Artistas fazem uma social no clube do samba...
Resenha de CD / DVD
Título: Samba Social Clube
Artista: Vários
Gravadora: EMI Music
Cotação: * * *
Dois shows coletivos realizados em 28 e 29 de julho de 2008, na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro (RJ), reuniram grandes nomes do samba carioca para a gravação de dois CDs e DVDs inspirados no programa de rádio Samba Social Clube. Foram tantas as atrações das duas noites que os produtores do evento - a rádio MPB Brasil e a gravadora EMI Music - optaram por editar o registro em dois volumes (justificados no caso do CD, mas desnecessários no que diz respeito ao DVD, pois os dois shows caberiam num único vídeo). O primeiro volume já está nas lojas - em CD e DVD vendidos separadamente - enquanto o segundo chega ao mercado no primeiro semestre de 2009. É fato que a reunião de bambas é expressiva. Contudo, é fato também que, por ter importante rádio carioca envolvida na produção, os artistas acabam participando mais para fazer uma social com a emissora do que pelo projeto em si. Tanto que, dos 20 números reunidos no primeiro DVD, poucas gravações realmente vem somar no currículo do artista. Uma das exceções é a leitura de Beth Carvalho para O Bêbado e a Equilibrista. A cantora conseguiu dar seu tom ao samba de João Bosco e Aldir Blanc, imortalizado por Elis Regina (1945 - 1982) em emblemática gravação de 1979. Há que se ressaltar a nobreza de Dona Ivone Lara (Mas Quem Disse que Eu te Esqueço), a vivacidade de Leci Brandão (Sorriso Aberto, em tributo a Jovelina Pérola Negra) e a inspiração de Arlindo Cruz e Marcelinho Moreira na composição do partido alto Samba Social Clube, defendidos pelos autores na companhia do grupo Casuarina. Nada é essencialmente ruim. No geral, no entanto, paira a sensação de que os artistas estavam ali batendo ponto. Intérpretes habitualmente cativantes em cena - casos de Lenine (Esperanças Perdidas), Luiz Melodia (Tristeza) e Roberta Sá (Pressentimento) - não rendem tudo o que podem. A social parece ser mais importante do que o samba em si. É o estatuto do clube...
Título: Samba Social Clube
Artista: Vários
Gravadora: EMI Music
Cotação: * * *
Dois shows coletivos realizados em 28 e 29 de julho de 2008, na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro (RJ), reuniram grandes nomes do samba carioca para a gravação de dois CDs e DVDs inspirados no programa de rádio Samba Social Clube. Foram tantas as atrações das duas noites que os produtores do evento - a rádio MPB Brasil e a gravadora EMI Music - optaram por editar o registro em dois volumes (justificados no caso do CD, mas desnecessários no que diz respeito ao DVD, pois os dois shows caberiam num único vídeo). O primeiro volume já está nas lojas - em CD e DVD vendidos separadamente - enquanto o segundo chega ao mercado no primeiro semestre de 2009. É fato que a reunião de bambas é expressiva. Contudo, é fato também que, por ter importante rádio carioca envolvida na produção, os artistas acabam participando mais para fazer uma social com a emissora do que pelo projeto em si. Tanto que, dos 20 números reunidos no primeiro DVD, poucas gravações realmente vem somar no currículo do artista. Uma das exceções é a leitura de Beth Carvalho para O Bêbado e a Equilibrista. A cantora conseguiu dar seu tom ao samba de João Bosco e Aldir Blanc, imortalizado por Elis Regina (1945 - 1982) em emblemática gravação de 1979. Há que se ressaltar a nobreza de Dona Ivone Lara (Mas Quem Disse que Eu te Esqueço), a vivacidade de Leci Brandão (Sorriso Aberto, em tributo a Jovelina Pérola Negra) e a inspiração de Arlindo Cruz e Marcelinho Moreira na composição do partido alto Samba Social Clube, defendidos pelos autores na companhia do grupo Casuarina. Nada é essencialmente ruim. No geral, no entanto, paira a sensação de que os artistas estavam ali batendo ponto. Intérpretes habitualmente cativantes em cena - casos de Lenine (Esperanças Perdidas), Luiz Melodia (Tristeza) e Roberta Sá (Pressentimento) - não rendem tudo o que podem. A social parece ser mais importante do que o samba em si. É o estatuto do clube...
17 Comments:
Dois shows coletivos realizados em 28 e 29 de julho de 2008, na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro (RJ), reuniram grandes nomes do samba carioca para a gravação de dois CDs e DVDs inspirados no programa de rádio Samba Social Clube. Foram tantas as atrações das duas noites que os produtores do evento - a rádio MPB Brasil e a gravadora EMI Music - optaram por editar o registro em dois volumes (justificados no caso do CD, mas desnecessários no que diz respeito ao DVD, pois os dois shows caberiam num único vídeo). O primeiro volume já está nas lojas - em CD e DVD vendidos separadamente - enquanto o segundo chega ao mercado no primeiro semestre de 2009. É fato que a reunião de bambas é expressiva. Contudo, é fato também que, por ter importante rádio carioca envolvida na produção, os artistas acabam participando mais para fazer uma social com a emissora do que pelo projeto em si. Tanto que, dos 20 números reunidos no primeiro DVD, poucas gravações realmente vem somar no currículo do artista. Uma das exceções é a leitura de Beth Carvalho para O Bêbado e a Equilibrista. A cantora conseguiu dar seu tom ao samba de João Bosco e Aldir Blanc, imortalizado por Elis Regina (1945 - 1982) em emblemática gravação de 1979. Há que se ressaltar a nobreza de Dona Ivone Lara (Mas Quem Disse que Eu te Esqueço), a vivacidade de Leci Brandão (Sorriso Aberto, em tributo a Jovelina Pérola Negra) e a inspiração de Arlindo Cruz e Marcelinho Moreira na composição do partido alto Samba Social Clube, defendidos pelos autores na companhia do grupo Casuarina. Nada é essencialmente ruim. No geral, no entanto, paira a sensação de que os artistas estavam ali batendo ponto. Intérpretes habitualmente cativantes em cena - casos de Lenine (Esperanças Perdidas), Luiz Melodia (Tristeza) e Roberta Sá (Pressentimento) - não rendem tudo o que pode. A social parece ser mais importante do que o samba em si. É o estatuto do clube...
Esclarecido! Estranhei a ausência das outras músicas. Ainda não comprei mas tive a oportunidade de ouvir Fernanda Abreu no samba de Luiz Reis, Salve a Mocidade!, lindo demais!
E Mauro levantando a bola da minha Rainha! Ainda não escutei mas deve estar muito bom! Abraços mil,
Marcelo Barbosa - Brasília (DF)
Mauro, um lapso de concordância no fim da frase, querido.
Abraço,
Anderson Falcão.
Brasília - DF
Intérpretes habitualmente cativantes em cena - casos de Lenine (Esperanças Perdidas), Luiz Melodia (Tristeza) e Roberta Sá (Pressentimento) - não rendem tudo o que podeM.
Comércio meu caro... comércio. A música , nesse caso, fica em segundo plano. Triste...
Tive a mesma sensação, de algo que poderia ser melhor, acho que os artistas já estão meio cansados destes projetos ao vivo, espero um momento em que as gravadoras comecem a fazer estes projetos em estúdio, seria muito melhor, e principalmente, que os intépretes escolham o que querem cantar.
SE O RESULTADO FOI OU NÃO SATISFATÓRIO O CASO É QUE SÓ CANTA QUEM TÁ COM VONTADE. NAO TEM ESSA. AINDA MAIS NUM PROJETO QUE UNE ARTISTAS DE VARIAS GRAVADORAS. O CASO É QUE AS VEZES SE ACERTA E OUTRAS NAO.
NAO OUVI, NAO VI, POR ISSO NAO OPINO SOBRE O CONTEÚDO.
MAS QUE TUDO PODERIA TER SAÍDO DE UMA SÓ VEZ, ISSO PODIA.
Sabe o que acontece, Mauro, esse repertório já está muito batido e já foi muitíssimo bem gravado quase sempre em seus registros originais... "Casa de Samba" era diferente e muito melhor porque as músicas eram batidas, só que os duetos tornavam-nas surpreendentes.
Beth Carvalho é luxo só e espero que não tenha queimado a música da Elis.
Esclarecido! Estranhei a ausência das outras músicas. Ainda não comprei ... (2)
Só Beth, no momento, tem conseguido regravar outros grandes nomes da MPB e imprimir sua grife. Não soa como " cover "
Eu também ainda não ouvi este disco, mas pelos comentários que li, é cheio de altos e baixos. Os altos, como sempre, estão ao lado da Beth. Ela sempre faz a diferença. É seu talento muito superior que reflete em tudo que faz. Parabéns, o samba deve muito à esta mulher.
Luiz Leite - Belém/PA
Deu no JB de hoje e acho que alguns letores do blog se interessam pela notícia.
Abraço,
Anderson Falcão.
Brasília - DF
Ela merece
Zezé Motta recebeu uma notícia e tanto no jantar em sua homenagem oferecido pelo Canal Brasil. A emissora, que exibe uma retrospectiva dos filmes da diva, patrocinará seu CD de sambas.
Fernanda Abreu será homenageada na quadra da Mocidade em feijoada por ela ter gravado o samba da escola de samba. Grande Fernanda!
O DVD tem uma proposta boa,mas a produção e arranjo do Paulão(violonista e lider da banda do Zeca),deixa a desejar pois ele faz uma economia de musico que a qualidade fica ruim.E este negócio de dividir em dois lançamentos é terrivel.
Tremenda surpresa que a minha Rainha mais uma vez me proporcionou. Aos que tinham dúvidas sobre ser ou não grande cantora deveriam antes ouvir a bela interpretação do clássico O Bêbado e a Equilibrista junto com Smile. Emocionante! Lindo demais!!!
Gostei bastante do restante também. Espero o próximo. Abraços,
Marcelo Barbosa - Brasília (DF)
Eu esqueci de mencionar. Vai aqui uma crítica ao pessoal da Rádio ou então da gravadora EMI. Eu gosto de assistir aos dvd's com as legendas em português e existem erros na grafia (Joselina ao invés de Jovelina, foi um lapso mas poderiam ter arrumado e o mais imperdoável, ainda mais tratando-se de um veículo de comunicação, uma rádio, foi ler: "choram Marias e ClariSSes !" Essa de doer!)
Não teria um revisor? Mais capricho seria bom ainda mais tratando-se de uma excelente iniciativa e visibilidade para o Samba. Abração Mauro,
Marcelo Barbosa - Brasília (DF)
Gostei da interpretação da Fernanda Abreu em "Salve a Mocidade". Aliás, ela canta samba muito bem!
Gostaria de registrar que fiquei algo decepcionada com o resultado DVD SSC. Achei muito estranha a conformação dos músicos em diagonais, uns distantes dos outros, cenário simples demais, cantores uns dissociados dos outros, cada um vai lá, faz sua parte e vai embora... Faltou o clima de CLUBE, de RODA DE SAMBA, como realmente o samba é... Não entendo o que fez o Casurarina sem instrumentos, já que eles não são um grupo vocal... O violonista não sabe o que fazer com um microfone na mão e os meninos dançando que nem grupo de pagode, não ficou legal. Assim como o Fundo de Quintal! O mesmo teria acontecido com o Semente e como o Sururu, mas eles levaram seus instrumentos, óbvio, ainda bem!!! O repertório ficou bom. Mas grandes sambistas da atualidade ficaram de fora do projeto, em detrimento de Lenine e Fernanda Abreu (que são ótimos, adoro o trabalho deles, mas que não são representantes do samba). Foi uma pena o Monarco ter passado mal no dia da gravação, né? O dueto com Nelson Sargento seria bem mais fiel! Gostei muito dos extras do DVD!!!! Abraços, Thais
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