28 de outubro de 2007

Ana Cañas debuta em disco com 'Amor e Caos'

Já cultuada no circuito hype paulista, por conta de temporadas na casa All of Jazz e no bar Baretto (do Hotel Fasano), a compositora e cantora Ana Cañas chega ao disco aos 27 anos de idade e quatro de carreira. Contratada pela Day 1, a megaempresa que engloba a gravadora Sony BMG e que gerencia a carreira de seus artistas, a paulistana vai lançar em novembro Amor e Caos, CD produzido pelo violonista Alexandre Fontanetti com arranjos do guitarrista Fabá Jimenez. No repertório, há oito músicas autorais (Mandinga Não, Devolve Moço, A Ana, Vacina na Veia e Interrogação, entre outras) e releituras dos cancioneiros de Caetano Veloso (Coração Vagabundo, num registro cool) e Bob Dylan (Rainy Day Woman). O primeiro single do álbum é A Ana. É o tema mais pop do disco.

"Apesar de cantar jazz, eu não sou uma jazzista. Jazz, para mim, significa liberdade", conceitua Ana Cañas no vídeo promocional que apresenta Amor e Caos. Rótulos à parte, o trabalho deverá apresentar uma cantora de personalidade bem formada - a julgar pelo recente show organizado pela Sony BMG em São Paulo (SP) para apresentar Cañas a jornalistas, radialistas e a formadores de opinião. Dona de voz extensa, Cañas poderia transitar apenas pelo jazz escorada em sua precoce maturidade - como provou no show ao cantar Summertime, tema em que sua voz dialogou segura com o baixo de Fábio Sá. Sua versão a capella de Retrato em Branco e Preto conjuga dramaticidade e ousadias estilísticas. Consta, aliás, que Chico Buarque (parceiro de Tom Jobim na música) e Caetano Veloso estiveram entre os nomes famosos que se encantaram com a voz aguda de Cañas ao vê-la no Baretto. "Eu tenho orgulho dessa parte da minha história. Foi na noite que eu aprendi a cantar e a fazer as loucuras que a gente mostrando aqui", ressaltou Cañas no palco, antes de interpretar standards como Stormy Wheater.

Com suingue e personalidade vocal, Ana Cañas está chegando ao disco com um estilo muito mais pop e mais distante do jazz. É um pop torto e menos digerível do que a média. A cantora não deverá fazer sucesso imediato, mas tem toda pinta de que veio para ficar. Não por acaso, a novata admira Marisa Monte pela firmeza com que a já veterana colega conduz sua carreira. Anote na agenda de 2008: bem ou mal, você vai falar de Ana Cañas. Acho que bem...

38 Comments:

Anonymous Anônimo said...

pelo menos essa não se mete a cantar samba para dizer que é moderna

28 de outubro de 2007 às 18:25  
Anonymous Anônimo said...

É Cañas, ou Canãs?

28 de outubro de 2007 às 19:37  
Anonymous Anônimo said...

cañas ou canãs?

28 de outubro de 2007 às 19:38  
Anonymous Anônimo said...

Ana, como várias novas jovens cantoras, é irritantemente parecida com MM. O que é isso? Franquia do Mac Donalds, Admirável mundo novo, Matrix? Tudo igualzinho, insosso, com o mesmo timbre de MM e perfeitamente sem valor. Tô fora dessas cantoras.

29 de outubro de 2007 às 03:23  
Anonymous Anônimo said...

Ronnie Von foi ?
Porque ele a ajudou muito segundo a mesma disse em entrevistas passadas.

Sucesso e vou conferir mais de perto seu trabalho

29 de outubro de 2007 às 08:22  
Anonymous Anônimo said...

Assino embaixo. Mais uma pseudo-Marisa! Basta saber se terá continuidade. Essas gravadoras devem gostar de gastar mesmo com o mercado em crise. Alguém me responde: cadê Fernanda Porto? Cadê Céu? Cadê Taviani? Cadê Ana Carolina? (que eu adoro, mas errou feio no último disco....o tiro saiu pela culatra).

29 de outubro de 2007 às 08:26  
Blogger Mauro Ferreira said...

Obrigado ao anônimo que me chamou a atenção para a grafia do sobrenome da cantora. É Cañas. Eu é que me distraio e ponho vez por outra o til no a, mas já consertei.

Fátima, pelo que vi e ouvi de Ana no show em SP, o estilo e o timbre dela são diversos dos de Marisa. Será que não somos nós que temos o vício de procurar traços de Marisa em toda cantora que surge?

29 de outubro de 2007 às 08:28  
Anonymous Anônimo said...

Nossa Mauro, você destruiu agora...O povo tem mania de querer jogar pedra e sempre querer falar mal da Marisa e sua técnica. Êta povo recatado!!!

29 de outubro de 2007 às 08:56  
Anonymous Anônimo said...

Mauro, foi só uma primeira (má) impressão. Tomara que você esteja certo. Mas essa nova geração, em geral, infelizmente não prima pela diversidade. Beijo

29 de outubro de 2007 às 09:30  
Anonymous Anônimo said...

Esse Alexandre Fontanetti é o mesmo músico que produziu o excelente álbum de uma outra jovem cantora: a Bruna Caram.
Fiquei curioso para ouvir essa outra moça...

29 de outubro de 2007 às 09:51  
Blogger Unknown said...

gostei muito do seu blog, foi recomendado por um amigo estimado.

sobre o post, irei conhecer essa cantora,com certeza.

29 de outubro de 2007 às 09:56  
Blogger Unknown said...

e deixo o meu blog.

www.musicaequasetudo.blogspot.com

29 de outubro de 2007 às 09:56  
Anonymous Anônimo said...

PARECE UMA FABRICAÇÃO INDUSTRIAL.. CHEGA CARREGADA DE MANHAS DA GRAVADORA.. NÃO SEI SE É UM BOM CAMINHO!

29 de outubro de 2007 às 10:00  
Anonymous Anônimo said...

Vocês podem ouvir no myspace dela, uma faixa do disco. Em nada lembra a Marisa, em nenhum sentido. Tem alguma coisa da Céu, embora seja diferente.

http://www.myspace.com/anacanas

29 de outubro de 2007 às 14:16  
Anonymous Anônimo said...

Essa Fátima Jurema deve ser uma esquisita!!!! Nada é bom prá ela, nem o que ela ainda não conhece.
Tá difícil hein??

29 de outubro de 2007 às 16:19  
Anonymous Anônimo said...

Querido anônimo,
Tirando coisas insuportáveis como Simone, Wanessa Camargo, Jorge Vercilo, Sandy & Jr., Ana Carolina (e congêneres), Oswaldo Montenegro, Engenheiros do Hawaii, imitadoras chatas de Elis Regina e Marisa Monte, músicas de refrões pegajosos, funk, axé, pagode, música evangélica e fãs tediosos e fanáticos, o resto da mpb tá pra lá de aprovado. A lista é longa, vai de Carmen Miranda a Preta Gil...:P

29 de outubro de 2007 às 18:12  
Anonymous Anônimo said...

Índia cacique Fátima Jurema conhece música e é gabaritada.
Sua resposta foi muito boa, Fátima, só pisou na bola ao listar Preta Gil como aprovada.
Mas, ninguém é perfeito.

Jose Henrique

30 de outubro de 2007 às 01:32  
Anonymous Anônimo said...

Não tô falando!!! É uma esquisita mesmo. Insiste ( dessa vez de forma insinuada) em dizer que Ana é uma imitadora de Marisa Monte. aiai.....E mesmo se fosse, o que não é o caso, ela estaria imitando alguém que, com certeza, merece todas as homenagens possíveis. Até mesmo ser imitada.

30 de outubro de 2007 às 08:14  
Anonymous Anônimo said...

José Henrique,
O que me agrada na Preta é a super voz e a ausência do ego... hehehe. Mas você já viu o que acontece quando toca um som de Preta numa pista? O som dela é despretensioso e ótimo pra dançar. É claro que a cantora não é nenhuma Bethânia, mas seu canto tem lá seus encantos, é fresco, direto, espontâneo. Preta não parece com nenhuma cantora, só tem lançado músicas inéditas, faz um som brasileiro e suingado... eu vejo lá algumas virtudes sim. Além disso fui a seu show e a conheci, e pessoalmente ela é um amor.
Um beijo
Fátima

30 de outubro de 2007 às 13:56  
Blogger Unknown said...

concordo com jurema.
preta gil faz um som despretensioso e muito legal.

o povo que gosta de mpb se leva a sério demais, quer um som revolucionário como no passado.
beijo!

www.musicaequasetudo.blogspot.com

30 de outubro de 2007 às 19:59  
Anonymous Anônimo said...

Não sabia que a música de Preta Gil tinha fãs. eheheehe
Pensei que só comprassem os discos dela, os amigos e os parentes. ehehehehe :>)
Eu gosto da figura dela, autêntica e bem humorada, mas não música? Não dá!

Jose Henrique

31 de outubro de 2007 às 00:49  
Anonymous Anônimo said...

Concordo com o 8:14 AM. Tem gente que não entende nada de nada e se acha! Certas pessoas não conseguem entender que sempre houve e haverá influências (muito diferente de imitação, não é mesmo?)e isso é inconstetável. Deixemos as pessoas recatadas de lado meu caro!

31 de outubro de 2007 às 08:15  
Anonymous Anônimo said...

Impressionante como hoje, as pessoas viram fãs de qualquer um(a). Importa mais a opção sexual, o jeito "muderninho" e estranho do que a própria música. Tô de saco cheio dessa gente chata.

31 de outubro de 2007 às 12:49  
Anonymous Anônimo said...

Julio, não entendi o que você quis dizer. É algo referente à Ana? Sua ORIENTAÇÃO sexual? Chata? Poderia explicar melhor?

31 de outubro de 2007 às 13:22  
Blogger PINDZIM said...

Seja bem vinda Ana. Pelas duas músicas divulgadas até agora só vê semelhança com a Marisa Monte quem tem obsessão por rótulos e comparações. "Devolve Moço", então, não lembra nenhuma outra cantora brasileira. Além do mais é de se saudar que seja a moça também compositora.

Para aquele que não sabe, a Céu está em turnê nos Estados Unidos. Se aqui não são reconhecidos os talentos locais, eles têm que ir procurar seu espaço lá fora.

31 de outubro de 2007 às 16:56  
Anonymous Anônimo said...

Fazer sucesso aqui eh uma coisa bem relativa! Fazer turne aqui e ser vista por uma classse bem elitizada que gosta de musica mundial eh uma coisa normal...tocar em radio, ouvir um americano citandoo nome ou algum cantarolando pelo menos um verso em portugues com sotaque, isso ja eh outra coisa e nao acontece com nenhuma cantora brasileira nao. A Ceu carrega a mesma formula da Bebel Gilberto(lounge music in Portuguese) chama atencao porque eh bonintinha, tem jeitinho modernoso e antenado...so isso!

1 de novembro de 2007 às 00:03  
Anonymous Anônimo said...

Esqueceu de falar da uma das únicas coisas que prestam no pop local: Cansei de Ser Sexy!!!!

1 de novembro de 2007 às 08:12  
Anonymous Anônimo said...

acabei de ouvir duas músicas da Ana Cañas e achei ruim demais. Fora que ela é cheia de fazer caras e caretinhas, tipo 'menina bonitinha fazendo charminho'. A letra de "Ana" é particularmente fraca que só.

1 de novembro de 2007 às 12:47  
Anonymous Anônimo said...

Ué, me diga uma coisa somente. Como é que você conseguiu saber que "ela é cheia de fazer caras e caretinhas" se você apenas ouviu e não viu?

5 de novembro de 2007 às 13:23  
Blogger Unknown said...

A Jurema não sei das quantas:
Ana é a promessa da boa música! Trabalho maravilhoso, muita técnica e bom gosto. Você pode não gostar de algumas composições...seu direito...
mas o talento´dela é inegável. Sou músico há dez anos e teria imensa honra de um dia trabalhar ao lado dessa excelente artista.
Ney Neto

20 de novembro de 2007 às 00:29  
Anonymous Anônimo said...

De fato, devo concordar alguns 'posts' com relação ao teor das canções de Ana. Cá entre nós, são pop demais para quem é jazz por inteiro. No corpo de Ana, a MPB destoou. Em 'Mandiga Não' - que abre o disco -, por exemplo, há tudo de 'Lenda' (a la Céu)... E 'Para Todas as Coisas' está muitíssimo aquém de 'Diariamente', de Marisa. Seriam versões, digamos, despretensiosas? Não creio. Enfim, o trabalho autoral de Ana Cañas deixa a desejar - hoje. O timbre, postura, adereços e outras coisas mais serão aperfeiçoados com o tempo - quiçá. Hoje, vê-se uma Ana Cañas intérprete perfeita; e outra Ana, compositora, em fase de aprimoramento. Aposto 'nessas garotas'.

27 de novembro de 2007 às 18:22  
Anonymous Anônimo said...

Eu só posso dizer que comprei o disco e achei uma porcaria. O que são aquelas letras???

5 de dezembro de 2007 às 14:09  
Blogger Beatriz C. said...

Hey... acabei de conhecer essa cantora, gostei bastante do trabalho dela. É bom saber que ainda existem pessoas no Brasil capazes de fazer música boa, e não apenas axé e funk =P

13 de janeiro de 2008 às 19:30  
Anonymous Anônimo said...

É por causa de pessoas tão negativas e sem cultura que os artistas no Brasil são mais para a elite mesmo. A elite pelo menos escuta a música e cala a boca. Se não gostou, pra quê ficar postando comentários inúteis na internet? Deixem a menina fazer o sucesso dela. Deus me livre isso parece inveja hein? Tome cuidado quando for menosprezar artistas de qualquer tipo, pois, pra todos vocês que criticaram negativamente, se vocês ousasem tentar ser músicos/atores/pintores, etc, vocês iriam se deparar com uma realidade bem diferente dessa de ir comprar o CD e meter o pau em qualquer um. Todos os artistas citados nesse blog eu admiro só pelo fato de enfrentarem a sociedade de cabeça erguida. Não é fácil lidar com pessoas armadas até os dentes de merdas pra falar. Se liga!!! Respeito é bom e todo mundo gosta... Esse blog é intitulado "notas musicais" mas a maioria de vocês não sabe nem do dó ao si. Apenas do 0 ao 10. Pra julgar a todo mundo. Obrigada. Nanda Rodrigues - Percussionista.

17 de janeiro de 2008 às 13:15  
Blogger Unknown said...

Bom não sou nenhum cult como vcs....
Mas gostei da Moça...
Fico P da vida com esse povinho que td querem comparar....Com num sei quem.......
Essa MM é uma sem sal chata até a décima geração...

2 de maio de 2008 às 23:20  
Blogger Dani said...

Mto boa essa Ana viu! cantora de identidade forte...

25 de junho de 2008 às 21:48  
Anonymous Anônimo said...

Assisti ao show de Ana Caña,Toni Garrido e Paralamas, ela foi muito elogiada por Hebert e Toni, e eu gostei do estilo dela.
E cada um tem o seu estilo.Basta apreciar ou não. Vai de cada um.
Agora falar mal de Ana Carolina...putz...sem comentários!

20 de julho de 2009 às 10:21  
Anonymous Anônimo said...

Realmente, a realidade do artista é dura no Brasil; é dura principalmente ao se ver tanto auê por artistas sem formação técnica, com rosto e corpo bonitos e com uma oportunidade dessas, quando há tantos extremamente talentosos sem marketing, assessoria de imprensa, amigos e colegas influentes e jabá pra cacete; que há uma material vocal bruto (o qual a pessoa não sabe cuidar, nem educar - voz é instrumento porra!) a se trabalhar é inegável; mas pra quem estuda e ouve muita música (clássica, mpb, experimental, negra), era melhor ela ter ficado como crooner. Tanta gente boa pra cacete nesse país, é bem estranho ver uma oportunidade de carreira como essa. Ela tem material e tem liberdade artística provida pelo jazz. Mas dizer que existe personalidade consolidada no way. Jazz, MPB esquizofrência e agora rock. É chute pra todo lado. Não vejo sinceridade. No próximo vai dar pagode. Abçs

4 de outubro de 2009 às 21:31  

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