21 de junho de 2008

Cores de Brian Eno alteram matiz do Coldplay

Resenha de CD
Título: Viva la Vida or
Death and All his Friends
Artista: Coldplay
Gravadora: EMI Music
Cotação: * * *

É fato que o quarto álbum do Coldplay tem cores diversas de Parachutes (2000), A Rush to the Blood of the Head (2002) e X & Y (2005). A começar pelo tom mais destacado das guitarras em Violet Hill, o primeiro grande single do álbum. Esse novo colorido é efeito da associação da banda com o produtor Brian Eno, mentor do grupo Roxy Music (1971 - 1983), de grande habilidade no manuseio de sintetizadores. Mas é fato também que a personalidade do Coldplay é tão forte que nem Eno conseguiu anulá-la neste Viva la Vida or Death and All his Friends. Em temas como Lost! e 42, o matiz original do grupo ainda é perceptível. Em bom português, o CD preserva as melodias de atmosfera melancólica bem como o piano e a voz angustiada do cantor Chris Martin - a rigor, as bases sólidas do som do Coldplay - entre experimentações com cordas de tonalidade oriental (em Yes) e razoável tema instrumental (Life in Technicolor). O que incomoda no álbum são os fortes ecos de U2 nas faixas Cemeteries of London e Lovers in Japan / Reign of Love. Até a guitarra de Johnny Buckland remete ao toque de The Edge. Brian Eno, vale lembrar, foi co-piloto de álbum emblemático da discografia do grupo irlandês, The Joshua Tree (1987). É pena, pois o Coldplay sempre seduz mais o ouvinte quando se parece com o... Coldplay. U2 à parte, a faixa Viva la Vida brilha com (vibrante) pegada pop.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

só ouvi violet hill e concordo que émesmo uma grande música

21 de junho de 2008 às 13:06  
Anonymous Anônimo said...

Quando ouvi "Lovers in Japan" me lembrei na hora de "I Still Haven't Found What I'm Looking For" do U2.

Você tem toda razão quando diz que o Coldplay seduz mais quando se parece com Coldplay.É isso mesmo.

Quando terminei de ouvir o disco, tive a sensação de que estava faltando algo.Pra mim o disco mais fraco até agora...

22 de junho de 2008 às 00:34  
Anonymous Anônimo said...

Se nem o Brian Eno fez o Coldplay enlouquecer, é melhor esquecer dele.

24 de junho de 2008 às 03:19  

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