Não, Zaza Fournier não é a Piaf da geração iPod
Resenha de Show
Título: Les Mots Toc Tour
Artista: Zaza Fournier (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Sesc Copacabana (RJ)
Data: 27 de abril de 2010
Cotação: * * *
Agenda da turnê brasileira de Zaza Fournier:
* Brasília (DF) - 28 de abril de 2010
* Campinas (SP) - 2 de maio de 2010
* João Pessoa (PB) - 6 de maio de 2010
* Porto Alegre (RS) - 8 de maio de 2010
* São Paulo (SP) - 15 de maio de 2010
Zaza Fournier não chega a ser uma Edith Piaf (1915 - 1963) da geração iPod - como foi vendida para a mídia na primeira turnê da cantora francesa no Brasil. Contudo, aos 25 anos, Zaza mostra nessa inusitada turnê nacional que até canta bem - com segurança, personalidade e afinação - e que maneja seu acordeom com real desenvoltura, mixando acordes do instrumento (o mais associado à canção francesa) com sons eletrônicos programados para que seu show tenha apelo pop. Em sua apresentação na arena do Sesc Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ), na noite de 27 de abril de 2010, a jovial cantora procurou reprocessar influências da canção francesa com toques contemporâneos. Para tal, Zaza se valeu tanto de um sucesso de Elvis Presley (1935 - 1977) - Heartbreak Hotel, único número em que se arriscou a cantar em inglês - como de seu discurso comunicativo que, em alguns momentos, adquiriu tom quase histérico. Em outros momentos, tal simpatia pareceu ensaiada e treinada para seduzir o público que, em sua maioria, não compreendia as piadas feitas pela artista num francês sapeca. O show em si começou linear, quase frio, mas foi crescendo à medida em que Zaza foi criando empatia enquanto mostrava as músicas de seu primeiro CD, Les Mots Toc, editado em 2008 na França depois que a cantora foi descoberta ao soltar a voz nas ruas de Paris. Deste repertório próprio, La Vieux a Deux foi um dos destaques ao lado da dançante Rêve Américain e da faixa-título Les Mots Toc. Zaza evoca a tradicional canção francesa com clima de cabaré pop. Pena que uma certa preocupação de soar exótica tenha desviado, por vezes, o foco da música. Zaza tirou fotos do público, bebeu água diretamente da jarra posta na mesa posicionada ao lado do microfone e fez a plateia pôr seus nomes em um abaixo-assinado cujo propósito não foi entendido pela grande maioria dos espectadores. No bis, um cover de Tristeza (Goodbye Sadness) - música do repertório de Astrud Gilberto - foi cantado em português até desenvolto. Enfim, Zaza Fournier deixa boa impressão ao fim do show sem fazer jus às altas expectativas criadas pelo marketing que envolve essa sua passagem pelo Brasil.
Título: Les Mots Toc Tour
Artista: Zaza Fournier (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Sesc Copacabana (RJ)
Data: 27 de abril de 2010
Cotação: * * *
Agenda da turnê brasileira de Zaza Fournier:
* Brasília (DF) - 28 de abril de 2010
* Campinas (SP) - 2 de maio de 2010
* João Pessoa (PB) - 6 de maio de 2010
* Porto Alegre (RS) - 8 de maio de 2010
* São Paulo (SP) - 15 de maio de 2010
Zaza Fournier não chega a ser uma Edith Piaf (1915 - 1963) da geração iPod - como foi vendida para a mídia na primeira turnê da cantora francesa no Brasil. Contudo, aos 25 anos, Zaza mostra nessa inusitada turnê nacional que até canta bem - com segurança, personalidade e afinação - e que maneja seu acordeom com real desenvoltura, mixando acordes do instrumento (o mais associado à canção francesa) com sons eletrônicos programados para que seu show tenha apelo pop. Em sua apresentação na arena do Sesc Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ), na noite de 27 de abril de 2010, a jovial cantora procurou reprocessar influências da canção francesa com toques contemporâneos. Para tal, Zaza se valeu tanto de um sucesso de Elvis Presley (1935 - 1977) - Heartbreak Hotel, único número em que se arriscou a cantar em inglês - como de seu discurso comunicativo que, em alguns momentos, adquiriu tom quase histérico. Em outros momentos, tal simpatia pareceu ensaiada e treinada para seduzir o público que, em sua maioria, não compreendia as piadas feitas pela artista num francês sapeca. O show em si começou linear, quase frio, mas foi crescendo à medida em que Zaza foi criando empatia enquanto mostrava as músicas de seu primeiro CD, Les Mots Toc, editado em 2008 na França depois que a cantora foi descoberta ao soltar a voz nas ruas de Paris. Deste repertório próprio, La Vieux a Deux foi um dos destaques ao lado da dançante Rêve Américain e da faixa-título Les Mots Toc. Zaza evoca a tradicional canção francesa com clima de cabaré pop. Pena que uma certa preocupação de soar exótica tenha desviado, por vezes, o foco da música. Zaza tirou fotos do público, bebeu água diretamente da jarra posta na mesa posicionada ao lado do microfone e fez a plateia pôr seus nomes em um abaixo-assinado cujo propósito não foi entendido pela grande maioria dos espectadores. No bis, um cover de Tristeza (Goodbye Sadness) - música do repertório de Astrud Gilberto - foi cantado em português até desenvolto. Enfim, Zaza Fournier deixa boa impressão ao fim do show sem fazer jus às altas expectativas criadas pelo marketing que envolve essa sua passagem pelo Brasil.
4 Comments:
Zaza Fournier não chega a ser uma Edith Piaf (1915 - 1963) da geração iPod - como foi vendida para a mídia na primeira turnê da cantora francesa no Brasil. Contudo, aos 25 anos, Zaza mostra nessa inusitada turnê nacional que até canta bem - com segurança, personalidade e afinação - e que maneja seu acordeom com real desenvoltura, mixando acordes do instrumento (o mais associado à canção francesa) com sons eletrônicos programados para que seu show tenha apelo pop. Em sua apresentação na arena do Sesc Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ), na noite de 27 de abril de 2010, a jovial cantora procurou reprocessar influências da canção francesa com toques contemporâneos. Para tal, Zaza se valeu tanto de um sucesso de Elvis Presley (1935 - 1977) - Heartbreak Hotel, único número em que se arriscou a cantar em inglês - como de seu discurso comunicativo que, em alguns momentos, adquiriu tom quase histérico. Em outros momentos, tal simpatia pareceu ensaiada e treinada para seduzir o público que, em sua maioria, não compreendia as piadas feitas pela artista num francês sapeca. O show em si começou linear, quase frio, mas foi crescendo à medida em que Zaza foi criando empatia enquanto mostrava as músicas de seu primeiro CD, Les Mots Toc, editado em 2008 na França depois que a cantora foi descoberta ao soltar a voz nas ruas de Paris. Deste repertório próprio, La Vieux a Deux foi um dos destaques ao lado da dançante Rêve Américain e da faixa-título Les Mots Toc. Zaza evoca a tradicional canção francesa com clima de cabaré pop. Pena que uma certa preocupação de soar exótica tenha desviado, por vezes, o foco da música. Zaza tirou fotos do público, bebeu água diretamente da jarra posta na mesa posicionada ao lado do microfone e fez a plateia pôr seus nomes em um abaixo-assinado cujo propósito não foi entendido pela grande maioria dos espectadores. No bis, um cover de Tristeza (Goodbye Sadness) - música do repertório de Astrud Gilberto - foi cantado em português até desenvolto. Enfim, Zaza Fournier deixa boa impressão ao fim do show sem fazer jus às altas expectativas criadas pelo marketing que envolve essa sua passagem pelo Brasil.
Geração do iPad.iPod é coisa do passado ...
Não a conhecia e ao ler o post, corri pro youtube para ver e ouví-la e adorrrei! Pena que não vende no Brasil e no site Amazon está custando 25 dólares. Para importar, ficaria muito caro! Queria tanto poder ter um cd dessa nova descoberta francesa. Pois adoro Camille, Benabar, Paris Combo e Emilie simon. Fica aí a dica de música francesa atual. Chega de Piafs e Charles...quero uma música nã osó francesa, mas italiana e alemã tb. Morro de vontade de comprar um cd da cantora de bossa nova e jazz alemã Annett Louisan. Fica aí outra dica de música alemã atual.
Albúm da Zaza - http://www.mediafire.com/?nmmfmmizymm
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