Arranjos estragam Natal à moda bem brasileira
Resenha de CD
Título: Natal Bem Brasileiro
Artista: Célia, Dominguinhos, Elba Ramalho, Flávio
Venturini, Francis Hime, Jane Duboc, Leila Pinheiro,
Marcos Sacramento, Maria Alcina, Maria Bethânia,
Miúcha, Olivia Hime, Toquinho, Vinicius de Moraes,
Wanderléa e Zezé Motta
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * *
Natal Bem Brasileiro merece real destaque entre os discos produzidos no Brasil para celebrar o Natal pelo fato de se escorar em cancioneiro exclusivamente nacional. Por mais que o mercado fonográfico brasileiro somente tenha atentado para o gênero a partir do sucesso comercial do disco lançado por Simone em 1995, alvo de grande campanha de marketing da gravadora então denominada PolyGram, desde a década de 30 os compositores brasileiros ocasionalmente fizeram músicas para festejar a festa cristã. O mérito de Natal Bem Brasileiro reside na pesquisa feita pelo produtor Thiago Marques Luiz para desencavar esse nativo cancioneiro natalino. O CD reúne gravações inéditas de 13 músicas feitas em período que vai de 1933 a 1998. Como bônus, oferece o Poema de Natal, recitado por Vinicius de Moraes (1913 - 1980) ao som do violão de Toquinho. A pesquisa de repertório, contudo, não garante por si só a qualidade do álbum. Nem todas as músicas estão no nível das obras de seus compositores. Assim como o time de intérpretes é bem superior aos arranjos, a rigor bem opacos, que banalizam tal cancioneiro e estragam este Natal.
Duas das 14 faixas saltam de imediato aos ouvidos pelo refinado resultado artístico. Emoldurada pelas cordas virtuosas do violão de Zé Paulo Becker, a voz de Olivia Hime atinge o ponto exato da melancolia dos versos de Velho Amigo, tema de Baden Powell (1937 - 2000) e Vinicius de Moraes lançado por Elizeth Cardoso (1920 - 1990) em 1979. Melancolia que também aparece no mais antigo e mais conhecido tema de natal composto no Brasil, Boas Festas, revivido ternamente por Maria Bethânia entre o acordeom de João Carlos Coutinho e os violões tocados por seu maestro Jaime Alem, arranjador da faixa. A música de Assis Valente (1911 - 1958) atravessou gerações desde a gravação original feita por Carlos Galhardo (1913 - 1985) em 1933. E por falar em sanfona, Dominguinhos também acerta ao rebobinar no ritmo do xote outro tema que também permanece no inconsciente coletivo brasileiro, O Velhinho, composição de 1953 em que o compositor Otávio Filho alimenta a ilusão de um Natal sem diferenças sociais. É o mesmo sonho ambicionado por Blecaute (1919 - 1983) nos versos idealizados de Natal das Crianças (1955), música em que o fraseado límpido de Jane Duboc disfarça a banalidade do arranjo. Da mesma forma que a voz esfuziante de Maria Alcina dialoga brilhantemente com o frenético piano ouvido em E Nasceu Jesus, espécie de charleston composto por Orlandivo com Roberto Jorge em 1962 com o molho que caracteriza a música do rei do balanço.
A celebração de E Nasceu Jesus é antecedida pela tragicomédia retratada por Adoniran Barbosa (1910 - 1982) em Véspera de Natal, recontada na voz de Marcos Sacramento. Já Simone Guimarães saúda o espírito feliz do Natal em Ô de Casa no ritmo folclórico das folias de reis e com os versos de Sérgio Natureza, ouvidos na voz mineira de Flávio Venturini. Já Martinho da Vila celebra o Natal na cadência do samba. Pena que Feliz Natal, Papai Noel não figure entre suas melhores composições. Zezé Motta faz o que pode para valorizar a música - inovadora do ponto de vista poético por pedir ao bom velhinho até vigor sexual - mas a frouxa cama percussiva da faixa ajuda a derrubar o samba. Célia é mais bem-sucedida ao valorizar Meu Menino Jesus, tema de Roberto e Erasmo Carlos, lançado em 1998 sem a inspiração mostrada pela dupla em outras canções religiosas. Por sua vez, Wanderléa não consegue disfarçar o fato de que, em Recadinho de Papai Noel (1934), Assis Valente nem de longe reedita a inspiração tida no ano anterior ao compor Boas Festas. Completando o repertório, Cartão de Natal - toada composta por Luiz Gonzaga (1913 - 1989) com Zé Dantas (1921 - 1962), gravada pelo Rei do Baião em 1954 em disco de 78 rotações - ganha a voz de Elba Ramalho. Entre altos e baixos, o valor do álbum reside mesmo no fato de celebrar o Natal à moda bem brasileira. Com o que isso tem de bom e ruim.
Título: Natal Bem Brasileiro
Artista: Célia, Dominguinhos, Elba Ramalho, Flávio
Venturini, Francis Hime, Jane Duboc, Leila Pinheiro,
Marcos Sacramento, Maria Alcina, Maria Bethânia,
Miúcha, Olivia Hime, Toquinho, Vinicius de Moraes,
Wanderléa e Zezé Motta
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * *
Natal Bem Brasileiro merece real destaque entre os discos produzidos no Brasil para celebrar o Natal pelo fato de se escorar em cancioneiro exclusivamente nacional. Por mais que o mercado fonográfico brasileiro somente tenha atentado para o gênero a partir do sucesso comercial do disco lançado por Simone em 1995, alvo de grande campanha de marketing da gravadora então denominada PolyGram, desde a década de 30 os compositores brasileiros ocasionalmente fizeram músicas para festejar a festa cristã. O mérito de Natal Bem Brasileiro reside na pesquisa feita pelo produtor Thiago Marques Luiz para desencavar esse nativo cancioneiro natalino. O CD reúne gravações inéditas de 13 músicas feitas em período que vai de 1933 a 1998. Como bônus, oferece o Poema de Natal, recitado por Vinicius de Moraes (1913 - 1980) ao som do violão de Toquinho. A pesquisa de repertório, contudo, não garante por si só a qualidade do álbum. Nem todas as músicas estão no nível das obras de seus compositores. Assim como o time de intérpretes é bem superior aos arranjos, a rigor bem opacos, que banalizam tal cancioneiro e estragam este Natal.
Duas das 14 faixas saltam de imediato aos ouvidos pelo refinado resultado artístico. Emoldurada pelas cordas virtuosas do violão de Zé Paulo Becker, a voz de Olivia Hime atinge o ponto exato da melancolia dos versos de Velho Amigo, tema de Baden Powell (1937 - 2000) e Vinicius de Moraes lançado por Elizeth Cardoso (1920 - 1990) em 1979. Melancolia que também aparece no mais antigo e mais conhecido tema de natal composto no Brasil, Boas Festas, revivido ternamente por Maria Bethânia entre o acordeom de João Carlos Coutinho e os violões tocados por seu maestro Jaime Alem, arranjador da faixa. A música de Assis Valente (1911 - 1958) atravessou gerações desde a gravação original feita por Carlos Galhardo (1913 - 1985) em 1933. E por falar em sanfona, Dominguinhos também acerta ao rebobinar no ritmo do xote outro tema que também permanece no inconsciente coletivo brasileiro, O Velhinho, composição de 1953 em que o compositor Otávio Filho alimenta a ilusão de um Natal sem diferenças sociais. É o mesmo sonho ambicionado por Blecaute (1919 - 1983) nos versos idealizados de Natal das Crianças (1955), música em que o fraseado límpido de Jane Duboc disfarça a banalidade do arranjo. Da mesma forma que a voz esfuziante de Maria Alcina dialoga brilhantemente com o frenético piano ouvido em E Nasceu Jesus, espécie de charleston composto por Orlandivo com Roberto Jorge em 1962 com o molho que caracteriza a música do rei do balanço.
A celebração de E Nasceu Jesus é antecedida pela tragicomédia retratada por Adoniran Barbosa (1910 - 1982) em Véspera de Natal, recontada na voz de Marcos Sacramento. Já Simone Guimarães saúda o espírito feliz do Natal em Ô de Casa no ritmo folclórico das folias de reis e com os versos de Sérgio Natureza, ouvidos na voz mineira de Flávio Venturini. Já Martinho da Vila celebra o Natal na cadência do samba. Pena que Feliz Natal, Papai Noel não figure entre suas melhores composições. Zezé Motta faz o que pode para valorizar a música - inovadora do ponto de vista poético por pedir ao bom velhinho até vigor sexual - mas a frouxa cama percussiva da faixa ajuda a derrubar o samba. Célia é mais bem-sucedida ao valorizar Meu Menino Jesus, tema de Roberto e Erasmo Carlos, lançado em 1998 sem a inspiração mostrada pela dupla em outras canções religiosas. Por sua vez, Wanderléa não consegue disfarçar o fato de que, em Recadinho de Papai Noel (1934), Assis Valente nem de longe reedita a inspiração tida no ano anterior ao compor Boas Festas. Completando o repertório, Cartão de Natal - toada composta por Luiz Gonzaga (1913 - 1989) com Zé Dantas (1921 - 1962), gravada pelo Rei do Baião em 1954 em disco de 78 rotações - ganha a voz de Elba Ramalho. Entre altos e baixos, o valor do álbum reside mesmo no fato de celebrar o Natal à moda bem brasileira. Com o que isso tem de bom e ruim.
29 Comments:
Natal Bem Brasileiro merece real destaque entre os discos produzidos no Brasil para celebrar o Natal pelo fato de se escorar em cancioneiro exclusivamente nacional. Por mais que o mercado fonográfico brasileiro somente tenha atentado para o gênero a partir do sucesso comercial do disco lançado por Simone em 1995, alvo de grande campanha de marketing da gravadora então denominada PolyGram, desde a década de 30 os compositores brasileiros ocasionalmente fizeram músicas para festejar a festa cristã. O mérito de Natal Bem Brasileiro reside na pesquisa feita pelo produtor Thiago Marques Luiz para desencavar esse nativo cancioneiro natalino. O CD reúne gravações inéditas de 13 músicas feitas em período que vai de 1933 a 1998. Como bônus, oferece o Poema de Natal, recitado por Vinicius de Moraes (1913 - 1980) ao som do violão de Toquinho. A pesquisa de repertório, contudo, não garante por si só a qualidade do álbum. Nem todas as músicas estão no nível das obras de seus compositores. Assim como o time de intérpretes é bem superior aos arranjos, a rigor bem opacos, que banalizam tal cancioneiro e estragam este Natal.
Duas das 14 faixas saltam de imediato aos ouvidos pelo refinado resultado artístico. Emoldurada pelas cordas virtuosas do violão de Zé Paulo Becker, a voz de Olivia Hime atinge o ponto exato da melancolia dos versos de Velho Amigo, tema de Baden Powell (1936 - 2000) e Vinicius de Moraes lançado por Elizeth Cardoso (1920 - 1990) em 1978. Melancolia que também aparece no mais antigo e mais conhecido tema de natal composto no Brasil, Boas Festas, revivido ternamente por Maria Bethânia entre o acordeom de João Carlos Coutinho e os violões tocados por seu maestro Jaime Alem, arranjador da faixa. A música de Assis Valente (1911 - 1958) atravessou gerações desde a gravação original feita por Carlos Galhardo (1913 - 1985) em 1933. E por falar em sanfona, Dominguinhos também acerta ao rebobinar no ritmo do xote outro tema que também permanece no inconsciente coletivo brasileiro, O Velhinho, composição de 1953 em que o compositor Otávio Filho alimenta a ilusão de um Natal sem diferenças sociais. É o mesmo sonho ambicionado por Blecaute (1919 - 1983) nos versos idealizados de Natal das Crianças (1954), música em que o fraseado límpido de Jane Duboc disfarça a banalidade do arranjo. Da mesma forma que a voz esfuziante de Maria Alcina dialoga brilhantemente com o frenético piano ouvido em E Nasceu Jesus, espécie de charleston composto por Orlandivo com Roberto Jorge em 1962 com o molho que caracteriza a música do rei do balanço.
A celebração de E Nasceu Jesus é antecedida pela tragicomédia retratada por Adoniran Barbosa (1910 - 1982) em Véspera de Natal, recontada na voz de Marcos Sacramento. Já Simone Guimarães saúda o espírito feliz do Natal em Ô de Casa no ritmo folclórico das folias de reis e com os versos de Sérgio Natureza, ouvidos na voz mineira de Flávio Venturini. Já Martinho da Vila celebra o Natal na cadência do samba. Pena que Feliz Natal, Papai Noel não figure entre suas melhores composições. Zezé Motta faz o que pode para valorizar a música - inovadora do ponto de vista poético por pedir ao bom velhinho até vigor sexual - mas a frouxa cama percussiva da faixa ajuda a derrubar o samba. Célia é mais bem-sucedida ao valorizar Meu Menino Jesus, tema de Roberto e Erasmo Carlos, lançado em 1998 sem a inspiração mostrada pela dupla em outras canções religiosas. Por sua vez, Wanderléa não consegue disfarçar o fato de que, em Recadinho de Papai Noel (1934), Assis Valente nem de longe reedita a inspiração tida no ano anterior ao compor Boas Festas. Completando o repertório, Cartão de Natal - toada composta por Luiz Gonzaga (1913 - 1989) com Zé Dantas (1921 - 1962), gravada pelo Rei do Baião em 1954 em disco de 78 rotações - ganha a voz de Elba Ramalho. Entre altos e baixos, o valor do álbum reside mesmo no fato de celebrar o Natal à moda bem brasileira. Com o que isso tem de bom e ruim.
Mauro, não entendi. Você deu duas estrelas, fez um título negativo e só falou bem do disco no texto !
Mauro, acho que Papai Noel não passou na sua casa; é muito rancor !
O DISCO É LINDO, ADOREI ! O MELHOR DISCO DE NATAL JÁ FEITO NO BRASIL !
PROVAVELMENTE O MAURO DEVE TER ALGUMA COISA CONTRA A GRAVADORA OU O PRODUTOR, PORQUE COMO JÁ FOI CITADO ACIMA, A MATÉRIA NÃO CONDIZ COM O TÍTULO, QUE TENTA APENAS DIMINUIR O TRABALHO.
É um belo disco. Já ouvi bem antes do Natal e independente da data: NOTA 10!
PS: Eu nem curto Natal. Aqui vale são as músicas, os intérpretes e o ineditismo do projeto. Mais uma vez: NOTA 10! A Biscoito Fino, aliás, pouco erra.
A capa é engraçada ! Um fusca amarelinho ... singelo ! rs rs rs
Mas falta mais alegria nas canções de natal ... não acham ?
Edu - abc
Concordo com os comentários de quem gostou do disco. Achei muito bem feito e lamento que não tenha sido mais divulgado. A gravação da Miúcha é linda.
Não há nada de estragado nos arranjos. Expressão infeliz e maldosa.
Cd chato demais! Deixa o Natal de qq família uma tristeza só...
Este cd é muito ruim....Não tem clima de Natal... Talvez por conta dos arranhos econômicos. É o mesmo problema do tributo a maysa feito por este mesmo produtor... não dá para entender como fazer um disco de maysa sem a dramaticidade dos metais, das orquestras... maysa com violãozinho é ruim né? O mesmo se dá aqui neste disco de natal... Falta o clima, falta arranjos mais audaciosos...
A intenção até que é boa...
Lamento que as pessoas comparem coisas que não têm nada a ver. Meu caro amigo, a concepção acustica do CD em Tributo a Maysa (que não tem só violãozinho e sim váriados instrumentos de cordas com abordagem minimalista) nada tem a ver com este, que celebra o Natal de forma, SIM, brasileira, e por isto, absolutamente original. Como dizia Maysa, "tudo é pessoal" . Gosto do cd de Natal, algumas faixas mais que outras e penso que poderiam ter sido escolhidos alguns outros intérpretes, mas considero a iniciativa louvável. Aliás, fazer um bom trabalho e conseguir lançá-lo já merece todo o meu respeito nos dias de hoje.
Feliz Natal a todos vocês. Fabio
O disco é muito bom e eu tô achando que só a turminha que não gosta de Natal é que tá detonando.
Quando se fala do produtor Thiago Marques logo em seguida vem os nomes da Wanderléa, Célia, Cida Moreira e Zezé Motta. Acho que o produtor deveria mudar um pouco sua "panela" musical...
Comentários preconceituosos a parte, o disco é bom. Baixei da internet e confesso que até deu vontade de comprar um original.
Não entendo porque tanta crítica pejorativa. Não seria legal exaltarmos a produção de um disco de música brasileira que abre espaço para artistas bons da MPB ?
Nem Bethania (melancólica demais) salva este trenó.
Redundante, quadrado, arrastado, um saco (sem presente).
E Mauro tem toda razão: os arranjos são excessivamente convencionais.
Este disco é chatíssimo mas a idéia é ótima.
Poderiam fazer o mesmo com canções de São João. Há verdadeiras maravilhas nesta seara e, infelizmente, se deslocam cada vez mais rumo ao ostracismo.
Creio que a Biscoito, de fina sensibilidade, poderia bancar o projeto. E Bethânia, ouro da casa, aceitaria de bom grado - penso eu - a idéia.
Tive a oportunidade e privilegio de adquirir este disco que, na minha opnião, é o melhor disco de natal que já vi. Um idéia extremamente original valorizando o que temos dentro da musica brasileira, excelentes interpretes e uma surpresa a cada faixa. É maravilhosa a idéia de nos depararmos com a Bethânia abrindo suave e sublime o disco e, ao longo deste, um xote bem melódico com a Elba, a alegria da Maria Alcina, Um show de Brasil com a Wanderléa, a docuçura da Jane Duboc etc. Não que todos aqui tenham que concordar com o que eu digo, mas acho que antes de ser emitida uma opnião a respeito é necessário analisar um disco com o carinho que ele necessita. Um Disco é como se fosse um filho. Quando fazemos comentários de maneira desordenada corremos o risco de julgar de maneira indevida a gravadora, os interpretes e todas as pessoas que conceberam e trabalharam pra esse disco. às vezes faltam um pouco de sensibilidade... PARA OUVIR UMA MÚSICA NECESSITAMOS DE MUITO MAIS QUE DOIS OUVIDOS. Adoraria que meu comentário fosse publicado.
disco de natal é assim, uns gostam outros não
Resenha amarga !
Anônimo de 26 de dezembro / 10:02h,
ouça o CD, esqueça a resenha e entenda a mensagem principal: Natal BRASILEIRO, não importado.
'Nem Bethania salva este trenó' 2
Muuuuito chato. E Bethania, a melhor, de tanto cantar nos últimos tempos parece meio preguiçosa nas últimas interpretações.
Se Bethânia é preguiçosa, todo o resto da MPB já morreu. Meus pêsames para o comentário ou, se estiver errado, para a MPB.
É cada bobagem...
Chato e desconjuntado. Falta a mão de um produtor que unifica o som. não adianta o conceito ser bom se musicalmente não existe um foco. Faz me rir...
Eu curti muito o CD, em especial a faixa da Wanderléa.
Grata surpresa!
tá, tá, tá gente.. disco bom de Natal é Simone detonando ENTÃO É NATAAAAAAALLLLLLL" aquele disquinho brega com uns arranjos horrorosos. Comprei e gostei desse( da capa, não). Concordo: Bethania muito melancólica não compromete mas não enriquece.
Lindo 2009 prá voce, Mauro.
O cd é bonitinho, mas realmente muito deprê! Os arranjos poderiam ter capturado melhor a alegria natalina. Confesso que fiquei numa melancolia só quando o escutei.
O cd ficaria MUITO MAIS PRA CIMA se tivesse a música Natal Diferente da minha Rainha! Abs,
Marcelo Barbosa - Brasília (DF)
Natal Diferente
Arlindo Cruz e Sombrinha
O meu natal não tem ceia
Nem vinho nem bacalhau
Pra quem tem samba na veia
isso é normal
E pode ser lua cheia
Ou noite de temporal
Que o pagode incendeia lá no quintal
Meu natal é regado a churrasco
E cerveja gelada
Versos de improviso da rapaziada
E o partido alto amanhece o dia
Meu natal não tem “noite feliz”
Mas a noite é de luz
Lembro a velha guarda de Oswaldo Cruz
E o pagode inflama de tanta alegria
Meu natal não precisa castanha,
pernil, rabanada
E cá entre nós não precisa mais de nada
Pra quem é do samba tá tudo legal
E se a carne acabar não tem grilo
Alguém da família
Logo improvisa uma sopa de ervilha
Pega mais cerveja e viva o natal
Canto samba de Candeia, Pagodinho e Marçal
E o pagode incendeia lá no quintal
Canto samba da Mangueira e da Coroa Imperial
E o pagode incendeia lá no quintal
Não ouvi o CD, então não vou falar a respeito, mas gostaria de lembrar que Fábio Júnior também gravou um CD de Natal, à exemplo da precursora Simone.
Acredito que o mérito do CD seja o de reunir um repertório natalino brasileiro, independente de ser alegre ou não. Só por isso já é válido. Eu, particularmente, não sabia da existência destas músicas, apesar de outras gravadas, como Feliz Natal, por Ivan Lins, que poderia ter sido incluída no CD.
Fora isso, poderiam ter elaborado uma capa mais criativa.
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