16 de dezembro de 2008

Ney veta 'Calúnias' na reedição de disco de 1983

Um dos 15 álbuns de Ney Matogrosso embalados na caixa Camaleão volta ao catálogo sem uma faixa da edição original. Trata-se de ...Pois É, disco de 1983. O cantor vetou a inclusão da hilária faixa Calúnias (Telma, Eu Não Sou Gay), gravada com o grupo João Penca e seus Miquinhos Amestrados, por entender que tal música não faz parte da concepção original do LP. É que Ney somente gravou a versão bem-humorada de Tell me Once Again - o maior sucesso do grupo brasileiro Light Reflections, um hit de 1972 que toca até hoje nos programas radiofônicos de flashback - por pressão de um executivo da gravadora Ariola. O diretor induziu o intérprete a gravar Calúnias com o argumento de que a faixa seria para o disco dos Miquinhos e que, sem o fonograma, o grupo seria dispensado da gravadora. O cantor cedeu à chantagem e gravou a versão, que estourou nas rádios e entrou no LP de Ney, contra sua vontade. Sem falar que, na seqüência, a Ariola dispensou os Miquinhos. Entalado até hoje com a atitude desrespeitosa do executivo, Ney impôs que Calúnias fosse retirada da atual reedição de ...Pois É. O que somente aumenta o valor da primeira (e até então única) edição do disco em CD, lançada em 1993 na série Colecionador com a polêmica faixa, pois, pressões à parte, a versão é hit de Ney.

19 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Um dos 15 álbuns de Ney Matogrosso embalados na caixa Camaleão volta ao catálogo sem uma faixa da edição original. Trata-se de ...Pois É, disco de 1983. O cantor vetou a inclusão da hilária faixa Calúnias (Telma, Eu Não Sou Gay), gravada com o grupo João Penca e seus Miquinhos Amestrados, por entender que tal música não faz parte da concepção original do LP. É que Ney somente gravou a versão bem-humorada de Tell me Once Again - o maior sucesso do grupo brasileiro Light Reflections, um hit de 1972 que toca até hoje nos programas radiofônicos de flashback - por pressão de um executivo da gravadora Ariola. O diretor induziu o intérprete a gravar Calúnias com o argumento de que a faixa seria para o disco dos Miquinhos e que, sem o fonograma, o grupo seria dispensado da gravadora. O cantor cedeu à chantagem e gravou a versão, que estourou nas rádios e entrou no LP de Ney, contra sua vontade. Sem falar que, na seqüência, a Ariola dispensou os Miquinhos. Entalado até hoje com a atitude desrespeitosa do executivo, Ney impôs que Calúnias fosse retirada da atual reedição de ...Pois É. O que somente aumenta o valor da primeira (e até então única) edição do disco em CD, lançada em 1993 na série Colecionador com a polêmica faixa, pois, pressões à parte, a versão é hit de Ney.

16 de dezembro de 2008 às 09:41  
Anonymous Anônimo said...

Para colecionadores, a ausência de uma faixa deve ser mesmo lamentável. Mas é perfeitamente compreensível a postura artística do Ney Matogrosso, já que a faixa não fazia parte do LP que ele concebeu na época, e só entrou por chantagem da gravadora. Agora ele teve a chance de corrigir o equívoco.

16 de dezembro de 2008 às 10:14  
Anonymous Anônimo said...

Tenho que respeitar a opinião do Ney, já que Telma foi editada por pura chantagem... Não sabia desta história. Ainda assim acho lamentável esta lacuna, pois eu tenho o LP "Pois É" e não consigo pensá-lo sem a dita faixa.

16 de dezembro de 2008 às 11:00  
Anonymous Anônimo said...

Eu achei muito corajosa a atitude do Ney, já que essa faixa nunca esteve à altura do talento dele.

Nunca tinha entendido porque ele tinha gravado essa música. Agora tudo ficou explicado.

Como sempre, o Ney é um dos artistas mais coerentes da música brasileira.

abração,
Denilson

16 de dezembro de 2008 às 11:22  
Anonymous Anônimo said...

é isso ai Ney ! certíssimo !
Só acho que Ney deveria lançar em DVD seus shows antigos. Já ouvi e lí vários comentários , até mesmo na imprensa de que existe muito material gravado. Seria muito legal para quem como eu, não teve na época oportunidade de prestigiar seu talento nos grandes shows dos anos 80.

Edu - abc

16 de dezembro de 2008 às 12:16  
Anonymous Anônimo said...

Tudo bem, nunca gostei muito dessa música mesmo...
Se for possível Mauro, conta pra gente como está a qualidade do áudio, dos encartes etc, de todos os discos da caixa...

16 de dezembro de 2008 às 12:35  
Anonymous Anônimo said...

Acho a música uma bobagem divertida, não acho Pior que um monte de músicas do lado A do disco Bugre, por exemplo.

Se a edição original tinha a música, deveria ficar lá, mesmo com a história pouco simpática. Bobeira do Ney.

16 de dezembro de 2008 às 13:21  
Anonymous Anônimo said...

Tenho todos os cds do Ney da série colecionador. Espero q tenham melhorado o som de alguns q estavam muito baixos!!!

16 de dezembro de 2008 às 13:55  
Anonymous Anônimo said...

Como já citei na 1ª resenha sobre a caixa - ainda não tinha observado esta - a música também entrou na coletânea "Coleção Obras-Primas". Quem tem guarde, mesmo que compre a caixa. Foi o que fiz.

16 de dezembro de 2008 às 14:50  
Anonymous Anônimo said...

Qualidade sonora garantida! Já ouvi trechos - adquiri a caixa há dois dias - e aprovei. Claro que as gravações mais antigas do CD de raridades não são o "The best" mas vale pela raridade e ineditismo.

16 de dezembro de 2008 às 15:01  
Anonymous Anônimo said...

Papai Noel vai se endividar. Cheque especial, cartão de crédito, CDC... Mas esta caixa vai estar debaixo da árvore... ah, vai!

16 de dezembro de 2008 às 17:58  
Anonymous Anônimo said...

Um artista, como qualquer profissional, deve ter controle sobre seu trabalho e ter o direito ético de fazer ou não isso ou aquilo.
Não acho "bobeira" do Ney. Acho auto-respeito e preocupação com a qualidade do que produz.
Outros artistas (?!) poderiam fazer o mesmo e poupar nossos ouvidos de "porcarias" muito maiores que "Calúnia".
Sucesso e sorte sempre GRANDE NEY!
PS: A caixa tá comprada e AGRADEÇO AO ANÔNIMO que citou a Série "Obras-Primas" - já tinha apartado para ir para dar para algum amigo ou vender para algum sebo. VALEU ANÔNIMO!

17 de dezembro de 2008 às 01:04  
Anonymous Anônimo said...

Ney tem toda a razão em ter vetado a tal "Calúnias". Ela não expressa nada do universo dele, pois é uma paródia, um deboche bem-humorado típico do João Penca & seus miquinhos, onde Ney aparece como intérprete convidado. É flagrante na audição do disco original de Ney, "...pois é", o qto "Calúnias" distoa, não combina c/ o clima do disco, que é malicioso, sensual, mas sem nenhum tipo de apelação. Ney sempre "brincou" c/ as ambiguidades, mas sem nada de apelativo. Dá pra perceber que foi uma imposição. Tanto, que Ney jamais interpretou essa canção no palco.

17 de dezembro de 2008 às 04:57  
Anonymous Anônimo said...

Continuo achando uma bobeira. Nem sempre temos controle do que fazemos na nossa vida, no nosso trabalho, e isso fica na nossa história. A música foi imposta mas está no disco original, boa ou ruim. Acho que deveria sim estar na reedição, que é uma comemoração, um registro de uma carreira, que, como todas, tem seus altos e baixos. Bastava colocar no texto que a música foi imposta que estava tudo explicado.

17 de dezembro de 2008 às 09:52  
Anonymous Anônimo said...

Só não temos controle sobre o que fazemos em nossa vida quando agimos com má-fé, burrice ou ganância - sempre não pensando nas consequências que acabam vindo.
OU, é claro, quando o destino nos reserva uma desgraça, um acidente e até uma surpresa boa ou má.
NÃO FOI O CASO! Ney foi coagido em uma época que as Multinacionais do disco faziam o que queriam. Agora, que "pedem esmola", o artista recupera seu poder.
PS: a única exceção que conheço é Bethânia, nunca obedeceu ordens ou cedeu a pressões e sempre gravou por multinacionais até ELA NÃO QUERER MAIS, quando tomou a sábia decisão de criar seu próprio selo "Maricotinha" em parceria com a grande "Biscoito Fino".

17 de dezembro de 2008 às 18:24  
Anonymous Anônimo said...

Acho a música da maior sem gracisse. Não fez falta.

17 de dezembro de 2008 às 20:38  
Anonymous Anônimo said...

Colecionador não quer saber se a música é boa ou ruim. Além da emoção da música entra outras razões como manter a obra em dia e em catálogo em seu arquivo pessoal, de preferência com ficha técnica completa também, arte gráfia caprichada, enfim, coisa de maluco.
MP3, MP4, MP5... NEM PENSAR!
Sou colecionador e falo de carteirinha. A música realmente é fraquinha e dentro do que foi exposto merecidamente vetada por Ney, mas faz falta para quem quer ter a obra completa do artista.
"Cada louco com a sua mania".

21 de dezembro de 2008 às 11:25  
Blogger Lenimar said...

Não só a musiquinha "Telma eu não sou gay" (cujo nome científico é "Calúnias") é muito ruim, como também o disco inteiro. Tudo muito comercial, para vender e tocar nas FMs, de muito mau gosto.

Por volta de agosto de 1983, houve um showzão no centro de Brasília na qual compareceu uns 15 artistas famosos da MPB, daqueles que vendiam muitos discos. Pois bem, Ney estava lá e cantou duas músicas. Adivinhem qual era uma das músicas que ele cantou? A "Telma eu não sou gay", é claro. E tem mais: no show ele foi apresentado com a seguinte frase "Senhoras e senhores, vem aí o namorado de Telma ... ". Lamentável!

17 de janeiro de 2009 às 21:12  
Blogger Unknown said...

Eu adoro a música...e fez falta sim no cd,é tanto que comprei também no sebo o cd da série colecionador que contém ela...o ney é um dos meus artistas preferidos,e pra quem é fã só existe altos na carreira dele...mas essa ideia de tirar a música ou ficar chateado por certas situações é um problema pessoal... não devendo ser público...mesmo assim o ney é incomparável!

28 de janeiro de 2019 às 18:32  

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