20 de setembro de 2008

Jauperi tem (boa) presença no circuito do axé

Resenha de show
Título: Circuito das Artes
Artista: Jauperi - com Jorge Aragão e Saul Barbosa
Local: Bahia Café Hall (Salvador, Bahia)
Data: 20 de setembro de 2008
Cotação: * * *
Cantor e compositor egresso do grupo Olodum que viveu momento de grande projeção ao formar a extinta dupla Vixe Mainha, sensação da axé music na virada de 2005 para 2006 quando a dupla ainda se chamava Afrodisíaco, Jauperi - ou simplesmente Jau, como vem sendo chamado - ainda não extrapolou a fronteira baiana. Contudo, é um dos artistas mais interessantes do circuito mercantilista do axé. Na madrugada de sábado, 20 de setembro de 2008, Jauperi reafirmou sua boa presença de palco em show feito dentro do projeto Circuito das Artes, realizado numa das casas hypes de Salvador, Bahia Café Hall (quem abriu a noite foi Marina Lima, que, jovial, reviveu seus maiores sucessos à meia-voz, mas com todo o charme do mundo).
Para quem nunca ligou o nome de Jauperi à obra, ele é o autor de alguns sucessos de cantoras baianas como Daniela Mercury. São hits como Topo do Mundo e o reggae A Camisa e o Botão - aliás, devidamente incluídos pelo compositor no roteiro do show. Em cena, Jauperi faz axé de pegada bem pop. Suas músicas são embaladas com arranjos que não escondem instrumentos como guitarra e baixo para realçar a percussão. O que o cantor precisa é aprimorar a dicção para que o público não familiarizado com seu cancioneiro possa entender os versos de músicas como Flores na Favela, a (lírica) obra-prima de Jauperi, e a apaixonada Gabriela.
"Loucura é não amar", prega o elétrico artista em cena, antes de citar Cotidiano, tema de Chico Buarque, em meio à apresentação de sua música Na Viela. O clima - corroborado pela platéia jovem que foi conferir a inusitada dobradinha Marina Lima / Jauperi na pista desencanada do Bahia Hall - é de festa. E é com espírito de confraternização que Jauperi convoca ao palco Jorge Aragão (que havia feito show no Teatro Castro Alves no início da noite de sexta-feira, 19 de setembro) e o bom compositor Saul Barbosa, pioneiro do pop afro-baiano. Com Saul sentado, Aragão manda Você e Eu Sempre antes de devolver o palco para Jauperi, que, após dois números, fecha o show com Vixe Mainha. Jau já é ídolo.

5 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Cantor e compositor egresso do grupo Olodum que viveu momento de grande projeção ao formar a extinta dupla Vixe Mainha, sensação da axé music na virada de 2005 para 2006 quando a dupla ainda se chamava Afrodisíaco, Jauperi - ou simplesmente Jau, como vem sendo chamado - ainda não extrapolou a fronteira baiana. Contudo, é um dos artistas mais interessantes do circuito mercantilista do axé. Na madrugada de sábado, 20 de setembro de 2008, Jauperi reafirmou sua boa presença de palco em show feito dentro do projeto Circuito das Artes, realizado numa das casas mais hypes de Salvador, Bahia Hall (quem abriu a noite foi Marina Lima, que, jovial, reviveu seus maiores sucessos à meia-voz, mas com todo o charme do mundo).
Para quem nunca ligou o nome de Jauperi à obra, ele é o autor de alguns sucessos de cantoras baianas como Daniela Mercury. São hits como Topo do Mundo e o reggae A Camisa e o Botão - aliás, devidamente incluídos pelo compositor no roteiro do show. Em cena, Jauperi faz axé de pegada bem pop. Suas músicas são embaladas com arranjos que não escondem instrumentos como guitarra e baixo para realçar a percussão. O que o cantor precisa é aprimorar a dicção para que o público não familiarizado com seu cancioneiro possa entender os versos de músicas como Flores na Favela, a (lírica) obra-prima de Jauperi, e a apaixonada Gabriela.
"Loucura é não amar", prega o elétrico artista em cena, antes de citar Cotidiano, tema de Chico Buarque, em meio à apresentação de sua música Na Viela. O clima - corroborado pela platéia jovem que foi conferir a inusitada dobradinha Marina Lima / Jauperi na pista desencanada do Bahia Hall - é de festa. E é com espírito de confraternização que Jauperi convoca ao palco Jorge Aragão (que havia feito show no Teatro Castro Alves no início da noite de sexta-feira, 19 de setembro) e o bom compositor Saul Barbosa, pioneiro do pop afro-baiano. Com Saul sentado, Aragão manda Você e Eu Sempre antes de devolver o palco para Jauperi, que, após dois números, fecha o show com Vixe Mainha. Jau já é ídolo.

20 de setembro de 2008 às 18:25  
Blogger Pedro Progresso said...

"Axé artístico"?
Meu Deus, pra que isso?

Jaiperi é muito bom, é divertido e realmente faz um samba-reggae comercial mas muito mais compromissado, com menos fórmulas e mais inteligência. Gosto dele e do cd do Vixe Mainha (que quando surgiu eu já conhecia 2/3 das canções).

21 de setembro de 2008 às 10:33  
Blogger Vinny said...

Jau é um compositor muito bom e tem se revelado um ótimo cantor.
Fui pro show dele com Maria Rita e saí de lá maravilhado pela energia contagiante e pelas canções mais livre das "fórmulas" de sucesso da Bahia.

Mauro, que bom que está na minha terra. Os artistas daqui merecem uma visibilidade de um olhar de fora. Tem muita gente boa presa nas fronteiras da Bahia.

21 de setembro de 2008 às 11:54  
Anonymous Anônimo said...

Jauperi já está há um bom tempo na lida, não?

Ou é de outro Jauperi que a nota trata?

Quem souber, me ilumine, por favor.

Felipe dos Santos Souza

21 de setembro de 2008 às 19:09  
Anonymous Anônimo said...

O Mauro diz " O que o cantor precisa é aprimorar a dicção para que o público não familiarizado com seu cancioneiro possa entender os versos ... " .

Concordo e completo dizendo que Jauperi é um compositor razoavel e um péssimo cantor!

22 de setembro de 2008 às 11:35  

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