15 de julho de 2010

Leila dribla produção e dá outra cara a Russo

Resenha de CD
Título: Meu Segredo Mais Sincero - Músicas de Renato Russo e Legião Urbana
Artista: Leila Pinheiro
Gravadora: Tacacá Music / Biscoito Fino
Cotação: * * * 1/2

Ao regravar Tempo Perdido (1986) e Vento no Litoral (1991) em seus álbuns Alma (1988) e Na Ponta da Língua (1998), Leila Pinheiro mostrou que é capaz de recriar o cancioneiro de Renato Russo (1960 - 1996) com personalidade. Por isso mesmo, Meu Segredo Mais Sincero - o disco de tom baladeiro em que a cantora aborda sem oportunismos 14 músicas do repertório de Legião Urbana - não justifica toda a expectativa. Intérprete de técnica irretocável, identificada com a MPB, Leila consegue eventualmente pôr sua alma na música de Russo - e quando isso acontece, como na balada Quando Você Voltar (1996), o disco beira o sublime. Só que, no todo, a decisão de confiar os arranjos ao tecladista Cláudio Faria se mostra equivocada. Faria cerca as músicas de teclados e programações que nem sempre apontam o melhor caminho para valorizar músicas como Hoje (1993) e deixar fluir o canto seguro de Leila. Com título extraído de verso da letra de Daniel da Cova dos Leões (1986), música revisitada pela artista com intervenções afetivas da guitarra de Dado Villa-Lobos, Meu Segredo Mais Sincero passa a impressão de que Leila teve às vezes que driblar os arranjos para expor sua alma de intérprete. Contudo, justiça seja feita, o disco começa muito bem e o saldo final é positivo. Ainda É Cedo (1985) abre o tributo de forma imponente. Leila consegue dar grande interpretação a uma música já tão bem gravada pela Legião Urbana e por Marina Lima. Na sequência, Índios (1986) ganha pulsação envolvente por conta da participação do coro infantil Índios Guarani. E, dentro da linha de arranjo seguida por Claudio Faria, as programações de Angra dos Reis (1987), criam ambiência sedutora para a música (de cuja letra, aliás, vinha o título inicial do álbum, Se Fosse Só Sentir Saudade). Ainda na ótima primeira metade do disco, a crônica existencial de Pais e Filhos (1986) é feita em tom mais econômico, urdido pelo piano de Leila e os violões de aço pilotados por Faria. Na contramão dessa economia, Metal Contra as Nuvens (1991) se afunda sob o peso de programações e teclados dispensáveis. A faixa é exemplo de como a produção de Meu Segredo Mais Sincero - capitaneada pela própria Leila - limitou em alguns momentos o voo da intérprete. Mas, arranjos à parte, não pode ser ruim um disco com músicas de Russo - O Teatro dos Vampiros (1991), Eu Sei (1987), Andrea Doria (1986) e Tempo Perdido (1986), entre outras - na voz de uma cantora como Leila Pinheiro. E Meu Segredo Mais Sincero - fechado com Perfeição (1993), situada como vinheta entoada a capella na última das 15 faixas - é CD interessante que exige sucessivas audições para que o ouvinte descubra, aos poucos, encantos ocultos nos primeiros contatos. Ainda assim, a apreciação da bela e obscura balada Quando Você Voltar - lançada pela Legião Urbana no pouco ouvido álbum A Tempestade (1996) e pontuada no tributo de Leila pela guitarra de Herbert Vianna - mostra que Meu Segredo Sincero poderia ser um estupendo disco quando, a rigor, ele se revela tão somente um bom álbum valorizado por alguns inspirados momentos. Pena!

33 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Ao regravar Tempo Perdido (1986) e Vento no Litoral (1991) em seus álbuns Alma (1988) e Na Ponta da Língua (1998), Leila Pinheiro mostrou que é capaz de recriar o cancioneiro de Renato Russo (1960 - 1996) com personalidade. Por isso mesmo, Meu Segredo Mais Sincero - o disco de tom baladeiro em que a cantora aborda sem oportunismos 14 músicas do repertório de Legião Urbana - não justifica toda a expectativa. Intérprete de técnica irretocável, identificada com a MPB, Leila consegue eventualmente pôr sua alma na música de Russo - e quando isso acontece, como na balada Quando Você Voltar (1996), o disco beira o sublime. Só que, no todo, a decisão de confiar os arranjos ao tecladista Cláudio Faria se mostra equivocada. Faria cerca as músicas de teclados e programações que nem sempre apontam o melhor caminho para valorizar músicas como Hoje (1993) e deixar fluir o canto seguro de Leila. Com título extraído de verso da letra de Daniel da Cova dos Leões (1986), música revisitada pela artista com intervenções afetivas da guitarra de Dado Villa-Lobos, Meu Segredo Mais Sincero passa a impressão de que Leila teve às vezes que driblar os arranjos para expor sua alma de intérprete. Contudo, justiça seja feita, o disco começa muito bem e o saldo final é positivo. Ainda É Cedo (1985) abre o tributo de forma imponente. Leila consegue dar grande interpretação a uma música já tão bem gravada pela Legião Urbana e por Marina Lima. Na sequência, Índios (1986) ganha pulsação envolvente por conta da participação do coro infantil Índios Guarani. E, dentro da linha de arranjo seguida por Claudio Faria, as programações de Angra dos Reis (1987), criam ambiência sedutora para a música (de cuja letra, aliás, vinha o título inicial do álbum, Se Fosse Só Sentir Saudade). Ainda na ótima primeira metade do disco, a crônica existencial de Pais e Filhos (1986) é feita em tom mais econômico, urdido pelo piano de Leila e os violões de aço pilotados por Faria. Na contramão dessa economia, Metal Contra as Nuvens (1991) se afunda sob o peso de programações e teclados dispensáveis. A faixa é exemplo de como a produção de Meu Segredo Mais Sincero - capitaneada pela própria Leila - limitou em alguns momentos o voo da intérprete. Mas, arranjos à parte, não pode ser ruim um disco com músicas de Russo - O Teatro dos Vampiros (1981), Eu Sei (1987), Andrea Doria (1986) e Tempo Perdido (1986), entre outras - na voz de uma cantora como Leila Pinheiro. E Meu Segredo Mais Sincero - fechado com Perfeição (1993), situada como vinheta entoada a capella na última das 15 faixas - é CD interessante que exige sucessivas audições para que o ouvinte descubra, aos poucos, encantos ocultos nos primeiros contatos. Ainda assim, a apreciação da bela e obscura balada Quando Você Voltar - lançada pela Legião Urbana no pouco ouvido álbum A Tempestade (1996) e pontuada no tributo de Leila pela guitarra de Herbert Vianna - mostra que Meu Segredo Sincero poderia ser um estupendo disco quando, a rigor, ele se revela tão somente um bom álbum valorizado por alguns inspirados momentos. Pena!

15 de julho de 2010 às 10:25  
Blogger Luca said...

Pelo que li na entrevista de Leila no Globo nem ela ficou satisfeita com a escolha do arranjado. Ela conta na entrevista que mandou refazer os arranjos.

15 de julho de 2010 às 10:49  
Anonymous Anônimo said...

Vc foi bem condescendente com a Leila, Mauro. Eu também adoro o trabalho dela, mas esse cd ficou muito abaixo do que poderia ter sido. Esse é um caso daqueles de parar e suspender tudo e recomeçar.

15 de julho de 2010 às 12:23  
Anonymous Leandro said...

"Metal contra as nuvens" pra mim é um dos melhores momentos do disco, tanto em arranjo quanto em interpretação. Muito superior à barulhenta gravação de Renato Russo.
"Quando você voltar" ficou realmente sublime, assim como "Andrea Doria", "Teatro dos vampiros", "Eu sei" e "Daniel na cova dos leões", na minha opinião os grandes momentos do disco. "Hoje" realmente não superou a gravação de 2005, que tem um arranjo muito mais bonito e adequado.

Muito mais do que regravações, são verdadeiras recirações da obra de RR, aonde as sutilezas melódicas e interpretativas se revelam aos poucos, em sucessivas audições, como ressaltou Mauro. E realmente, um disco com músicas de RR na voz de Leila não tem como ser ruim.

15 de julho de 2010 às 13:05  
Blogger Luiz Felipe Carneiro said...

Muro,se nesse CD houvesse 15 "Quando você voltar" seria o CD do ano. E Leila poderia ter feito isso: investir em um repertório menos óbvio, com arranjos mais simples. Às vezes, o menos é mais. E o dueto póstumo "La solitudine" foi absolutamente dispensável! Abraço,

15 de julho de 2010 às 13:15  
Anonymous Anônimo said...

Se o cd tivesse sido feito nos moldes da gravação de VENTO NO LITORAL seria o disco do ano. Mas não sei o que aconteceu com Leila. Os arranjos são muito ruins, o dueto póstumo dispensável, enfim... Espero que no próximo Leila volte a ser a "velha" Leila.

15 de julho de 2010 às 14:37  
Anonymous Anônimo said...

Acho a Leila uma grande cantora, mas esse disco não ficou legal. Os arranjos são muito ruins... Não deram qualidade musical para Leila Pinheiro cantar. Lamentavel. Não foi dessa vez.

15 de julho de 2010 às 17:26  
Anonymous Anônimo said...

Só para fãs...

15 de julho de 2010 às 18:04  
Anonymous Anônimo said...

Nem para fãs.

15 de julho de 2010 às 19:57  
Anonymous Leandro said...

Para fãs (me incluo), e para quem mais souber apreciar uma grande cantora.

15 de julho de 2010 às 21:07  
Anonymous Anônimo said...

Tudo que Leila Pinheiro nos apresentou até hoje foi acima da média, bem superior as outras cantoras, este projeto realmente era muito difícil. Acho até que que como produtora a Leila é muito melhor do que como cantora. Uma pena que ficou fora do padrão de qualidade Leila Pinheiro.

15 de julho de 2010 às 21:55  
Anonymous Luiz said...

O disco não é de todo ruim e tem sim bons momentos.
Gostei de "Índios".

15 de julho de 2010 às 21:59  
Anonymous Anônimo said...

O disco tem altos e baixos. Os arranjos se repetem, parecem meio Lincoln Olivetti, muito teclado.

Concordo que temos de ouvir repetidas vezes para apreciação do álbum. Não curto Legião e não curto a voz do Renato, mas curto ouvir suas músicas na voz de outros cantores.

Quem tiver twitter dê um follow para conversamos sobre música: @Cdnuts

15 de julho de 2010 às 22:32  
Anonymous Anônimo said...

Gente,
estou me sentindo uma ET.
Não sou fã ardorosa de nenhum dos dois e simplesmente A D O R E I o disco e não consigo passar um dia sequer sem ouvi-lo indo e voltando para o trabalho.
Considero inclusive o melhor disco da Leila.
Tô PASMA!

15 de julho de 2010 às 22:55  
Anonymous Anônimo said...

Acho que há uma reação exagerada a este CD. É um dos melhores da Leila Pinheiro. E "Quando Você Voltar" é excepcional.
Certamente nos bons tempos seria um sucesso de vendas.
Como hoje ninguém vende nada, este não será exceção. Mas não altera o fato de ser um bom CD.

15 de julho de 2010 às 23:07  
Anonymous Anônimo said...

O pior arranjo, ao contrário da opinião do Mauro é de ÍNDIOS e aquele coro constrangedor . Achei um horror!! Leila é sim uma grande cantora, mas isso não é o suficiente para avaliar sempre seu trabalho como sendo perfeito, sem falhas. Nesse tem, e muitas...

15 de julho de 2010 às 23:50  
Anonymous Luiz said...

Escutei pouquíssimas coisas da Leila, quase nada. Não sou nenhum fã. E do Renato nem sempre gostei. Gosto de suas composições, mas achava sua maneira de cantar muito "adolescente". Portanto, gostei de muitos momentos desse disco, já que não alimentei nenhuma expectativa sobre ele. Acho que os mais irritados são os fãs de Leila, que a conhecem muito bem, e os de Renato.
Acho que as canções ganharam um ar mais adulto na interpretação da Leila. Enfim... opinião de quem não segue o trabalho da Leila Pinheiro. Só impressões.

16 de julho de 2010 às 09:51  
Anonymous Anônimo said...

Acho que a equação é bastante simples (ou minha opinião é muito simplória - vai saber...), mas me parece que a maioria das músicas é extremamente conhecida e consagrada popularmente. É difícil desvincular essas canções da Legião e de Renato Russo. Justamente por isso, "Quando você voltar", praticamente desconhecida, é apontada como a melhor versão do cd. Contudo, Leila já fez melhor quando regravou "Tempo Perdido" (assim como Marina Lima em "Ainda é cedo" e mesmo Simone na sua versão de "Será"). Quer dizer, a gente podia mesmo esperar mais de Leila...

16 de julho de 2010 às 10:30  
Anonymous Anônimo said...

Ao anônimo @Cdnuts: só é bom esclarecer que Lincoln Olivetti é um grande arranjaddor, responsável por grandes momentos da música brasileiro, a despeito do uso exagerado de teclados na década de 1980, algo comum naquela época.

16 de julho de 2010 às 10:55  
Anonymous Anônimo said...

Já ouvi o CD pelo menos umas 20 vezes e não consegui encontrar nenhum grande valor. Quando se trata de Leila Pinheiro, não tenha dúvida que a expectativa por um novo trabalho é tão grande quanto o seu enorme talento, e dessa vez não foi diferente.

Os arranjos são fracos, e quase sempre se destacam muito mais que a sua voz. O coro dos índios tupinambá que parece ter sido jogado de qualquer jeito no meio da música é de um mal gosto absurdo!

Até agora não entendi o motivo de gravar (outra vez) "Hoje" e o dueto póstumo (de péssimo gosto) La Solitudine. Será que o repertório de RR era tão pequeno que não havia nada mais interessante?

16 de julho de 2010 às 11:37  
Blogger Jorge Reis said...

jà que era para imperar o teclado, porque não chamaram o Carlos Trilha, que fazia os arranjos para os discos solo de Renato e o resultado era bom.
Minha primeira sensação ao ouvir o disco foi a mesma que do Mauro...
Acontece, não se pode ganhar todas...

16 de julho de 2010 às 13:24  
Anonymous Anônimo said...

A gravação de será pela Simone é de uma breguice, bom, mas o Renato era bastante brega também. Achei que a Leila ia fazer o contrário refinar esse lado over do Renato, ao contrário, ela fez um disco desencontrado. Fico com os anteriores, todos ótimos: Nos horizontes do mundo, catavendo girasol, na ponta da língua...

Porque ela não refaz, Leila é corajosa o bastante para fazer isso.

16 de julho de 2010 às 13:58  
Anonymous Anônimo said...

Gostei bastante do disco. Fiquei um pouco receioso em comprá-lo pois havia lido os comentários aqui. Ontem fui à loja comprei, ouvi e gostei muito. Recomendo a quem deseja ouvir um bom disco.

16 de julho de 2010 às 20:21  
Blogger Amigos das Bibliotecas said...

Quando soube da gravação desse disco me lembrei da versão de Leila pra "Vento no Litoral" do CD "Na Ponta da Língua" e imaginei que ela faria o CD do ano e o tributo definitivo com a obra do Renato Russo. Com o disco em mãos chego a pensar "Por que ela fez isso???", com alguns pouquissimos momentos de inspiração o CD me lembra algo gravado nos anos 80 com uns tecladinhos horriveis ...

Mas .... a gravação de "Quando Você Voltar" quase paga o CD, a versão é linda e trava a garganta.

Daí surge outra questão, com tanto talento pq Leila não fez seu disco perfeito???

17 de julho de 2010 às 01:05  
Anonymous Anônimo said...

Amigos das Bibliotecas. Penso exatamente como você. Até a maneira de Leila cantar está diferente. Ela abandonou a suavidade de Vento no Litoral e decidiu fazer algo quase que falado e num tom mais agressivo, salvo Quando Você Voltar, que realemnte ficou lindo. Leila poderia, realmente, ter feito o cd de sua carreira, mas não o fez. O que mais me preocupa é se ela ,apesar de tudo, acha que o cd é perfeito!

17 de julho de 2010 às 09:19  
Anonymous Danilo said...

O maior mérito do disco é a possibilidade de descobrir novas nuances pras canções que ouço a anos e anos,mas acho que o reperório que Leila escolheu é muito rock'n'roll pra ela, de longe a melhor faixa do disco é "Quando você Voltar". A legião tem outras tantas músicas que, apesar de mais obscuras, com certeza se adequariam melhor à vibe dela e se tornaria um disco mais interessante.

17 de julho de 2010 às 20:05  
Anonymous Anônimo said...

Gostei da primeira metade do CD, do meio para o fim do CD parece que a Leila Pinheiro tava cantando no chuveiro,, minha nota para o CD é um 6, achei frustrante poderia ser muito melhor!!

19 de julho de 2010 às 15:15  
Anonymous Anônimo said...

Afe! Ouvi o CD e pensei a mesma coisa: Caramba, parece que tá cantando no chuveiro...

20 de julho de 2010 às 01:05  
Anonymous Anônimo said...

O anônimo de
16 de julho de 2010 11:37 disse "
Já ouvi o CD pelo menos umas 20 vezes e não consegui encontrar nenhum grande valor".
Pô, quando eu não gosto não ouço isso tudo não...
O disco é bom, mas não é o melhor de Leila. É um bom disco, com bons momentos. Mas ouvir 20 vezes para chegar a conclusão semelhante....

Gostei e já ouvi. E não chegou a isso tudo não.

Carioca da Piedade

20 de julho de 2010 às 14:44  
Anonymous Anônimo said...

Para fãs (me incluo), e para quem mais souber apreciar uma grande cantora. (2)

Eu adorei o CD e pra mim até agora está na lista dos melhores do ano. Quando vc voltar desde a primeira vez que ouvi fiquei pasmo. Lindo demais. Eu escuto o CD todo sem pular nenhuma faixa e acho ótimo. Claro que mudanças podem ser feitas, incluiria músicas talvez menos óbvias, mas pra mim está ótimo.

Eu assisti ao show de pre-estreia do disco no Sesc Pompéia e não deixem de assistir quando o show voltar oficialmente; quem tem dúvida sobre a qualidade dessas músicas ao vivo poderá tirar a prova. Show divino e irretocável.

20 de julho de 2010 às 19:42  
Anonymous Anônimo said...

O mais importe é que esta grande cantora esta sempre gravando, sem hiato!
Derepente pinta outra obra prima como Catavento e Girassol!


Sandro Vilela

20 de julho de 2010 às 21:38  
Anonymous Lauro said...

Um detalhe que eu reparei na gravação de La Solitudine foi a intenção de Leila Pinheiro, de não querer aparecer mais que o Renato.
O que para alguns pareceu uma displicência musical pois sua voz estava aparentemente apagada, para mim foi um gesto de humildade, ela simplesmete deixou a voz de Renato Russo prevalecer na música, afinal ele é o homenageado.

30 de julho de 2010 às 08:37  
Anonymous Anônimo said...

Uma grande artista!
Uma grande cantora!
Maravilha tê-la em atividade neste pais!Adorei o disco!
Salve Leila!

Evandro

31 de julho de 2010 às 08:13  

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