Baleiro 'imbola' em disco pautado pelos metais
Resenha de CD
Título: O Coração do
Homem-Bomba
Volume 1
Artista: Zeca Baleiro
Gravadora: MZA Music
Cotação: * * * * 1/2
Zeca Baleiro imbola ritmos de novo neste primeiro volume do CD duplo O Coração do Homem-Bomba, trabalho sem caráter conceitual, gravado com "um amontoado de canções acumuladas ao longo de alguns anos", como explica o artista no texto que escreveu para apresentar o disco. O sotaque globalizado da regravação de Alma Não Tem Cor - pérola do repertório do grupo Karnak - dá o tom deste disco pautado por arranjos de metais e pela diversidade rítmica já experimentada por Baleiro em seu segundo álbum, Vô Imbolá (1999). Sem o tom mais introspectivo de CDs como Líricas (2000) e Baladas do Asfalto & Outros Blues (2005), o artista dialoga com o iê-iê-iê da Jovem Guarda em Ela Falou Malandro (parceria com Zé Geraldo), rebobina com criatividade esquecido samba do repertório de Luiz Ayrão (Bola Dividida, de 1974) e embaralha os conceitos de brega e chique num sarcástico samba-funk (Vai de Madureira, do verso "Se não tem água perrier, eu não vou me aperrear") lançado em 2001 pelo reformulado sexteto As Frenéticas num disco que passou batido. Nem uma ou outra música menos inspirada, caso de Você É Má (feita em parceria com Joãozinho Gomes), tira o brilho deste primeiro volume de O Coração do Homem-Bomba. Sem querer ser cult, Baleiro evoca até o som do cancioneiro de cantores populares como Reginaldo Rossi no arranjo metaleiro do ska Você Não Liga pra Mim, de temática propositalmente sentimental. Pontuado por vinhetas, o disco fecha em clima de estranheza com Geraldo Vandré, parceria de Baleiro com Chico César que faz (suposta) homenagem ao compositor de Pra Não Dizer que Não Falei de Flores sem deixar de traçar na letra um perfil da figura arredia e enigmática de Vandré. Enfim, um trabalho coerente com o caráter já plural da discografia de Zeca Baleiro. Ele imbolou novamente...
Título: O Coração do
Homem-Bomba
Volume 1
Artista: Zeca Baleiro
Gravadora: MZA Music
Cotação: * * * * 1/2
Zeca Baleiro imbola ritmos de novo neste primeiro volume do CD duplo O Coração do Homem-Bomba, trabalho sem caráter conceitual, gravado com "um amontoado de canções acumuladas ao longo de alguns anos", como explica o artista no texto que escreveu para apresentar o disco. O sotaque globalizado da regravação de Alma Não Tem Cor - pérola do repertório do grupo Karnak - dá o tom deste disco pautado por arranjos de metais e pela diversidade rítmica já experimentada por Baleiro em seu segundo álbum, Vô Imbolá (1999). Sem o tom mais introspectivo de CDs como Líricas (2000) e Baladas do Asfalto & Outros Blues (2005), o artista dialoga com o iê-iê-iê da Jovem Guarda em Ela Falou Malandro (parceria com Zé Geraldo), rebobina com criatividade esquecido samba do repertório de Luiz Ayrão (Bola Dividida, de 1974) e embaralha os conceitos de brega e chique num sarcástico samba-funk (Vai de Madureira, do verso "Se não tem água perrier, eu não vou me aperrear") lançado em 2001 pelo reformulado sexteto As Frenéticas num disco que passou batido. Nem uma ou outra música menos inspirada, caso de Você É Má (feita em parceria com Joãozinho Gomes), tira o brilho deste primeiro volume de O Coração do Homem-Bomba. Sem querer ser cult, Baleiro evoca até o som do cancioneiro de cantores populares como Reginaldo Rossi no arranjo metaleiro do ska Você Não Liga pra Mim, de temática propositalmente sentimental. Pontuado por vinhetas, o disco fecha em clima de estranheza com Geraldo Vandré, parceria de Baleiro com Chico César que faz (suposta) homenagem ao compositor de Pra Não Dizer que Não Falei de Flores sem deixar de traçar na letra um perfil da figura arredia e enigmática de Vandré. Enfim, um trabalho coerente com o caráter já plural da discografia de Zeca Baleiro. Ele imbolou novamente...
7 Comments:
Zeca Baleiro imbola ritmos de novo neste primeiro volume do CD duplo O Coração do Homem-Bomba, trabalho sem caráter conceitual, gravado com "um amontoado de canções acumuladas ao longo de alguns anos", como explica o artista no texto que escreveu para apresentar o disco. O sotaque globalizado da regravação de Alma Não Tem Cor - pérola do repertório do grupo Karnak - dá o tom deste disco pautado por arranjos de metais e pela diversidade rítmica já experimentada por Baleiro em seu segundo álbum, Vô Imbolá (1999). Sem o tom mais introspectivo de CDs como Líricas (2000) e Baladas do Asfalto & Outros Blues (2005), o artista dialoga com o iê-iê-iê da Jovem Guarda em Ela Falou Malandro (parceria com Zé Geraldo), rebobina com criatividade esquecido samba do repertório de Luiz Ayrão (Bola Dividida, de 1974) e embaralha os conceitos de brega e chique num sarcástico samba-funk (Vou de Madureira, do verso "Se não tem água perrier, eu não vou me aperrear") lançado em 2001 pelo reformulado sexteto As Frenéticas num disco que passou batido. Nem uma ou outra música menos inspirada, caso de Você É Má (parceria com Joãozinho Gomes), tira o brilho deste primeiro volume de O Coração do Homem-Bomba. Sem querer ser cult, Baleiro evoca até o som do cancioneiro de cantores populares como Reginaldo Rossi no arranjo metaleiro do ska Você Não Liga pra Mim, de temática propositalmente sentimental. Pontuado por vinhetas, o disco fecha em clima de estranheza com Geraldo Vandré, parceria de Baleiro com Chico César que faz suposta homenagem ao compositor de Pra Não Dizer que Não Falei de Flores, sem deixar de traçar na letra um perfil da figura arredia e enigmática de Vandré. Enfim, um trabalho coerente com o caráter já plural da discografia do maranhense Zeca Baleiro. Ele imbolou...
Rapaz, vou escutar... "Vô Imbolá" é um tremendo disco.
Felipe dos Santos Souza
Um dos melhores compositores da atual MPB!
Ao vivo ele é um pouco 'frio', mas a banda - principalmente o guitarrista Tuco Marcondes e o baixista Fernando Nunes - é perfeita.
Ótimo, estou ouvindo há dias!!!
Muito!
eu assisti a um show dele no ano passado e foi um dos melhores shows que vi.Uma energia incrível.Ele tocou mais de 2 horas e vinte minutos e mesmo quando a energia eletrica deu um problema(e acabou não voltando...),ele continou cantando com o publico só acompanhado da bateria(o único instrumento que dava pra ouvir por quem estava afastado do palco).Show que ficou na memória.Essa música com cara de Brasil.Lindo.
Zeca é uma figuraça !
E é inteligente com essa idéia de regravar perolas bregas.Tem uma ótima voz e composiçoes bacanas. MUZAK é a minha preferida.
Claro que vou ouvir!
tô ouvindo!
Zeca é massa!
khrystal
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