10 de novembro de 2008

Coração cala a voz ativista de Miriam Makeba

Mais conhecida, no Brasil, por conta de seu sucesso mundial Pata Pata, hit em 1967, Miriam Makeba foi uma das vozes que se fizeram ouvir mais alto na luta contra o Apartheid e contra todas as formas de opressão e discriminação. E é bem emblemático que a cantora africana tenha saído de cena no fim da noite de domingo, 9 de novembro de 2008, logo depois de concluir a sua participação coerente em espetáculo organizado em Castel Volturno, no Sul da Itália, pelo escritor italiano Roberto Saviano, perseguido por conta de seu livro Gomorra. Um ataque cardíaco calou a voz ativista da artista, aos 76 anos. Nascida em Johannesburgo, em 1932, Miriam Zenzi Makeka iniciou sua carreira no anos 50 como integrante do grupo The Manhattan Brothers. Logo ela formou seu próprio grupo, The Skylarks, e construiu obra que priorizou temas da África do Sul. Malaika foi um de seus sucessos mais conhecidos ao lado de Pata Pata. Por levantar a voz contra a segregação racial imposta pelo Apartheid, Makeba foi banida de seu país natal, ao qual ela somente pôde retornar em 1990. Iniciada em 1960, a discografia da cantora termina em 2006 com a gravação do álbum Makeba Forever. A artista deixa saudades tanto pela música quanto por sua ideologia.

4 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Conhecida no Brasil mais por conta de seu sucesso mundial Pata Pata, hit em 1967, Miriam Makeba foi uma das vozes que se fizeram ouvir mais alto na luta contra o Apartheid e contra todas as formas de opressão e discriminação. E é emblemático que a cantora africana tenha saído de cena no fim da noite de domingo, 9 de novembro de 2008, logo depois de concluir a sua participação em coerente espetáculo organizado em Castel Volturno, no Sul da Itália, pelo escritor italiano Roberto Saviano, perseguido por conta de seu livro Gomorra. Um ataque cardíaco calou a voz ativista da artista, aos 76 anos. Nascida em Johannesburgo, em 1932, Miriam Zenzi Makeka iniciou sua carreira no anos 50 como integrante do grupo The Manhattan Brothers. Logo ela formou seu próprio grupo, The Skylarks, e construiu obra que priorizou temas da África do Sul. Malaika foi um de seus sucessos mais conhecidos ao lado de Pata Pata. Por levantar a voz contra a segregação racial imposta pelo Apartheid, Makeba foi banida de seu país natal, ao qual ela somente pôde retornar em 1990. Iniciada em 1960, a discografia da cantora termina em 2006 com a gravação do álbum Makeba Forever. A artista deixa saudades tanto pela música quanto por sua ideologia.

10 de novembro de 2008 às 11:23  
Anonymous Anônimo said...

Emblemática morte. No momento em que um negro assume a presidencia da maior nação do globo a voz negra de Makeba se cala.
Não só pela luta, pela ideologia, mas pelo valor musical Makeba soube colocar seu talento acima de tudo, assim como Obama (mais que um negro, membro de uma verdadeira onu familiar).

10 de novembro de 2008 às 12:32  
Anonymous Anônimo said...

O cenário artístico mundial ficou mais pobre diante dessa lamentável perda. Uma profissional que usou a sua arte na defesa dos direitos humanos. Foi tão coerente em sua trajetória que morreu após show em defesa de um jornalista e escritor ameaçado de morte pela máfia.
Para nós, brasileiros, fica a herança de duas músicas gravadas em português: Adeus Maria Fulô e Chove chuva. Agora, apesar de se encontrar em outra constelação com a certeza de ter cumprido a sua missão, fica como lembrete o título de uma de suas gravações: "A luta continua".

Chico Fukushima - Santo André - SP

10 de novembro de 2008 às 13:57  
Anonymous Anônimo said...

A grande Miriam Makeba já deve ter encontrado o grande Sivuca no céu, arranjador do seu grande sucesso "Pata Pata" e que tocou com ela pelo mundo afora durante muitos anos.

O céu deve estar mais musical agora.

abração,
Denilson

11 de novembro de 2008 às 09:32  

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