3 de agosto de 2009

Climas encorpam o som do Arctic em 'Humbug'

Resenha de CD
Título: Humbug
Artista: Arctic Monkeys
Gravadora: EMI Music
Cotação: * * * 1/2

É possível identificar em uma ou outra faixa do terceiro álbum do quarteto britânico Arctic Monkeys - Humbug, com lançamento agendado via EMI Music para 24 de agosto de 2009, mas já vazado na internet - ecos daquele jorro juvenil que pontuou o primeiro álbum do grupo, Whatever People Say I Am, That's What I'm Not (2006), que seduziu o universo pop com seu rock básico e urgente. Destaque entre as dez inéditas, Pretty Visitors alterna compassos que evoca a agilidade inicial da banda com passagens mais climáticas. É um coerente cartão de visitas para Humbug, disco que surpreende justamente pelos climas. Em seu segundo álbum, Favourite Worst Nightmare (2007), o Arctic Monkeys já havia experimentado sons menos crus, mas sem abandonar a urgência que caracteriza seu rock. Já Humbug não é exatamente um disco de sonoridade básica. Climas e camadas de som encorpam o rock do quarteto. Efeito provável do inusitado envolvimento de Josh Homme (o frontman da banda de hard rock Queens of the Stone Age) na produção (dividida com James Ford).
Humbug é um CD mais denso do que propriamente pesado, embora haja (algum) peso em temas como Dangerous Animals. A despeito de um bissexto momento pop em Cornerstone, outro destaque da safra de inéditas, o disco não flerta com as paradas. Não há refrões fáceis. Não há rocks básicos. O primeiro single do bom álbum, Crying Lightning, traduz com (alguma) fidelidade os caminhos seguidos pelo Arctic Monkeys nessa viagem climática que soa meio arrastada em Dance Little Liar e em Fire and the Thud. Entre baladas como Secret Door e rocks (eventualmente) ágeis como Potion Approaching, Humbug flagra os Monkeys em movimento. O destino final da trupe de Alex Turner (cujos vocais soam mais sombrios) talvez seja desconhecido até pelos viajantes.

1 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

É possível identificar em uma ou outra faixa do terceiro álbum do quarteto britânico Arctic Monkeys - Humbug, com lançamento agendado via EMI Music para 24 de agosto de 2009, mas já vazado na internet - ecos daquele jorro juvenil que pontuou o primeiro álbum do grupo, Whatever People Say I Am, That's What I'm Not (2006), que seduziu o universo pop com seu rock básico e urgente. Destaque entre as dez inéditas, Pretty Visitors alterna compassos que evoca a agilidade inicial da banda com passagens mais climáticas. É um bom cartão de visitas para Humbug, disco que surpreende justamente pelos climas. Em seu segundo álbum, Favourite Worst Nightmare (2007), o Arctic Monkeys já havia experimentado sons menos crus, mas sem abandonar a urgência que caracteriza seu rock. Já Humbug não é exatamente um disco de sonoridade básica. Climas e camadas de som encorpam o rock do quarteto. Efeito provável do inusitado envolvimento de Josh Homme (o frontman da banda de hard rock Queens of the Stone Age) na produção (dividida com James Ford).
Humbug é um CD mais denso do que propriamente pesado, embora haja (algum) peso em temas como Dangerous Animals. A despeito de um bissexto momento pop em Cornerstone, outro destaque da safra de inéditas, o disco não flerta com as paradas. Não há refrões fáceis. Não há rocks básicos. O primeiro single do álbum, Crying Lightning, traduz com (alguma) fidelidade os caminhos seguidos pelo Arctic Monkeys nessa viagem climática que soa meio arrastada em Dance Little Liar e em Fire and the Thud. Entre baladas como Secret Door e rocks (eventualmente) ágeis como Potion Approaching, Humbug flagra os Monkeys em movimento. O destino final da trupe de Alex Turner (cujos vocais soam mais sombrios) talvez seja desconhecido até pelos viajantes.

3 de agosto de 2009 às 10:32  

Postar um comentário

<< Home