Meire Pavão sai à francesa da 'festa de arromba'
Um dos nomes citados por Roberto e Erasmo Carlos na letra de Festa de Arromba, Meire Pavão saiu à francesa de cena em 31 de dezembro de 2008, aos 60 anos, mas sua morte - de insuficiência respiratória decorrente de um câncer - somente foi anunciada recentemente pela família. Natural de Taubaté (SP), onde nasceu em 2 de junho de 1948, Pavão viveu seu auge artístico no breve reinado da Jovem Guarda. Entre 1961 e 1964, a artista iniciante integrou o Conjunto Alvorada, com o qual chegou a gravar uns compactos. A partir de 1964, contratada pela extinta gravadora Chantecler, Meire foi uma das muitas cantoras lançadas pela indústria fonográfica da época para ocupar o trono deixado vago por Celly Campello (1942 - 2003), sua colega (conterrânea de Taubaté, por coincidência) que abandonara a carreira artística no auge para se dedicar ao casamento. A primeira gravação solo de Meire - O que Eu Faço do Latim?, tema italiano de Gianni Morandi, vertido para o português por seu pai, Theotônio Pavão - fez sucesso em São Paulo. No embalo, ela gravou em 1965 seu primeiro LP, A Rainha da Juventude. Em 1966, transferida da Chantecler para a RCA Victor, a cantora emplacou o sucesso Família Buscapé e, na seqüência, gravou seu segundo LP, Meire. Com o fim da Jovem Guarda, Meire se afastou dos holofotes, mas gravaria - com repercussão restrita - discos infantis ao longo da década de 70 por gravadoras como a RGE. Seu último disco foi o compacto duplo Chico Bento, lançado em 1982 pela PolyGram. Como tantos outros nomes projetados nas jovens tardes de domingo (embora, a rigor, ela tenha participado poucas vezes do programa Jovem Guarda), Meire Pavão sai de cena totalmente associada à festa que arrombou a cena pop brasileira dos anos 60.
6 Comments:
Um dos nomes citados por Roberto e Erasmo Carlos na letra de Festa de Arromba, Meire Pavão saiu à francesa de cena em 31 de dezembro de 2008, aos 60 anos, mas sua morte - de insuficiência respiratória decorrente de um câncer - somente foi anunciada recentemente pela família. Natural de Taubaté (SP), onde nasceu em 2 de junho de 1948, Pavão viveu seu auge artístico no breve reinado da Jovem Guarda. Entre 1961 e 1964, a artista iniciante integrou o Conjunto Alvorada, com o qual chegou a gravar uns compactos. A partir de 1964, contratada pela extinta gravadora Chantecler, Meire foi uma das muitas cantoras lançadas pela indústria fonográfica da época para ocupar o trono deixado vago por Celly Campello (1942 - 2003), sua colega (conterrânea de Taubaté, por coincidência) que abandonara a carreira artística no auge para se dedicar ao casamento. A primeira gravação solo de Meire - O que Eu Faço do Latim?, tema italiano de Gianni Morandi, vertido para o português por seu pai, Theotônio Pavão - fez sucesso em São Paulo. No embalo, ela gravou em 1965 seu primeiro LP, A Rainha da Juventude. Em 1966, transferida da Chantecler para a RCA Victor, a cantora emplacou o sucesso Família Buscapé e, na seqüência, gravou seu segundo LP, Meire. Com o fim da Jovem Guarda, Meire se afastou dos holofotes, mas gravaria - com repercussão restrita - discos infantis ao longo da década de 70 por gravadoras como a RGE. Seu último disco foi o compacto duplo Chico Bento, lançado em 1982 pela PolyGram. Como tantos outros nomes projetados nas jovens tardes de domingo (embora, a rigor, ela tenha participado poucas vezes do programa Jovem Guarda), Meire Pavão sai de cena totalmente associada à festa que arrombou a cena pop brasileira dos anos 60.
Desculpe, Mauro: parece que você escolheu momento inadequado ao menos para o título da sua notícia-informação/opinião. MEIRE não "fugiu para a morte pra se esconder da Jovem Guarda" - é essa a impressão que sua manchete causa...
Não sei por que seu próprio artigo se tornou também seu próprio comentário; aliás, o único que vi aqui: caberia bem (sob outro título, de preferência) em outro espaço - naturalmente.
Meire "sumiu" dos meios musicais certamente por falta de valorização de produtores, gravadoras etc., mesmo porque ela não parecia uma grande estrela como cantora, nem muito "ajustada" aos padrões/preferências dos anos 65/68, ou seja, faltava-lhe repertório melhor!
Outra coisa, que não ficou precisa: Meire só gravou algo como solista em 1964, dois (ou três) anos depois que Celly Campello já havia interrompido a carreira de cantora, e o tipo de "rock" dessa última já estava praticamente se extinguindo (esse, só "retornando" vários anos depois - claro! - e só por alguns períodos e alguns artistas); a (ou... o?) Jovem Guarda, que você aborda como época de Meire, já não era daquele "rock" à Bill Haley, Elvis, Paul Anka etc. - ainda que o irmão de Meire, ALBERT, por exemplo, ainda preferisse esse estilo -; Celly e Meire tinham lugares / papéis diversos, portanto: nada de "concorrência". Ambos (os irmãos) se afastaram, "meio oficialmente" apenas, da cena, porque "a cena" foi tirando-lhes espaço!
Em momento algum você cita Botucatu (SP) nem qualquer lugar do Paraná (ou Santa Catarina também?), onde o pai deles, o violOnista Theotônio, viveu e ensinou.
Tudo o que comentei foi devido a que gosto de ver CLARAS as coisas e gostaria, sim, de ouvir de e ler sobre Meire e Albert com um pouco mais de frequência e valorização, mas com a verdade possível, mais ampla e detalhada (ou simples, simplesmente).
Obrigado!
P.S.: Tardes de domingos para jovens não existiram só por causa da/do Jovem Guarda! Os jovenguardistas autores de FESTA DE ARROMBA foi que admitiram a importância de Meire (para eles!), ah rá!...
E.T.
Aliás, segundo seu texto, ela teria começado a fazer sucesso como solista APÓS CONTRATO FEITO COM UMA GRAVADORA EXTINTA - da qual então foi "TRANSFERIDA" (???) para OUTRA GRAVADORA dois anos depois.
- Bizarro, não?...
Eu acho que alguns internautas não compreenderam o texto do Mauro; mas, tudo bem. o que importa é que quando se fala nas "Jovens Tardes de Domingo" fala-se na Jovem Guarda. Sim, por que o que havia fora dela não era ser "Jovem", isto é, não tinha esse estado de espírito. Meire Pavão teve sua importância, sim. Tinha uma voz super meiga, feminina e agradável. As Gerações posteriores não sabem o que perderam por não terem vivido a Jovem Guarda. Nem nós, seus contemporâneos, temos condições para descrevê-la exatamente como ela foi. Teriam que tê-la vivido.
Mauro, boa noite. Sou de Taubaté, professor de história, pesquisador e escritor. Como contribuição ao seu blog, vc citou Celly Campello como colega e conterrânea de Meire Pavão. Entretanto, Celly Campello nasceu em São Paulo e foi criada em Taubaté, onde se projetou inicialmente. Grande abraço.
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