Sertanejos se adequam às emoções de Roberto
Resenha de CD
Título: Emoções Sertanejas
Artista: Roberto Carlos e convidados
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * *
Já aos primeiros acordes de A Distância - a bonita balada de 1972 revivida por Milionário & José Rico na abertura do primeiro CD do projeto duplo Emoções Sertanejas - fica evidente que a turma caipira se adequou comportadamente aos cânones do cancioneiro do Rei. Nas lojas desde maio, precedendo o DVD e o blu-ray que futuramente vão ser postos nas lojas pela gravadora Sony Music, o álbum duplo Emoções Sertanejas reúne 21 números do show gravado ao vivo em 17 de março de 2010 no Ginásio Ibirapuera (SP). A impressão pouco ou nada muda em relação ao registro veiculado pela TV Globo em 1º de abril. Mas é justo admitir que, na mixagem, o coro popular no refrão de Eu te Amo, te Amo, te Amo (1968) valoriza muito a faixa de Gian & Giovani. E que, no disco, Almir Sater parece mais à vontade n'O Quintal do Vizinho (1975). Já Victor & Leo continuam louvando Jesus Cristo (1970) sem o fervor necessário. Mais inspirados, Dominguinhos e Paula Fernandes transitam por vias nobres com Caminhoneiro (1984) - estrada na qual trafega também Sérgio Reis ao defender com dignidade Todas as Manhãs (1991). Por sua vez, Martinha reitera com sua voz rouca que Alô (1994) é uma das poucas boas canções lançadas por Roberto nos anos 90. Por ter sido fiel ao seu estilo, Roberta Miranda não merecia os vocais que jogam Eu Disse Adeus (1969) na vala comum do brega. Daniel ainda se salva em Do Fundo do meu Coração (1986) por conta de sua capacidade vocal. Já seu encontro com Zezé Di Camargo & Luciano em Quando (1967) não teve a pressão roqueira exigida pelo tema. A faixa soa burocrática - como protocolar também soa a participação de Elba Ramalho, estranha no ninho sertanejo, recrutada para reviver Esqueça (1966). Voz por voz, o timbre lacrimoso de Leonardo está perfeitamente ajustado ao tom tristonho de Por Amor (1972), única real surpresa do cancioneiro selecionado para o roteiro do show. A fim do segundo disco, após trivial solo do anfitrião em Como É Grande o meu Amor por Você (1967), dispensável no CD, Roberto Carlos se junta aos seus convidados em Eu Quero Apenas (1974), número coletivo sem o charme do encontro armado no anterior Elas Cantam Roberto (2009). Somente para súditos...
Título: Emoções Sertanejas
Artista: Roberto Carlos e convidados
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * *
Já aos primeiros acordes de A Distância - a bonita balada de 1972 revivida por Milionário & José Rico na abertura do primeiro CD do projeto duplo Emoções Sertanejas - fica evidente que a turma caipira se adequou comportadamente aos cânones do cancioneiro do Rei. Nas lojas desde maio, precedendo o DVD e o blu-ray que futuramente vão ser postos nas lojas pela gravadora Sony Music, o álbum duplo Emoções Sertanejas reúne 21 números do show gravado ao vivo em 17 de março de 2010 no Ginásio Ibirapuera (SP). A impressão pouco ou nada muda em relação ao registro veiculado pela TV Globo em 1º de abril. Mas é justo admitir que, na mixagem, o coro popular no refrão de Eu te Amo, te Amo, te Amo (1968) valoriza muito a faixa de Gian & Giovani. E que, no disco, Almir Sater parece mais à vontade n'O Quintal do Vizinho (1975). Já Victor & Leo continuam louvando Jesus Cristo (1970) sem o fervor necessário. Mais inspirados, Dominguinhos e Paula Fernandes transitam por vias nobres com Caminhoneiro (1984) - estrada na qual trafega também Sérgio Reis ao defender com dignidade Todas as Manhãs (1991). Por sua vez, Martinha reitera com sua voz rouca que Alô (1994) é uma das poucas boas canções lançadas por Roberto nos anos 90. Por ter sido fiel ao seu estilo, Roberta Miranda não merecia os vocais que jogam Eu Disse Adeus (1969) na vala comum do brega. Daniel ainda se salva em Do Fundo do meu Coração (1986) por conta de sua capacidade vocal. Já seu encontro com Zezé Di Camargo & Luciano em Quando (1967) não teve a pressão roqueira exigida pelo tema. A faixa soa burocrática - como protocolar também soa a participação de Elba Ramalho, estranha no ninho sertanejo, recrutada para reviver Esqueça (1966). Voz por voz, o timbre lacrimoso de Leonardo está perfeitamente ajustado ao tom tristonho de Por Amor (1972), única real surpresa do cancioneiro selecionado para o roteiro do show. A fim do segundo disco, após trivial solo do anfitrião em Como É Grande o meu Amor por Você (1967), dispensável no CD, Roberto Carlos se junta aos seus convidados em Eu Quero Apenas (1974), número coletivo sem o charme do encontro armado no anterior Elas Cantam Roberto (2009). Somente para súditos...
5 Comments:
burocrática e protocolar é essa sua resenha ...
Li que já é o album mais vendido de 2010!
" ... Daniel ainda se salva em Do Fundo do meu Coração (1986) por conta de sua artilharia vocal ... "
EU LI ISSO????
inicialmente elogiaste o 'canto torto'de Elba,agora criticas ...
e daí que o mauro fale mal de elba uma vez? ela é intocável por acaso?
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