Aquarela dá (outra) volta pelas ruas do mundo
Resenha de CD
Título: Mundo da Rua
Artista: Aquarela Carioca
Gravadora: Sambatown
Cotação: * * * 1/2
O sexto álbum do quinteto Aquarela Carioca bem poderia se chamar Volta ao Mundo como o CD anterior do grupo, editado em 2002. Porque, sempre fiéis à fina mistura sonora que caracteriza o grupo desde sua formação em 1988, no Rio de Janeiro, Lui Coimbra (violoncelo, rabeca, voz), Marcos Suzano (percussão, bateria e programações), Mário Sève (saxes, flautas e pífanos), Paulo Brandão (baixo e programações) e Paulo Muylaert (guitarras, violões, viola e acordeom), dão outra volta pelas ruas musicais do mundo, aglutinando com rara interação sons que podem vir tanto do Nordeste (como no medley que agrega Calo da Lua e O Sete) quanto da Mãe África (Maria Três Filhos, tema da obra inicial de Milton Nascimento com Fernando Brant). Em Mundo da Rua, a Aquarela Carioca ganha tons mais eletrônicos sem abafar a camada orgânica que sempre pautou os registros do quinteto. E, por mais que o repertório autoral nem sempre esteja à altura do virtuosismo dos músicos, a mistura soa tão inusitada quanto interessante. Seja pela ousadia estilística do quinteto de dar um ar dance a um tema do compositor russo Nicolai Rimsky-Korsavok (1844 - 1908), Sheherazade, adaptado por Lui Coimbra e Marcos Suzano. Seja pela convocação de um grupo infantil do sertão nordestino, Os Cabinha, para dar tom e vocais agrestes a um instântaneo standard francês, Belleville Rendez-Vouz, tema do filme homônimo. Ou ainda por fazer o Saci, de Guinga, pular bem esperto entre os tons criativos pintados pela Aquarela Carioca nesta bem-vinda volta ao mundo e ao mercado fonográfico nativo.
Título: Mundo da Rua
Artista: Aquarela Carioca
Gravadora: Sambatown
Cotação: * * * 1/2
O sexto álbum do quinteto Aquarela Carioca bem poderia se chamar Volta ao Mundo como o CD anterior do grupo, editado em 2002. Porque, sempre fiéis à fina mistura sonora que caracteriza o grupo desde sua formação em 1988, no Rio de Janeiro, Lui Coimbra (violoncelo, rabeca, voz), Marcos Suzano (percussão, bateria e programações), Mário Sève (saxes, flautas e pífanos), Paulo Brandão (baixo e programações) e Paulo Muylaert (guitarras, violões, viola e acordeom), dão outra volta pelas ruas musicais do mundo, aglutinando com rara interação sons que podem vir tanto do Nordeste (como no medley que agrega Calo da Lua e O Sete) quanto da Mãe África (Maria Três Filhos, tema da obra inicial de Milton Nascimento com Fernando Brant). Em Mundo da Rua, a Aquarela Carioca ganha tons mais eletrônicos sem abafar a camada orgânica que sempre pautou os registros do quinteto. E, por mais que o repertório autoral nem sempre esteja à altura do virtuosismo dos músicos, a mistura soa tão inusitada quanto interessante. Seja pela ousadia estilística do quinteto de dar um ar dance a um tema do compositor russo Nicolai Rimsky-Korsavok (1844 - 1908), Sheherazade, adaptado por Lui Coimbra e Marcos Suzano. Seja pela convocação de um grupo infantil do sertão nordestino, Os Cabinha, para dar tom e vocais agrestes a um instântaneo standard francês, Belleville Rendez-Vouz, tema do filme homônimo. Ou ainda por fazer o Saci, de Guinga, pular bem esperto entre os tons criativos pintados pela Aquarela Carioca nesta bem-vinda volta ao mundo e ao mercado fonográfico nativo.
7 Comments:
O sexto álbum do quinteto Aquarela Carioca bem poderia se chamar Volta ao Mundo como o CD anterior do grupo, editado em 2002. Porque, sempre fiéis à fina mistura sonora que caracteriza o grupo desde sua formação em 1988, no Rio de Janeiro, Lui Coimbra (violoncelo, rabeca, voz), Marcos Suzano (percussão, bateria e programações), Mário Sève (saxes, flautas e pífanos), Paulo Brandão (baixo e programações) e Paulo Muylaert (guitarras, violões, viola e acordeom), dão outra volta pelas ruas musicais do mundo, aglutinando com rara interação sons que podem vir tanto do Nordeste (como no medley que agrega Calo da Lua e O Sete) quanto da Mãe África (Maria Três Filhos, tema da obra inicial de Milton Nascimento com Fernando Brant). Em Mundo da Rua, a Aquarela Carioca ganha tons mais eletrônicos sem abafar a camada orgânica que sempre pautou os registros do quinteto. E, por mais que o repertório autoral nem sempre esteja à altura do virtuosismo dos músicos, a mistura soa tão inusitada quanto interessante. Seja pela ousadia estilística do quinteto de dar um ar dance a um tema do compositor russo Nicolai Rimsky-Korsavok (1844 - 1908), Sheherazade, adaptado por Lui Coimbra e Marcos Suzano. Seja pela convocação de um grupo infantil do sertão nordestino, Os Cabinha, para dar tom e vocais agrestes a um instântaneo standard francês, Belleville Rendez-Vouz, tema do filme homônimo. Ou ainda por fazer o Saci, de Guinga, pular bem esperto entre os tons criativos pintados pela Aquarela Carioca nesta bem-vinda volta ao mundo e ao mercado fonográfico nativo.
ESSE É MF !
DUAS RESENHAS NO MESMO DIA DE DISCOS QUE NÃO ESTÃO NO JABA LIST.
PARABÉNS.
I love Aquarela !
É a música instrumental anti-música de elevador...
Welcome again...
Que grande notícia.
O Aquarela Carioca é um dos grandes grupos instrumentais do Brasil.
Valeu, Mauro.
abração,
Denilson
Concordo em gênero, número e grau com o confrade Denílson.
Quem tiver dúvidas, ouça o "As Aparências Enganam" feito em parceria com Ney Matogrosso.
A versão de "Sangue Latino", na minha modesta opinião, supera a original de Secos & Molhados. De longe. Ali, mestre Marcos Suzano mostra porque é dos maiores feras do pandeiro neste patropi.
Felipe dos Santos Souza
O melhor trabalho do Aquarela, realmente, foi junto ao Ney. É um grande disco.
Entretanto... os demais trabalhos instrumentais do grupo são bem chatinhos.
Eu os assisti na TV outro dia e fiquei abismado com a música chinfrim dos caras. Datadíssima e super quadradinha.
Esses caras precisam ouvir Hamilton de Holanda, Quatro a Zero, Pau Brasil, André Mehmari e o bom e velho Hermeto.
F. Mourão.
O cara aqui de cima é um grndessíssimo crítico de música, certamente. Pena que está preso aos clichês.
Esse cara precisa ouvir Aquarela Carioca.
Abraço, grande Mourão.
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