Apoiado nos hits, Elton ainda permanece em pé
Resenha de Show
Título: Rocket Man - Elton John & Band
Artista: Elton John (em foto de divulgação)
Local: Arena Skol Anhembi (SP)
Data: 17 de janeiro de 2009
Cotação: * * * 1/2
Em cartaz em 19 de janeiro na Praça da Apoteose (RJ)
Quase ao fim do primeiro dos dois shows que o trouxeram de volta ao Brasil, realizado em São Paulo na noite de sábado, 17 de janeiro de 2009, Elton John tocou I'm Still Standing com o reforço dos vocais do veterano guitarrista Davey Johnstone. Foi como se ele aproveitasse o título deste rock lançado em 1983 no álbum Two Low for Zero para dizer: eu ainda estou de pé. Sim, não há dúvida de que, apoiado nos numerosos hits de carreira solo que completa 40 anos em 2009, Elton continua de pé na cena pop mundial e com a voz em forma. Iniciada em 2007, a turnê Rocket Man chega ao Brasil - quatorze anos depois da primeira vinda do cantor ao país com uma outra turnê, Made in England (1995) - com mais de 60 shows contabilizados ao redor do mundo. É show!
Sem lançar mão de grandes estruturas pirotécnicas (há apenas um telão que exibe imagens como, por exemplo, os balões coloridos projetados ao longo de Levon), Elton John fez show calcado nos hits que sustentaram carreira pontuada por egotrips e vícios. E eles, os sucessos, bateram ponto no roteiro. Alguns com arranjos similares aos registros originais - casos de Daniel (do álbum Don't Shoot me, I'm only the Piano Player, de 1973) e da saborosa Goodbye Yellow Brick Road (do álbum homômino, também de 1973). Outros foram adornados com floreios pela banda bastante afinada - caso de Rocket Man (do álbum Honky Chateau, de 1972), que terminou num clima (meio) progressivo.
Prestes a completar 62 anos em 25 de março, Elton não abriu mão do visual excêntrico no show do Anhembi. Com a Bandeira do Brasil exposta sobre o piano tocado pelo cantor, ele se apresentou em São Paulo com óculos lilás e terno turbinado com acessórios verdes e amarelos, em simpática referência ao país que o acolhe e o afaga. Aberto com Funeral for a Friend / Love Lies Bleeding, o roteiro seguiu com The Bitch is Back. Após o registro requentado deste rock da pesada, lançado em 1974 no álbum Caribou, o artista se dirigiu à platéia com um "Boa Noite, São Paulo!" pronunciado num português esforçado. Na seqüência, Elton reviveu Madman Across the Water, música de atmosfera mais instrospectiva que deu título ao álbum homônimo de 1971. O número não surtiu grande efeito. Pois o público de Elton quer apenas se esbaldar ao som de rocks - como Tiny Dancer (1971), este, sim, um momento caloroso do show - e fazer coro em baladas como Sacrifice (do CD Sleeping with the Past, de 1989), Candle in the Wind (do álbum Goodbye Yellow Brick Road, de 1973) e Sorry Seems to Be the Hardest Word (do álbum Blue Moves, de 1976). Detalhe: Candle in the Wind foi apresentada com a letra original, escrita por Bernie Taupin em tributo a Marylin Monroe (1926 - 1962) e não na versão de 1997, adaptada para reverenciar a Princesa Diana (1961 - 1997). Como esperado, foi belo momento.
Justiça seja feita, em alguns momentos, Elton até evitou oferecer mais do mesmo no roteiro. Improvisou bastante em Honky Cat (do álbum Honky Chateau, de 1972) e sacou lados B de sua vasta discografia como Take me to the Pilot (do álbum Elton John, de 1970) e Believe (do álbum Made in England, de 1995), apresentada pelo astro como uma "canção de amor e esperança". Contudo, o final foi previsivelmente roqueiro. Elton enfileirou Benny and the Jets (do álbum Goodbye Yellow Brick Road, de 1973), Sad Songs (Say so Much), Philadelphia Freedom (rock lançado como single em 1975 e revivido em tom meio mofado), Crocodile Rock (rock de 1973 que contou com efusiva participação da platéia) e, por fim, Saturday Night's Alright (for Fighting), perfeita para encerrar um show apresentado em noite de sábado. No bis, dois hits - Your Song (1970) e Skyline Pigeon (1969) - da fase inicial do cantor confirmaram a sua vocação para o pop. Sim, Elton John continua de pé e gravando até álbuns interessantes como Songs from the West Coast (2001) e Peachtree Road (2004). Mas o público do artista está mais interessado em seu passado de glória e, sem se fazer de rogado, Elton se valeu desse passado para garantir a satisfação das quase 30 mil pessoas que foram reouvir (de novo) seus hits no Anhembi.
Título: Rocket Man - Elton John & Band
Artista: Elton John (em foto de divulgação)
Local: Arena Skol Anhembi (SP)
Data: 17 de janeiro de 2009
Cotação: * * * 1/2
Em cartaz em 19 de janeiro na Praça da Apoteose (RJ)
Quase ao fim do primeiro dos dois shows que o trouxeram de volta ao Brasil, realizado em São Paulo na noite de sábado, 17 de janeiro de 2009, Elton John tocou I'm Still Standing com o reforço dos vocais do veterano guitarrista Davey Johnstone. Foi como se ele aproveitasse o título deste rock lançado em 1983 no álbum Two Low for Zero para dizer: eu ainda estou de pé. Sim, não há dúvida de que, apoiado nos numerosos hits de carreira solo que completa 40 anos em 2009, Elton continua de pé na cena pop mundial e com a voz em forma. Iniciada em 2007, a turnê Rocket Man chega ao Brasil - quatorze anos depois da primeira vinda do cantor ao país com uma outra turnê, Made in England (1995) - com mais de 60 shows contabilizados ao redor do mundo. É show!
Sem lançar mão de grandes estruturas pirotécnicas (há apenas um telão que exibe imagens como, por exemplo, os balões coloridos projetados ao longo de Levon), Elton John fez show calcado nos hits que sustentaram carreira pontuada por egotrips e vícios. E eles, os sucessos, bateram ponto no roteiro. Alguns com arranjos similares aos registros originais - casos de Daniel (do álbum Don't Shoot me, I'm only the Piano Player, de 1973) e da saborosa Goodbye Yellow Brick Road (do álbum homômino, também de 1973). Outros foram adornados com floreios pela banda bastante afinada - caso de Rocket Man (do álbum Honky Chateau, de 1972), que terminou num clima (meio) progressivo.
Prestes a completar 62 anos em 25 de março, Elton não abriu mão do visual excêntrico no show do Anhembi. Com a Bandeira do Brasil exposta sobre o piano tocado pelo cantor, ele se apresentou em São Paulo com óculos lilás e terno turbinado com acessórios verdes e amarelos, em simpática referência ao país que o acolhe e o afaga. Aberto com Funeral for a Friend / Love Lies Bleeding, o roteiro seguiu com The Bitch is Back. Após o registro requentado deste rock da pesada, lançado em 1974 no álbum Caribou, o artista se dirigiu à platéia com um "Boa Noite, São Paulo!" pronunciado num português esforçado. Na seqüência, Elton reviveu Madman Across the Water, música de atmosfera mais instrospectiva que deu título ao álbum homônimo de 1971. O número não surtiu grande efeito. Pois o público de Elton quer apenas se esbaldar ao som de rocks - como Tiny Dancer (1971), este, sim, um momento caloroso do show - e fazer coro em baladas como Sacrifice (do CD Sleeping with the Past, de 1989), Candle in the Wind (do álbum Goodbye Yellow Brick Road, de 1973) e Sorry Seems to Be the Hardest Word (do álbum Blue Moves, de 1976). Detalhe: Candle in the Wind foi apresentada com a letra original, escrita por Bernie Taupin em tributo a Marylin Monroe (1926 - 1962) e não na versão de 1997, adaptada para reverenciar a Princesa Diana (1961 - 1997). Como esperado, foi belo momento.
Justiça seja feita, em alguns momentos, Elton até evitou oferecer mais do mesmo no roteiro. Improvisou bastante em Honky Cat (do álbum Honky Chateau, de 1972) e sacou lados B de sua vasta discografia como Take me to the Pilot (do álbum Elton John, de 1970) e Believe (do álbum Made in England, de 1995), apresentada pelo astro como uma "canção de amor e esperança". Contudo, o final foi previsivelmente roqueiro. Elton enfileirou Benny and the Jets (do álbum Goodbye Yellow Brick Road, de 1973), Sad Songs (Say so Much), Philadelphia Freedom (rock lançado como single em 1975 e revivido em tom meio mofado), Crocodile Rock (rock de 1973 que contou com efusiva participação da platéia) e, por fim, Saturday Night's Alright (for Fighting), perfeita para encerrar um show apresentado em noite de sábado. No bis, dois hits - Your Song (1970) e Skyline Pigeon (1969) - da fase inicial do cantor confirmaram a sua vocação para o pop. Sim, Elton John continua de pé e gravando até álbuns interessantes como Songs from the West Coast (2001) e Peachtree Road (2004). Mas o público do artista está mais interessado em seu passado de glória e, sem se fazer de rogado, Elton se valeu desse passado para garantir a satisfação das quase 30 mil pessoas que foram reouvir (de novo) seus hits no Anhembi.
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Quase ao fim do primeiro dos dois shows que o trouxeram de volta ao Brasil, realizado em São Paulo na noite de sábado, 17 de janeiro de 2009, Elton John tocou I'm Still Standing com o reforço dos vocais do veterano guitarrista Davey Johnstone. Foi como se ele aproveitasse o título deste rock lançado em 1983 no álbum Two Low for Zero para dizer: eu ainda estou de pé. Sim, não há dúvida de que, apoiado nos numerosos hits de uma carreira que completa 40 anos em 2009, Elton continua de pé na cena pop mundial e com a voz em forma. Iniciada em 2007, a turnê Rocket Man chega ao Brasil - quatorze anos depois da primeira vinda do cantor ao país com uma outra turnê, Made in England (1995) - com mais de 60 shows contabilizados ao redor do mundo. É show!
Sem lançar mão de grandes estruturas pirotécnicas (há apenas um telão que exibe imagens como, por exemplo, os balões coloridos projetados ao longo de Levon), Elton John fez show calcado nos hits que sustentaram carreira pontuada por egotrips e vícios. E eles, os sucessos, bateram ponto no roteiro. Alguns com arranjos similares aos registros originais - casos de Daniel (do álbum Don't Shoot me, I'm only the Piano Player, de 1973) e da saborosa Goodbye Yellow Brick Road (do álbum homômino, também de 1973). Outros foram adornados com floreios pela banda bastante afinada - caso de Rocket Man (do álbum Honky Chateau, de 1972), que terminou num clima (meio) progressivo.
Prestes a completar 62 anos em 25 de março, Elton não abriu mão do visual excêntrico no show do Anhembi. Com a Bandeira do Brasil exposta sobre o piano tocado pelo cantor, ele se apresentou em São Paulo com óculos lilás e terno turbinado com acessórios verdes e amarelos, em simpática referência ao país que o acolhe pela segunda vez. Aberto com Funeral for a Friend / Love Lies, o roteiro seguiu com The Bitch is Back. Após o registro requentado deste rock da pesada, lançado em 1974 no álbum Caribou, o artista se dirigiu à platéia com um "Boa Noite, São Paulo!" pronunciado num português esforçado. Na seqüência, Elton reviveu Madman Across the River, música de atmosfera mais instrospectiva que deu título ao álbum homônimo de 1971. O número não surtiu grande efeito. Pois o público de Elton quer apenas se esbaldar ao som de rocks - como Tiny Dancer (1971), este, sim, um momento caloroso do show - e fazer coro em baladas como Sacrifice (do álbum Reg Strikes Back, de 1988), Candle in the Wind (do álbum Goodbye Yellow Brick Road, de 1973) e Sorry Seems to Be the Hardest World (do álbum Blue Moves, de 1976). Detalhe: Candle in the Wind foi apresentada com a letra original, escrita por Bernie Taupin em tributo a Marylin Monroe (1926 - 1962) e não na versão de 1997, adaptada para reverenciar a Princesa Diana (1961 - 1997). Como esperado, foi belo momento.
Justiça seja feita, em alguns momentos, Elton até evitou oferecer mais do mesmo no roteiro. Improvisou bastante em Honky Cat (do álbum Honky Chateau, de 1972) e sacou lados B de sua vasta discografia como Take me to the Pilot (do álbum Elton John, de 1970) e Believe (do álbum Made in England, de 1995), apresentada pelo astro como uma "canção de amor e esperança". Contudo, o final foi previsivelmente roqueiro. Elton enfileirou Benny and the Jets (do álbum Goodbye Yellow Brick Road, de 1973), Sad Songs (Say so Much), Philadelphia Freedom (rock lançado como single em 1975 e revivido em tom meio mofado), Crocodile Rock (rock de 1973 que contou com efusiva participação da platéia) e, por fim, Saturday Night's Alright (for Fighting), perfeita para encerrar um show apresentado em noite de sábado. No bis, dois hits - Your Song (1970) e Skyline Pigeon (1969) - da fase inicial do cantor confirmaram a sua vocação para o pop. Sim, Elton John continua de pé e gravando até álbuns interessantes como Songs from the West Coast (2001) e Peachtree Road (2004). Mas o público do artista está interessado em seu passado de glória e, sem se fazer de rogado, Elton se valeu desse passado para garantir a satisfação das quase 30 mil pessoas que foram reouvir (de novo) seus hits no Anhembi.
Aviso aos navegantes: a resenha foi escrita com base na transmissão do show pela televisão.
Mauro, algumas observações:
- Em 2009 faz 40 anos que Elton John lançou seu primeiro álbum "solo" (Empty Sky); porém antes já era cantor profissional e desde 1961 fazia parte da banda "Bluesology".
- O álbum de 1971 se chama "Madman Across The Water".
- "Sacrifice" é do álbum "Sleeping With The Past", de 1989.
- A faixa do álbum "Blue Moves", de 1976, se chama "Sorry Seems To Be The Hardest Word".
- "Sad Songs (Say So Much)" é do álbum "Breaking Hearts", de 1984.
- Embora "Skyline Pidgeon" seja do seu primeiro álbum, sua regravação em 1972 (lançada como lado B de um single na Inglaterra no começo de 1973) é mais "pop/romântica" e fez muito sucesso no Brasil (mais até do que em outros países); não assisti o show na TV, mas acredito que foi apresentada a versão dessa regravação.
ô mauro, mudando um pouco de assunto... pra te fazer um convite (e pro pessoal que lê teu blog)...
aqui é o dafne, do gafieiras.
estamos com uma nova (e gigante, como de praxe) entrevista no site.
é com o músico e produtor benjamin taubkin.
tá lá no www.gafieiras.com.br
grande abraço
Exato, anônimo, a versão de "Skyline Pigeon" que estourou aqui em nossas terras foi a citada por você.
A 1ª ainda era de um Elton "mais cru". A 2º é da safra das belas baladas românticas que consagraram esse rei inglês mundo afora. A Monarquia merece esse porta-voz, já que aquela rainha e seu filhinho...
Eu entrei no post do Neil Young e não quis ser arroz de festa - mais um elogio!
Já aqui o posso: VIVA O VOVÔ ELTON E SEU TALENTO ETERNO. BELO MÚSICO; GRANDE COMPOSITOR (AH COMO NAMOREI AO SOM DESSE CARA); PERSONALIDADE DEZ (É GAY E SEMPRE ASSUMIU) E VOZ DAS MELHORES.
ACHO QUE CHEGA.
Não é só aqui que a idade não atrapalha os belos talentos musicais.
Já tinha o Neil Young, agora o Elton, manda mais Mauro.
Só não perde tempo com as novidades chaaaaaaaaatas.
Vá lá para os anos 70 mesmo.
É HOJE! Já tô indo montar acampamento. Apoteose é sacanagem. Bom, melhor do que nada.
Eu vi o show pela Globo, que não transmitiu nem o bis e nem a primeira música (Funeral for a Friend se não me engano...) Gostei muito, Elton sem dúvida continua ótimo no palco, pena que não grave mais discos tão sensacionais como Goodbye Yellow Brick Road.
QUE SHOW! Nem a péssima Apoteose conseguiu estragar.
Adorei o trocadilho (ou brincadeira/referencia?) do seu título Mauro.
Também assisti pela TV e tenho certeza que ao vivo foi muito diferente. A Globo não transmitiu o bis, e fiquei muito chateada.
Pode ser batida pra caramba, mas adorei quando cantou Crocodile Rock. E Tiny Dancer sempre me faz chorar, mesmo assistindo na TV.
Muita "novidade" aí deveria aprender com a experiência. Até tentar copiar (que em muitas vezes é melhor que inventar). Seríamos poupados de muita bobagem - principalmente de meados de 80 para cá - nacional ou internacional.
O show do Elton aqui em São Paulo foi um dos melhores momentos vivenciados em minha vida!! Não se teve idéia pela péssima transmissão da Rede Globo, ainda cortando grandes hits da carreira musical de Elton... FOI DIVINO!! Estava em frente ao Elton na grade, tive o privilégio de ver o Elton da melhor maneira possível! Ele é brilhante, ele é grande músico, merece todo o respeito...amo o Elton a 33 anos...e Elton é ainda a uma das melhores coisas que existem na música... e sempre será.
Abraços
Eliane de Carvalho
http://eltonjohnforeverbrasil.blogspot.com
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