Alanis firma maturidade em CD mais eletrônico
Resenha de CD
Título: Flavors of
Entanglement
Artista: Alanis
Morissette
Gravadora: Warner
Music
Cotação: * * *
Título: Flavors of
Entanglement
Artista: Alanis
Morissette
Gravadora: Warner
Music
Cotação: * * *
Em seu anterior álbum de inéditas, So-Called Chaos (2004), Alanis Morissette esboçou reflexões feitas com equilíbrio emocional. Já não havia a raiva feminina que a cantora cuspiu na direção dos homens no irado Jagged Little Pill, obra-prima de 1995 que projetou em escala mundial o nome da artista canadense. Flavors of Entanglement (re)afirma a maturidade de Alanis. Aos 34 anos, completados em 1º de junho, a cantora já nem tem idade para encarnar a garota revoltada. Tanto que, na faixa Torch, a intérprete remói com resignação adulta o fim de seu relacionamento com o ator Ryan Reynolds. Com dor e sem raiva...
Musicalmente, Flavors of Entanglement se diferencia dos demais álbuns de Alanis por conta da produção de Guy Sigsworth - responsável por vários álbuns da cantora islandesa Björk. Entre eles, os cultuados Post (1995) e Homogenic (1997). Mas Alanis não é Björk. E nem sempre a moldura eletrônica criada por Sigsworth parece ser o melhor caminho para adornar a música da artista. Tanto que o momento mais pungente do álbum, a balada Not As We, é a faixa que ostenta menor produção. Há apenas a voz de Alanis, o piano tocado pelo próprio Sigsworth e uma atmosfera de densidade emocional que valoriza a melodia. Tem jeito de hit...
Na contramão do minimalismo de Not as We, músicas como Straitjacket e Citizen of the Planet foram turbinados com loops e beats eletrônicos. A primeira é a faixa em que Alanis mais mira as pistas. A segunda se safa da mesmice pelos elementos indianos do arranjo. Mesmo pecando eventualmente pelo excesso, Flavors of Entanglement é mais um bom disco que ratifica que Alanis Morissette ainda tem (muito) o que dizer. Com ou sem produção...
4 Comments:
Eu tava ansioso pela crítica desse CD, não sei o porquê. Deve ser porque ele é tão variado que criticar deve ter sido difícil.
As baladas são ótimas, e eu até gostei da estranheza das faixas eletrônicas. As letras do álbum estão entre as melhores dela. O problema é que as melhores músicas são as da edição especial que não saiu no Brasil, o que é uma pena...
Concordo com as coisas que vc disse.Só não acho que o disco tenha um excesso de eletrônica e que merecia fácil 4 estrelas.Gosto da Alanis nunca ter tentado parar de crescer e mudar,mesmo sabendo que as pessoas queriam isso dela.Uma artista de rara honestidade e coerência.Uma cantora e compositora muito talentosa e que não recebe muitas vezes a atenção merecida por causa da desesperada busca pelo novo hype.Mas o que é bom permanece.
Eu comprei e gostei muito. Pra mim um dos melhores do ano. Duro vai ser se a gravadora lançar a edição especial no Brasil, só depois de todo mundo ter comprado a edição simples. Eles adoram fazer essa sacanagem com a gente. Bom daí a gente responde comprando o pirata. Nos tempos do Brasil de Hoje, não dá pra comprar duas vezes o mesmo cd né ? Já deviam ter lançado as duas edições, e cada um comprava a que queria.
Edu - abc
Straitjacket é tão viciante!
Gostei muito do cd todo, mas como todos cd da Alanis, tem umas boas semanas pra dcorar as letras, sempre tão complicadas.
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