Beth, Leci e Teresa brilham no clube do samba
Resenha de gravação de CD / DVD
Título: Samba Social Clube
Artista: Ana Costa, Anna Luisa, Beth Carvalho (em foto
de Washington Possato), Casuarina, Fundo de Quintal,
Jorge Aragão, Leci Brandão, Lenine, Mauro Diniz,
Moacyr Luz, Nelson Sargento, Nilze Carvalho, Sandra
de Sá, Grupo Semente, Serjão Loroza, Sururu na Roda,
Teresa Cristina e Zeca Pagodinho
Local: Fundição Progresso (RJ)
Data: 28 de julho de 2008
Cotação: * * *
Vieram da ala feminina os melhores momentos da primeira noite de gravação do CD e DVD Samba Social Clube, inspirados no homônimo programa de rádio que aglutina os principais nomes do samba carioca. Já passava da 1h da madrugada quando o Fundo de Quintal deixou o palco da Fundição Progresso - acalorada por conta da lotação do público entusiasmado que lotou a pista e as arquibancadas - depois de cantar Mel e Mamão com Açúcar e Tragédia no Fundo do Mar. Anunciada para as 21h, mas iniciada efetivamente às 21h45 da noite de 28 de julho de 2008, a gravação transcorreu com agilidade e poderia ter sido até mais rápida não fossem os tropeços de alguns intérpretes escalados para a primeira rodada (a segunda acontece nesta terça-feira, 29 de julho de 2008, com a incorporação de Gilberto Gil ao elenco já anunciado que inclui Arlindo Cruz, Elza Soares e Fernanda Abreu).
Beth Carvalho, Leci Brandão e Teresa Cristina brilharam em noite marcada pela supremacia feminina. Ovacionada ao ter seu nome anunciado pelo apresentador do evento, Beth surpreendeu com registro bonito de O Bêbado e a Equilibrista que teve direito à citação de Smile no fim do arranjo, moldado para uma roda de samba. Já em Amor de Verdade - sucesso de Roberto Ribeiro (1940 - 1996) - a cantora não entusiasmou tanto, talvez pelo fato de boa parte do público predominantemente jovem desconhecer o inspirado samba de Flávio Moreira e Liette de Souza. Já Teresa Cristina, sempre fiel ao Grupo Semente, pôs suingue baiano em Na Beira do Mar, saudou Zé Ketti (1921 - 1999) com menor desenvoltura em A Voz do Morro e experimentou tons mais altos em Tristeza Pé no Chão, sucesso de Clara Nunes (1942 - 1983). Menos tímida em cena, Teresa tem evoluído a cada apresentação com uma segurança que sobra em Leci Brandão, cativante em Sorriso Aberto e menos efusiva em Do Jeito que o Rei Mandou. Ao fim de sua apresentação, Leci foi muito aplaudida ao fazer um apelo pela retomada de sua carreira no Rio de Janeiro (o mercado que tem sustentado a sambista nos últimos anos é o paulista). "Quero ser recuperada na minha cidade", pediu Leci, no discurso mais inusitado da noite. Pela boa reação, a recuperação começou.
Com menos entusiasmo do que Leci, Zeca Pagodinho abriu a noite com É Preciso Muito Amor, o maior sucesso de Noca da Portela como compositor. A platéia vibrou com a presença de Zeca e se empolgou no refrão. Na seqüência, Nelson Sargento e Mauro Diniz celebraram em desencontrado dueto a irmandade das escolas de samba Mangueira e Portela. Mas o samba Velhas Companheiras não rendeu o que poderia. Sargento estava muito inseguro com a letra e não entrava na hora certa. Já Diniz - recrutado na banda arregimentada pelo diretor musical Paulão Sete Cordas para substituir Monarco, impossibilitado de gravar por problemas de saúde - foi prejudicado pelo som sempre oscilante da Fundição Progresso. Em seguida, o grupo Sururu na Roda entrou em cena e reestabeleceu o ritmo com Da Melhor Qualidade. Mas tudo voltou ao tom inseguro de antes quando Lenine foi chamado para cantar Esperanças Perdidas. Lenine errou a letra no primeiro take e interrompeu o segundo logo no começo. Talvez pelo desconforto de cantar versos mais adequados para um devoto do samba do para um compositor celebrado pelo tom miscigenado e universal de sua música. Deslocado, Lenine pareceu um penetra no clube...
Cria da Lapa, o boêmio bairro carioca que ajudou a revitalizar o samba e no qual se situa a Fundição Progresso, o grupo Casuarina estava em casa, mas, por alguma razão, não rendeu como de costume ao cantar O Show Tem que Continuar, Não Deixe o Samba Morrer (cujo refrão foi acompanhado pelo forte coro popular) e Retalhos de Cetim. Na seqüência, Sandra de Sá - escalada para cantar a marcha Água na Boca - perseguiu um tom esfuziante, típico de um baile de Carnaval, mas a platéia reagiu mais com suas observações e provocações sobre futebol. Bem fez Serjão Loroza que entrou em cena e, com seu vozeirão, mandou direto Eu Bebo Sim, com suingue e um leve tom teatral na interpretação. Nem foi preciso repetir. Mas a noite era mesmo das mulheres e o trio formado por Ana Costa, Anna Luisa e Nilze Carvalho (de volta ao palco, pois integra o Sururu na Roda, que já havia se apresentado) valorizou Saudades da Guanabara, iniciada pelo autor Moacyr Luz. Quando tudo fazia supor um desastre, pelo canto esmaecido do compositor, as cantoras foram entrando em cena, uma instantes após a outra, e deram um colorido especial ao samba, que deu título ao LP gravado por Beth Carvalho em 1989.
Por fim, Jorge Aragão entrou em cena para empolgar mais com Vai Passar - e o samba-enredo de Chico Buarque e Francis Hime incendiou de imediato a platéia - do que com O Mar Serenou. Entre altos e baixos, a gravação do CD e do DVD que a EMI Music põe nas lojas até o fim do ano sinalizou que há bem mais sócios legítimos do que penetras neste clube social do samba sustentado mais pela força do repertório e pelo prestígio dos freqüentadores. Os arranjos e as interpretações foram, em si, bastante previsíveis.
Título: Samba Social Clube
Artista: Ana Costa, Anna Luisa, Beth Carvalho (em foto
de Washington Possato), Casuarina, Fundo de Quintal,
Jorge Aragão, Leci Brandão, Lenine, Mauro Diniz,
Moacyr Luz, Nelson Sargento, Nilze Carvalho, Sandra
de Sá, Grupo Semente, Serjão Loroza, Sururu na Roda,
Teresa Cristina e Zeca Pagodinho
Local: Fundição Progresso (RJ)
Data: 28 de julho de 2008
Cotação: * * *
Vieram da ala feminina os melhores momentos da primeira noite de gravação do CD e DVD Samba Social Clube, inspirados no homônimo programa de rádio que aglutina os principais nomes do samba carioca. Já passava da 1h da madrugada quando o Fundo de Quintal deixou o palco da Fundição Progresso - acalorada por conta da lotação do público entusiasmado que lotou a pista e as arquibancadas - depois de cantar Mel e Mamão com Açúcar e Tragédia no Fundo do Mar. Anunciada para as 21h, mas iniciada efetivamente às 21h45 da noite de 28 de julho de 2008, a gravação transcorreu com agilidade e poderia ter sido até mais rápida não fossem os tropeços de alguns intérpretes escalados para a primeira rodada (a segunda acontece nesta terça-feira, 29 de julho de 2008, com a incorporação de Gilberto Gil ao elenco já anunciado que inclui Arlindo Cruz, Elza Soares e Fernanda Abreu).
Beth Carvalho, Leci Brandão e Teresa Cristina brilharam em noite marcada pela supremacia feminina. Ovacionada ao ter seu nome anunciado pelo apresentador do evento, Beth surpreendeu com registro bonito de O Bêbado e a Equilibrista que teve direito à citação de Smile no fim do arranjo, moldado para uma roda de samba. Já em Amor de Verdade - sucesso de Roberto Ribeiro (1940 - 1996) - a cantora não entusiasmou tanto, talvez pelo fato de boa parte do público predominantemente jovem desconhecer o inspirado samba de Flávio Moreira e Liette de Souza. Já Teresa Cristina, sempre fiel ao Grupo Semente, pôs suingue baiano em Na Beira do Mar, saudou Zé Ketti (1921 - 1999) com menor desenvoltura em A Voz do Morro e experimentou tons mais altos em Tristeza Pé no Chão, sucesso de Clara Nunes (1942 - 1983). Menos tímida em cena, Teresa tem evoluído a cada apresentação com uma segurança que sobra em Leci Brandão, cativante em Sorriso Aberto e menos efusiva em Do Jeito que o Rei Mandou. Ao fim de sua apresentação, Leci foi muito aplaudida ao fazer um apelo pela retomada de sua carreira no Rio de Janeiro (o mercado que tem sustentado a sambista nos últimos anos é o paulista). "Quero ser recuperada na minha cidade", pediu Leci, no discurso mais inusitado da noite. Pela boa reação, a recuperação começou.
Com menos entusiasmo do que Leci, Zeca Pagodinho abriu a noite com É Preciso Muito Amor, o maior sucesso de Noca da Portela como compositor. A platéia vibrou com a presença de Zeca e se empolgou no refrão. Na seqüência, Nelson Sargento e Mauro Diniz celebraram em desencontrado dueto a irmandade das escolas de samba Mangueira e Portela. Mas o samba Velhas Companheiras não rendeu o que poderia. Sargento estava muito inseguro com a letra e não entrava na hora certa. Já Diniz - recrutado na banda arregimentada pelo diretor musical Paulão Sete Cordas para substituir Monarco, impossibilitado de gravar por problemas de saúde - foi prejudicado pelo som sempre oscilante da Fundição Progresso. Em seguida, o grupo Sururu na Roda entrou em cena e reestabeleceu o ritmo com Da Melhor Qualidade. Mas tudo voltou ao tom inseguro de antes quando Lenine foi chamado para cantar Esperanças Perdidas. Lenine errou a letra no primeiro take e interrompeu o segundo logo no começo. Talvez pelo desconforto de cantar versos mais adequados para um devoto do samba do para um compositor celebrado pelo tom miscigenado e universal de sua música. Deslocado, Lenine pareceu um penetra no clube...
Cria da Lapa, o boêmio bairro carioca que ajudou a revitalizar o samba e no qual se situa a Fundição Progresso, o grupo Casuarina estava em casa, mas, por alguma razão, não rendeu como de costume ao cantar O Show Tem que Continuar, Não Deixe o Samba Morrer (cujo refrão foi acompanhado pelo forte coro popular) e Retalhos de Cetim. Na seqüência, Sandra de Sá - escalada para cantar a marcha Água na Boca - perseguiu um tom esfuziante, típico de um baile de Carnaval, mas a platéia reagiu mais com suas observações e provocações sobre futebol. Bem fez Serjão Loroza que entrou em cena e, com seu vozeirão, mandou direto Eu Bebo Sim, com suingue e um leve tom teatral na interpretação. Nem foi preciso repetir. Mas a noite era mesmo das mulheres e o trio formado por Ana Costa, Anna Luisa e Nilze Carvalho (de volta ao palco, pois integra o Sururu na Roda, que já havia se apresentado) valorizou Saudades da Guanabara, iniciada pelo autor Moacyr Luz. Quando tudo fazia supor um desastre, pelo canto esmaecido do compositor, as cantoras foram entrando em cena, uma instantes após a outra, e deram um colorido especial ao samba, que deu título ao LP gravado por Beth Carvalho em 1989.
Por fim, Jorge Aragão entrou em cena para empolgar mais com Vai Passar - e o samba-enredo de Chico Buarque e Francis Hime incendiou de imediato a platéia - do que com O Mar Serenou. Entre altos e baixos, a gravação do CD e do DVD que a EMI Music põe nas lojas até o fim do ano sinalizou que há bem mais sócios legítimos do que penetras neste clube social do samba sustentado mais pela força do repertório e pelo prestígio dos freqüentadores. Os arranjos e as interpretações foram, em si, bastante previsíveis.
37 Comments:
Vieram da ala feminina os melhores momentos da primeira noite de gravação do CD e DVD Samba Social Clube, inspirados no homônimo programa de rádio que aglutina os principais nomes do samba carioca. Já passava da 1h da madrugada quando o Fundo de Quintal deixou o palco da Fundição Progresso - acalorada por conta da lotação do público entusiasmado que lotou a pista e as arquibancadas - depois de cantar Mel e Mamão com Açúcar e Tragédia no Fundo do Mar. Anunciada para as 21h, mas iniciada efetivamente às 21h45 da noite de 28 de julho de 2008, a gravação transcorreu com agilidade e poderia ter sido até mais rápida não fossem os tropeços de alguns intérpretes escalados para a primeira rodada (a segunda acontece nesta terça-feira, 29 de julho de 2008, com a incorporação de Gilberto Gil ao elenco já anunciado que inclui Arlindo Cruz, Elza Soares e Fernanda Abreu).
Beth Carvalho, Leci Brandão e Teresa Cristina brilharam em noite marcada pela supremacia feminina. Ovacionada ao ter seu nome anunciado pelo apresentador do evento, Beth surpreendeu com registro bonito de O Bêbado e a Equilibrista que teve direito à citação de Smile no fim do arranjo, moldado para uma roda de samba. Já em Amor de Verdade - sucesso de Roberto Ribeiro (1940 - 1996) - a intérprete não entusiasmo tanto, talvez pelo fato de boa parte do público predominantemente jovem desconhecer o inspirado samba de Flávio Moreira e Liette de Souza. Já Teresa Cristina, sempre fiel ao Grupo Semente, pôs suingue baiano em Na Beira do Mar, saudou Zé Ketti (1921 - 199) com menor desenvoltura em A Voz do Morro e experimentou tons mais altos em Tristeza Pé no Chão, sucesso de Clara Nunes (1942 - 1983). Menos tímida em cena, Teresa tem evoluído a cada apresentação com uma segurança que sobra em Leci Brandão, cativante em Sorriso Aberto e menos efusiva em Do Jeito que o Rei Mandou. Ao fim de sua apresentação, Leci foi muito aplaudida ao fazer um apelo pela retomada de sua carreira no Rio de Janeiro (o mercado que tem sustentado a sambista nos últimos anos é o paulista). "Quero ser recuperada na minha cidade", pediu Leci, no discurso mais inusitado da noite. Pela boa reação, a recuperação começou.
Com menos entusiasmo do que Leci, Zeca Pagodinho abriu a noite com É Preciso Muito Amor, o maior sucesso de Noca da Portela como compositor. A platéia vibrou com a presença de Zeca e se empolgou no refrão. Na seqüência, Nelson Sargento e Mauro Diniz celebraram em desencontrado dueto a irmandade das escolas de samba Mangueira e Portela. Mas o samba Velhas Companheiras não rendeu o que poderia. Sargento estava muito inseguro com a letra e não entrava na hora certa. Já Diniz - recrutado na banda arregimentada pelo diretor musical Paulão Sete Cordas para substituir Monarco, impossibilitado de gravar por problemas de saúde - foi prejudicado pelo som sempre oscilante da Fundição Progresso. Em seguida, o grupo Sururu na Roda entrou em cena e reestabeleceu o ritmo com Da Melhor Qualidade. Mas tudo voltou ao tom inseguro de antes quando Lenine foi chamado para cantar A Corda e a Caçamba. Lenine errou a letra no primeiro take e interrompeu o segundo logo no começo. Talvez pelo desconforto de cantar versos mais adequados para um devoto do samba do para um compositor celebrado pelo tom miscigenado e universal de sua música. Deslocado, Lenine pareceu um penetra no clube...
Cria da Lapa, o boêmio bairro carioca que ajudou a revitalizar o samba e no qual se situa a Fundição Progresso, o grupo Casuarina estava em casa, mas, por alguma razão, não rendeu como de costume ao cantar O Show Tem que Continuar, Não Deixe o Samba Morrer (cujo refrão foi acompanhado pelo forte coro popular) e Retalhos de Cetim. Na seqüência, Sandra de Sá - escalada para cantar a marcha Água na Boca - perseguiu um tom esfuziante, típico de um baile de Carnaval, mas a platéia reagiu mais com suas observações e provocações sobre futebol. Bem fez Serjão Loroza que entrou em cena e, com seu vozeirão, mandou direto Eu Bebo Sim, com suingue e um leve tom teatral na interpretação. Nem foi preciso repetir. Mas a noite era mesmo das mulheres e o trio formado por Ana Costa, Anna Luiza e Nilze Carvalho (de volta ao palco, pois integra o Sururu na Roda, que já havia se apresentado) valorizou Saudades da Guanabara, iniciada pelo autor Moacyr Luz. Quando tudo fazia supor um desastre, pelo canto esmaecido do compositor, as cantoras foram entrando em cena, uma instantes após a outra, e deram um colorido especial ao samba, que deu título ao LP gravado por Beth Carvalho em 1989.
Por fim, Jorge Aragão entrou em cena para empolgar mais com Vai Passar - e o samba-enredo de Chico Buarque e Francis Hime incendiou de imediato a platéia - do que com O Mar Serenou. Entre altos e baixos, a gravação do CD e do DVD que a EMI Music põe nas lojas até o fim do ano sinalizou que há bem mais sócios legítimos do que penetras neste simpático clube social do samba...
A Beth é fantástica e tem a sensibilidade musical de poucas. Só quem tem música na alma para colocar "Smile" em "O Bêbado...".
Só isso já vale o DVD...
Vai ter essas músicas todas no CD e DVD?
Mas colocar "Smile" em "O Bêbado..." não é novidade. O autor da música, João Bosco, faz isso nos shows.
Caro Mauro,
Tem um erro no texto, o certo seria ENTUSIASMOU ("a intérprete não entusiasmo tanto"). Um abraço e gostei muito de saber que a minha Rainha arrasou! E a música de Roberto Ribeiro que ela interpretou é maravilhosa também, deve ter ficado lindo na sua voz! Pena que esse pessoal da Lapa é um pouco elitista e deve desconhecer essa pérola do repertório de Roberto Ribeiro.
Marcelo Barbosa - Brasília (DF)
O Da melhor qualidade é o samba gravado pela Beth no Das bençãos que virão com os novos amanhãs? Se for maravilha (duas músicas do repertório da minha Rainha!)!
E Sandra de Sá tem de variar nesse lance de futebol já não bastou no Casa de Samba e no dvd do Neguinho da Beija-Flor? Abs,
Marcelo Barbosa - Brasília (DF)
Quem é Anna Luiza?
E por que Ana Costa e Mauro e Nilze e Moa tiveram que dividir músicas enquanto Lenine, Serjão e Sandra estão na parada? Não é Samba? Cadê Luiz Carlos da Vila, Marquinhos Diniz, Dorina, Wilson Moreira, das Neves? Esses sim representam o samba, melhor que Roberta que vai cantar hoje e tantos outros "penetras"... Enfim... mercado, jabá, gravadora... continuam imperando mesmo num "lugar" onde deveria ser verdadeiro como o samba é.
Então, não forcemos a barra dizendo que esse CD DVD é o retrato do samba carioca, brasileiro... é preciso muito mais (como já dizia candeia)! Claro, sem desmerecer os sambistas e intérpretes que participam do trabalho.
Ah! e é uma pena esse clube não contar com Nelson Rufino, Roque Ferreira, Claudio Jorge, Nei Lopes... e por aí vai.
Abraço!
Super Beth ataca outra vez!
Faço eu uma pergunta ao grande Marcelo Barbosa, dos grandes conhecedores de samba aqui no blog: Beth já não andou fazendo citações de "Smile" no final de uma gravação feita para "O Show tem que Continuar", há uns anos atrás?
Felipe dos Santos Souza
tropeço de "alguns intérpretes"? todos tropeçaram, os únicos que não repetiram nada foram Sururu na Roda e Serjão Loroza. No caso do Fundo de Quintal chegou a ficar chato a quantidade de vezes que recomeçaram a música...
Caro Felipe,
Obrigado pelo elogio! Assim acabo ficando sem graça. E quem sou eu!rs Mas quanto à Smile, eu lembro do Aragão cantando uma versão da música e se não me engano é uma adaptação do Djavan. Acho que Alcione também já fez algo com a música. Tenho de procurar o disco. A não ser que seja do show dela de 98, Pérolas do Pagode, mas assim de cabeça me falha a memória. Beth canta o Show tem que continuar (Pérolas do Pagode com participações especiais de Alcione e Nelson Sargento, transmitido pelo canal Multishow) Vou olhar nos arquivos e depois te informo. Abração,
Marcelo Barbosa - Brasília (DF)
E Beth regravou Nada Além para a trilha da novela da Record, não lembro se tem a citação da música no final desta gravação.
Mauro,
É Anna Luisa (com "s", não com "z").
A maior surpresa que tive ao frequentar este espaço foi descobrir que Beth Carvalho tem um fã empedernido. Juro que jamais imaginei isto. Sabia que Bethania, Simone, Elis, Ana Carolina, etc, têm sua plêiade de admiradores fanáticos mas Beth foi realmente surpreendente.
Eu que jamais percebi nada de especial na artista (a não ser sua real ligação com o samba) comecei a botar mais reparo depois do que li por aqui.
Confesso que ainda não cheguei la, mas tô na área...
Abs
Ju Veloso
Há citação de "Smile" em "O Show Tem Que Continuar" no CD "Pérolas do Pagode" (1998).
Creio que o Marcelo está confundindo o CD com o show (este sim com participações de Alcione, Nelson Sargento, João Nogueira, Martinho da Vila, Zeca Pagodinho e Paulinho da Viola) - o Multishow fez a gravação nos dias em que os convidados eram os dois primeiros).
***
E em muitos shows há a citação de "Smile" na música, como no de Montreux 2005 e um realizado em Porto Alegre este ano - show, aliás, maravilhoso, em que Beth cantou até "Se Acaso Você Chegasse".
A versão de 'Smile' é do Braguinha, feita em 1955. Foi gravada por Djavan e Nana Caymmi, que eu saiba.
Em depoimento à TV, João Bosco disse que a melodia de 'O Bêbado e a Equilibrista' foi inspirada na melodia da canção de Chaplin, daí possivelmente a referência a Carlitos na letra de Aldir Blanc.
Marcelo,
A versão de "Smile" foi feita pelo Braguinha e gravada, entre outros, magistralmente pelo Djavan, muito tempo depois.
abração,
Denilson
Tenho até medo de ouvir esse bebado e equilibrista,quando sair o cd ,espero q eu estejá enganado,mas só pelo resto do elenco ,já vale o projeto.
Em um mesmo trabalho Alcione ,Elza e Leci é luxo só,só faltou clarinha infelizmente.
Douglas bytencourt de oliveira.
Fico feliz ao saber que Beth e Leci agradaram e empolgaram o pessoal.
Estão na estrada há bastante tempo, sabem quem são e o que estão fazendo...
Não caíram de pára-quedas nesse clube. Nunca caem quando o assunto é samba.
Glauber 97
A Beth até merece os elogios. Mas precisava se inspirar novamente na Clara no quesito figurino?
Está certo que não é tão pungente quanto a versão de Djavan, mas Fábio Jr. também já regravou "Smile", no CD "Compromisso", de 1998.
Aliás, o arranjo que Fábio fez para a canção é semelhante ao de Djavan.
Felipe dos Santos Souza
Meus caros: Denilson, Luc, Anônimos
Vocês tem total razão! A versão é do Braguinha, inclusive consta até no Song Book dele(Paulinho Moska), foi mal! Estava assistindo ao Pérolas do Pagode e não faz citação a Smile não. Eu não confundi minha gente, citei o show (esse com participações da Marrom e do Nelson transmitido pelo Multishow).
Ju Veloso, meu doce (rs), não entendi sinceramente se é um elogio ou uma crítica. Empedernido no sentido de duro sim, mas de insensível jamais! É que aqui tem uns pseudos-fãs que gostam de desmoralizar o talento alheio. Acostume-se e bem-vinda! (Tem uma até que voltou para o meu desprazer! Só lamento pra "ela")...mas, de qualquer forma se foi um elogio eu te agradeço. Um beijo,
Marcelo Barbosa - Brasília (DF)
E o dvd da Rainha tá vendendo que é uma beleza, hoje fui à Fnac e Livraria Cultura e já consta na numeração de vendagem a sigla: AH02000. Excelente notícia!
Beth Carvalho tem um carisma indiscutível no palco, uma figura bonita, correta, elegante... Acho que os dois grandes momentos do CD cidade samba são dela com o Diogo Nogueira e Alcione, elegante como raramente se apresenta, com Elton Medeiros. Não são à toa, nossas duas maiores sambistas.
1. Digo não aos penetras.
2. Sandra de Sá deveria tentar voltar a ser apenas uma boa cantora de Brasil Soul.
Sobre Leci. Há quase 10 anos ouço sua ladainha de desterrada do Rio. Mas ao mesmo tempo, não há vejo batalhando mercado aqui, cantando nas Lonas Culturais, nos clubes, nas rodas de samba - que são várias, indo a programas de rádio, o público da Leci no Rio sempre foi o mais popular, então não entendo ela lançar o CD no Canecão. Porque não no centro do Rio, a preços populares, ou no renascença, no santa luzia, no Tia Doca, no cacique... O artista não tem que ir onde o povo está?
É muito louco o que aconteceu com a música popular brasileira no Rio, antes os artistas como Alcione, Emílio, Leci, Simone, Joana, Clara Nunes, Roberto Ribeiro... faziam temporadas efetivamente populares, a preços que qualquer pessoa poderia pagar. Se pensarmos que pelo tempo de carreira eles não devem se desvalorizar a este ponto, ok? Então cantores como Teresa Cristina, Roberta Sá, Rita Ribeiro, Monica Salmaso deveriam estar fazendo as tais temporadas populares, o que também não acontece, ou seja, quem ganha pouco não pode mais assistir a shows destes artistas... Populares hoje são os grupos de pagode e cantores de axé, pois com 15 reais você consegue assistir um show deles.
Jana Lobato,
ficamos assim: quando eu vir alguém de vestido branco na rua, vou falar para a pessoa parar de "imitar" a Clara Nunes, ok?
***
Marcelo,
na gravação de "Nada Além" para a novela "Cidadão Brasileiro" não há citação de "Smile".
Sandra tinha q reaprender a cantar sem gritar. Já Beth...tinha que ter a voz de anos atrás...
Acho ridículo ver Sandra de Sá, dando uma de sambista.
Sou fã de Sandra de Sá e acho uma das mais versáteis da nossa música. Ela é romântica e soul mas sempre flertou com o samba e com o rock. Por isso não a considero uma " penetra " nesse social clube !
Tinham mesmo que por Ana Costa, Anna Luisa e Nilze juntas ? ( Sozinhas dariam conta do recado!)
Foi pra enxugar o roteiro ?? Só pode ...
Fiquei curioso mesmo pra ouvir Jorge Aragão cantando VAI PASSAR. A versão do Fundo de Quintal é constrangedora ...
Ouvir o grupo CASUARINA cantar :O Show Tem que Continuar, Não Deixe o Samba Morrer e Retalhos de Cetim, já valeria o ingresso.
Como não fui, vai valer o DVD e/ou CD !
Sandra de Sá é uma ótima gritora, mas não dá certo cantando samba, é melhor ficar no romântico brega, onde ela arrasa ( adoro ).
EU ESTIVE LÁ, O MAURO FEZ BOAS OBSERVAÇÕES SOBRE O SHOW, REALMENTE TERESA, BETHT E LECI BRILHARAM, MAS TBM GOSTEI MUITO DO SURU, DO CASUARINA, DO JORGE ARAGÃO,DO MOACIR LUZ E AS MENINAS ANA LUISA, ANA COSTA E NILZE CARVALHO E TBM DO SEU NELSON SARGENTO E DO MAURO DINIZ E NÃO GOSTEI MESMO DA SANDRA DE SÁ ( vaiada merecidamente- que erro essa mulher naquela noite) e do FUNDO DE QUINTAL QUE ERROU TUDO, REALMENTE ESSE FUNDO ESTÁ LÁNO FUNDO.
AMANHÃ ESCREVO SOBRE O SEGUNDO DIA.
VIVA O SAMBA!!!!!!!!
Mauro,
Realmente não há citação de Smile. Só para deixar claro que o comentário acima não é meu! Abs,
Marcelo Barbosa - Brasília (DF)
Toda mulher de branca não será Clara.
Mas, Beth, com esse visual, fica difícil não lembrar da Clara, com saudade.
Alcione não é uma das nossas melhores sambistas ,ela é uma das nossaa maiores cantoras de todos os tempos.
Seu nome está ao lado do de Angela ,Elis ,Dalva ,Gal ,Zizi etc,portanto restringi-lá a um genero é algo depreciativo.
Faxineira,o retorno
Me dá muita preguiça esse papo sobre "penetras" no samba... todo músico brasileiro sofre alguma influência do samba, seja ele um músico de pop, jazz, orquestra sinfônica, hip hop ou frevo. O samba é NOSSO, pode e deve ser cantado por todos nós, brasileiros!
Bia, bom dia ...
Anna Luisa é uma cantora carioca que já lançou dois albuns ( um em 2003 é de cover com sucessos das novelas ). Ano passado se apresentou no SOM BRASIL RAUL SEIXAS e está por lançar seu novo album.
O cd DO ZERO, produzido em esquema totalmente independente, foi considerado um dos melhores lançamentos de 2006 e tem canções de Pedro Luis, Seu Jorge, Rodrigo Maranhão e Rodrigo Amarante além de composições próprias.Ouça!
Um abraço
Diogo Santos
Baln. Camboriu - SC
Não tem como não lembrar da Clara qdo se ver uma foto dessa.
Claro que tem diferença entre as duas: uma já se "encantou" e a outra não.
Clara era uma mulher linda ,tinha uma presença de palco perfeita e como dizia Sivuca, "era uma cantora de possibilidade ilimitada".
Considerando esses três aspectos é óbvio que a Beth nem chega perto.
Segundo o colega João Pimental do O GLOBO ...
"A seqüência mais emocionante da noite foi a que começou com Moacyr Luz, acompanhado de Ana Costa, Anna Luisa e Nilze Carvalho, cantando "Saudades da Guanabara" ...
E o Mauro dissse no post ...
" ... a noite era mesmo das mulheres e o trio formado por Ana Costa, Anna Luisa e Nilze Carvalho (de volta ao palco, pois integra o Sururu na Roda, que já havia se apresentado) valorizou Saudades da Guanabara, iniciada pelo autor Moacyr Luz. Quando tudo fazia supor um desastre, pelo canto esmaecido do compositor, as cantoras foram entrando em cena, uma instantes após a outra, e deram um colorido especial ao samba, que deu título ao LP gravado por Beth Carvalho em 1989."
Legal !
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