Biscoito reedita grande trilha do 'Circo Místico'
Das já diversas trilhas sonoras compostas por Edu Lobo com Chico Buarque para balés e para musicais, a de O Grande Circo Místico - criada para espetáculo do Ballet Guaíra e gravada no Rio de Janeiro de agosto a dezembro de 1982 para edição em LP lançado originalmente em 1983 - é a obra-prima da dupla no estilo teatral. Para quem nunca teve o disco, a Biscoito Fino está pondo nas lojas a terceira reedição em CD de O Grande Circo Místico. A atual reedição segue os moldes da anterior - lançada em 2002 pelas gravadora Dubas - e adiciona cinco faixas ao repertório do álbum original. Entre elas, uma versão de Beatriz com Tom Jobim (1927 - 1994) ao piano e solo de violino de João Daltro. As outras faixas adicionais são os temas instrumentais Dança de Lily Braun, A Levitação, A Dança dos Banqueiros e O Anjo Azul. Este último tema - ouvido na gravação do trompetista Márcio Montarroyos, morto em 2007 - foi composto para a remontagem do balé em 2002. Entre os (hoje) clássicos que já faziam parte da trilha original, há a primeira versão de Beatriz (com Milton Nascimento em momento sublime), Sobre Todas as Coisas (Gilberto Gil), A História de Lily Braun (com Gal Costa em ótima forma vocal), Ciranda da Bailarina (no registro lúdico de um coro infantil) e Na Carreira (em dueto dos compositores Chico Buarque e Edu Lobo).
20 Comments:
Das já diversas trilhas sonoras compostas por Edu Lobo com Chico Buarque para balés e para musicais, a de O Grande Circo Místico - criada para espetáculo do Ballet Guaíra e gravada no Rio de Janeiro de agosto a dezembro de 1982 para edição em LP lançado originalmente em 1983 - é a obra-prima da dupla no estilo teatral. Para quem nunca teve o disco, a Biscoito Fino está pondo nas lojas a terceira reedição em CD de O Grande Circo Místico. A atual reedição segue os moldes da anterior - lançada em 2002 pelas gravadora Velas - e adiciona cinco faixas ao repertório do álbum original. Entre elas, uma versão de Beatriz com Tom Jobim (1927 - 1994) ao piano e solo de violino de João Daltro. As outras faixas adicionais são os temas instrumentais Dança de Lily Braun, A Levitação, A Dança dos Banqueiros e O Anjo Azul. Este último tema - ouvido na gravação do trompetista Márcio Montarroyos, morto em 2007 - foi composto para a remontagem do balé em 2002. Entre os (hoje) clássicos que já faziam parte da trilha original, há a primeira versão de Beatriz (com Milton Nascimento em momento sublime), Sobre Todas as Coisas (Gilberto Gil), A História de Lily Braun (com Gal Costa em ótima forma vocal), Ciranda da Bailarina (no registro lúdico de um coro infantil) e Na Carreira (em dueto dos compositores Chico Buarque e Edu Lobo).
A Biscoito já havia relançado há uns dois anos atrás. Ano passado foi o da "Dança da Meia-Lua". Falta agora "O Corsário do Rei".
Cadê "Biscoito Fino" ?
Ouvir o GCM nunca é demais. Acho que não passam 30 dias sem que eu ouça uma canção dessa obra-prima, nas gravações originais ou de outros intérpretes.
Estou com aqueles que o consideram talvez o melhor disco de MPB de todos os tempos. Vou atrás dessa reedição.
Mauro,
A reedição anterior em CD é da Dubas, não da Velas. A da Velas é a primeira.
Obrigado pela observação atenta, Toninho. De fato, troquei o nome das gravadoras. A da Velas é a de 1993.
BEATRIZ É A MÚSICA DOS ANOS 80. QUE ME PERDOEM AS DEMAIS. TENHO DITO.
O Disco é um primor. Também, músicas de Edu Lobo, letras de Chico Buarque e intérpretes de 1ª linha não tinha como não ser.
A trilogia da "dupla dinâmica" para o Ballet Guaíra completa-se com "O Corsário do Rei" e "Dança da Meia-Lua". Difícil eleger o melhor. BEATRIZ na voz de Milton realmente faz o diferencial e desempata a pendenga.
"Dança da Meia-Lua" foi digitalizada e lançada em CD pela Biscoito no ano passado. FALTA, com urgência, "O Corsário do Rei". A MPB e todas as suas gerações de ouvintes merecem.
Na minha ignorância juvenil ficava me perguntando quem seria Beatriz. Mais uma conquista de Chico ? Anônima, famosa ?
Agradeço minha maninha bailarina por ter me explicado que era uma personagem do espetáculo.
Não entendo de teatro nem de dança, mas acho que até eu viro um rei da dança no bailar desta melodia e na emoção desta letra, sem contar a voz de Milton Nascimento nesse arranjo secular... ele e todos os "comparsas" deveriam estar em estado de graça, de bem com o mundo, com a vida, com os vizinhos, com os amigos e até com os inimigos. Nosso "Bituca" poderia viver só de rendimentos - doações eternas dos fãs - após ter criado essa interpretação definitiva. E olha que Milton tem é música - e dele !
QUEM PODE, PODE, O RESTO, APROVEITANDO O CARNAVAL, SE SACODE.
Até a metade dos anos 80 a produção musical brasileira ainda estava a todo vapor, o que só valoriza o destaque desta obra-prima.
Já disseram tudo por aqui. Só queria reforçar a beleza de TODO o disco ofuscada pela pérola BEATRIZ.
Nos dois outros citados não há um sol radiante como este e mais facilmente percebe-se o valor do conjunto. Edu e Chico estão para os anos 70/80 como Tom e Vinicius estiveram para os 50/60.
Viva a MPB, quem ouve, quem lança, quem estuda, quem canta, quem toca, quem arranja, quem produz.
A Música neste país está como o Cinema para os EUA. Difícil fazer-se melhor.
Cacilda! Claro que conheço "Beatriz", "Valsa Brasileira", "Sobre Todas as Coisas" e outras dos três discos citados - anos atrás comprei uma espécie de coletânea com músicas dos 3 espetáculos (e nem sabia o que estava comprando, comprei por ser Edu Lobo e Chico Buarque e por não possuir as músicas mesmo tendo as discografias) - mas diante dos comentários eu quero é conhecer tudo. Obrigado Mauro e todos os "críticos". Só espero que seja tudo isso mesmo.
Obs: se alguém souber como eu posso adquirir "O Corsário" mande seu comentário; desde já agradeço.
Estou com o 7:14. A música é o nosso trunfo. É a principal contribuição da civilização brasileira.
Se puderem me tirar uma dúvida, agradeço, meus caros:
Creio que o disco a que se refere o anônimo das 9:59 PM seja o mesmo que eu tenho: Edu Lobo e Chico Buarque - Álbum de Teatro. Por muito tempo pensei ser um disco equivalente ao GCM, mas com a resenha do Mauro, me atentei para as diferenças.
Entre elas, uma me chamou atenção:
A história de Lily Braun, na tal coletânea, é interpretada - muito bem, por sinal - por Leila Pinheiro Pinheiro, e não por Gal Costa.
De onde surgiu essa gravação de Leila?
Eu, que adoro a música, resolvi comprar o disco só pra ouvir isso na voz de Gal. Estou muito curioso.
Grato,
Abraço a tod@s.
Anderson Falcão
(Brasília - DF)
Anderson, eu possuo também o álbum citado, já que à época nenhum dos 3 discos haviam sido relançados.
Algumas das músicas do CD em questão não são as originais dos 3 discos. "Valsa Brasileira", por exemplo, é uma gravação de Edu Lobo para um disco seu e não o original da trilha. A gravação de Leila é inédita, feita especificamente para o "CD coletânea". Por que não usaram a gravação de Gal não sei. Mas hoje agradeço, já que possuo dois belos registros com duas grandes cantoras.
Abraços.
Valeu, Oliveira, pelas informações. Vou ouvir a versão com a Gal, que é uma das minhas artistas favoritas, mas já gosto bastante da interpretação de Leila. Também a considero uma grande cantora!
Anderson Falcão
Brasília - DF
(Ouvindo Joyce - ao vivo 40 anos de carreira e ansiosíssimo para as suas apresentações em Brasília em Março!)
Se é para mudar de conversa: Joyce É TUDO: voz, composição (música e letra), instrumentista e por aí vai. Pena o mercado brasileiro não perceber ou não concordar comigo, como o japonês e o europeu, onde é "estrela".
Nem sua discografia brasileira está em catálogo. Haja "din-din" para ouvir Joyce.
EMI e outras: acordem; relançem Joyce para nós, ou para mim. "Biscoito Fino": continue a distribuir no Brasil seus lançamentos regulares atuais para os "mercados inteligentes" acima citados. Eu a MPB agradecemos.
e só pra complementar, Oliveira, além de TUDO isso que você falou, Joyce Moreno - é assim que ela assina a partir de agora - é uma excelente cronista do seu tempo, não só em verso, mas em prosa. Seu blog - Outras Bossas - vai desde o cotidiano do Rio até a política internacional, com aquela leveza que permeia também sua obra musical.
Ter Joyce é um desses privilégios de que o Brasil ainda não se deu conta.
OBS.: A mudança do nome artístico não se deve a numerologia, não se enganem. É uma questão profissional e bem plusível!
Links:
http://outras-bossas.blogspot.com/
http://www.joycemoreno.com/
Abraços,
Anderson Falcão
Brasília - DF
(ainda ouvindo Joyce Moreno...)
Que venha o próximo lançamento de Joyce Moreno - esta eu não sabia - em real, dólar ou euro.
Vale a curiosidade, Anderson.
A gravação original de "Minha gata Rita Lee" é uma das belezas de Joyce que nem em coletânea se acha. VERGONHA!!!!
"Ah, Rita Lee, por onde é que anda Rita Lee, sem pai nem mãe, sem "pedigree", inesquecível Rita Lee"... É BELA MESMO, E A MELODIA ENTÃO...
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