3 de setembro de 2008

Crueza pontua fim da folia triste dos Hermanos

Resenha de CD e DVD
Título: Los
Hermanos na
Fundição Progresso -
09 de Junho de 2007
Artista: Los
Hermanos
Gravadora: Sony
BMG
Cotação: * * * 1/2

Não há neste bom DVD póstumo que registra o último show do grupo Los Hermanos a beleza plástica e tampouco o apuro técnico observado no DVD anterior do grupo, Los Hermanos no Cine-Íris - 28 de Junho de 2004. Como não havia cenário e sequer uma luz mais especial na miniturnê de despedida feita pelo quarteto na Fundição Progresso (RJ), em junho de 2007, o registro deste show histórico, quase mítico, resulta propositalmente tosco - como já sugere a foto que ilustra a capa do CD (o primeiro ao vivo da banda) e do DVD. Ainda assim, o caráter documental justifica a gravação. Todo Carnaval tem seu fim e do Los Hermanos terminou na noite de 9 de junho de 2007. A crueza que pontua o registro apenas acentua a devoção religiosa dos fãs ao quarteto com a aura especial alimentada pelo fato de aquele show de 9 de junho de 2007 -eternizado na íntegra no DVD, que traz nos extras cinco músicas do dia 8 que não foram tocadas no show seguinte - marcar o fim da folia triste dos Hermanos. Sim, sempre houve melancolia no rock de analogias carnavalescas entoado pelos Hermanos sem disfarçar a influência da MPB - em especial, do samba - no som do grupo. E os fãs devotados que foram se juntando em blocos no culto aos Hermanos mergulham de cabeça na folia, fazendo coro com os cantores Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante em todos os 31 números deste DVD de imagens escuras. E vale lembrar que, no farto roteiro perpetuado no vídeo (o CD apresenta apenas 14 músicas), até Anna Júlia dá as caras, tendo seu refrão repetido somente pelos devotos. Quem também reaparece é Pierrot, que fecha o show, sinalizando que, sim, todo Carnaval tem o seu fim...

10 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Não há neste bom DVD póstumo que registra o último show do grupo Los Hermanos a beleza plástica e tampouco o apuro técnico observado no DVD anterior do grupo, Los Hermanos no Cine-Íris - 28 de Junho de 2004. Como não havia cenário e sequer uma luz mais especial na miniturnê de despedida feita pelo quarteto na Fundição Progresso (RJ), em junho de 2007, o registro deste show histórico, quase mítico, resulta propositalmente tosco - como já sugere a foto que ilustra a capa do CD (o primeiro ao vivo da banda) e do DVD. Ainda assim, o caráter documental justifica a gravação. Todo Carnaval tem seu fim e do Los Hermanos terminou na noite de 9 de junho de 2007. A crueza que pontua o registro apenas acentua a devoção religiosa dos fãs ao quarteto com a aura especial alimentada pelo fato de aquele show de 9 de junho de 2007 -eternizado na íntegra no DVD, que traz nos extras cinco músicas do dia 8 que não foram tocadas no show seguinte - marcar o fim da folia triste dos Hermanos. Sim, sempre houve uma melancolia no rock de analogias carnavalescas entoado pelos Hermanos sem disfarçar a influência da MPB - em especial, do samba - no som do grupo. E os fãs devotados que foram se juntando em blocos no culto aos Hermanos mergulham de cabeça na folia, fazendo coro com Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante em todos os 31 números do DVD. E vale lembrar que, no farto roteiro, até Anna Júlia dá as caras, tendo seu refrão repetido somente pelos devotos. Quem também reaparece é Pierrot, que fecha o show, sinalizando que, sim, todo Carnaval tem o seu fim...

3 de setembro de 2008 às 06:56  
Anonymous Anônimo said...

gravar na Fundição Progresso virou hype, indie, cool ...

3 de setembro de 2008 às 09:32  
Anonymous Anônimo said...

É bem certo que um show do LH tinha um fanatismo um pouco mais plácido, contemplativo (só para alfinetar, "apalermado").

Não se comparam à catarse que campeia - ou campeava - em shows d'O Rappa, dos Titãs da era "Cabeça Dinossauro" ou "Titanomaquia" (hoje não, hoje o show virou mais... tíbio - essa é em sua homenagem, Zé Henrique!) e, principalmente, do Camisa de Vênus (cujo "Viva", de 1986, eu reputo como o melhor disco ao vivo da história da música brasileira).

Mas ser contemplativo não significa que não era intenso. E o show da Fundição deve ter sido intensíssimo. Consta que, quando Marcelo foi começar "Além do que se vê", ele só contou os quatro tempos do compasso e nem tomou fôlego, deixando a galera entrar com o "Moça/olha só...", tal era a imposição das vozes da platéia.

Felipe dos Santos Souza

3 de setembro de 2008 às 10:19  
Anonymous Anônimo said...

gravar na Fundição Progresso virou hype, indie, cool ...(2)

Pensei a mesma coisa esses dias. Como também acho que estão usando mais vezes no Theatro Municipal do Rio de Janeiro - depois que Beth Carvalho gravou lá em 2005. Me surpreendi com Marisa cantando com a Velha Guarda da Portela no Circo Voador !

PS > Ela nunca tinha se apresentado por lá ...

3 de setembro de 2008 às 10:26  
Anonymous Anônimo said...

gostei da resenha mas não entendi o tom dela,como se os Hermanos tivessem terminado e não apenas dado uma pausa pra fazer outros trabalhos(coisa muito normal).Pode até ser que eles não voltem,mas tudo indica(inclusive eles mesmos e o Kassin) que eles voltarão!!!

3 de setembro de 2008 às 14:22  
Anonymous Anônimo said...

Concordo com Renato Magalhães: essa onda de achar que o "recesso por tempo indeterminado" do LH é eufemismo para dizer que a banda acabou já deu o que tinha de dar.

Vai que é, realmente, um "recesso por tempo indeterminado"?

Felipe dos Santos Souza

3 de setembro de 2008 às 15:33  
Blogger PINDZIM said...

Chora, Pierrot!

é o fim, é o fim, deixem eles brincar de ser feliz... sozinhos. É isso que eles querem, pelo menos o Camelo e o Amarante. enquanto o primeiro está em vias de lançar seu disco solo, o outro está radicado nos Estados Unidos.
Se tais fatos não forem suficientes para que se convençam do fim, vejam quanta atenção eles estão dando para o lançamento destes cd e dvd.

3 de setembro de 2008 às 21:03  
Anonymous Anônimo said...

Já vão tarde!!!

4 de setembro de 2008 às 12:37  
Anonymous Anônimo said...

Não aparecer ninguém da platéia e aquela escuridão só pode ser explicada pela falta de aviso que seria uma gravação de dvd.Pena que fizeram isso de uma forma tão tosca!
Pelo menos o som ficou bem melhor do que no dia do show!

4 de setembro de 2008 às 16:39  
Anonymous Anônimo said...

Grande Felipe, valeu a homenagem!
Tinha respondido antes e de forma bem melhor, mas não sei(sinceramente) o porquê do Mauro barrou.

Jose Henrique

4 de setembro de 2008 às 23:41  

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