Netinho acerta ao voltar para sua praia baiana
Resenha de CD
Título: Minha Praia
Artista: Netinho
Gravadora: Som Livre
Cotação: * * *
É sintomático que seja Minha Praia o título deste 18º CD da irregular discografia do baiano Netinho (incluindo os álbuns gravados com a Banda Beijo). Em 2005, ele tentou se dissociar da axé music e alçar vôo pop em disco, Outra Versão, que se afogou nas ondas de um mercado pautado cada vez mais pela segmentação. De volta à sua praia baiana, o cantor apresenta disco que, no todo, se situa entre os bons trabalhos do gênero. Músicas como Muito Bom, Na Capoeira e Impossível são exemplos de que o axé é sempre melhor quando se sustenta na vivacidade rítmica sem apelar para letras vulgares. Celebração da alegria do ritmo pop afro-baiano, Muito Bom, aliás, é ouvida também em registro ao vivo. Minha Praia foi gravado em estúdio, mas inclui quatro faixas gravadas ao vivo. A melhor delas é Tá Bom? - irresistível manifesto de Carlinhos Brown (sempre inspirado) a favor da liberdade das opções sexuais. Tá Bom? encerra o álbum em astral tão grande que fica a certeza de que Netinho podia ter dispensado a versão axé de Caça e Caçador, um dos hits radiofônicos de Fábio Jr. nos anos 80. Contudo, entre altos e baixos, Netinho consegue emergir revigorado de sua praia.
Título: Minha Praia
Artista: Netinho
Gravadora: Som Livre
Cotação: * * *
É sintomático que seja Minha Praia o título deste 18º CD da irregular discografia do baiano Netinho (incluindo os álbuns gravados com a Banda Beijo). Em 2005, ele tentou se dissociar da axé music e alçar vôo pop em disco, Outra Versão, que se afogou nas ondas de um mercado pautado cada vez mais pela segmentação. De volta à sua praia baiana, o cantor apresenta disco que, no todo, se situa entre os bons trabalhos do gênero. Músicas como Muito Bom, Na Capoeira e Impossível são exemplos de que o axé é sempre melhor quando se sustenta na vivacidade rítmica sem apelar para letras vulgares. Celebração da alegria do ritmo pop afro-baiano, Muito Bom, aliás, é ouvida também em registro ao vivo. Minha Praia foi gravado em estúdio, mas inclui quatro faixas gravadas ao vivo. A melhor delas é Tá Bom? - irresistível manifesto de Carlinhos Brown (sempre inspirado) a favor da liberdade das opções sexuais. Tá Bom? encerra o álbum em astral tão grande que fica a certeza de que Netinho podia ter dispensado a versão axé de Caça e Caçador, um dos hits radiofônicos de Fábio Jr. nos anos 80. Contudo, entre altos e baixos, Netinho consegue emergir revigorado de sua praia.
3 Comments:
É sintomático que seja Minha Praia o título deste 18º CD da irregular discografia do baiano Netinho (incluindo os álbuns gravados com a Banda Beijo). Em 2005, ele tentou se dissociar da axé music e alçar vôo pop em disco, Outra Versão, que se afogou nas ondas de um mercado pautado cada vez mais pela segmentação. De volta à sua praia baiana, o cantor apresenta disco que, no todo, se situa entre os bons trabalhos do gênero. Músicas como Muito Bom, Na Capoeira e Impossível são exemplos de que o axé é sempre melhor quando se sustenta na vivacidade rítmica sem apelar para letras vulgares. Celebração da alegria do ritmo pop afro-baiano, Muito Bom, aliás, é ouvida também em registro ao vivo. Minha Praia foi gravado em estúdio, mas inclui quatro faixas gravadas ao vivo. A melhor delas é Tá Bom? - irresistível manifesto de Carlinhos Brown (sempre inspirado) a favor da liberdade das opções sexuais. Tá Bom? encerra o álbum em astral tão grande que fica a certeza de que Netinho podia ter dispensado a versão axé de Caça e Caçador, um dos hits radiofônicos de Fábio Jr. nos anos 80. Contudo, entre altos e baixos, Netinho consegue emergir revigorado de sua praia.
É... "Outra Versão" ficou um disco com espírito meio esquisito, mesmo.
A vontade de Netinho de fazer um disco mais, digamos, maduro foi tanta que ele até gravou uma música e conseguiu arregimentar a Outra Banda da Terra, de Caetano, em sua formação original, para acompanhá-lo.
Elogie-se a ousadia. Mas o Ernesto fica melhor no axé, mesmo.
E, mesmo fazendo o que de melhor sabe, acho que ele já chegou àquela fase da carreira em que o artista não vai vender muito, mas também tem um público de fãs que são consumidores garantidos. Sucesso popular de massa, acho que não.
Até porque, com o êxito alcançado naquele ano de 1997, com o "Ao Vivo" - onze entre dez rádios populares tocavam a indefectível "Milla" ad nauseam -, ele já não precisa tanto...
Felipe dos Santos Souza
Interessante, Netinho agora faz discos melhores que o Rappa né?
Mas quem é Netinho?
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