12 de fevereiro de 2010

Mesmo desplugado, Autoramas preserva pegada

Resenha de CD / DVD
Título: MTV Apresenta
Autoramas Desplugado
Artista: Autoramas
Gravadora: CD Promo
Cotação: * * *

Banda cultuada na cena indie carioca, Autoramas não chegou a acontecer. Mas continua queridinha da crítica e tem fãs fiéis nesse circuito indie. Gente que está aprovando - com razão! - o registro ao vivo acústico lançado pelo trio em DVD (o primeiro do grupo) e CD (já o quinto de discografia do Autoramas) na série MTV Apresenta. Basta ouvir temas como Muito Mais para comprovar que a banda conseguiu manter a pegada roqueira em Desplugado. A gravação tem boa pressão. E, aparentemente descontraídos, Gabriel Thomaz (voz e guitarra), Bacalhau (bateria) e Flávia Curi (a nova integrante do grupo, recrutada para pilotar o baixo) passeiam por climas diversos, indo do blues (A 300 Km/H - com Big Gilson) ao flamenco (Hotel Cervantes - com as adesões de Humberto Barros nos teclados e de Jane Deluc, a tal Mulher Misteriosa, nas castanholas). O mesmo Humberto Barros toca também piano em No Claro No Escuro, inusitado cover do repertório de Reginaldo Rossi. Desplugado conta ainda com intervenções de Frejat (voz e guitarra na canção Sonhador) e Érika Martins (voz no pop rock romântico Música de Amor) no roteiro que inclui I Saw You Saying (That You Say That You Saw), parceria de Gabriel Thomaz com Rodolfo originalmente gravada pelos Raimundos. Para quem preferir o DVD, há números exclusivos do vídeo, casos de Galera do Fundão (tema do Little Quail & The Mad Birds, o primeiro grupo indie do vocalista do Autoramas) e dos covers de músicas dos repertórios de Elvis Presley (Love me) e Raul Seixas (Let me Sing, Let me Sing). Nos extras do DVD, em que a banda é vista rebobinando hits alheios em takes extraídos dos ensaios da gravação, o trio aborda outro tema do repertório de Elvis Presley (1935 - 1977), Blue Suede Shoes. Enfim, é improvável que Desplugado altere a posição marginal do Autoramas no mercado fonográfico brasileiro e na cena pop nacional como um todo. Contudo, é registro esperto de banda que foge dos padrões de NX Zero, Fresno e outros grupos que têm mais peso entre o público consumidor do rock brazuca.

4 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Banda cultuada na cena indie carioca, Autoramas não chegou a acontecer. Mas continua queridinha da crítica e tem fãs fiéis nesse circuito indie. Gente que está aprovando - com razão! - o registro ao vivo acústico lançado pelo trio em DVD (o primeiro do grupo) e CD (já o quinto de discografia do Autoramas) na série MTV Apresenta. Basta ouvir temas como Muito Mais para comprovar que a banda conseguiu manter a pegada roqueira em Desplugado. A gravação tem boa pressão. E, aparentemente descontraídos, Gabriel Thomaz (voz e guitarra), Bacalhau (bateria) e Flávia Curi (a nova integrante do grupo, recrutada para pilotar o baixo) passeiam por climas diversos, indo do blues (A 300 Km/H - com Big Gilson) ao flamenco (Hotel Cervantes - com as adesões de Humberto Barros nos teclados e de Jane Deluc, a tal Mulher Misteriosa, nas castanholas). O mesmo Humberto Barros toca também piano em No Claro No Escuro, inusitado cover do repertório de Reginaldo Rossi. Desplugado conta ainda com intervenções de Frejat (voz e guitarra na canção Sonhador) e Érika Martins (voz no pop rock romântico Música de Amor) no roteiro que inclui I Saw You Saying (That You Say That You Saw), parceria de Gabriel Thomaz com Rodolfo originalmente gravada pelos Raimundos. Para quem preferir o DVD, há números exclusivos do vídeo, casos de Galera do Fundão (tema do Little Quail & The Mad Birds, o primeiro grupo indie do vocalista do Autoramas) e dos covers de músicas dos repertórios de Elvis Presley (Love me) e Raul Seixas (Let me Sing, Let me Sing). Nos extras do DVD, em que a banda é vista rebobinando hits alheios em takes extraídos dos ensaios da gravação, o trio aborda outro tema do repertório de Elvis Presley (1935 - 1977), Blue Suede Shoes. Enfim, é improvável que Desplugado altere a posição marginal do Autoramas no mercado fonográfico brasileiro e na cena pop nacional como um todo. Contudo, é registro esperto de banda que foge dos padrões de NX Zero, Fresno e outros grupos que têm mais peso entre o público consumidor do rock brazuca.

12 de fevereiro de 2010 às 20:20  
Anonymous Anônimo said...

Realmente os Autoramas não aconteceram.. no Rio. A banda carioca é cultuada em São Paulo, onde os caras não podem andar na rua sem serem reconhecidos. Esta a questão, portanto o início da resenha está um tanto equivocado.

13 de fevereiro de 2010 às 12:20  
Anonymous Anônimo said...

Parabéns pela resenha, mesmo que o comentário do anônimo do dia 13 esteja correto.
Bom ler um crítico que ouve tudo e gosta de coisas tão diferentes....
Quando crescer quero ser assim...
Carioca da Piedade, já crescidinho, é verdade, mas sem a verve do colunista

18 de fevereiro de 2010 às 11:21  
Anonymous Anônimo said...

Discordo, que não aconteceu no Rio. Acho sim, que o trio aconteceu e acontece! Não de uma maneira, como outros fazem, tendo que pagar para aparecer. Autoramas está aí pelo que fazem, e não pelo que pagam! Faltou o crítico comentar sobre o Samba Rock do Bacalhau, que é muito bom! Inspiração do nosso querido Ben.

23 de fevereiro de 2010 às 12:49  

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