Produção valoriza soul mais nacional de Hyldon
Resenha de CD
Título: Soul Brasileiro
Artista: Hyldon
Gravadora: DPA
Cotação: * *
Já no título de seu primeiro CD com repertório (inteiramente) inédito desde 1989, Soul Brasileiro, Hyldon explicita a intenção de dar sotaque mais nacional à sua obra, projetada em 1975 com o sucesso do LP que rendeu alguns clássicos para a black music made in Brazil como Na Rua, na Chuva, na Fazenda (Casinha de Sapê). Repleto de convidados realmente especiais, o disco se escora na produção. A começar pelo fato de ostentar a presença sempre luxuosa de Chico Buarque, que toca kalimba em Medo da Solidão, faixa que abre o CD. Contudo, como no caso de Medo da Solidão, tema de levada pop, nem sempre as músicas estão à altura dos convidados. Com maior ou menor inspiração, Hyldon transita por chorinho (O Choro de Brown), baião (Forró da Boca Pequena, com a sanfona de Zé Américo) e canção ruralista, A Moça e o Vagabundo, parceria inaugural com Zeca Baleiro, adornada pela viola caipira de Zé Menezes. Nada é especialmente ruim e tampouco realmente cativante. Aos 57 anos, o cantor já não está em sua melhor forma vocal. Contudo, Soul Brasileiro é CD bem-vindo por renovar o repertório de Hyldon, ainda associado aos louros conquistados na década de 70. A propósito, duas músicas compostas em seus anos áureos ganham registros no disco. Três Éguas, um Jumento e uma Vaca é um samba-rock composto em 1972 para Emilio Santiago, que não o gravou porque Roberto Menescal, produtor de Emilio na época, implicou com o jumento do título e o compositor se recusou a alterar a letra - como conta Hyldon à jornalista carioca Christina Fuscaldo, autora do objetivo texto que apresenta Soul Brasileiro aos jornalistas. A outra música tirada do baú é Rapaz de São Paulo, soul feito há 35 anos que ganha vida com a guitarra de Frejat. Entre tantos convidados, a ficha técnica ainda inclui o nome de Carlinhos Brown, produtor e multi-instrumentista da faixa Bahia do H. Sem falar no inusitado quarteto - Carlos Dafé, Jorge Vercillo, Tunai e Carlinhos Vergueiro - recrutado para fazer vocalises e cantar o refrão de O Vento que Vem do Mar. No todo, Soul Brasileiro deixa a sensação de que houve mais convidado na boa produção do que inspiração na composição do repertório.
Título: Soul Brasileiro
Artista: Hyldon
Gravadora: DPA
Cotação: * *
Já no título de seu primeiro CD com repertório (inteiramente) inédito desde 1989, Soul Brasileiro, Hyldon explicita a intenção de dar sotaque mais nacional à sua obra, projetada em 1975 com o sucesso do LP que rendeu alguns clássicos para a black music made in Brazil como Na Rua, na Chuva, na Fazenda (Casinha de Sapê). Repleto de convidados realmente especiais, o disco se escora na produção. A começar pelo fato de ostentar a presença sempre luxuosa de Chico Buarque, que toca kalimba em Medo da Solidão, faixa que abre o CD. Contudo, como no caso de Medo da Solidão, tema de levada pop, nem sempre as músicas estão à altura dos convidados. Com maior ou menor inspiração, Hyldon transita por chorinho (O Choro de Brown), baião (Forró da Boca Pequena, com a sanfona de Zé Américo) e canção ruralista, A Moça e o Vagabundo, parceria inaugural com Zeca Baleiro, adornada pela viola caipira de Zé Menezes. Nada é especialmente ruim e tampouco realmente cativante. Aos 57 anos, o cantor já não está em sua melhor forma vocal. Contudo, Soul Brasileiro é CD bem-vindo por renovar o repertório de Hyldon, ainda associado aos louros conquistados na década de 70. A propósito, duas músicas compostas em seus anos áureos ganham registros no disco. Três Éguas, um Jumento e uma Vaca é um samba-rock composto em 1972 para Emilio Santiago, que não o gravou porque Roberto Menescal, produtor de Emilio na época, implicou com o jumento do título e o compositor se recusou a alterar a letra - como conta Hyldon à jornalista carioca Christina Fuscaldo, autora do objetivo texto que apresenta Soul Brasileiro aos jornalistas. A outra música tirada do baú é Rapaz de São Paulo, soul feito há 35 anos que ganha vida com a guitarra de Frejat. Entre tantos convidados, a ficha técnica ainda inclui o nome de Carlinhos Brown, produtor e multi-instrumentista da faixa Bahia do H. Sem falar no inusitado quarteto - Carlos Dafé, Jorge Vercillo, Tunai e Carlinhos Vergueiro - recrutado para fazer vocalises e cantar o refrão de O Vento que Vem do Mar. No todo, Soul Brasileiro deixa a sensação de que houve mais convidado na boa produção do que inspiração na composição do repertório.
2 Comments:
Já no título de seu primeiro CD com repertório (inteiramente) inédito desde 1989, Soul Brasileiro, Hyldon explicita a intenção de dar sotaque mais nacional à sua obra, projetada em 1975 com o sucesso do LP que rendeu alguns clássicos para a black music made in Brazil como Na Rua, na Chuva, na Fazenda (Casinha de Sapê). Repleto de convidados realmente especiais, o disco se escora na produção. A começar pelo fato de ostentar a presença sempre luxuosa de Chico Buarque, que toca kalimba em Medo da Solidão, faixa que abre o CD. Contudo, como no caso de Medo da Solidão, tema de levada pop, nem sempre as músicas estão à altura dos convidados. Com maior ou menor inspiração, Hyldon transita por chorinho (O Choro de Brown), baião (Forró da Boca Pequena, com a sanfona de Zé Américo) e canção ruralista, A Moça e o Vagabundo, parceria inaugural com Zeca Baleiro, adornada pela viola caipira de Zé Menezes. Nada é especialmente ruim e tampouco realmente cativante. Aos 57 anos, o cantor já não está em sua melhor forma vocal. Contudo, Soul Brasileiro é CD bem-vindo por renovar o repertório de Hyldon, ainda associado aos louros conquistados na década de 70. A propósito, duas músicas compostas em seus anos áureos ganham registros no disco. Três Éguas, um Jumento e uma Vaca é um samba-rock composto em 1972 para Emilio Santiago, que não o gravou porque Roberto Menescal, produtor de Emilio na época, implicou com o jumento do título e o compositor se recusou a alterar a letra - como conta Hyldon à jornalista carioca Christina Fuscaldo, autora do objetivo texto que apresenta Soul Brasileiro aos jornalistas. A outra música tirada do baú é Rapaz de São Paulo, soul feito há 35 anos que ganha vida com a guitarra de Frejat. Entre tantos convidados, a ficha técnica ainda inclui o nome de Carlinhos Brown, produtor e multi-instrumentista da faixa Bahia do H. Sem falar no inusitado quarteto - Carlos Dafé, Jorge Vercillo, Tunai e Carlinhos Vergueiro - recrutado para fazer vocalises e cantar o refrão de O Vento que Vem do Mar. No todo, Soul Brasileiro deixa a sensação de que houve mais convidado na boa produção do que inspiração na composição do repertório.
Alô Mauro,além de recalcado vc está ficando surdo?O disco do Hyldon está maravilhoso,aproveita e vá no oculista pois vc "esqueceu de citar o nome do grande Dalto.Muito estranho!
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