18 de outubro de 2008

Kent põe delicadeza feminina nos hits dos 'boys'

Resenha de CD
Título: The Boy Next Door
Artista: Stacey Kent
Gravadora: LAB 344
/ Som Livre
Cotação: * * * *

Stacey Kent é uma cantora de Nova York que tem ganhado projeção crescente no mundo do jazz. No Brasil, Kent está em especial evidência por conta de sua vinda ao país para shows na edição 2008 do Tim Festival e também por causa da recente edição nacional de seu sexto álbum, The Boy Next Door, lançado em 2003 e reeditado pelo selo londrino Candid neste ano de 2008 com duas faixas-bônus cantadas em francês, Que Reste-t-Il de Nos Amours? e Que Feras-Tu de ta Vie?, ambas obviamente incluídas na edição brasileira viabilizada pelo selo LAB 344 dentro da série LAB 344 Excellence. A idéia do disco é apresentar a visão de Kent para músicas associadas a um time masculino formado por ícones como Frank Sinatra (The Boy Next Door, a faixa-título), Tony Bennett (The Best Is Yet to Come), Ray Charles (Makin' Whoopee), Dean Martin (All I Do Is Dream of You), entre outros cantores. Kent aborda com delicadeza feminina o repertório dos boys - ora em clima realmente jazzístico (como em I Got It Bad and That Ain't Good, tema ligado tanto a Louis Armstrong como a Duke Ellington), ora em tom pop (como no seu incensado registro de You've Got a Friend, música de Carole King associada a James Taylor). O bom senso rítmico da intérprete pode ser apreciado em Ooh-Shoo-Be-Doo-Bee, faixa cheia de suingue que remete a Dizzy Gillespie. Em disco que concilia um clássico do papa do pop Burt Bacharach (What the World Needs Now Is Love) e termina com tema de Paul Simon (a pungente Bookends), Stacey Kent lembra por vezes Norah Jones, inclusive pelo similar timbre de sua voz suave, mas também mostra personalidade num mundo jazzístico historicamente dominado pelos boys. A garota merece atenção...

2 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Stacey Kent é uma cantora de Nova York que tem ganhado projeção crescente no mundo do jazz. No Brasil, Kent está em especial evidência por conta de sua vinda ao país para shows na edição 2008 do Tim Festival e também por causa da recente edição nacional de seu sexto álbum, The Boy Next Door, lançado em 2004 e reeditado pelo selo londrino Candid neste ano de 2008 com duas faixas-bônus cantadas em francês, Que Reste-t-Il de Nous Amours? e Que Feras-Tu de ta Vie?, obviamente incluídas na edição brasileira viabilizada pelo selo LAB 344 dentro da série LAB 344 Excellence. A idéia do disco é apresentar a visão de Kent para músicas associadas a um time masculino formado por ícones como Frank Sinatra (The Boy Next Door, a faixa-título), Tony Bennett (The Best Is Yet to Come), Ray Charles (Makin' Whoopee), Dean Martin (All I Do Is Dream of You), entre outros cantores. Kent aborda com delicadeza feminina o repertório dos boys - ora em clima realmente jazzístico (como em I Got It Bad and That Ain't Good, tema ligado tanto a Louis Armstrong como a Duke Ellington), ora em tom pop (como no seu incensado registro de You've Got a Friend, música de Carole King associada a James Taylor). O bom senso rítmico da intérprete pode ser apreciado em Ooh-Shoo-Be-Doo-Bee, faixa cheia de suingue que remete a Dizzy Gillespie. Em disco que concilia um clássico do papa do pop Burt Bacharach (What the World Needs Now Is Love) e termina com tema de Paul Simon (a pungente Bookends), Stacey Kent lembra por vezes Norah Jones, inclusive pelo similar timbre de sua voz suave, mas também mostra personalidade num mundo jazzístico historicamente dominado pelos boys. A garota merece atenção...

18 de outubro de 2008 às 10:25  
Anonymous Anônimo said...

Mauro, só pra constar: 'nos amours' (não 'nous amours').

18 de outubro de 2008 às 15:06  

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