17 de julho de 2009

Obra de Gulin para futuro CD está em progresso


Resenha de Show
Título: Musiqueria - Um Processo Aberto e Distraído
Artista: Thaís Gulin (em fotos de Mauro Ferreira)
Participação especial: Zeca Baleiro
Local: Varanda do Vivo Rio (RJ)
Data: 16 de julho de 2009
Cotação: * * 1/2
Boa cantora egressa de Curitiba (PR), já radicada no Rio de Janeiro (RJ) e revelada em fins de 2006 com a edição de seu primeiro álbum, Thaís Gulin começa a formatar o repertório e a sonoridade do segundo disco. Em progresso, a obra vai ser testada em série de shows que estreou na noite de quinta-feira, 16 de julho de 2009, em apresentação na bela (mas dispersiva) varanda da casa Vivo Rio. Na estreia do salutar projeto, intitulado Musiqueira - Um Processo Aberto e Distraído, Gulin recebeu Zeca Baleiro, com quem apresentou a inédita Quanta Espera - parceria de Gulin e Baleiro que deverá figurar no segundo trabalho da cantora - e fez entrosado dueto em Cisco, canção composta pelo maranhense com Carlos Careqa e gravada por Gulin em seu primeiro ótimo CD.
A apresentação começou mal. Nos quatro primeiros números, foi difícil identificar a cantora interessante do álbum de 2006. De cara, saltou aos ouvidos a inventividade dos arranjos, executados pela impecável banda formada por Lui Coimbra (violoncelo e violão), João Bittencourt (teclados e acordeom), Marcelo Costa (bateria e percussão) e Dunga (baixo). Contudo, a cantora em si pareceu fora do tom em Quando o Carnaval Chegar (Chico Buarque), História de Fogo (Otto e Alessandra Negrini), Garoto de Aluguel - Taxi Boy (Zé Ramalho) e, sobretudo, em Elegia (Péricles Cavalcanti e Augusto de Campos sobre poema de John Donner). Foi a partir da quinta música do roteiro, a inédita Horas Cariocas, que Gulin começou a se encontrar e, daí em diante, o show transcorreu sedutor. Calcada no violão, Horas Cariocas é música da lavra autoral da própria Gulin, que se revela uma compositora promissora. Influências de Adriana Calcanhotto e Caetano Veloso são detectáveis na música, séria candidata a figurar no repertório do segundo disco da artista. No mais, Thaís reeditou números de seu show anterior, sendo que Cama e Mesa - um dos sucessos do álbum lançado por Roberto Carlos em 1981 - já parece ser o hit de suas apresentações, graças a uma abordagem original que começa quase a capella e ganha pulsação crescente ao longo da música, repetida no bis. Outro destaque é o samba Augusta, Angélica e Consolação, de Tom Zé, de quem Gulin também entoa (com graça) a canção Defeito 10: Cedotardar. Enfim, a obra está em progresso e dá sinais de que poderá gerar bom segundo disco de Thaís Gulin.

12 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Boa cantora egressa de Curitiba (PR), já radicada no Rio de Janeiro (RJ) e revelada em fins de 2006 com a edição de seu primeiro álbum, Thaís Gulin começa a formatar o repertório e a sonoridade do segundo disco. Em progresso, a obra vai ser testada em série de shows que estreou na noite de quinta-feira, 16 de julho de 2009, em apresentação na bela (mas dispersiva) varanda da casa Vivo Rio. Na estreia do salutar projeto, intitulado Musiqueira - Um Processo Aberto e Distraído, Gulin recebeu Zeca Baleiro, com quem apresentou a inédita Quanta Espera - parceria de Gulin e Baleiro que deverá figurar no segundo disco da cantora - e fez entrosado dueto em Cisco, canção composta pelo maranhense com Carlos Careqa e gravada por Gulin em seu primeiro ótimo CD.
A apresentação começou mal. Nos quatro primeiros números, foi difícil identificar a cantora interessante do álbum de 2006. De cara, saltou aos ouvidos a inventividade dos arranjos, executados pela impecável banda formada por Lui Coimbra (violoncelo e violão), João Bittencourt (teclados e acordeom), Marcelo Costa (bateria e percussão) e Dunga (baixo). Contudo, a cantora em si pareceu fora do tom em Quando o Carnaval Chegar (Chico Buarque), História de Fogo (Otto e Alessandra Negrini), Garoto de Aluguel - Taxi Boy (Zé Ramalho) e, sobretudo, em Elegia (Péricles Cavalcanti e Augusto de Campos sobre poema de John Donner). Foi a partir da quinta música do roteiro, a inédita Horas Cariocas, que Gulin começou a se encontrar e, daí em diante, o show transcorreu sedutor. Calcada no violão, Horas Cariocas é música da lavra autoral da própria Gulin, que se revela uma compositora promissora. Influências de Adriana Calcanhotto e Caetano Veloso são detectáveis na música, séria candidata a figurar no repertório do segundo disco da artista. No mais, Thaís reeditou números de seu show anterior, sendo que Cama e Mesa - um dos sucessos do álbum lançado por Roberto Carlos em 1981 - já parece ser o hit de suas apresentações, graças a uma abordagem original que começa quase a capella e ganha pulsação crescente ao longo da música, repetida no bis. Outro destaque é o samba Augusta, Angélica e Consolação, de Tom Zé, de quem Gulin também entoa (com graça) a canção Defeito 10: Cedotardar. Enfim, a obra está em progresso e dá sinais de que poderá gerar bom segundo disco de Thaís Gulin.

17 de julho de 2009 às 17:32  
Anonymous Anônimo said...

A Thais Gulin e a Márcia Castro são as cantoras com repertório mais ousado.

E a interpretação da Thais é muito segura e diferenciada.

Essa não só veio para ficar, mas para se tornar influente.

17 de julho de 2009 às 19:08  
Anonymous Anônimo said...

concordo com o Zózimo. a Thaís Gulin e a Márcia Castro são as que têm mais coragem de inovar (e inovar com propriedade), dessas que se encontram por aí.

mal posso esperar pelo disco novo. espero que também tenha o lindo Samba Desavec, que ela compôs com o Mombaça e cantou num show aqui em Porto Alegre.

Pedro

18 de julho de 2009 às 11:43  
Anonymous Anônimo said...

Galera acho que sou de outro planeta!Acho essa menina tão comum... Fraquinha como cantora!

18 de julho de 2009 às 17:34  
Anonymous Anônimo said...

Você não é de outro planeta não, prezado anônimo! De fato, a moça é comum demais. Fraca e Fria! Há muito tempo não assistia um show tão fraco. Puramente comercial. Sem verdade nem emoção. O que salvou foram as duas canções que o Zeca Baleiro fez sozinho. Pra piorar, é um total absurdo a comparação de Thaís Gulin com Márcia Castro. Esta sim é uma intérprete promissora. Sua explosão no palco é de emocionar. Mas é isso aí... infelizmente o comercial comanda. "Quem nasceu para as alturas só alcança quem também sabe voar."

19 de julho de 2009 às 22:38  
Anonymous Anônimo said...

Realmente uma pessoa que acha que o trabalho de Thais Gulin é comercial galera,é de outro planeta e um planeta bem fraquinho.Eu estive neste show e o publico saiu encantado!
Carlos.

20 de julho de 2009 às 21:53  
Anonymous Anônimo said...

Comum???Ela é diferente de tudo!O que mais chama a atenção no trabalho dela é justamente o que ela tem de diferente em relação a todas essas cantoras q estão por aí.

21 de julho de 2009 às 02:02  
Anonymous Anônimo said...

Pode gostar ou não gostar, mas achar comercial não faz sentido nenhum. Queria saber o que tem de comercial garavar músicas obscuras de Nelson Sargento ao lado de Arrigo Barnabé, Tom Zé, Macalé...

21 de julho de 2009 às 11:23  
Anonymous João Cláudio M said...

Calma, Calma, galera!
O espaço de nosso amigo Mauro é democrático p todos expressarem seus gostos e sensações.
Minha análise qto ao repertório da TG é a melhor possível. Ela tem um repertório e parcerias muito bacanas! Promete!
Nada comercial.
Mas, por outro lado, analisando o contexto da artista e do show, é preciso concordar com a contaminação do comercial sim.
Infelizmente.
Talvez seja este o sentido o qual o anônimo se referiu ao citar "comercial".
Eu também estive no show e concordo.
A platéia do show confirmava isso!

21 de julho de 2009 às 22:58  
Anonymous Lucas said...

é isso o que acontece quando uma artista ousada tem a coragem de abrir um processo de trabalho sem pretensões, como ela mesma anunciou no início do show ou nos jornais, para simplesmente experimentar e os caretas estacionados não entendem, acham que é concerto.
"..." citações, meu Deus, os anônimos, as citações... Qdo sair o segundo disco da cantora, a gente se encontra aqui de novo, valeu?!
Parece que Mart´nália, Chico Buarque, Zeca Baleiro e mais uma porrada de artistas, jornalistas, etc.. adoram o trabalho da garota. Então, ah, tá.

22 de julho de 2009 às 13:45  
Anonymous Anônimo said...

Cruzes!!!
Não gostei não!
Esperava outra coisa e naquele show o que se viu foi uma empresária que fez bem seu trabalho, enchendo o espaço de convidados e forçando a barra -como se a gente não soubesse o q tem por trás de tudo isso -
E olha que eu tb era convidado! Affff! rsrsrsrs
De qq forma desejo sorte para a moça. Afinal, gosto é gosto. O mundo é tão eclético, sempre tem gente que gosta!
Mauro, amado, me desculpe, mas sou sincero! Adoro seu blog, mas sou sincero.
Espero que você não se ofenda e seja democrático respeitando minha opinião.
Um abraço,
Joy

30 de julho de 2009 às 20:23  
Anonymous Erika Castro said...

Joy,

Lamento informar mas Marti'nalia, Chico Buarque, Zeca Baleiro, dentre outros "convidados" não são meros convidados da "produtora" e sim amigos pessoais da Cantora, amigos de frequentar casa, sair para comer juntos... antes de fazer uma crítica, informe-se melhor ;)

18 de setembro de 2009 às 19:50  

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