'Lounge' do Emiliano ignora os clichês do estilo
Resenha de CD
Título: Hotel Emiliano
(Volumes 6 e 7)
Artista: Vários
Gravadora: Rob Digital
Cotação: * * *
Discos de lounge em geral se escoram e se perdem na vasta elasticidade do vago rótulo - a rigor, abrangente por natureza. Não são os casos do sexto e do sétimo volumes da série de compilações que registram a trilha lounge do Hotel Emiliano (SP), reduto da elite paulista. Unidos em álbum duplo editado pela gravadora Rob Digital, à venda também no próprio Emiliano, os dois volumes se sustentam pela seleção antenada de Tony Montana, o DJ residente do hotel. Do volume 6, merece destaque a versão jazzy de Alone Again - clássico de Gilbert O' Sullivan em 1972, um hit até hoje nos programas radiofônicos de flashback - feita pela banda alemã Tok Tok Tok. A faixa se impõe entre curiosidades como o psicodélico registro instrumental de Meu Limão, meu Limoeiro assinado pelo duo Thievery Corporation. A viagem, no caso, foi longa. Há também recriação hype de Berimbau (Baden Powell e Vinicius de Moraes) - em que Cut Chemist altera com samples a química da gravação de Astrud Gilberto - e abordagem delicada de Juazeiro, o baião de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira que virou Wandering Swallow na gravação do grupo (de Nova York) Forro in the Dark, turbinada com intervenções vocais bilíngües de Bebel Gilberto. Exemplo de que modernidade harmônica não é sinônimo de destruição da música original. Já o volume 7 abre com curiosa releitura em tom folk de Born to Be Alive, o hit de Patrick Hernandez na era da disco music. Quem canta é Julie Depardieu com o grupo Moto. Na seqüência, Marina de la Riva revive Sonho Meu - a parceria de Ivone Lara e Délcio Carvalho lançada em 1978 por Maria Bethânia em dueto com Gal Costa - num clima de samba de roda lounge dado pelo violão tocado por Davi Moraes. Enfim, o álbum Hotel Emiliano mostra em 30 faixas que um lounge pode ter estilo e criatividade mesmo sendo saco de gatos onde cabem tudo e todos.
Título: Hotel Emiliano
(Volumes 6 e 7)
Artista: Vários
Gravadora: Rob Digital
Cotação: * * *
Discos de lounge em geral se escoram e se perdem na vasta elasticidade do vago rótulo - a rigor, abrangente por natureza. Não são os casos do sexto e do sétimo volumes da série de compilações que registram a trilha lounge do Hotel Emiliano (SP), reduto da elite paulista. Unidos em álbum duplo editado pela gravadora Rob Digital, à venda também no próprio Emiliano, os dois volumes se sustentam pela seleção antenada de Tony Montana, o DJ residente do hotel. Do volume 6, merece destaque a versão jazzy de Alone Again - clássico de Gilbert O' Sullivan em 1972, um hit até hoje nos programas radiofônicos de flashback - feita pela banda alemã Tok Tok Tok. A faixa se impõe entre curiosidades como o psicodélico registro instrumental de Meu Limão, meu Limoeiro assinado pelo duo Thievery Corporation. A viagem, no caso, foi longa. Há também recriação hype de Berimbau (Baden Powell e Vinicius de Moraes) - em que Cut Chemist altera com samples a química da gravação de Astrud Gilberto - e abordagem delicada de Juazeiro, o baião de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira que virou Wandering Swallow na gravação do grupo (de Nova York) Forro in the Dark, turbinada com intervenções vocais bilíngües de Bebel Gilberto. Exemplo de que modernidade harmônica não é sinônimo de destruição da música original. Já o volume 7 abre com curiosa releitura em tom folk de Born to Be Alive, o hit de Patrick Hernandez na era da disco music. Quem canta é Julie Depardieu com o grupo Moto. Na seqüência, Marina de la Riva revive Sonho Meu - a parceria de Ivone Lara e Délcio Carvalho lançada em 1978 por Maria Bethânia em dueto com Gal Costa - num clima de samba de roda lounge dado pelo violão tocado por Davi Moraes. Enfim, o álbum Hotel Emiliano mostra em 30 faixas que um lounge pode ter estilo e criatividade mesmo sendo saco de gatos onde cabem tudo e todos.
2 Comments:
Discos de lounge em geral se escoram e se perdem na vasta elasticidade do vago rótulo - a rigor, abrangente por natureza. Não são os casos do sexto e do sétimo volumes da série de coletâneas que registram o som lounge do Hotel Emiliano (SP), reduto da elite paulista. Unidos em álbum duplo editado pela gravadora Rob Digital, à venda também no próprio Emiliano, os dois volumes se sustentam pela seleção antenada de Tony Montana, o DJ residente do hotel. Do volume 6, merece destaque a versão jazzy de Alone Again - clássico de Gilbert O' Sullivan em 1972, um hit até hoje nos programas radiofônicos de flashback - feita pela banda alemã Tok Tok Tok. A faixa se impõe entre curiosidades como o psicodélico registro instrumental de Meu Limão, meu Limoeiro assinado pelo duo Thievery Corporation. A viagem, no caso, foi longa. Há também recriação hype de Berimbau (Baden Powell e Vinicius de Moraes) - em que Cut Chemist altera com samples a química da gravação de Astrud Gilberto - e abordagem delicada de Juazeiro, o baião de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira que virou Wandering Swallow na gravação do grupo (de Nova York) Forro in the Dark, turbinada com intervenções vocais bilíngües de Bebel Gilberto. Exemplo de que modernidade harmônica não é sinônimo de destruição da música original. Já o volume 7 abre com curiosa releitura em tom folk de Born to Be Alive, o hit de Patrick Hernandez na era da disco music. Quem canta é Julie Depardieu com o grupo Moto. Na seqüência, Marina de la Riva revive Sonho Meu - a parceria de Ivone Lara e Délcio Carvalho lançada em 1978 por Maria Bethânia em dueto com Gal Costa - num clima de samba de roda lounge dado pelo violão tocado por Davi Moraes. Enfim, o álbum Hotel Emiliano mostra em 30 faixas que um lounge pode ter estilo e criatividade mesmo sendo saco de gatos onde cabem tudo e todos.
Grande Amigo Mauro Ferreira
comprei este disco
realmente é uma pedrada
um discoduplo que viaja por vertentes do forro ao hip hop
realmente uma boa dica e indico
Saravá!!!
Daniel de Mello ea Música da Minha Gente
Postar um comentário
<< Home