Fofo, 'Far' é o disco mais pop de Regina Spektor
Resenha de CD
Título: Far
Artista: Regina Spektor
Gravadora: Sire Records
/ Warner Music
Cotação: * * * *
"Ninguém duvida de Deus quando o médico pede alguns exames de rotina", sentencia, com ironia sarcástica, Regina Spektor em verso de Laughing With, faixa de seu quinto álbum, Far, lançado nesta terça-feira, 23 de junho de 2009. A letra exemplifica a inteligência desta cantora, compositora e pianista russa - radicada em Nova York (EUA) e em atividade no mercado fonográfico desde 2001, ano em que lançou 11:11. Fofo, Far é o sucessor do álbum, Begin to Hope (2006), que mais projetou Spektor. Parece, aliás, ter havido a intenção de manter (e mesmo ampliar) o público conquistado pela artista com seu CD anterior. Far é o título mais pop da discografia da artista. A sequência inicial - com The Calculation, Eet e Blue Lips - é deliciosa. Depois, o nível de inspiração cai (um pouco), mas sem fazer com que o disco soe desinteressante em nenhum momento. Sem a influência da atmosfera do blues e do jazz, observada em Soviet Kitsch (2004), Far oculta eventualmente os dotes da pianista em sua suave moldura pop. Mas estes dotes aparecem na introdução de temas como Folding Chair e podem ser apreciados especialmente no tema mais denso e introspectivo, Man with a Thousand Faces, que fecha o CD. Fofo (vale repetir) e capaz de popularizar Spektor.
Título: Far
Artista: Regina Spektor
Gravadora: Sire Records
/ Warner Music
Cotação: * * * *
"Ninguém duvida de Deus quando o médico pede alguns exames de rotina", sentencia, com ironia sarcástica, Regina Spektor em verso de Laughing With, faixa de seu quinto álbum, Far, lançado nesta terça-feira, 23 de junho de 2009. A letra exemplifica a inteligência desta cantora, compositora e pianista russa - radicada em Nova York (EUA) e em atividade no mercado fonográfico desde 2001, ano em que lançou 11:11. Fofo, Far é o sucessor do álbum, Begin to Hope (2006), que mais projetou Spektor. Parece, aliás, ter havido a intenção de manter (e mesmo ampliar) o público conquistado pela artista com seu CD anterior. Far é o título mais pop da discografia da artista. A sequência inicial - com The Calculation, Eet e Blue Lips - é deliciosa. Depois, o nível de inspiração cai (um pouco), mas sem fazer com que o disco soe desinteressante em nenhum momento. Sem a influência da atmosfera do blues e do jazz, observada em Soviet Kitsch (2004), Far oculta eventualmente os dotes da pianista em sua suave moldura pop. Mas estes dotes aparecem na introdução de temas como Folding Chair e podem ser apreciados especialmente no tema mais denso e introspectivo, Man with a Thousand Faces, que fecha o CD. Fofo (vale repetir) e capaz de popularizar Spektor.
5 Comments:
"Ninguém duvida de Deus quando o médico pede alguns exames de rotina", sentencia, com ironia sarcástica, Regina Spektor em verso de Laughing With, faixa de seu quinto álbum, Far, lançado nesta terça-feira, 23 de junho de 2009. A letra exemplifica a inteligência desta cantora, compositora e pianista russa - radicada em Nova York (EUA) e em atividade no mercado fonográfico desde 2001, ano em que lançou 11:11. Fofo, Far é o sucessor do álbum, Being to Hope (2006), que mais projetou Spektor. Parece, aliás, ter havido a intenção de manter (e mesmo ampliar) o público conquistado pela artista com seu CD anterior. Far é o título mais pop da discografia da artista. A sequência inicial - com The Calculation, Eet e Blue Lips - é deliciosa. Depois, o nível de inspiração cai (um pouco), mas sem fazer com que o disco soe desinteressante em nenhum momento. Sem a influência da atmosfera do blues e do jazz, observada em Soviet Kitsch (2004), Far oculta eventualmente os dotes da pianista em sua suave moldura pop. Mas estes dotes aparecem na introdução de temas como Folding Chair e podem ser apreciados especialmente no tema mais denso e introspectivo, Man with a Thousand Faces, que fecha o CD. Fofo (vale repetir) e capaz de popularizar Spektor.
Fofo?
O disco é sensacional, Mauro!
Mauro-
Tenha um dia lindo!!!
Fernando Pessoa (Lisboa, 13 de junho de 1888 - Lisboa, 30 de novembro de 1935)
Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os
desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôndito da sua alma .
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um 'não'.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
(Fernando Pessoa) .
W :-)
já tinha lido e tava louca pra voltar e comentar.
Fofices como a Regina faz em Far só são irresistíveis aos ouvidos porque ela é uma cantora com tantos recursos, mas tantos, que esses dias eu pus pra tocar o 11.11de novo e me surpreendi: que disco bom e diametralmente diferente do mais novo. O piano e a voz (em seus registros mais graves) autosuficientes e indomáveis, assim como a criatividade da letrista, solta, livre, o jeito como ela trata com humor os cantos mais sombrios deixa as canções densas e divertidas. E fiquei me lembrando também do piano atormentado, que põe um peso novo em Real Love, o cover do Lennon. Begin to Hope já dava essa pista de que ela estava saindo do beco para começar a acreditar nas nuvens ensolaradas, e foi onde ela chegou com Far. Melhor ou pior? Questão de gosto. Para mim, varia ocm meu humor, e isso é o que me faz ouvi-la sem parar há tr~es anos: sempe tem uma música certeira para os meus incontrolavelmente cambiantes estados de espírito.
No momento, me pegaram canções de verniz alegre: The calculation, Eet ("It's like forgetting the words to your favorite song/ you can't remember, you were always singing along/ it was so easy and the words so sweet..."´, ah, a nostalgia...), Folding Chair... e as opacidades de One More time with Feeling. Fico meio assim, cabisbaixa, quando ouço Dance Anthem porque sei que a demo era tão mais forte e urgente, um piano marcado, e vieram os produtores e os dias de estúdio e a regina se rendeu um pouquinho além da conta à facilidade de se deixar embalar bonitinha e ritmada por uma bateria. Mas quando sinto essa falta do piano, do tormento, eu corro de volta pra Soviet Kitsch. E quando quero sorrir um pouco, ponho Folding Chair no repeat.
Belo disco, mas mal distribuído por aqui.
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