Disco de Gadú confirma originalidade da artista
Resenha de CD
Título: Maria Gadú
Artista: Maria Gadú
Gravadora: SLAP
(Som Livre Apresenta)
Cotação: * * * *
O box luxuoso que embala o primeiro CD de Maria Gadú dá a pista do alto investimento feito pela gravadora Som Livre - através de seu selo SLAP - nessa cantora, compositora e violonista paulista. Maria Gadú, o disco, não decepciona. Mesmo sem reeditar a pegada da artista no palco, o CD - produzido com leveza por Rodrigo Vidal - confirma Gadú como intérprete de canto e obra originais. No caso, a cantora brilha mais quando apresenta seus sensíveis temas autorais de belas melodias. Entre os destaques, há Shimbalaiê - composta por Gadú aos dez anos (ela tem 22) - e Dona Cila, tocante tributo à avó falecida. Próxima do universo da MPB, (a)bordada com toque pop, Gadú transita tanto por canções bucólicas (Bela Flor) quanto por lindo samba (Altar Particular, sublinhado pelo violino de Nicolas Krassik), passando no caminho pelas levadas mais funkeadas da suingante Laranja - dividida com o cantor Leandro Léo - e da neobossa Lounge. Na área ruralista, vale destacar Linda Rosa (da lavra dos novatos Gugu Peixoto e Luiz Kiari). Mas nenhuma música soa tão singela - e com cara de hit radiofônico - como a canção Tudo Diferente, de autoria de André Carvalho, filho do baixista Dadi, um dos músicos recrutados para tocar no disco pelo produtor Rodrigo Vidal (o time inclui o guitarrista Fernando Caneca e o baterista Cezinha). Com sua voz levemente rouca, Gadú valoriza esse repertório cheio de frescor. Mas, verdade seja dita, soa apenas trivial ao pôr suingue em Ne me Quitte Pas, o tema desesperado do belga Jacques Brel. Ela se sai melhor ao recontar A História de Lily Braun (Chico Buarque e Edu Lobo) em tom bluesy. Já a recriação de Baba (o hit de Kelly Key) soa meramente curiosa, indigna de figurar em repertório tão azeitado. Com mais acertos do que erros, Maria Gadú justifica o investimento da Som Livre e a expectativa depositada em seu nome. Ela veio para ficar!!
Título: Maria Gadú
Artista: Maria Gadú
Gravadora: SLAP
(Som Livre Apresenta)
Cotação: * * * *
O box luxuoso que embala o primeiro CD de Maria Gadú dá a pista do alto investimento feito pela gravadora Som Livre - através de seu selo SLAP - nessa cantora, compositora e violonista paulista. Maria Gadú, o disco, não decepciona. Mesmo sem reeditar a pegada da artista no palco, o CD - produzido com leveza por Rodrigo Vidal - confirma Gadú como intérprete de canto e obra originais. No caso, a cantora brilha mais quando apresenta seus sensíveis temas autorais de belas melodias. Entre os destaques, há Shimbalaiê - composta por Gadú aos dez anos (ela tem 22) - e Dona Cila, tocante tributo à avó falecida. Próxima do universo da MPB, (a)bordada com toque pop, Gadú transita tanto por canções bucólicas (Bela Flor) quanto por lindo samba (Altar Particular, sublinhado pelo violino de Nicolas Krassik), passando no caminho pelas levadas mais funkeadas da suingante Laranja - dividida com o cantor Leandro Léo - e da neobossa Lounge. Na área ruralista, vale destacar Linda Rosa (da lavra dos novatos Gugu Peixoto e Luiz Kiari). Mas nenhuma música soa tão singela - e com cara de hit radiofônico - como a canção Tudo Diferente, de autoria de André Carvalho, filho do baixista Dadi, um dos músicos recrutados para tocar no disco pelo produtor Rodrigo Vidal (o time inclui o guitarrista Fernando Caneca e o baterista Cezinha). Com sua voz levemente rouca, Gadú valoriza esse repertório cheio de frescor. Mas, verdade seja dita, soa apenas trivial ao pôr suingue em Ne me Quitte Pas, o tema desesperado do belga Jacques Brel. Ela se sai melhor ao recontar A História de Lily Braun (Chico Buarque e Edu Lobo) em tom bluesy. Já a recriação de Baba (o hit de Kelly Key) soa meramente curiosa, indigna de figurar em repertório tão azeitado. Com mais acertos do que erros, Maria Gadú justifica o investimento da Som Livre e a expectativa depositada em seu nome. Ela veio para ficar!!
12 Comments:
O box luxuoso que embala o primeiro CD de Maria Gadú dá a pista do alto investimento feito pela gravadora Som Livre - através de seu selo SLAP - nessa cantora, compositora e violonista paulista. Maria Gadú, o disco, não decepciona. Mesmo sem reeditar a pegada da artista no palco, o CD - produzido com leveza por Rodrigo Vidal - confirma Gadú como intérprete de canto e obra originais. No caso, a cantora brilha mais quando apresenta seus sensíveis temas autorais de belas melodias. Entre os destaques, há Shimbalaiê - composta por Gadú aos dez anos (ela tem 22) - e Dona Cila, tocante tributo à avó falecida. Próxima do universo da MPB, (a)bordada com toque pop, Gadú transita tanto por canções bucólicas (Bela Flor) quanto por samba (Altar Particular, sublinhado pelo violino de Nicolas Krassik), passando no caminho pelas levadas funkeadas da suingante Laranja - dividida com o cantor Leandro Léo - e da neobossa Lounge. Na área ruralista, vale destacar Linda Rosa (da lavra dos novatos Gugu Peixoto e Luiz Kiari). Mas nenhuma música são tão bonita - e com cara de hit radiofônico - do que a canção Tudo Diferente, de autoria de André Carvalho, filho do baixista Dadi, um dos músicos recrutados para tocar no disco pelo produtor Rodrigo Vidal (o time inclui o guitarrista Fernando Caneca e o baterista Cezinha). Com sua voz levemente rouca, Gadú valoriza esse repertório cheio de frescor. Mas, verdade seja dita, não mostra maturidade para encarar Ne me Quitte Pas, o tema desesperado do belga Jacques Brel. Ela se sai melhor ao recontar A História de Lily Braun (Chico Buarque e Edu Lobo) em tom bluesy. Já a recriação de Baba (o hit de Kelly Key) soa meramente curiosa, indigna de figurar em repertório tão azeitado. Com mais acertos do que erros, Maria Gadú justifica o investimento da Som Livre e a expectativa depositada em seu nome. Ela veio para ficar!!
Mauro,
Tô contigo, essa cantora veio mesmo pra ficar!
Fui ao show dela no Cinematheque e ouvi todas as músicas no MySpace, ela me ganhou de primeira. Personalidade, carisma e musicalidade, tava faltando isso nas novas artistas.
Não vejo a hora de ter o meu CD dela.
ps - Só discordo do Ne me quitte pas, achei a versão dela o máximo!
Beijo,
Raquel
Eu diria: esta veio pra ficar. As outras que se lançam no mercado toda semana, já não sei.
O CD ficou ótimo!
Assino embaixo, ela veio para ficar!
Ainda não ouvi o cd, mas ouvi algumas músicas no myspace.
Realmente é muito legal o trabalho dela.
Tomara que ela fique mesmo.
abração,
Denilson
Tb disseram a 30 anos atrás que Teresinha de jesus tinha vindo pra ficar, entre outras.
Só o TEMPO vai dizer se algum artista vem pra ficar. Nada garante isso, nem qualidade, nem originalidade.
A prova de que ela é original é não ter ainda aparecido nenhum chato de plantão para compará-la com "A" ou "B"...
O trabalho é muito bom timbre personalíssimo, boas composições, intrepretações e arranjos...
Já disse ao que veio, se veio para ficar eu não sei, mas se mantiver a originalidade e qualidade merece...
Tomara que não tenha que ficar regravando canções digamos muito populares para fazer sucesso...
Boa sorte garota!!!!
Em tempo.
Desculpe, mas eu não resisti...(RS)
Perdoem-me a ignorância. A pergunta que não quer calar:
Quem foi "Terezinha de Jesus", que veio para ficar e eu nem tinha conhecimento de sua chegada há trinta anos?
Uma cantora da geração Nordeste, caro Jorge. Lanço um 1º disco muito bom, depois... evaporou.
Obrigado pela dica, vou procurar me informar.
Anônimo disse...
24 de Julho de 2009 18:53.
Grande abraço.
Adorei essa menina! "Shimbalaiê" é uma delícia de se ouvir.
"Não veio ainda um chato de plantão compará-la a A e B". Aqui estou eu ela é, sim, a mistura de Cássia Eller com Marisa Monte. Não vejo nada demais nesta cantora. O que ela traz de novo? Musiquinhas "sensíveis", cantiguinhas de novela? Isso daí não é novidade. Ela parece ter saído da mesma fornada de Marisa Monte, Calcanhotto, Vanessa da Matta etc etc. A mpb já acabou desde 1980. E que venha outra, porque essa eu tenho aquela sensação de que "já ouvi em algum lugar". Créu!
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