Retrô 2006 - Detonautas sobrevivem à tragédia
No fim da tarde dominical de 4 de junho de 2006, tragédia urbana abalou - mas não destruiu - o sexteto carioca Detonautas Roque Clube (foto). O guitarrista da banda, Rodrigo Netto, foi assassinado aos 29 anos após tentativa de assalto. O músico voltava de almoço em família e guiava seu carro pela avenida Marechal Rondon, no Rocha (bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro), quando o veículo foi abordado e baleado por assaltantes. Rodrigo morreu no local.
Mesmo abalados com a perda violenta do colega, os integrantes do Detonautas logo comunicaram em nota oficial, datada de 9 de junho, que o grupo iria prosseguir com suas atividades. E assim foi feito... Além de cumprir a agenda de shows, a banda lançou neste fim de ano o livro Mais Além, batizado com o nome de música de seu primeiro disco. Sem a pretensão de ser autobiografia, o livro retrata o cotidiano do grupo através de fotos, diários, quadrinhos, ilustrações, letras e textos extraídos do blog do sexteto. As fotos são de Marco Terranova. Gabriel O Pensador é o autor do prefácio.
A morte de Rodrigo Netto aconteceu no exato momento em que o Detonautas começava a ganhar a atenção da crítica por conta do terceiro trabalho, Psicodeliamorsexo&distorção, editado em março. Quando lançou seu segundo álbum, Roque Marciano, o grupo já sinalizara que sua carreira poderia ir além de um sucesso emplacado no seriado juvenil Malhação (Quando o Sol se For, o hit do primeiro disco). Letras mais adultas e som mais encorpado mostraram alguma evolução. Mas o som do grupo ganhou mesmo atitude a partir do terceiro CD. Até que não tinha tanta psicodelia como sugeria o título, mas tinha alguma distorção e muito peso, a começar pelas duas faixas que abrem o disco, No Escuro o Sangue Escorre e Não Reclame Mais (a boa primeira música de trabalho).
Com pegada forte, o produtor Edu K (do De Falla, grupo gaúcho dos anos 80) tratou com capricho um repertório que, a rigor, nem soava tão original. Psicodeliamorsexo&distorção é um disco de rock, eventualmente retrô como em Sonhos Verdes. Às vezes, mais uptodate - caso de Dia Comum. Mas, em essência, um rock honesto, como atestaram faixas como Ela Não Sabe (Mas Nós Sabemos). Com beats mais desacelerados, Insone - longa faixa gravada ao vivo - foi a que mais bem sintetizou o título do álbum. Alguma psicodelia e distorção fizeram bem ao som do Detonautas. Tico Santa Cruz (voz), Tchello (baixo), Fábio Brasil (bateria), DJ Cleston (percussão e pick-ups), Rodrigo Netto (guitarra e voz) e Renato Rocha (guitarra, violão e piano) estavam no caminho certo. Pena que a violência urbana tenha tirado Netto da estrada.
Mesmo abalados com a perda violenta do colega, os integrantes do Detonautas logo comunicaram em nota oficial, datada de 9 de junho, que o grupo iria prosseguir com suas atividades. E assim foi feito... Além de cumprir a agenda de shows, a banda lançou neste fim de ano o livro Mais Além, batizado com o nome de música de seu primeiro disco. Sem a pretensão de ser autobiografia, o livro retrata o cotidiano do grupo através de fotos, diários, quadrinhos, ilustrações, letras e textos extraídos do blog do sexteto. As fotos são de Marco Terranova. Gabriel O Pensador é o autor do prefácio.
A morte de Rodrigo Netto aconteceu no exato momento em que o Detonautas começava a ganhar a atenção da crítica por conta do terceiro trabalho, Psicodeliamorsexo&distorção, editado em março. Quando lançou seu segundo álbum, Roque Marciano, o grupo já sinalizara que sua carreira poderia ir além de um sucesso emplacado no seriado juvenil Malhação (Quando o Sol se For, o hit do primeiro disco). Letras mais adultas e som mais encorpado mostraram alguma evolução. Mas o som do grupo ganhou mesmo atitude a partir do terceiro CD. Até que não tinha tanta psicodelia como sugeria o título, mas tinha alguma distorção e muito peso, a começar pelas duas faixas que abrem o disco, No Escuro o Sangue Escorre e Não Reclame Mais (a boa primeira música de trabalho).
Com pegada forte, o produtor Edu K (do De Falla, grupo gaúcho dos anos 80) tratou com capricho um repertório que, a rigor, nem soava tão original. Psicodeliamorsexo&distorção é um disco de rock, eventualmente retrô como em Sonhos Verdes. Às vezes, mais uptodate - caso de Dia Comum. Mas, em essência, um rock honesto, como atestaram faixas como Ela Não Sabe (Mas Nós Sabemos). Com beats mais desacelerados, Insone - longa faixa gravada ao vivo - foi a que mais bem sintetizou o título do álbum. Alguma psicodelia e distorção fizeram bem ao som do Detonautas. Tico Santa Cruz (voz), Tchello (baixo), Fábio Brasil (bateria), DJ Cleston (percussão e pick-ups), Rodrigo Netto (guitarra e voz) e Renato Rocha (guitarra, violão e piano) estavam no caminho certo. Pena que a violência urbana tenha tirado Netto da estrada.
1 Comments:
The show must goes on... always...
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