Aos 70, Tom Zé perde tempo em 'Danç-Êh-Sá'
Resenha de CD
Título: Danç-Êh-Sá
Artista: Tom Zé
Gravadora: Trama
Cotação: * *
Em seu fraco álbum anterior, Estudando o Pagode, Tom Zé já pouco lembrava o artista genial dos anos 70, aquele que procurou recriar o formato da canção em discos antológicos como Estudando o Samba. É fato que Tom Zé continua inventivo e inquieto, mas Danç-Êh-Sá (Dança dos Herdeiros do Sacrifício) - 7 Caymianas para o Fim da Canção patina no terreno do experimentalismo barato, aquele desenvolvido somente para parecer exótico ou diferente.
O conceito do CD está estruturado na suposição do fim da canção - idéia defendida por Chico Buarque em entrevista - e na fixação (de parcela) da juventude por música eletrônica e comportamentos individualistas. Tentando mixar essas referências com os sons negros que ajudaram a formatar a cultura musical brasileira, Zé criou com base eletrônica sete temas de acento afro e indígena. A produção de Paulo Lepetit - parceiro do compositor em músicas como Uai-Uai, Atchim e Abrindo as Urnas - é azeitada, mas paira a sensação de que os 33 minutos gastos na audição do álbum são tempo perdido. Aos 70 anos, completados em 11 de outubro, Tom Zé já não precisa provar mais nada para ninguém, mas bem que poderia voltar a estudar o samba com a criatividade dos anos 70.
Título: Danç-Êh-Sá
Artista: Tom Zé
Gravadora: Trama
Cotação: * *
Em seu fraco álbum anterior, Estudando o Pagode, Tom Zé já pouco lembrava o artista genial dos anos 70, aquele que procurou recriar o formato da canção em discos antológicos como Estudando o Samba. É fato que Tom Zé continua inventivo e inquieto, mas Danç-Êh-Sá (Dança dos Herdeiros do Sacrifício) - 7 Caymianas para o Fim da Canção patina no terreno do experimentalismo barato, aquele desenvolvido somente para parecer exótico ou diferente.
O conceito do CD está estruturado na suposição do fim da canção - idéia defendida por Chico Buarque em entrevista - e na fixação (de parcela) da juventude por música eletrônica e comportamentos individualistas. Tentando mixar essas referências com os sons negros que ajudaram a formatar a cultura musical brasileira, Zé criou com base eletrônica sete temas de acento afro e indígena. A produção de Paulo Lepetit - parceiro do compositor em músicas como Uai-Uai, Atchim e Abrindo as Urnas - é azeitada, mas paira a sensação de que os 33 minutos gastos na audição do álbum são tempo perdido. Aos 70 anos, completados em 11 de outubro, Tom Zé já não precisa provar mais nada para ninguém, mas bem que poderia voltar a estudar o samba com a criatividade dos anos 70.
10 Comments:
Oi mauro, parabéns por este novo blog. Sou músico e cantor e gostaria de lhe enviar meu trabalho. Como devo fazer ? meu e-mail e eduardocaffaro@uol.com.br
aguardo seu contato.
Obrigado.
( edu abc )
Edu, vou entrar em contato com vc por e-mail. Abraços.
MAuro, dessa vez você mandou bem pra caraleo! De novo.
A canção só acaba pra gênios gastos feitos o tiozinho Chico e o Setentão Tom Zé.
TA cheio de caras que precisam parar de nos arrancar dinheiro em plena decadência.
À propósito...ja que o Edu arriscou, arrisco também. Posso te mandar um trabalho fresquinho?
sonekka@sonekka.com.br
Sonekka, como já respondi ao Edu, ouço o trabalho de vcs com o maior prazer, mas é preciso esperar até janeiro porque no fim do ano o ritmo de lançãmentos é intenso e fico sem tempo.
Em tempo: acho que 'Carioca' é tijolo menor na grande obra de Chico, como escrevi, mas não dá para compará-lo com Tom Zé, né?
MAuro, Janeiro ta beleza. O cd/livro não sai antes de dezembro mesmo.TE mando mastigadinho, com as curiosidades descritas.
Sobre o TOM ZÉ Eu acho curioso quando citam "Estudando o samba". A obra referência dele é de 1975, 30 anos atrás,e na minha opinião nem é mérito dele e sim do Vicente Barreto que fez todos aqueles violões e mal é citado.
Não , não da pra comparar Chico com Tom Zé.
Também nào dá pra ficar pagando reverência eternamente como se o tempo tivesse parado neles, como o que existe de importante na música é só a turma de 60.Muito anacrônico.
Abriram o hiato de 20,30 anos de música pra não badalar os desmandos da indústria e a crítica virou as costas e deu um nem aí pra 2 gerações já. É foda, mano.
Acho que o pessoal que ouve musica tem pela primeira vez o poder de decidir o que ouve.
Quando eu leio um crítica sua apontado o cansaço artistico dos velhotes eu penso:- ótimo, não precisarei nem escutar.
Abração, bom blog heim!? PÔ
Nunca achei a menor graça no Tom Zé, devo ser meio burrinho pra não entender o "genial" artista
Tom Zé é muito bom sim ... mas Chico Buarque é inigualável !!! ( Imagina , imagina , hoje a noite agente se perder ... )
Tenho medo que me pélo do Tom Zé.
Acho que não dá pra comparar TomZé com Chico Buarque. Um pro Norte, outro pro Sul. É o mesmo que comparar suco de groselha com Caninha 51...
não só música ,mas toda arte experimental costuma ser chata pra dedéu.
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