Vercilo ganha ouro com show editado em DVD
Lançado em agosto de 2006, o bom DVD Jorge Vercilo ao Vivo já vendeu 26 mil cópias da tiragem inicial de 42 mil exemplares, o que já garante ao cantor um DVD de Ouro pelos critérios adotados pela ABPD (Associação Brasileira de Produtores de Discos) para se ajustar aos tempos de crise motivada por pirataria física e virtual.
O primeiro registro de show de Vercilo pareceu fechar um ciclo. Ciclo, aliás, foi sintomaticamente o nome da música que abriu a gravação, captada em dois shows no Canecão, em 28 e 29 de abril. Em 2002, uma forte maré de sucesso levou o cantor (em foto de Leonardo Aversa) para a roda-viva das turnês e apresentações em programas de TV. A atual gravação ao vivo - que também gerou o sétimo CD do artista - encerrou essa fase. Depois de árdua batalha na cena independente, Vercilo fez merecidamente seu nome. Mas discos criados nessa maré de compromissos (Livre, em especial) soaram repetitivos e já sinalizaram a necessidade de mudança, a rigor iniciada no recente Signo de Ar (2005), de sotaque dance.
Jorge Vercilo ao Vivo foi o resumo destes últimos anos, com uma ou outra música mais antiga (Encontro das Águas). Houve duas inéditas: a balada Eu e a Vida (que ganhou cordas e clima camerístico) e Vela de Acender, Vela de Navegar - anunciada como um funk que, de fato, não é. Foi a natural candidata a hit radiofônico por incorporar a batida pop típica do autor, com direito a um refrão-chiclete. Só que não obteve o êxito esperado...
Vercilo manuseia muito bem os clichês da música pop. Seus hits enfileirados no roteiro deste seu segundo DVD (Final Feliz, Que Nem Maré, Homem-Aranha, Monalisa) atestam sua capacidade de se comunicar com as massas. Fora dessa seara mais popular, o bom intérprete ganhou mais luz na interpretação (inicialmente a capella e, depois, com percussão) de Senhora Liberdade, samba de Wilson Moreira e Nei Lopes, unido em medley a duas músicas de Vercilo: O Reino das Águas Claras (com a batida do afoxé) e Do Jeito que For. Foi um momento bem menos previsível do roteiro.
Beatriz e Fênix (em bom instante intimista, no estilo voz-e-piano) também realçaram as habilidades vocais do cantor. A direção de Roberto de Oliveira garantiu padrão acima da média às imagens. Nos extras, houve os clipes de Abismo (com Ana Carolina) e Pela Ciclovia, parceria de Vercilo com Marcos Valle, lançada por Leila Pinheiro. Em tom informal, Vercilo, Valle e Leila se juntaram no Leme (RJ) para gravar o vídeo da música com direito a imagens da orla carioca. Pena que o áudio desse clipe não resultou tão bom quanto o da entrevista apresentada sob o nome Jorge e a Vida.
Enfim, Jorge Vercilo ao Vivo finalizou um ciclo e deve marcar o início de outro. Além da variedade de parceiros, o compositor precisa de um produtor mais ousado que consiga dar novo fôlego à sua música. Para que venham novas marés de sucesso tão fortes quanto a de 2002... e muito mais ouro para o batalhador artista!!!
O primeiro registro de show de Vercilo pareceu fechar um ciclo. Ciclo, aliás, foi sintomaticamente o nome da música que abriu a gravação, captada em dois shows no Canecão, em 28 e 29 de abril. Em 2002, uma forte maré de sucesso levou o cantor (em foto de Leonardo Aversa) para a roda-viva das turnês e apresentações em programas de TV. A atual gravação ao vivo - que também gerou o sétimo CD do artista - encerrou essa fase. Depois de árdua batalha na cena independente, Vercilo fez merecidamente seu nome. Mas discos criados nessa maré de compromissos (Livre, em especial) soaram repetitivos e já sinalizaram a necessidade de mudança, a rigor iniciada no recente Signo de Ar (2005), de sotaque dance.
Jorge Vercilo ao Vivo foi o resumo destes últimos anos, com uma ou outra música mais antiga (Encontro das Águas). Houve duas inéditas: a balada Eu e a Vida (que ganhou cordas e clima camerístico) e Vela de Acender, Vela de Navegar - anunciada como um funk que, de fato, não é. Foi a natural candidata a hit radiofônico por incorporar a batida pop típica do autor, com direito a um refrão-chiclete. Só que não obteve o êxito esperado...
Vercilo manuseia muito bem os clichês da música pop. Seus hits enfileirados no roteiro deste seu segundo DVD (Final Feliz, Que Nem Maré, Homem-Aranha, Monalisa) atestam sua capacidade de se comunicar com as massas. Fora dessa seara mais popular, o bom intérprete ganhou mais luz na interpretação (inicialmente a capella e, depois, com percussão) de Senhora Liberdade, samba de Wilson Moreira e Nei Lopes, unido em medley a duas músicas de Vercilo: O Reino das Águas Claras (com a batida do afoxé) e Do Jeito que For. Foi um momento bem menos previsível do roteiro.
Beatriz e Fênix (em bom instante intimista, no estilo voz-e-piano) também realçaram as habilidades vocais do cantor. A direção de Roberto de Oliveira garantiu padrão acima da média às imagens. Nos extras, houve os clipes de Abismo (com Ana Carolina) e Pela Ciclovia, parceria de Vercilo com Marcos Valle, lançada por Leila Pinheiro. Em tom informal, Vercilo, Valle e Leila se juntaram no Leme (RJ) para gravar o vídeo da música com direito a imagens da orla carioca. Pena que o áudio desse clipe não resultou tão bom quanto o da entrevista apresentada sob o nome Jorge e a Vida.
Enfim, Jorge Vercilo ao Vivo finalizou um ciclo e deve marcar o início de outro. Além da variedade de parceiros, o compositor precisa de um produtor mais ousado que consiga dar novo fôlego à sua música. Para que venham novas marés de sucesso tão fortes quanto a de 2002... e muito mais ouro para o batalhador artista!!!
7 Comments:
Vercilo não precisa provar nada pra ninguém. Seu sucesso continua. Não vê que não quer.
Outro equívoco da indústria.
Não entendi o João, o objetivo é só o sucesso?
O Tiririca tb fez sucesso.
Um crítico(nao me lembro qual) certa vez disse que a "poesia" do Humberto Gessinger era por análise combinatória, o mesmo digo eu agora sobre o Vercilo.
Jose Henrique
Começou bem ...mas depois , ui !Gosto de Monalisa
O Vercilo nem sempre me agrada, mas é bonzinho!
Vercilo é fantástico,um músico super diversificado (vide suas incursões de ijexá,salsa,jazz,o quente da música espanholada-a la João Bosco,bossa nova,pop,soul,disco),ele é rítmico,envolvente,traz o "descaradamente"novo, isso incomoda,o sucesso é apenas uma consequência,quem conhece com profundidade seu trabalho sabe que ele não prioriza isso,mas no mundo hipócrita dos conservadores, atingir as massas,revolucionar,ser divertido,agradável,simplificar,ousar,ser conscedente com os tempos atuais,é coisa pra "povão"música "boa" mesmo tem que ser "chata" e pra ser ouvida por uma meia duzia de cidadãos que se consideram donos de verdades absolutas...Entre tantas coisas que amo no trabalho do Vercilo,uma das principais é essa capacidade de ser divertido,inovador nunca se prender a estéticas e estereótipos, quem o estereotipa é quem nunca teve a capacidade humilde de se doar em minúncias ao trabalho dele e se restringiu a sucessos de rádio,limitando-o,Vercilo não combina com limitação e é justo isso que tem sido excitante no trabalho dele.Pra os que se recusam a enxergar, a música não morreu,no Chico,na Gal,no Caetano,eles são divinos e imortais,isso é fato,mas os tempos mudam as necessidades mudam e as formas de manifestações artísiticas graças a Deus tbm mudam,e mudar não quer dizer perder nem a qaualidade nem o velho,quer dizer somar,agregar outros valores e virtudes até então desconhecidas ao antigo...Ouço muita coisa antiga,sou saudosista por opção e paixão,mas nd me impede de "bronzear-me" nos raios contemporâneos e atrevidos que o Vercilo tem trazido pra MPB...
Nota erro de digitação:conscedente
leia-se
*condescendente
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