Aos 69, Nana dá show à parte no espaço de Dori
O aniversário era de Nana Caymmi, que completou 69 anos em 29 de abril de 2010 e festejou a data no palco, mas quem ganhou o presente foi o público que compareceu na noite de quinta-feira ao Espaço Tom Jobim, no Rio de Janeiro (RJ), para ver a primeira das duas apresentações agendadas por Dori Caymmi para badalar seu recém-lançado CD Mundo de Dentro. Dori brindou seu público com doses generosas do canto da irmã. Produzida, com os cabelos soltos, Nana - vista acima em fotos de Mauro Ferreira - deu literalmente um show à parte no espaço de Dori, fazendo nada menos do que seis números com o trio arregimentado por Dori para a minitemporada que termina nesta sexta-feira, 30 de abril. Generoso, o anfitrião deixou a cena inteiramente para Nana após acompanhá-la em Saudade de Amar (o tema de Dori Paulo César Pinheiro que a cantora gravou em 2001 no álbum Desejo) e em Fora de Hora (primeira parceria de Dori com Chico Buarque, incluída por Nana no álbum Sem Poupar Coração, editado em 2009). Sem a companhia de Dori, Nana reviveu Se Queres Saber (Peter Pan - um sucesso de Emilinha Borba que ela regravou em 1977), expressou a saudade de Tom Jobim (1927 - 1994) ao cantar Sem Você (de Tom e Vinicius de Moraes) e transitou pela obra de Dolores Duran (1930 - 1959) ao entoar Castigo. "Para não perder o meu rumo, vou cantar meus bolerinhos", avisou, marota, antes de interpretar Escríbeme (o tema de Guillermo Castillo que gravou em 1993 no álbum Bolero) e e Amor de Mis Amores (o bolero de Agustín Lara que inspirou o título do álbum Sangre de mi Alma, gravado e editado em 2000). Fechando o generoso set que foi de fato um show à parte, Nana saudou a obra do patriarca da família, Dorival Caymmi (1914 - 2008), ao cantar Dora nos seus habituais tons altos. Saiu de cena ovacionada, para voltar no fim do show para soprar a vela do bolo de seu aniversário. Em forma, repleta de sentimento, a voz de Nana Caymmi resiste esplêndida ao passar dos anos, em bela resposta ao tempo. Parabéns para ela!
11 Comments:
O aniversário era de Nana Caymmi, que completou 69 anos em 29 de abril de 2010 e festejou a data no palco, mas quem ganhou o presente foi o público que compareceu na noite de quinta-feira ao Espaço Tom Jobim, no Rio de Janeiro (RJ), para ver a primeira das duas apresentações agendadas por Dori Caymmi para badalar seu recém-lançado CD Mundo de Dentro. Dori brindou seu público com doses generosas do canto da irmã. Produzida, com os cabelos soltos, Nana - vista acima em fotos de Mauro Ferreira - deu literalmente um show à parte no espaço de Dori, fazendo nada menos do que seis números com o trio arregimentado por Dori para a minitemporada que termina nesta sexta-feira, 30 de abril. Generoso, o anfitrião deixou a cena inteiramente para Nana após acompanhá-la em Saudade de Amar (o tema de Dori Paulo César Pinheiro que a cantora gravou em 2001 no álbum Desejo) e em Fora de Hora (primeira parceria de Dori com Chico Buarque, incluída por Nana no álbum Sem Poupar Coração, editado em 2009). Sem a companhia de Dori, Nana reviveu Se Queres Saber (Peter Pan - um sucesso de Emilinha Borba que ela regravou em 1977), expressou a saudade de Tom Jobim (1927 - 1994) ao cantar Sem Você (de Tom e Vinicius de Moraes) e transitou pela obra de Dolores Duran (1930 - 1959) ao entoar Castigo. "Para não perder o meu rumo, vou cantar meus bolerinhos", avisou, marota, antes de interpretar Escríbeme (o tema de Guillermo Castillo que gravou em 1993 no álbum Bolero) e e Amor de Mis Amores (o bolero de Agustín Lara que inspirou o título do álbum Sangre de mi Alma, gravado e editado em 2000). Fechando o generoso set que foi de fato um show à parte, Nana saudou a obra do patriarca da família, Dorival Caymmi (1914 - 2008), ao cantar Dora nos seus habituais tons altos. Saiu de cena ovacionada, para voltar no fim do show para soprar a vela do bolo de seu aniversário. Em forma, repleta de sentimento, a voz de Nana Caymmi resiste esplêndida ao passar dos anos, em bela resposta ao tempo. Parabéns para ela!
Sortudo que você é, Mauro.Como gostaria de estar lá vendo a Nana e o Dori.
Sortudo que você é, Mauro.Como gostaria de estar lá vendo a Nana e o Dori.
Voce foi um privilegiado,Mauro.Nana é tesouro precioso do Brasil,nosso orgulho!
Nana, sempre grandiosa! Pena que seus shows estão cada vez mais raros.
Nana precisa gravar mais e mais e mais. E gravar urgente um dvd abrangente de sua carreira. É a cantora da MPB que tem a mais emocionante voz e o repertório mais bonito.
Absolutamente divina!Com este cabelo mais comprido,mais divina ainda.E que repertório,Dori,Jobim,Dolores...e os "bolerinhos" que nada,estes aí são obras primas da canção mundial.Nana é um dos artistas referenciais de seu tempo,desses raros,impressionantes e imprescindíveis.Feliz 69 de vida e 50 de magia!
Só recentemente saiu o primeiro DVD de Nana, baseado naquela apresentação do Programa Ensaio pra TV Cultura. Sabemos que Nana tem muitos especiais para as Emissoras, e aguardamos que um dia estas sejam sensíveis e lancem a preciosa obra de Nana. No mais é saudar a voz dessa grande intérprete e aguardar se ela fará o show do disco Sem poupar coração.
Poxa Mauro. Que comentários felizes você fez. Fico feliz em saber que Nana continua - como sempre - em grande forma.
Nana não é efêmera é eterna em sua voz, sentimento e emoção.
PS.: Resposta ao Tempo é, na minha opinião, uma das melhores, se não a melhor, música nacional de todos os tempos.
Welerson André
Nana é formidável, só que prefiro a Nana dos anos 70 e 80. Discos como: 1977, Chora Brasileira e aquele memorável de 1988 que só serve se escuta-lo inteiro são místicos e eternos. Agora quanto à canção Resposta ao tempo, concordo com Welerson André em relação em ser uma música muito bonita, mas não a mais bonita de todos os tempos. Por que a música mais bonita dessas últimas chama-se: Canto em qualquer canto de (Itamar Assumpção e Ná Ozzetti).
Augsuto Flávio
A música mais bonita de todos os tempos se chama TODO SENTIMENTO. Não existe nada tão ´poético, belo e profundo qto essa canção. Ainda bem que Nana gravou, mas a versão definitiva é de Verônica Sabino.
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