26 de outubro de 2007

Produtores sustentam Britney em álbum coeso

Resenha de CD
Título: Blackout
Artista: Britney Spears
Gravadora: Jive Records
/ Sony BMG
Cotação: * * 1/2

Ainda é cedo para decretar a sentença de morte de Britney Spears. Apesar de estar dando (claros) sinais de descontrole emocional neste último ano, por conta do uso de drogas, a artista volta à cena com álbum coeso, superior ao seu último CD, In the Zone (2003), o que trouxe o hit Toxic. Como já sinalizara Gimme More, primeiro bom single, música que poderia estar num álbum de Madonna, Blackout apresenta munição para tirar Britney das trevas em que ela tem estado mergulhada. O mérito está no time de produtores (Nate Danjahandz Hills, Bloodshy & Avant, Kara DioGuardi, Christian Karlsson e Pontus Winnberg, entre outros). Eles criaram batidas que, embora soem artificiais e eventualmente repetitivas (Get Naked evoca Gimme More, ambas produzidas por Nate Hills), são o retrato de época em que importam muito mais os produtores do que os cantores. Sorte de Britney, que disfarça seus limites vocais entre as batidas de músicas como Freakshow (uma das duas únicas faixas que traz o nome da cantora entre os autores) e Heaven on Earth, petardo certeiro nas pistas. Em Piece of me, outro destaque pelo toque de modernidade eletrônica da produção de Bloodshy & Avant, Britney procura se mostrar como vítima da engrenagem em letra sem consistência. Mas ouvintes de discos de Britney não esperam encontrar versos consistentes em seus discos. O que conta é a batida. E, por isso mesmo, Blackout - que chega às lojas na terça-feira, 30 de outubro, com convidados como o cantor de rhythm and blues T-Pain (na faixa Hot as Ice) e Pharrell Williams (em Why Should I Be Sad?) - vai decepcionar os urubus de plantão. Britney Spears sobreviveu ao inferno. Temas de erotismo forçado, como Perfect Lover, cairão bem nas pistas. São exemplos do artificialismo que impera em parte do universo dance eletrônico no qual Britney Spears está inserida. E, não, ela não está mal na foto. Foi salva pelo eficaz exército de produtores.

12 Comments:

Anonymous Anônimo said...

sinal dos tempos...

26 de outubro de 2007 às 16:16  
Anonymous Anônimo said...

Só não entendi o que tem a ver o uso de drogas e descontrole emocional com estar morto "artisticamente". Se fosse assim, Padre Marcelo e os cantores evangélicos seriam os mais vivos artisticamente?

26 de outubro de 2007 às 16:53  
Blogger Philipe Daniel said...

Q capa mais brega é essa????????????? Horrorenda!
To esperando a resenha do CD/DVD da Luiza Possi

26 de outubro de 2007 às 17:26  
Anonymous Anônimo said...

Affff e Luiza Possi é o q?
Breeeeega
E pior, começou imitando Britney Spears. E agora virou uma lixeira da mpb - vive coletando o que há de pior, de Vercilo a Ana Carolina

26 de outubro de 2007 às 18:27  
Blogger Mauro Ferreira said...

Anônimo das 4;53, valeu pelo toque. Eu quis dizer que, diante de tal descontrole, ela ainda conseguiu produzir algo que preste do ponto de vista artístico. Mas concordo que o texto dava margem a outra interpretação. Por isso mesmo, eu o modifiquei. Abraço.

26 de outubro de 2007 às 18:30  
Anonymous Anônimo said...

"Gimme More" poderia estar em um álbum de Madonna? Não, Mauro, a verdadeira rainha do pop não tem este mau gosto.

26 de outubro de 2007 às 19:02  
Anonymous Anônimo said...

Muito bom seu blog. Há tempos estava procurando algo do gênero na blogosfera e tive até a pretenciosa idéia de talvez eu mesmo criar um blog com resenhas das novidades do mundo da música. Virarei leitor assíduo, você escreve muito bem (só não encontrei um link de feed para assinar). Agora, não poderia deixar de comentar sobre o Cd da Britney. Quando li sua resenha sobre o cd fui catá-lo imediatamente um link pra download (não era de se espantar que encontraria facilmente pela visibilidade que o nome Britney Spears tem no mundo).

Ouvi o CD inteiro e contemplei uma evolução inesperada da cantora. Concordo plenamente que foi muito bem produzido e não me espantarei se em pouco tempo ouvir Britney nas baladas cariocas. Destaque para a faixa de abertura que já é alucinante na caixinha de som do PC, óbvio que ouvindo com um mega fone de ouvido e no último volume não daria pra ficar parado. Quem gosta de música eletrônica que não se deixe levar pelos esteriótipos e se permita avaliar o novo trabalho da cantora, ou da super-liga de produtores por trás do disco.

parabéns mais uma vez pelo blog. estou partindo para ler o post do Vercilo, outro camarada da música que não decepciona. abs

26 de outubro de 2007 às 20:29  
Anonymous Anônimo said...

Opa, desculpa, a música que eu queria destacar não eh a música de abertura do CD e sim a "Piece Of Me" (segunda faixa do disco).. vlw

26 de outubro de 2007 às 21:30  
Blogger Philipe Daniel said...

Pois é, começo com pop debiloide, mas nunca e tarde pra recomeçar... To achando incrivel esse mergulho dela em coisas que presta... A Luiza tem ganhado minha admiração!

26 de outubro de 2007 às 21:46  
Anonymous Anônimo said...

Philipe, com todo respeito, conta outra, a Luiza nesse 3º trabalho deu uma de lixeira. Até hoje essa mina não fez nada que preste ainda. A (grande) sorte dela é que não fez sucesso nenhum essa bolacha com músicas pavorosas de compositores idem. Ainda há tempo de mudar e de fazer algo interessante.

27 de outubro de 2007 às 20:30  
Anonymous Anônimo said...

Apóio o Philipe, os últimos CD'S da Luiza estão ótimos, ela amadureceu muito, e se Moska, Vander Lee, Chico César e Lenine são lixos tbm, que venham mais "lixos" desses...

29 de outubro de 2007 às 15:15  
Anonymous Anônimo said...

Anônimo, não disse que esses caras são lixos... preste mais atenção ao que está escrito. Disse que Luiza virou lixeira da mpb, coletando músicas ruins de compositores que em geral fazem uma música bastante ruim, sim. Ninguém é lixo, isso não existe. Mas sim, se produz muito lixo musical, letras redundantes, muito blablablá e poluição sonora. A mpb não precisa de uma cantora afinadinha de voz igual a outras 1000 e ainda por cima pra cantar essas músicas de caras que tocam sem parar na fm e que nem têm talento como compositores. O que ela quer, divulgar ou revelar o que? Fazer um apanhado da mpb atual, com essas coisas? Quer fazer sucesso fácil? Tanto a escolha foi ruim, que não obteve êxito nenhum, apesar das inúmeras tentativas de emplacar em novelas da globo. Claro que Chico César e Moska são bons compositores, mas no geral ela fez péssimas e bregas escolhas sim.

30 de outubro de 2007 às 02:11  

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