Belo recital reforça laço afro de Naná e Virgínia
Resenha de show
Título: Grandes Encontros
- Naná Vasconcelos e Virgínia Rodrigues
Artista: Naná Vasconcelos e Virgínia Rodrigues
Local: Teatro Rival (RJ)
Data: 21 de abril de 2007
Cotação: * * * * *
Foi grandioso o encontro da voz operística de Virgínia Rodrigues com a percussão mágica de Naná Vasconcelos. Em divino recital pautado por músicas que saúdam os orixás, a dupla mostrou rara interação e foi ovacionada por platéia que, no sábado, 21 de abril, contou com a presença de Maria Bethânia, figura bissexta na noite carioca (Virgínia vai lançar seu quarto CD pela gravadora Biscoito Fino). O show arrebatou o público do primeiro ao último número.
Exibida no projeto Grandes Encontros, promovido pelo Teatro Rival BR, a reunião de Virgínia e Naná foi aberta e encerrada com Negrume da Noite, o sublime samba-reggae de Paulinho do Reco e Cuiuba que a cantora gravou em seu primeiro álbum, Sol Negro, editado em 1997. O tema sintetiza a celebração da negritude feita no roteiro, estruturado com os repertórios dos três CDs da artista.
Projetada em 1994 no Bando de Teatro Olodum, na peça Bai Bai Pelô, a voz de mezzo-soprano de Virgínia Rodrigues mergulha em mares profundos da ancestralidade africana. Unido ao arsenal do genial Naná, o canto da intérprete resulta ainda mais poderoso. E mexe com o divino - sobretudo em roteiro pontuado pelo reforço dos laços afros que envolvem os dois artistas e que amarram afro-sambas de Baden Powell e Vinicius de Moraes (Bocochê, Tristeza e Solidão, Consolação e Canto de Xangô), afoxé (Oju Obá, de Edil Pacheco e Paulo César Pinheiro) e clássico de Nelson Cavaquinho (Juízo Final). Com auxílio luxuoso do violoncelo de Lui Coimbra.
Em síntese, o enxuto repertório reverencia divindades africanas através de temas como Deus do Fogo e da Justiça. "É o Brasil que, de alguma forma, o Brasil não conhece", como resumiu Naná após ser ovacionado por um solo matador de berimbau. Enfim, foi um encontro grande em todos os sentidos. Que deverá voltar ao palco do Teatro Rival, em junho, para ser gravado em DVD e CD ao vivo.
Título: Grandes Encontros
- Naná Vasconcelos e Virgínia Rodrigues
Artista: Naná Vasconcelos e Virgínia Rodrigues
Local: Teatro Rival (RJ)
Data: 21 de abril de 2007
Cotação: * * * * *
Foi grandioso o encontro da voz operística de Virgínia Rodrigues com a percussão mágica de Naná Vasconcelos. Em divino recital pautado por músicas que saúdam os orixás, a dupla mostrou rara interação e foi ovacionada por platéia que, no sábado, 21 de abril, contou com a presença de Maria Bethânia, figura bissexta na noite carioca (Virgínia vai lançar seu quarto CD pela gravadora Biscoito Fino). O show arrebatou o público do primeiro ao último número.
Exibida no projeto Grandes Encontros, promovido pelo Teatro Rival BR, a reunião de Virgínia e Naná foi aberta e encerrada com Negrume da Noite, o sublime samba-reggae de Paulinho do Reco e Cuiuba que a cantora gravou em seu primeiro álbum, Sol Negro, editado em 1997. O tema sintetiza a celebração da negritude feita no roteiro, estruturado com os repertórios dos três CDs da artista.
Projetada em 1994 no Bando de Teatro Olodum, na peça Bai Bai Pelô, a voz de mezzo-soprano de Virgínia Rodrigues mergulha em mares profundos da ancestralidade africana. Unido ao arsenal do genial Naná, o canto da intérprete resulta ainda mais poderoso. E mexe com o divino - sobretudo em roteiro pontuado pelo reforço dos laços afros que envolvem os dois artistas e que amarram afro-sambas de Baden Powell e Vinicius de Moraes (Bocochê, Tristeza e Solidão, Consolação e Canto de Xangô), afoxé (Oju Obá, de Edil Pacheco e Paulo César Pinheiro) e clássico de Nelson Cavaquinho (Juízo Final). Com auxílio luxuoso do violoncelo de Lui Coimbra.
Em síntese, o enxuto repertório reverencia divindades africanas através de temas como Deus do Fogo e da Justiça. "É o Brasil que, de alguma forma, o Brasil não conhece", como resumiu Naná após ser ovacionado por um solo matador de berimbau. Enfim, foi um encontro grande em todos os sentidos. Que deverá voltar ao palco do Teatro Rival, em junho, para ser gravado em DVD e CD ao vivo.
15 Comments:
Mauro e suas cantoras... ui...
Deus me livre! O supra sumo do mau gosto. Ver um show desse, deve ser alguma penitência!!!
Meu Deus...q comentários tolos!!!! Foi com certeza um dos shows mais lindos q já vi em mais de 30 anos de MPB!!!! Ainda bem q voltará à cena e será registrado.
Só espero que venha a Recife ou vá a São Paulo quando eu estiver por lá. Virgínia é arrebatadora e Naná um músico que toca com a alma.
Acho que deve ter sido bem bonito.
Jose Henrique
e quem tá fora do rio, vai ficar chupando dedo?
algo assim tem que viajar ou pelo menos virar cd ao vivo, alô biscoito fino, já que contrataram a virgínia, que tal fazer deste show o próximo cd.
Naná é um dos maiores instrumentistas do mundo, eu ficou bobo com sua forma unica de tirar som das coisas. Muito criativo!
No cd 'Verde Anil Amarelo Cor de Rosa e Carvão'de Marisa Monte ele toca 'Pale Blue Eyes'.
Sou Fã!
Exibida no projeto Grandes Encontros ? Quem serão os próximos Mauro? O Rival BR sempre a frente né?!
será que São Paulo não merce um show desses? A gente ultimamente está tendo aqui uma caipirada decadente e pouco mais. Valha-nos, ao menos, os SESC sempre com programação alternativa. Bom final de semana, abraço
Eulalia
E Biscoito Fino levando mais uma. Que time tem essa gravadora: Mônica Salmaso, Renato Braz, Simone Guimarães, Marcos Sacramento, Yamandu Costa, e agora, Virgínia Rodrigues, ficando só entre os mais jovens. Impressionante.
Eulalia
Saõ Paulo não merece um show desses. Aborrecido, parece um velório!!! Um horror!!
São Paulo merece e já teve shows do Naná por aqui várias vezes, todas com grande qualidade. O espetáculo que ele fez há tempos no CCBB, por ex., foi de uma delicadeza inesquecível e que teve a participação do público formando uma orquestra de sons inusitados.Pra quem gosta de música instrumental como a que Nana Vasconcelos faz, sempre haverá o desejo de rever um showzaço dele por aqui. Com Virginia então....
Meu Deus....
Eu não fiquei sabendo desse show. Sinceramente, acho que foi pouquíssimo divulgado, face ao talento enorme dos dois artistas.
Deve ter sido realmente maravilhoso. Fico aqui roendo-me de raiva e de inveja de quem assistiu.
Que bom que eles voltam em junho.
Conheci a Virginia Rodrigues quando ela foi lançar seu primeiro CD em Brasília, onde eu morava na época. Gosto muito dela. Uma cantora das melhores do mundo.
Naná, então, não é preciso falar mais nada.
abração,
Denilson
foi lindo o show que bethânia e naná fizeram no carnaval do recife. ela cantou frevos e maracatus com a regência do percussionista. inesquecível! se não me engano, até foi gravado para virar extra do próximo dvd da diva.
O maravilhoso disco Âmbar, de 1996, da grande Maria Bethânia, apresenta a música Invocação, de Chico César, com deslumbrante participação de Virgínia Rodrigues. Aliás, essa faixa é de tirar o fôlego...
Viva Bethânia, Virgínia e Naná!
Adélia - RJ
E afinal de contas cadê o CD gravado na BF? Que coisa!
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