Em casa nova, Anna Luisa (re)começa do zero
Resenha de show
Título: Do Zero
Artista: Anna Luisa
Local: Cinemathèque JamClub (RJ)
Data: 31 de março de 2007
Cotação: * * *
Do Zero é o nome da arretada parceria de Pedro Luís e Seu Jorge que integra o repertório do CD de Anna Luisa, lançado em meados de 2006. É também - não por acaso - o título do segundo disco da cantora carioca que, ao batizar o atual trabalho, simbolicamente descartou sua estréia fonográfica, um esquecível disco de covers, Novelas Acústico. Do Zero - álbum que vai ser distribuído pela Universal Music a partir deste mês de abril - parece ser, de fato e de direito, o pontapé inicial da carreira da artista, que canta bem (sem ter timbre especialmente único) e compõe na média. É dela boa parte das 11 músicas do disco que Anna vem promovendo em shows como o feito na noite de sábado na nova (boa) casa carioca, Cinemathèque, aberta recentemente em Botafogo com atmosfera hype que tem tudo para ocupar lugar deixado vago pelo Ballroom.
No palco, Anna exibe pique. Mas é preciso trabalhar a emissão da voz para que letras como as de Vale Quanto Pesa (de Pedro Luís) possam ser mais bem compreendidas em cena. Como no bom CD, produzido por Rodrigo Vidal, a cantora transitou por MPB pop de textura regionalista, sobretudo nordestina. Dá para sentir bem a pegada do baião em temas como Cabra-Cega, inspirada parceria sua com Emerson Mardhine que foi cantada em dueto com Ana Costa e mereceu voltar no bis. Na mesma seara, O Osso (Rodrigo Maranhão) é xote turbinado com beats eletrônicos que responde pelo (primeiro) grande momento do show, feito com banda afiada.
O mesmo Rodrigo Maranhão assina Pra Tocar na Rádio, samba de ritmo ralentado. Entre pop reggae (Pedacinho da Vida, com todo jeito de hit e cantado espontaneamente pela platéia) e maracatus (como Serena, apresentado com adesão do grupo Rio Maracatu), Anna Luisa mostra estar antenada com a nova MPB - a ponto de equilibrar no roteiro música do grupo Los Hermanos (Um Par, de Rodrigo Amarante) e sucesso de Clara Nunes (Ijexá, que teve seu toque afro anunciado por solo de percussão de Siri). Se recordou graciosamente o hit de Clara, Anna pouco acrescentou a Paula e Bebeto, o clássico de Milton Nascimento e Caetano Veloso. Mas, no todo, o show sinaliza que Anna fez bem em zerar sua carreira...
Título: Do Zero
Artista: Anna Luisa
Local: Cinemathèque JamClub (RJ)
Data: 31 de março de 2007
Cotação: * * *
Do Zero é o nome da arretada parceria de Pedro Luís e Seu Jorge que integra o repertório do CD de Anna Luisa, lançado em meados de 2006. É também - não por acaso - o título do segundo disco da cantora carioca que, ao batizar o atual trabalho, simbolicamente descartou sua estréia fonográfica, um esquecível disco de covers, Novelas Acústico. Do Zero - álbum que vai ser distribuído pela Universal Music a partir deste mês de abril - parece ser, de fato e de direito, o pontapé inicial da carreira da artista, que canta bem (sem ter timbre especialmente único) e compõe na média. É dela boa parte das 11 músicas do disco que Anna vem promovendo em shows como o feito na noite de sábado na nova (boa) casa carioca, Cinemathèque, aberta recentemente em Botafogo com atmosfera hype que tem tudo para ocupar lugar deixado vago pelo Ballroom.
No palco, Anna exibe pique. Mas é preciso trabalhar a emissão da voz para que letras como as de Vale Quanto Pesa (de Pedro Luís) possam ser mais bem compreendidas em cena. Como no bom CD, produzido por Rodrigo Vidal, a cantora transitou por MPB pop de textura regionalista, sobretudo nordestina. Dá para sentir bem a pegada do baião em temas como Cabra-Cega, inspirada parceria sua com Emerson Mardhine que foi cantada em dueto com Ana Costa e mereceu voltar no bis. Na mesma seara, O Osso (Rodrigo Maranhão) é xote turbinado com beats eletrônicos que responde pelo (primeiro) grande momento do show, feito com banda afiada.
O mesmo Rodrigo Maranhão assina Pra Tocar na Rádio, samba de ritmo ralentado. Entre pop reggae (Pedacinho da Vida, com todo jeito de hit e cantado espontaneamente pela platéia) e maracatus (como Serena, apresentado com adesão do grupo Rio Maracatu), Anna Luisa mostra estar antenada com a nova MPB - a ponto de equilibrar no roteiro música do grupo Los Hermanos (Um Par, de Rodrigo Amarante) e sucesso de Clara Nunes (Ijexá, que teve seu toque afro anunciado por solo de percussão de Siri). Se recordou graciosamente o hit de Clara, Anna pouco acrescentou a Paula e Bebeto, o clássico de Milton Nascimento e Caetano Veloso. Mas, no todo, o show sinaliza que Anna fez bem em zerar sua carreira...
9 Comments:
mais uma cantora para o Mauro encher a bola...
Se der errado ela zera de novo.
Nunca a vi cantar, mas ela é bem bonitinha.
Torço por ela, beleza corrompe.:>)
Jose Henrique
MAURO E SUAS CANTORAS ...
O "Novelas Acústico" não foi o primeiro disco da moça. Pelo menos, não penso que ela assim o considere. Este sim é o primeiro trabalho inédito/autoral, por isso, "do zero". O outro foi mais um desses projetos de gravadora, coletânea onde ela foi convidada a veicular sua interpretação... Nem faz parte da "discografia" da Anna. Mas foi uma experiência, um começo... Até digno! Hehe!! Faz parte.
Agora sim ela diz a que veio! E veio pra ficar!
É!! Eis que surge mais uma cantora!! Essa é bem bacana! já tive oportunidade de assistí-la no estrela da Lapa. E fiquei encantada, acima de tudo, com a energia (alto astral) dela. Além da voz angelical, mas não exatamente suave! Ela é magrinha mas tem potência de surpreender... Sucesso pra ela!
Atá que enfim a Anna Luisa começa a aparecer! Está num caminho bem bacana com boas escolhas, personalidade, estilo. Além de timbre lindo! Ela vai chegar lá, não demora muito...
Sou louco por ela!!!!
Muito talentosa!! Acabo de vê-la num projeto de novos artistas no Canecão!! Foi dos melhores shows dos últimos tempos! Ela é uma ESTRELA! Acredite! Vai estourar... Não demora muito! Torço por ela!
De todas essas cantoras novas acho que a Anna Luisa merece maior destaque! É, sem dúvida, a mais carismática! Tem personalidade, bom gosto, timbre lindo e canta lindamente! Muito segura no palco! Uma delícia assistí-la. Pena que ainda não atingiu a grande mídia! Mas quando ela "chegar junto", ela fica de vez!
Ela é um desbunde da natureza!! Na boa... Não é só porque é bonita, não! Ela canta demaaaaaiiisss!!! Já dizia o cara lá que "quem sabe faz ao vivo"! Pois é... A moça manda muito bem no palco! Repertório show de bola, preenche o palco, gestual de bailarina... Voz doce e potente ao mesmo tempo. Ela vai arrasar! Tenho certeza, Mauro!! Acho que vc não fez lá mutia justiça... Ela é melhor do que o que vc pôde avaliar...
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