14 de dezembro de 2008

Sozinho em cena, Camelo arrasta bloco agitado

Resenha de Show (Segunda Visão)
Título: Sou
Artista: Marcelo Camelo (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Canecão (RJ)

Data: 13 de dezembro de 2008
Cotação: * * * 1/2
Em cartaz até domingo, 14 de dezembro de 2008

"O pessoal agitado...", observou Marcelo Camelo, bem tímido, enquanto o público que compareceu ao Canecão (RJ) na noite de sábado, 13 de dezembro de 2008, gritava adjetivos como "Lindo!", "Gostoso!" e "Maravilhoso!" no meio das músicas de seu primeiro show solo, Sou, que voltou aos palcos cariocas depois de ter sido apresentado uma única vez, em outubro, dentro da programação de 2008 do Tim Festival. Aliás, o show apresentado no Canecão é basicamente o mesmo mostrado no festival (leia resenha aqui). O que mudou é a vibe da platéia. Se no Tim havia nichos de fãs de Camelo entre o público miscigenado do evento, no Canecão a platéia era toda do cantor. E essa platéia fez coro forte até em músicas do disco solo do artista, como Doce Solidão (dedicada por Camelo ao irmão que fazia aniversário naquela noite) e Liberdade, mostrando que já embarcou na onda de Camelo. Foi consagrado que o hermano saiu de cena, sob os protestos do público, após dar um segundo bis com A Outra e a bossa Fez-se Mar, números em que, sozinho em cena, o artista se acompanhou ao violão. Da mesma forma que, solo, entrou em cena com seu visual casual e abriu o show tocando temas como Téo e a Gaivota.

Sou é um show de atmosfera lenta e suave como o disco que o gerou. Camelo desfia canções sob os barulhinhos bons feitos pelos músicos do grupo paulista Hurtmold, acompanhante do cantor em cena. A banda arma a cama percussiva para a apresentação de Vida Doce e cria arranjos polifônicos (com adição do trompetista norte-americano Rob Mazurek) para adornar temas como Tudo Passa. São timbres bem particulares como o som experimentado por Camelo em sua carreira solo. E o interessante é que eventuais músicas do repertório do grupo Los Hermanos - como Morena e Além do que se Vê - são ajustadas a esse universo particular. Para o bloco agitado de admiradores que o artista está arrastando em seus shows individuais, tudo já parece natural. E o culto continua!

8 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

"O pessoal tá agitado...", observou Marcelo Camelo, bem tímido, enquanto o público que compareceu ao Canecão (RJ) na noite de sábado, 13 de dezembro de 2008, gritava adjetivos como "Lindo!", "Gostoso!" e "Maravilhoso!" no meio das músicas de seu primeiro show solo, Sou, que voltou aos palcos cariocas depois de ter sido apresentado uma única vez, em outubro, dentro da programação de 2008 do Tim Festival. Aliás, o show apresentado no Canecão é basicamente o mesmo mostrado no festival (leia resenha aqui). O que mudou é a vibe da platéia. Se no Tim havia nichos de fãs de Camelo entre o público miscigenado do evento, no Canecão a platéia era toda do cantor. E essa platéia fez coro forte até em músicas do disco solo do artista, como Doce Solidão (dedicada por Camelo ao irmão que fazia aniversário naquela noite) e Liberdade, mostrando que já embarcou na onda de Camelo. Foi consagrado que o hermano saiu de cena, sob os protestos do público, após dar um segundo bis com A Outra e a bossa Fez-se Mar, números em que, sozinho em cena, o artista se acompanhou ao violão. Da mesma forma que, solo, entrou em cena com seu visual casual e abriu o show tocando temas como Téo e a Gaivota.

Sou é um show de atmosfera lenta e suave como o disco que o gerou. Camelo desfia canções sob os barulhinhos bons feitos pelos músicos do grupo paulista Hurtmold, acompanhante do cantor em cena. A banda arma a cama percussiva para a apresentação de Vida Doce e cria arranjos polifônicos (com adição do trompetista norte-americano Rob Mazurek) para adornar temas como Tudo Passa. São timbres bem particulares como o som experimentado por Camelo em sua fase solo. E o interessante é que eventuais músicas do repertório do grupo Los Hermanos - como Morena e Além do que se Vê - são ajustadas a esse universo particular. Para o bloco agitado de admiradores que o artista está arrastando em seus shows individuais, tudo já parece natural. E o culto continua!

14 de dezembro de 2008 às 15:01  
Anonymous Anônimo said...

Esse ganha o troféu de chato do ano junto com o Marcelo D2!!!

14 de dezembro de 2008 às 15:14  
Anonymous Anônimo said...

Acho o oposto do anônimo.
Os dois Marcelos são pontas de lança da nossa música.
E o mais bacana, é que um é completamente diferente do outro.
Como diria Chico na magistral Paratodos: "Evoé, jovens à vista"

Jose Henrique

14 de dezembro de 2008 às 18:57  
Anonymous Anônimo said...

Quem faz um som semelhante ao Marcelo Camelo é o Romulo Froes, mas nunca li nada sobre o interessante trabalho dele no seu blog Mauro.

14 de dezembro de 2008 às 19:29  
Anonymous Anônimo said...

Não era muito fã dos Los Hermanos, mas foi impossível passar indiferente pelo disco solo de Marcelo Camelo. As músicas são lindas, a cara dele, e com uma personalidade única - completamente fora dos padrões que vendem ou daqueles feitos para se tornar sucessos radiofônicos. Acredito que ele vai ganhar muitos outros fãs que, assim como eu, não simpatizavam muito com a banda anterior e com as músicas de ritmo 'sujo' de Rodrigo Amarante.

15 de dezembro de 2008 às 13:27  
Anonymous Anônimo said...

Putz, eu também.
Acho o Los Hermanos bem chatinho, mas esse disco solo está muito bom!

Jose Henrique

15 de dezembro de 2008 às 16:16  
Anonymous Anônimo said...

Estou contente com o Camelo.

Ainda mais porque ele parece não se vergar à galera mais apressada que o coloca num pedestal do qual ele não faz questão nenhuma. É um "cara normal". Gosta de chope, tem uns amigos aí, vascaíno doente...

OK, meio avesso demais aos jornalistas, nas entrevistas (ao contrário, quem diria, do Amarante, relaxadão no Little Joy). Mas passa bem.

É sempre bom saber que o cara está se sentindo livre, fazendo o que gosta, sem dar ouvidos às caitituagens. Fica melhor para todo mundo assim.


Felipe dos Santos Souza

15 de dezembro de 2008 às 17:58  
Anonymous Anônimo said...

Um ótimo compositor e um péssimo cantor...

16 de dezembro de 2008 às 10:52  

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