Diogo burila identidade própria no segundo CD
Resenha de CD
Título: Tô Fazendo
a Minha Parte
Artista: Diogo Nogueira
Gravadora: EMI Music
Cotação: * * 1/2
Diogo Nogueira foi lançado no mercado fonográfico em 2007 com precoce DVD e CD ao vivo que se escoravam na obra e na figura saudosa do pai do artista, João Nogueira (1941 - 2000). Tinha tudo para dar errado, mas deu certo. E o sucesso se deveu sobretudo ao carisma e à bela estampa do rapaz - devidamente explorada na capa de seu segundo CD, Tô Fazendo a Minha Parte, batizado com o nome do samba de Flavinho Silva e Gilson Bernini que abre o disco com versos que soam pouco críveis na voz do bem-nascido Diogo (escrita na primeira pessoa, a letra perfila trabalhador que tenta sobreviver na fé com seu salário de fome). De fato, Diogo faz sua parte neste seu primeiro álbum gravado em estúdio com produção de Alceu Maia, presente como arranjador e cavaquinista em quase todas as 13 faixas. No todo, o repertório inédito é de bom nível, embora ainda irregular. O problema é que Diogo se debate entre o samba que brota nos melhores quintais - Tô te Querendo (Xande de Pilares, Adalto Magalha e Almir Guineto) e Mar do Amor (Ciraninho e Alex Magno) são destaques do repertório - e o pagode meloso (sambas como Amor Imperfeito jogam o disco para baixo). Mas, justiça seja feita, a impressão é boa. Até porque Diogo está cantando melhor na comparação com seu primeiro projeto fonográfico. Entre pagode que exalta Deus (Força Maior, com uma temática já recorrente no repertório de Diogo) e dois sambas dolentes que não fazem jus ao talento de Arlindo Cruz (Não Dá e Luz pra Brilhar meu Caminho, parcerias de Arlindo com Wilson das Neves e com Jorge David e José Franco Lattari, respectivamente), brilha o samba composto por Ivan Lins com letra de Chico Buarque. A despeito de qualquer polêmica, o samba Sou Eu tem a grife dos autores, é envolvente e faz Diogo explorar bem um tom malandro já usado com êxito na regravação de Malandro É Malandro, Mané É Mané (Neguinho da Beija-Flor), incluída como faixa-bônus neste CD que apresenta três composições de autoria do artista, feitas com diversos jovens parceiros. Chegou o Amor, Espelho da Alma e Força Maior (o melhor dos três sambas da lavra do compositor emergente) reforçam a ideia de que Diogo Nogueira já se distancia da sombra de João Nogueira e burila identidade própria. Faz bem.
Título: Tô Fazendo
a Minha Parte
Artista: Diogo Nogueira
Gravadora: EMI Music
Cotação: * * 1/2
Diogo Nogueira foi lançado no mercado fonográfico em 2007 com precoce DVD e CD ao vivo que se escoravam na obra e na figura saudosa do pai do artista, João Nogueira (1941 - 2000). Tinha tudo para dar errado, mas deu certo. E o sucesso se deveu sobretudo ao carisma e à bela estampa do rapaz - devidamente explorada na capa de seu segundo CD, Tô Fazendo a Minha Parte, batizado com o nome do samba de Flavinho Silva e Gilson Bernini que abre o disco com versos que soam pouco críveis na voz do bem-nascido Diogo (escrita na primeira pessoa, a letra perfila trabalhador que tenta sobreviver na fé com seu salário de fome). De fato, Diogo faz sua parte neste seu primeiro álbum gravado em estúdio com produção de Alceu Maia, presente como arranjador e cavaquinista em quase todas as 13 faixas. No todo, o repertório inédito é de bom nível, embora ainda irregular. O problema é que Diogo se debate entre o samba que brota nos melhores quintais - Tô te Querendo (Xande de Pilares, Adalto Magalha e Almir Guineto) e Mar do Amor (Ciraninho e Alex Magno) são destaques do repertório - e o pagode meloso (sambas como Amor Imperfeito jogam o disco para baixo). Mas, justiça seja feita, a impressão é boa. Até porque Diogo está cantando melhor na comparação com seu primeiro projeto fonográfico. Entre pagode que exalta Deus (Força Maior, com uma temática já recorrente no repertório de Diogo) e dois sambas dolentes que não fazem jus ao talento de Arlindo Cruz (Não Dá e Luz pra Brilhar meu Caminho, parcerias de Arlindo com Wilson das Neves e com Jorge David e José Franco Lattari, respectivamente), brilha o samba composto por Ivan Lins com letra de Chico Buarque. A despeito de qualquer polêmica, o samba Sou Eu tem a grife dos autores, é envolvente e faz Diogo explorar bem um tom malandro já usado com êxito na regravação de Malandro É Malandro, Mané É Mané (Neguinho da Beija-Flor), incluída como faixa-bônus neste CD que apresenta três composições de autoria do artista, feitas com diversos jovens parceiros. Chegou o Amor, Espelho da Alma e Força Maior (o melhor dos três sambas da lavra do compositor emergente) reforçam a ideia de que Diogo Nogueira já se distancia da sombra de João Nogueira e burila identidade própria. Faz bem.
17 Comments:
Diogo Nogueira foi lançado no mercado fonográfico em 2007 com precoce DVD e CD ao vivo que se escoravam na obra e na figura saudosa do pai do artista, João Nogueira (1941 - 2000). Tinha tudo para dar errado, mas deu certo. E o sucesso se deveu sobretudo ao carisma e à bela estampa do rapaz - devidamente explorada na capa de seu segundo CD, Tô Fazendo a Minha Parte, batizado com o nome do samba de Flavinho Silva e Gilson Bernini que abre o disco com versos que soam pouco críveis na voz do bem-nascido Diogo (escrita na primeira pessoa, a letra perfila trabalhador que tenta sobreviver na fé com seu salário de fome). De fato, Diogo faz sua parte neste seu primeiro álbum gravado em estúdio com produção de Alceu Maia, presente como arranjador e cavaquinista em quase todas as 13 faixas. No todo, o repertório inédito é de bom nível, embora ainda irregular. O problema é que Diogo se debate entre o samba que brota nos melhores quintais - Tô te Querendo (Xande de Pilares, Adalto Magalha e Almir Guineto) e Mar do Amor (Ciraninho e Alex Magno) são destaques do repertório - e o pagode meloso (sambas como Amor Imperfeito jogam o disco para baixo). Mas, justiça seja feita, a impressão é boa. Até porque Diogo está cantando melhor na comparação com seu primeiro projeto fonográfico. Entre pagode que exalta Deus (Força Maior, com uma temática já recorrente no repertório de Diogo) e dois sambas dolentes que não fazem jus ao talento de Arlindo Cruz (Não Dá e Luz pra Brilhar meu Caminho, parcerias de Arlindo com Wilson das Neves e com Jorge David e José Franco Lattari, respectivamente), brilha o samba composto por Ivan Lins com letra de Chico Buarque. A despeito de qualquer polêmica, o samba Sou Eu tem a grife dos autores, é envolvente e faz Diogo explorar bem um tom malandro já usado com êxito na regravação de Malandro É Malandro, Mané É Mané (Neguinho da Beija-Flor), incluída como faixa-bônus neste CD que apresenta três composições de autoria do artista, feitas com diversos jovens parceiros. Chegou o Amor, Espelho da Alma e Força Maior (o melhor dos três sambas da lavra do compositor emergente) reforçam a ideia de que Diogo Nogueira já se distancia da sombra de João Nogueira e burila identidade própria. Faz bem.
Cd que ja compro só pela capa.
Eita homem bonito!!!
Comprei, ouvi e gostei.
Mas o maior registro é em relação à semelhança de sua voz com a do pai. Já vi isto entre Gonzaguinha-Daniel Gonzaga, Altemar Dutra-A. Dutro Jr. mas nenhum tem uma semelhança tão grande quanto João-Diogo.
Vale a pena conferir!
Mesmo se ele não cantasse bem, já valeria pelo encarte.
realmente, já vale pela capa! ((rs))
POR QUÊ SÓ FALAM DA BELEZA DO CARA, QEU ALIÁS NEM É TANTO ASSIM!!
A MÚSICA MESMO, NINGUÉM COMENTA!!
É, O BRASIL TEM DESSAS COISAS!!!
Essa capa é horrenda!
A capa é muito brega e a foto conseguiu deixar ele feio...
Concordo com a análise inteligente e sensata do crítico musical, sobretudo no que diz respeito às musicais Tô que querendo de Almir Guineto,Adilson Magalha e Xaden de Pilares e Mar do amor de Ciraninho e Alex Magno. Esta por por ter um aspecto surrealista, fugindo das canções melosas ,que estão nas paradas de sucesso, utilizando quase sempre os mesmos assuntos e melodias idênticas.
Sinceramente, parabenizo o cantor e compositor Diogo Nogueira. Escutei muito seu pai e hoje tenho o prazer de ouvi-lo. Remexendo a internet me deparei com esta crítica bastante construtiva de seu CD que comprei por acaso ao me deparar com ele em uma livraria por gostar muito de João Nogueira acabei comprando. Fiquei surpreso: A voz apresenta uma identidade definida e natural. Escutei música por música. Fiquei também surpreso com o naipe dos compositores, alguns conhecidos concerteza me deixaram sem entender poderiam ter entregue composições melhores. Outros que ainda não ouvi falar desenvolveram uma temática muito falada como o amor de forma sútil e harmoniosa. Como compositor nas horas vagas e amante do samba fui surpreendido e concordo com o colega que as músicas "mar do amor" e "tô te querendo" são as melhores do CD. Parabéns Diogo Nogueira e aos compositores destas músicas.
Concordo plenamente com o comentário do José Diniz.
Luiz Leite - Belém/PA
Concordo plenamente com o comentário do José Diniz (2).
Esse aí "vão ter de engolir".
Comprei o CD e é bem fraquinho.
Que pena...
Comprei o CD e gostei. Avaliado como Bom na minha opiniao.
EU ADOREI, CONFESSO... E COM ORGULHO!
Prezado Mauro Ferreira. Interessante crítica, não conhecia seu blog. gostei muito. Achei interesante a crítica sobre este jovem cantor, o qual ao meu ver também se cercou de jovens compositores de excelente categoria, abençoados pelo nosso velho-novo Chico Buarque de Holanda. Bato palmas para o comentário do Sr. José Diniz quando parabeniza os compositores da música Mar do amor que adorei apesar de ser um samba dançante têm uma letra que foge totamente do habitual e me chamou bastante à atenção. Parabenizo e congratulo Chico Buarque com excelente categoria escreveu "Sou eu" abençoando estes novos compositores que parecem ter inspiração divina. Bato palmas também para as letras que apresentam tamática religiosa. Parabéns Diogo Nogueira continue assim que Deus te abençoe e abençoe o samba.
Tive o prazer de conhecer + esse EXCELENTE cantor da musica brasileira, através do DVD MULTISHOW, no qual Diogo Nogueira entoa com total "PROPRIEDADE" a música da letra "Voce abusou"....Tal musica ficou EXTRAORDINÁRIA na voz dele... Vi o CD "Tô fazendo a minha parte" hoje num shopping, será o próximo da minha LISTA. Além do mais, o cara canta muito bem e "tem uma estampa fina pro sambão".... a capa do cd ficou muito bonita...
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