Samba apimenta fervida farofa carioca de Rogê
Resenha de CD
Título: Brasil em Brasa
Artista: Rogê
Gravadora: Independente
Cotação: * * *
Rogê é um cantor, compositor e agitador cultural que lançou seu médio primeiro disco solo, Rogê, em 2003. No segundo CD, Brasil em Brasa, o artista retrata o caldeirão fervente que caracteriza o país, em especial o Rio de Janeiro, em sambas como o que dá título ao álbum, compostos por Rogê com parceiros fervidos como Gabriel Moura, Jovi Joviniano e Arlindo Cruz. Aliás, o suingue do samba é o melhor tempero da farofa carioca de Rogê. Que soa apimentada em Numa Cidade Muito Longe Daqui, samba em que Arlindo Cruz, Acyr Marques e Franco expõem as brasas que queimam as relações entre polícia e bandido. A faixa, das melhores do CD, tem trechos narrados pelo ator Paulo César Pereio e conta com o luxuoso auxílio vocal de uma autoridade do morro, Luiz Melodia. Pena que o sabor da farofa nem sempre seja original. Em faixas como Cuidar de mim e Ótima, Rogê parece - como Bebeto nos anos 70 - um diluidor do (sam)balanço de Jorge Ben Jor. Em contrapartida, o artista acerta ao demolir o arranjo antológico de Construção (Chico Buarque) - arquitetado pelo maestro Rogério Duprat (1932 - 2006) - com uma releitura da música numa batida de reggae que incorpora a ambiência do samba (por conta da cuíca de Armando Marçal) e, no trecho final, o discurso falado do rap. É a primeira vez que uma releitura de Construção consegue realmente se dissociar da orquestração de Duprat. Ponto para Rogê, que ainda põe a sua voz de pequeno alcance a serviço de bonita balada, Estrela do Céu, destaque de CD que esquenta o braseiro que mantém o Brasil em ponto de fervura.
Título: Brasil em Brasa
Artista: Rogê
Gravadora: Independente
Cotação: * * *
Rogê é um cantor, compositor e agitador cultural que lançou seu médio primeiro disco solo, Rogê, em 2003. No segundo CD, Brasil em Brasa, o artista retrata o caldeirão fervente que caracteriza o país, em especial o Rio de Janeiro, em sambas como o que dá título ao álbum, compostos por Rogê com parceiros fervidos como Gabriel Moura, Jovi Joviniano e Arlindo Cruz. Aliás, o suingue do samba é o melhor tempero da farofa carioca de Rogê. Que soa apimentada em Numa Cidade Muito Longe Daqui, samba em que Arlindo Cruz, Acyr Marques e Franco expõem as brasas que queimam as relações entre polícia e bandido. A faixa, das melhores do CD, tem trechos narrados pelo ator Paulo César Pereio e conta com o luxuoso auxílio vocal de uma autoridade do morro, Luiz Melodia. Pena que o sabor da farofa nem sempre seja original. Em faixas como Cuidar de mim e Ótima, Rogê parece - como Bebeto nos anos 70 - um diluidor do (sam)balanço de Jorge Ben Jor. Em contrapartida, o artista acerta ao demolir o arranjo antológico de Construção (Chico Buarque) - arquitetado pelo maestro Rogério Duprat (1932 - 2006) - com uma releitura da música numa batida de reggae que incorpora a ambiência do samba (por conta da cuíca de Armando Marçal) e, no trecho final, o discurso falado do rap. É a primeira vez que uma releitura de Construção consegue realmente se dissociar da orquestração de Duprat. Ponto para Rogê, que ainda põe a sua voz de pequeno alcance a serviço de bonita balada, Estrela do Céu, destaque de CD que esquenta o braseiro que mantém o Brasil em ponto de fervura.
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Rogê é um cantor, compositor e agitador cultural que lançou seu médio primeiro disco solo, Rogê, em 2003. No segundo CD, Brasil em Brasa, o artista retrata o caldeirão fervente que caracteriza o país, em especial o Rio de Janeiro, em sambas como o que dá título ao álbum, compostos por Rogê com parceiros fervidos como Gabriel Moura, Jovi Joviniano e Arlindo Cruz. Aliás, o suingue do samba é o melhor tempero da farofa carioca de Rogê. Que soa apimentada em Numa Cidade Muito Longe Daqui, samba em que Arlindo Cruz, Acyr Marques e Franco expõem as brasas que queimam as relações entre polícia e bandido. A faixa, das melhores do CD, tem trechos narrados pelo ator Paulo César Pereio e conta com o luxuoso auxílio vocal de uma autoridade do morro, Luiz Melodia. Pena que o sabor da farofa nem sempre seja original. Em faixas como Cuidar de mim e Ótima, Rogê parece - como Bebeto nos anos 70 - um diluidor do (sam)balanço de Jorge Ben Jor. Em contrapartida, o artista acerta ao demolir o arranjo antológico de Construção (Chico Buarque) - arquitetado pelo maestro Rogério Duprat (1932 - 2006) - com uma releitura da música numa batida de reggae que incorpora a ambiência do samba (por conta da cuíca de Armando Marçal) e, no trecho final, o discurso falado do rap. É a primeira vez que uma releitura de Construção consegue realmente se dissociar da orquestração de Duprat. Ponto para Rogê, que ainda põe a sua voz de pequeno alcance a serviço de bonita balada, Estrela do Céu, destaque de CD que esquenta o braseiro que mantém o Brasil em ponto de fervura.
Na boa: não sei porque Rogê insiste na carreira. É um enigma.
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