Das Neves faz sambas com dom de gente bamba
Resenha de CD
Título: Pra Gente Fazer
Mais um Samba
Artista: Wilson das Neves
Gravadora: MP,B
/ Universal Music
Cotação: * * * 1/2
Em seu terceiro disco como cantor e compositor, o ótimo baterista Wilson das Neves confirma que o samba é mesmo seu dom. Sucessor de O Som Sagrado de Wilson das Neves (1996) e Brasão de Orfeu (2004), Pra Gente Fazer Mais um Samba reúne 13 sambas compostos pelo veterano integrante da Orquestra Imperial com parceiros como Paulo César Pinheiro (Outono Chegou e Folha no Ar, ambos de poética raiz melancólica), Arlindo Cruz (Não Dá, gravado por Diogo Nogueira), Nei Lopes (Assédio, tema de menor inspiração), Délcio Carvalho (Estava Faltando Você), Nelson Rufino (Minha Trajetória) e Roque Ferreira (Ingrata Surpresa), entre outros bambas. O talento de melodista - ressaltado pelo amigo Chico Buarque em texto escrito para o encarte do CD - salta aos ouvidos já na faixa-título, Pra Gente Fazer Mais um Samba, que abre o disco e logo se insinua como outra obra-prima da lavra de Neves com Paulo Pinheiro, autores de O Samba É meu Dom, o clássico instantâneo lançado em O Som Sagrado de Wilson das Neves. Sem bisar esse momento de grande inspiração, a dupla também assina sambas como Velha Guarda do Império (bom tributo à tradicional escola do Carnaval carioca), Coquetel, Passarinho de Gaiola e Quem Espera Nunca Alcança. Os arranjos - em sua maioria, formatados alternadamente pelo pianista João Carlos Rebouças e o baixista Zé Luiz Maia - embalam os sambas sem recorrer aos clichês do gênero. Por mais que Das Neves nem sempre mantenha o pique melódico ao longo das 13 faixas, Pra Gente Fazer Mais um Samba é disco de quem tem o samba na veia como legítimo dom. E que o canta com a soberania de quem, aos 74 anos, já integra a nobre Velha Guarda dos bambas cariocas.
Título: Pra Gente Fazer
Mais um Samba
Artista: Wilson das Neves
Gravadora: MP,B
/ Universal Music
Cotação: * * * 1/2
Em seu terceiro disco como cantor e compositor, o ótimo baterista Wilson das Neves confirma que o samba é mesmo seu dom. Sucessor de O Som Sagrado de Wilson das Neves (1996) e Brasão de Orfeu (2004), Pra Gente Fazer Mais um Samba reúne 13 sambas compostos pelo veterano integrante da Orquestra Imperial com parceiros como Paulo César Pinheiro (Outono Chegou e Folha no Ar, ambos de poética raiz melancólica), Arlindo Cruz (Não Dá, gravado por Diogo Nogueira), Nei Lopes (Assédio, tema de menor inspiração), Délcio Carvalho (Estava Faltando Você), Nelson Rufino (Minha Trajetória) e Roque Ferreira (Ingrata Surpresa), entre outros bambas. O talento de melodista - ressaltado pelo amigo Chico Buarque em texto escrito para o encarte do CD - salta aos ouvidos já na faixa-título, Pra Gente Fazer Mais um Samba, que abre o disco e logo se insinua como outra obra-prima da lavra de Neves com Paulo Pinheiro, autores de O Samba É meu Dom, o clássico instantâneo lançado em O Som Sagrado de Wilson das Neves. Sem bisar esse momento de grande inspiração, a dupla também assina sambas como Velha Guarda do Império (bom tributo à tradicional escola do Carnaval carioca), Coquetel, Passarinho de Gaiola e Quem Espera Nunca Alcança. Os arranjos - em sua maioria, formatados alternadamente pelo pianista João Carlos Rebouças e o baixista Zé Luiz Maia - embalam os sambas sem recorrer aos clichês do gênero. Por mais que Das Neves nem sempre mantenha o pique melódico ao longo das 13 faixas, Pra Gente Fazer Mais um Samba é disco de quem tem o samba na veia como legítimo dom. E que o canta com a soberania de quem, aos 74 anos, já integra a nobre Velha Guarda dos bambas cariocas.
8 Comments:
não entendi porque voce não citou o samba "nos braços do amanhecer"
de wilson das neves e vitor pessoa ,ou voce não gostou do samba ou está desdenhando o parceiro por se tratar de um desconhecido da mídia.
abraços
não entendi porque voce não citou"nos braços do amanhecer"de wilson das neves e vitor pessoa,ou voce não gostou do samba ou está desdenhando por se tratar de um parceiro desconhecido da midia
abraços
Vitor, não sei se você é o próprio Vitor Pessoa. Acredito que sim, pois conhece o único samba que não citei e a autoria dele. Enfim, se for, a omissão não foi pessoal. Acontece. E, de fato, o samba não me chamou especial atenção no repertório do disco. Mas, repito, não há nada pessoal na omissão. Abs, MauroF
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Gente, que cara de pau isso?! Era só o que faltava aqui artistas ou compositores reclamarem da falta de ibope para seus trabalhos.
ola mauro ,pura coincidencia,me chamo Vitor Machado e trabalho na mpb musical , recebi o disco antes de ser lançado e gosto muito do samba do meu xará e achei injusta a omissao do samba
abraços
Tá, mas tá com toda pinta de que é do compositor a primeira fala. rsrsrsrs
Hilário! E para o Mauro não ter comentado é porque deve ser fraco tb.
Capa estranha (prum CD de samba): mesma fonte do Confessions da Madonna, essas luzes... A gente sabe que CD mal vende hoje em dia, mas não custa nada mostrar algum apreço às fotografias do CD. (Não precisa ser como a do Sérgio Mendes, nem 8 nem 80).
É bom demais a gente sentir a vontade com que o xará "melodiosamente" traz para nós o SAMBA...que fala a alma brasileira. A gente tem escutado pelas rádios somente musicas "jabaculejadas", o que fundamentalmente é prejudicial a nossa musica e musicalidade...
O SAMBA É NOSSO DOM
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