é esse. Mas, na edição tudo pode ficar bem melhor.
E ficará, a gente está na torcida.
O anônimo da primeira mensagem
Fênix tem boa intenção... e só!
Sacanagem do último anônimo. O cara tem mais que isso. O cara tem talento e, não é mesmice que temos por aí. O cara merece espaço, sim.
Mas que causa estranheza causa!!!
Coloca Ney Matogrosso, Tetê Espíndola, Ted Boy Marino - na infância - e Roberto Leal numa panela.... mistura bem...sai FÊNIX!!!
Mauro, o PC Castilho também acabou de lançar um CD onde tem a música "Ciranda do Mundo", do Edu Krieger. Você já escutou?
O cara é essa mistura toda sim. Mas o que há de mal nisso ?
Fênix tem direito ao sucesso e, o dvd bem editado será um grande momento. Muito artista não independente produz tanta coisa meia bomba.... pelo menos há a certeza que o dvd não será meia bomba. Pode até não agradar a todos, mas que terá talento e profissionalismo terá.
Aí, Fênix pôe alguma coisa no youtube da vida pra gente ver !!!!
Confesso que não o conhecia. Corri pra ver os vídeos no YouTube e, de fato, fiquei um pouco assustado (muito grito e pouco afinação). Mas em seguida baixei "Eu, Causa e Efeito" e realmente dá pra dizer que o cara é bom, apesar do mau desempenho no show (pelo que dá pra perceber nos vídeos). Vale a pena!
Cantar afinado é importante, mas não é o prioritário. O principal é cantar com emoção. Bethania, Nana e outros tantos artistas desafinam ao vivo e isso não tira nem um ponto de seus talentos. Desafinam por que tem coragem de cantar com a voz e não com play back, que pode falhar, mas não desafina.
Os registros ao vivo, gravados de prima, sem edição, com digitais, quando não tem uma massa sonota atrás, acabam apontando vários desafinados que tem coração.
O importante é que o cara é isso, fora do convencional. E com talento.
Crítica é gosto, não é razão. O resultado do Fênix, sendo o que é, é isso: casa lotada, resenhas e várias citações. Ele tem moral o suficiente pra evocar opiniões, audácia pra fazer o que faz e consciência o suficiente de que é um artista controverso e independente. De que é importante estar lá, fazer e continuar.
Confesso que a primeira vez que vi essa criatura, foi no Som Brasil em homenagem`à Ary Barroso, tamanho espanto foi ver as caras e bocas que este ser faz pra dar certas notas mais agudas, deu medo até da indumentária, até o Edson Cordeiro se assustaria com a performance do artist em questão, sendo que muitas vezes abusou dos agudos, sem desafinar é claro!!!!
Eu gosto muito do Fênix, apesar de achar que ele exagera nas interpretações às vezes.
Mas o exagero faz parte de um artista que busca sair do convencional, penso eu. Coisa que faz falta na música brasileira atual.
Não pude ir ao show dele (confesso que o preço do ingresso me assustou), mas já assisti outra vez e gostei muito.
abração,
Denilson
Esse é Denilson, a voz .
O título da resenha me assustou de imediato. Entretanto, ao ler o artigo vi que não era tão assustador assim. Mauro disse muitas coisas corretas e se contradisse em tantas outras. Como alguém já disse nos comentários, convém lembrar que foi um show de gravação de dvd em um dia somente. Podemos imaginar o stress que todo o processo suscita, o que, consequentemente, é passado para o artista e os músicos.
Fui ao show e, mesmo tendo consciëncia dos possíveis limites de um show nesse contexto, achei um espetáculo muito bem cuidado, com um roteiro diversificado (não cansativo), excelente presença cênica do Fënix, banda de primeiríssima qualidade. A presença de Zé Ramalho por si já conferiu enorme credibilidade ao show.
Sobre a polêmica de alguns RAROS instantes de desafinação em algum momento de alguma música, quero lembrar que Ney Matogrosso (já que insistem tanto na referência) em seu início de carreira também já desafinou. Aliás, existe algum cantor ou cantora que não o tenha????
A voz do Fenix dispensa figurinos, esse vai longe...
De acordo com o anônimo antes de mim "A voz do Fênix dispensa figurino" estive na gravação do DVD e saí de lá extasiada com o que vi, esse não foi o primeiro show que assisto, achei um dos melhores, uma banda de primeira, cenário bem cuidado e o figurino sem comentários, acho que tem tudo a ver com a proposta do Fênix, acho ele inovador, com o seu discurso proprio, acho que ter cantores iguais não é interessante. Achei muito pertinente a resenha do Mauro mas como devemos levar em consideração, que esse DVD foi gravado em apenas um dia, é claro que ia ter nervosismo, desafinação mais sinceramente eu não percebi claro que falo com a visão de publico não de crítico, foi um momento mágico, tinha uma leveza no show que é dificil de explicar, duvido que alguem não tenha saido de lá leve, com a sensação de ter vivido um momento mágico. Estou ansiosa para ver o resultado final o DVD pois tenho certeza que o resultado vai ser tão lindo quanto foi no dia.
Um cantor que dispensa todo e qualquer comentário.. certamente uma voz que se define por si só!
Um show magnifico grande artista!
Não conhecia o artista FENIX até a data de 04/03/2008, em 05/03/08 eu assisti um show do mesmo no Teatro Rival. Acostumada a assistir varios shows de varios artista quase que semanalmente, confesso que a presença desse artista no palco me impressionou muito. Dono de uma voz e uma presença de palco marcante, ele consegue atrair a atenção do público com o seu jeito exótico e atraente de interpretar, diferente de tudo que ultimamente nós temos assistido na musica brasileira.
Nós precisamos de artista desse nível na nossa MPB e é certo que ele conseguirá conquistar seu espaço.
Num cenário de mpb monocórdio e árido, eis que surge uma voz aguda, no corpo de um homem,. Considerando que este privilégio de escutar sons naturalmete femininos saindo da garganta de um homem remontam aos últimos castrati na idade média, ouvir Fênix é um presente que naquela época os reis guardavam para si, em performances particulares em suas cortes. Seu visual e performance são um adendo para que desatentos possam também se interessarem pelo que elke tem de maios belo que é a emoção que nos transmite com seu canto. Qualquer outra exigência é injusta porque advviria de um universo do gosto pessoal e Fênix quer ser universal, um instrumento a ser apreciado conforme se apresenta em nuances generosas de beleza e acidez. Sendo que ele ainda nos brinda com composições que lançam luz no mais profundo de sua alma de artista, compartilhando seu mundo pessoal com a platéia, e isso por si só já é um presente. Independente de notas desafinadas (alguém já ouviu a primeira gravação de Gal Costa cantando Meu nome é Gal? Desafinações e moção em suas apoteosees) o produto final Fênix acrescenta vida ao cenário musical brasileiro e isso vale.
Fico me perguntando quando o Brasil vai se abrir para conhecer um trabalho tão inovador, ousado e criativo como o do Fênix... Adorei o show, adoro o trabalho do Fênix e acho que ele ainda vai acontecer sim aqui no Brasil. Como bom nordestino. É que ainda não estamos acostumados com o inusitado, com o que nos causa desconforto inicial (foi assim com Elba Ramalho, Ney Matogrosso e tantos outros).
Viva a diferença! Viva a diversidade! Viva a criatividade! Abaixo a mesmice e o lugar comum!
Só acho que o anônimo lá de cima deveria ter mais respeito ao trabalho de um artista e não chamá-lo de "criatura" ou "ser". Ninguém é obrigado a gostar de nada, mas não há que desmerecer o trabalho artístico das pessoas.
O Carlos Alberto aí em cima falou e disse.... Me desculpe Mauro Ferreira, mas o texto dele deu de dez a zero no seu....
Não esqueçamos que o cara fez tudo sozinho, isso por si só já é sucesso, no mais, a voz dele é simplesmente além do arranjo, isso não é desafinar...é superar
o Fenix viveu o Samurai.. não só cantou deu um show de interpretação!!!!
Fui ao show com minha mãe. Só conhecia o trabalho do Fênix pela internet. Fui para aproveitar o show sem grande expectativa. Saí de la muito satisfeita com o que vi. Um ótimo cantor, uma banda de primeira, convidados incríveis.
Fênix COM CERTEZA ganhou duas novas fãs.
Repetindo um comentário que gostei...
"Viva a diferença! Viva a diversidade! Viva a criatividade! Abaixo a mesmice e o lugar comum!"
O caso é grave.Onde a voz potente?
Canta com uma voz alta mas falta corpo.Tem coragem pois seguindo a linha de Carmen e Ney abusa da estetica chica chica.Na verdade o que mais me intriga è a contradicao entre uma voz que poderia ser interessante se o interprete nao quisesse ser uma outra coisa.Mas como disse F.F :Eu sempre quis ser isso mesmo...
Apesar de tudo reconheco que o rapaz tem uma certa coragem.Agora vocês se lembram dauele grupo brega popularesco Gengis Khan? As vezes ele lembra aquilo la.
E esse teclado nao me obedece.
Bem, boa sorte pro rapaz.
O cara mostra que pelo menos pano pra manga ele tem cacife. 30 posts não é pra qualquer um.
Poderia era gavar uns extras mais legais, tipo ele com a Silvia Marketing de Bambolê cantando outra música, despretenciosamente... Ele em uma só com a guitarra de Gaspar. Dar mais molho e mostrar que tem talento e é algo mais que uma Carmen Miranda misturado com Gengiscan, como disse o colega acima.
Carmem Miranda, Nei Matogrosso, Tetê Espíndola... tantas referências... Mas negar a potência, a peculiaridade, a força, a vivacidade, a coragem e a capacidade criativa de Fênix ninguém pode. Digo, ninguém que tenha o mínimo de capacidade de discernimento, entendimento e abertura para o que foge à mesmice reinante em nosso universo. Gostem ou não o Fênix é poderoso (e eu gosto das performances do Genghis Khan, do Ney Matogrosso, da Madonna, da Carmem Miranda, da Tetê Espíndola, do Mika, do Village People, do Michael Jackson, do Queen, da Daniela Mercury, da Sílvia Machete, etc). Só pra relembrar: também eram vistos como estranhos no início da carreira: Ney, tropicalistas, nordestinos - elba, zé ramalho, alceu... Com o tempo...
Sou do Recife e conheço o trabalho do Fênix... Um artista impecável, seja pelo talento, percepção e voz.
Achei injusta a crítica ao show do artista, mas respeito o direito de opinar.
Algo é certo: Espero que Recife tenho logo o prazer de receber esse show, assim como o lançamento do DVD, que espero ser breve.
Sou um amante da MPB. Tenho os dois cds dele e, com certeza, ele tem uma voz sublime(muito melhor que Ney), além disso canta com a alma e isso faz a diferença. No show, se é que houve desafinação, ficou imperceptível. Existe quem desafine mais que Nana Caymmi? E nem por isso deixa de ser magnífica. Os cantores mais afinados da MPB são Jane Duboc, Consilgia La Torre, Renato Motha, Mateus Sartori e Rubi, mas nem por isso são melhores que os maravilhosos desafinados. Viva a diferença, pois o que vale é a emoção. Esta faz viver a MPB.
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