26 de setembro de 2008

Química de Beck com Mouse gera um bom CD

Resenha de CD
Título: Modern Guilt
Artista: Beck
Gravadora: Arsenal Music
/ Universal Music
Cotação: * * * 1/2

Artista de discografia pautada por sua natureza camaleônica, Beck atira para vários lados - com surpreendente unidade - neste álbum bem produzido por Danger Mouse, a metade mais incensada da dupla Gnarls Barkley. Que ninguém espere que Modern Guilt tenha o mesmo peso de Odelay (1996) ou a efervescência black de Midnite Vultures (1999). A rigor, há um pouco de tudo neste álbum em que Beck parece sintetizar sua discografia. Se Youthless mira as pistas, Soul of a Man é flerte com rock enquanto Volcano remete ao folk. A propósito, em que pesem seus contemporâneos efeitos eletrônicos, Modern Guilt volta e meia evoca os anos 60. Sobretudo em Chemtrails, tema que quase poderia entrar em um disco dos Beach Boys. Até a melancolia de Sea Changes (2002) é perceptível em Walls, uma das dez faixas deste disco que traz tanta informação que até os vocais (não creditados) de Cat Power em Orphans correm o risco de passar meio despercebidos. Enfim, um bom álbum gerado pela química entre Beck e Danger Mouse. Mas não espere um Odelay!!

1 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Artista de discografia pautada por sua natureza camaleônica, Beck atira para vários lados - com surpreendente unidade - neste álbum bem produzido por Danger Mouse, a metade mais incensada da dupla Gnarls Barkley. Que ninguém espere que Modern Guilt tenha o mesmo peso de Odelay (1996) ou a efervescência black de Midnite Vultures (1999). A rigor, há um pouco de tudo neste álbum em que Beck parece sintetizar sua discografia. Se Youthless mira as pistas, Soul of a Man é flerte com rock enquanto Volcano remete ao folk. A propósito, em que pesem seus contemporâneos efeitos eletrônicos, Modern Guilt volta e meia evoca os anos 60. Sobretudo em Chemtrails, tema que quase poderia entrar em disco dos Beach Boys. Até a melancolia de Sea Changes (2002) é perceptível em Walls, uma das dez faixas deste disco que traz tanta informação que até os vocais (não creditados) de Cat Power em Orphans correm o risco de passar meio despercebidos. Enfim, um bom álbum gerado pela química entre Beck e Danger Mouse. Mas não espere um Odelay.

26 de setembro de 2008 às 09:59  

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