3 de janeiro de 2009

Ithamara dá vibrante show de virtuosismo vocal

Resenha de Show
Título: Brazilian Butterfly Tour 2009
Artista: Ithamara Koorax (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Mistura Fina (RJ)
Data: 2 de janeiro de 2009
Cotação: * * * *
Em cartaz no Mistura Fina (até sábado, 3 de janeiro de 2009, às
19h30m e 21h30m) e Bar do Tom (9, 10, 16 e 17 de janeiro de 2009)

Ithamara Koorax nunca foi de trilhar caminhos fáceis. Em 1990, quando começou sua carreira em shows no Rio de Janeiro (RJ), amadrinhada por Elizeth Cardoso (1920 - 1990) e ainda sem o h no nome artístico, a cantora se aventurou pelas músicas sinuosas de Guinga antes de o compositor ser incensado pela mídia. A partir da gravação do álbum Serenade in Blue (2000), a intérprete centrou sua carreira no exterior e começou a batalhar por um lugar ao sol na cena de pop jazz. É nesse universo jazzístico que está baseado o show que Ithamara está apresentando no Rio de Janeiro neste início de ano em temporada que começou no Mistura Fina na noite de sexta-feira, 2 de janeiro de 2009, e vai prosseguir no Bar do Tom (pelos dois próximos finais de semana).

Cantora de técnica privilegiada, Ithamara dá show de virtuosismo vocal em um roteiro que irmana clássicos norte-americanos (My Favourite Things e The Shadow of your Smile) e brasileiros (Desafinado, em andamento acelerado). Ela não é cantora de linha cool. Ao contrário, seu registro vocal é vibrante e, exceto no bis, quando Ithamara incentiva o coro do público em Can't Take my Eyes Off You e em Garota de Ipanema (remodelada nas passagens instrumentais pelo toque dos teclados de José Roberto Bertrami), a participação popular no show se restringe à apreciação de seus floreios vocais, alguns de tom exibicionista. Para admiradores do estilo, a satisfação é garantida. Inclusive pelo fato de a cantora contar com espetacular banda que mixa músicos veteranos (como o baterista Haroldo Jobim e o supra-citado Bertrami) com jovens virtuoses (casos do baixista Jorge Pescara e do guitarrista Rodrigo Lima). Em alguns números, como Going out of my Head (um dos maiores hits de Sérgio Mendes), o percussionista Paulo Marcondes Ferraz se junta ao time para acentuar o molho latino do pop jazz de Ithamara. A turma dá um banho de musicalidade na apoteótica versão de Mas que Nada (Jorge Ben Jor) que fecha o show. Entre o jazz e a Bossa Nova, a intérprete entoa I Get a Kick Out of You (da lavra sempre fina de Cole Porter), revisita Ho-Ba-La-Lá - tema do repertório de João Gilberto que ela canta desde os primeiros shows - e esbanja técnica em I Fall in Love Too Easily. Sem falar no número mais surpreendente da noite, Got to Be Real, o hit disco de Cheryl Lynn que vira classuda balada na voz farta e exuberante de Ithamara Koorax. A borboleta brasileira alçou vôo.

16 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Ithamara Koorax nunca foi de trilhar caminhos fáceis. Em 1990, quando começou sua carreira em shows no Rio de Janeiro (RJ), amadrinhada por Elizeth Cardoso (1920 - 1990) e ainda sem o h no nome artístico, a cantora se aventurou pelas músicas sinuosas de Guinga antes de o compositor ser incensado pela mídia. A partir da gravação do álbum Serenade in Blue (2000), a intérprete centrou sua carreira no exterior e começou a batalhar por um lugar ao sol na cena de pop jazz. É nesse universo jazzístico que está baseado o show que Ithamara está apresentando no Rio de Janeiro neste início de ano em temporada que começou no Mistura Fina na noite de sexta-feira, 2 de janeiro de 2009, e vai prosseguir no Bar do Tom (pelos dois próximos finais de semana).

Cantora de técnica privilegiada, Ithamara dá show de virtuosismo vocal em um roteiro que irmana clássicos norte-americanos (My Favourite Things e The Shadow of your Smile) e brasileiros (Desafinado, em andamento acelerado). Ela não é cantora de linha cool. Ao contrário, seu registro vocal é vibrante e, exceto no bis, quando Ithamara incentiva o coro do público em Can't Take my Eyes Off You e em Garota de Ipanema (remodelada nas passagens instrumentais pelo toque dos teclados de José Roberto Bertrami), a participação popular no show se restringe à apreciação de seus floreios vocais, alguns de tom exibicionista. Para admiradores do estilo, a satisfação é garantida. Inclusive pelo fato de a cantora contar com espetacular banda que mixa músicos veteranos (como o baterista Haroldo Jobim e o supra-citado Bertrami) com jovens virtuoses (casos do baixista Jorge Pescara e do guitarrista Rodrigo Lima). Em alguns números, como Going out of my Head (um dos maiores hits de Sérgio Mendes), o percussionista Paulo Marcondes Ferraz se junta ao time para acentuar o molho latino do pop jazz de Ithamara. A turma dá um banho de musicalidade na apoteótica versão de Mas que Nada (Jorge Ben Jor) que fecha o show. Entre o jazz e a Bossa Nova, a intérprete entoa I Get a Kick Out of You (da lavra sempre fina de Cole Porter), revisita Ho-Ba-La-Lá - tema do repertório de João Gilberto que ela canta desde os primeiros shows - e esbanja técnica em I Fall in Love Too Easily. Sem falar no número mais surpreendente da noite, Got to Be Real, o hit disco de Cheryl Lynn que vira classuda balada na voz farta e exuberante de Ithamara Koorax. A borboleta brasileira alçou vôo.

3 de janeiro de 2009 às 15:16  
Anonymous Anônimo said...

Esta realmente sabe cantar!
Itharama traduz-se como uma força da natureza e, não bastasse isso, é gente fina pra caramba!
Ô meu Brasil brasileiro...

RUBENS LISBOA

3 de janeiro de 2009 às 16:04  
Anonymous Anônimo said...

Ithamara te uma grande voz, mas faz shows e discos chatos com essas exiições vocais desnecessárias. Interpretações equivocadas , como Desafinado em ritmo acelerado , tira totalmente a intenção e beleza da música. Em outras ela faz uma interpretação tão lenta, que dá sono. Gostaria que ela cantasse "normalmente"...seria muito mais apreciada, pois tem voz e é simpática!!

3 de janeiro de 2009 às 19:17  
Anonymous Anônimo said...

Adoro Ithamara!

3 de janeiro de 2009 às 19:42  
Anonymous Anônimo said...

Ithamara é mara!

3 de janeiro de 2009 às 23:10  
Anonymous Anônimo said...

Conheci Ithamara em uma entrevista com Chico Pinheiro anos atrás e fiquei fascinada com sua performance. Desde então acompanho seu trabalho. Aproveitei minha passagem pelo Rio para assistir a este show e a-m-e-i. Além de técnica e sofisticação vocal, Ithamara tem charme e soa consistente.

maria

4 de janeiro de 2009 às 09:45  
Anonymous Anônimo said...

Anônimo de 03/01 (7:17PM),
Já usei este argumento para defender esta grande artista só que em outro "post" mas cabe "explicar" de novo:
Nosso Brasil Brasileiro que já "expulsou" Dori Caymmi, Eumir Deodato, Toninho Horta e outros grandes que não recordo agora, "expulsou" também esta bela voz.
Ithamara foi acolhida nos EUA, berço do JAZZ, e foi no JAZZ que ela encontrou o formato que a fez ser respeitada e admirada pelos "gringos"; respeito e admiração que não teve aqui.
O que você chama de "discos chatos", "exibições vocais desnecessárias", "interpretações equivocadas" e outras bobagens (perdoe-me a opinião) faz parte do gênero que a acolheu. Também não sou fã da JAZZ-MUSIC, prefiro a velha e boa MPB, mas dentro do contexto ela apenas interpreta, "exibe-se" e grava discos para agradar ao público que a acolheu e deu-lhe o valor merecido.
Abraços

4 de janeiro de 2009 às 11:27  
Anonymous Anônimo said...

Ela gravou um dos piores discos da história da MPB: Rio Vermelho, Um show de afetação.

4 de janeiro de 2009 às 21:15  
Anonymous Anônimo said...

Pra quem gosta é um prato cheio. Da minha parte, acho um saaaaaaaaaaaaco aquele exibicionismo. Levei 2 amigos americanos e gostaram do timbre de voz da Ithamara, mas não da performance. Over demais e lento demais, se é que você me entende...

4 de janeiro de 2009 às 23:04  
Anonymous Anônimo said...

1- Se o disco da Ithamara (Rio vermelho) é um dos discos históricos da MPB, o que serão Chega de saudade, Canção do amor demais, Tropicália, Fatal, Elis e Tom e Clube da esquina???????

2- Jazz é chato mesmo. Só pra quem curte. Mas não dá pra negar que musicalmente e tecnicamente é uma coisa grandiosa. Igual à Pink Floyd: excelente, mas um porre.

3- Ithamara canta muito bem.

4- Essa foto está horrível, Mauro. Vc é ótimo joprnalista musical, mas péssimo fotógrafo!

5 de janeiro de 2009 às 12:46  
Anonymous Anônimo said...

Gente, se vocês não notaram ainda Ithamara não precisa do público brasileiro que a rejeitou como bem disse Oliveira. Ela vive do Jazz e se não agrada ela volta para o seu público americano e jazzístico FIEL.
Quem fala mal tá gastando saliva à toa.

5 de janeiro de 2009 às 20:59  
Anonymous Anônimo said...

Concordo com o anônimo acima, essa foto tá péssima, não podia ter pego a Ithamar em momento pior... Mauro é ótimo jornalista musical, mas péssimo fotógrafo.

5 de janeiro de 2009 às 23:19  
Anonymous Anônimo said...

É de Ithamara a pior versão de Carinhoso, Ligia, Retrato em Preto e Branco e Luiza...enfim...

6 de janeiro de 2009 às 13:07  
Anonymous Anônimo said...

É do anônimo de 06 de janeiro / 1:07 PM o pior cometário do post... enfim...

6 de janeiro de 2009 às 17:05  
Anonymous Anônimo said...

Não conhecia. Fui ao show. Assisti e APROVEI. Muitos aqui deveriam fazer a mesma coisa.
Ou será que estavam na missa do canecão ?

9 de janeiro de 2009 às 23:16  
Blogger ADEMAR AMANCIO said...

Enfim conheci alguém que tem voz de cantora(pós Elis regina),pena os equívocos,mas a voz é surpreendente.

7 de dezembro de 2012 às 13:12  

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