
"Se eu estivesse mais magra, eu ficava pelada", confidenciou Maria Alcina ao público que aplaudia seus trejeitos sensuais em sua aguardada apresentação na oitava edição do
Mix Music, o evento musical realizado na noite de sexta-feira, 14 de novembro de 2008, dentro da programação paralela do
16º Mix Brasil - Festival de Cinema da Diversidade Sexual. O figurino carnavalesco revelou que Alcina estava bem acima do peso dos tempos áureos, mas a voz e a postura continuam em sua forma mais provocante. Aliás, a julgar por sua
performance extrovertida no
Mix Music, dá para imaginar o impacto provocado pela cantora mineira ao aparecer na amordaçada cena dos anos 70. Tanto que o regime militar da época logo tratou de impor um fim ao Carnaval de Alcina ao processá-la por comportamento
subversivo. Tempos idos. Sem censura, a intérprete irmanou Marcelo Camelo (
Todo Carnaval Tem seu Fim) e Chico Buarque (
Não Existe Pecado ao Sul do Equador) na folia sexualizada comandada por ela no palco da choperia do Sesc Pompéia. Alcina fez caras, bocas e poses para apresentar roteiro aberto pelo
Maracatu Atômico, de Jorge Mautner e Nelson Jacobina. Couberam ainda, dentro do espírito malicioso de seu show, músicas como
Bacurinha,
É Mais Embaixo e
Prenda o Tadeu - as três de um álbum de 1985 (
Prenda o Tadeu, Copacabana) em que a cantora investiu na malícia nordestina dos temas compostos com versos de duplo sentido. Em que pese alguns gestos exacerbados que roçaram a fronteira da vulgaridade, Alcina já estava com o jogo ganho quando recordou
Fio Maravilha, o gol de placa de Jorge Ben Jor que a projetou nacionalmente em 1972 ao ser defendida por ela na sétima e última edição do FIC, o Festival Internacional da Canção exibido pela TV Globo. Foi o fim do Carnaval feito por Alcina em seu bloco solo. Contudo, dessa vez, o fim foi feliz. A folia tinha sido animada.
1 Comments:
"Se eu estivesse mais magra, eu ficava pelada", confidenciou Maria Alcina ao público que aplaudia seus trejeitos sensuais em sua aguardada apresentação na oitava edição do Mix Music, o evento musical realizado na noite de sexta-feira, 14 de novembro de 2008, dentro da programação paralela do 16º Mix Brasil - Festival de Cinema da Diversidade Sexual. O figurino carnavalesco revelou que Alcina estava bem acima do peso dos tempos áureos, mas a voz e a postura continuam em sua forma mais provocante. Aliás, a julgar por sua performance extrovertida no Mix Music, dá para imaginar o impacto provocado pela cantora mineira ao aparecer na amordaçada cena dos anos 70. Tanto que o regime militar da época logo tratou de impor um fim ao Carnaval de Alcina ao processá-la por comportamento subversivo. Tempos idos. Sem censura, a intérprete irmanou Marcelo Camelo (Todo Carnaval Tem seu Fim) e Chico Buarque (Não Existe Pecado ao Sul do Equador) na folia sexualizada comandada por ela no palco da choperia do Sesc Pompéia. Alcina fez caras, bocas e poses para apresentar roteiro aberto pelo Maracatu Atômico, de Jorge Mautner e Nelson Jacobina. Couberam ainda, dentro do espírito malicioso de seu show, músicas como Bacurinha, É Mais Embaixo e Prenda o Tadeu - as três de um álbum de 1985 (Prenda o Tadeu, Copacabana) em que a cantora investiu na malícia nordestina dos temas compostos com versos de duplo sentido. Em que pese alguns gestos exacerbados que roçaram a fronteira da vulgaridade, Alcina já estava com o jogo ganho quando recordou Fio Maravilha, o gol de placa de Jorge Ben Jor que a projetou nacionalmente em 1972 ao ser defendida por ela na sétima e última edição do FIC, o Festival Internacional da Canção exibido pela TV Globo. Foi o fim do Carnaval feito por Alcina em seu bloco solo. Contudo, dessa vez, o fim foi feliz. A folia tinha sido animada.
Postar um comentário
<< Home