Bonde do Rolê derrapa na vulgaridade excessiva
Resenha de CD
Título: With Lasers
Artista: Bonde do Rolê
Gravadora: Domino
/ EMI Music
Cotação: *
Para quem não pegou o Bonde do Rolê, o trio curitibano faz sucesso nos circuitos indies da Europa e dos Estados Unidos com seu funk turbinado com batidas de electro e eventuais elementos de rock. É funk à moda carioca - com o batidão dos bailes da pesada. Mas com um teor de vulgaridade tão alto que, no quesito baixaria, o Bonde do Rolê consegue passar por cima dos funkeiros cariocas. With Lasers - o primeiro álbum do grupo formado pelo DJ Rodrigo Gorky (responsável pelas bases de electro) e pelos MC's Marina Vello e Pedro D'Eyrot - foi lançado no exterior em 2007 e chega ao Brasil neste mês de julho de 2008, com distribuição da major EMI Music e 12 músicas recheadas de palavrões e pretensão. Sem moralismos, o humor escrachado e eventualmente espirituoso do trio - perceptível já nos títulos de músicas como James Bonde, Tieta, Office-Boy e Marina do Bairro - poderia soar (até) sedutor se o Bonde do Rolê transitasse por linha menos vulgar. É uma pena que o excesso de palavrões acabe por jogar em segundo plano o pancadão antenado do trio, cujo funk consegue até soar pop em Quero te Amar. Funk por funk, palavrão por palavrão, o bonde carioca já trafega em linha similar.
Título: With Lasers
Artista: Bonde do Rolê
Gravadora: Domino
/ EMI Music
Cotação: *
Para quem não pegou o Bonde do Rolê, o trio curitibano faz sucesso nos circuitos indies da Europa e dos Estados Unidos com seu funk turbinado com batidas de electro e eventuais elementos de rock. É funk à moda carioca - com o batidão dos bailes da pesada. Mas com um teor de vulgaridade tão alto que, no quesito baixaria, o Bonde do Rolê consegue passar por cima dos funkeiros cariocas. With Lasers - o primeiro álbum do grupo formado pelo DJ Rodrigo Gorky (responsável pelas bases de electro) e pelos MC's Marina Vello e Pedro D'Eyrot - foi lançado no exterior em 2007 e chega ao Brasil neste mês de julho de 2008, com distribuição da major EMI Music e 12 músicas recheadas de palavrões e pretensão. Sem moralismos, o humor escrachado e eventualmente espirituoso do trio - perceptível já nos títulos de músicas como James Bonde, Tieta, Office-Boy e Marina do Bairro - poderia soar (até) sedutor se o Bonde do Rolê transitasse por linha menos vulgar. É uma pena que o excesso de palavrões acabe por jogar em segundo plano o pancadão antenado do trio, cujo funk consegue até soar pop em Quero te Amar. Funk por funk, palavrão por palavrão, o bonde carioca já trafega em linha similar.
8 Comments:
vamos melhorar esse humor, Maurinho.
Eu tenho alergia a vulgaridade.
Atchimmmmmm, foi mal. :>)
Tem gente que pensa que ter bom humor é rir pra tudo e todos.
Santa ignorância, Batman.
Jose Henrique
Coitado do Mauro,até eu que não faço parte do grupo que rende odes á ele,devo dizer que as vezes é duro o encalço de um *crítico*,ademais,qnd depois das duras penas dos ossos do ofício ainda,tem que engolir á seco,coisas como esta "requisição" de "bom humor".Em tempos:pedir pra alguém esboçar qq sentimento positivo ou próximo disto,diante de coisas do gênero,é no mínimo incorrer em falta de misericórdia com outrém.
Acho que até pra rir se deve ter algum tipo de critério consigo,-ok corro o risco de ganhar contornos casmurros aos olhos de outrém.Mas bater palma pra louco dançar não devia fazer o gênero de ninguém,ressalva aos sádicos,claro rs.Restaria ainda a profícua frieza da ironia,mas aqui no caso não caberia á ele.
Aliás, é pelo excesso de "graçinhas" que invariavelmente patinamos num lamentável circo de horrores.
"Sophia"
Eu vi-os actuando aqui em Portugal e posso garantir que são maus demais. Pura perda de tempo.
Bem que poderiam maneirar nas letras. Pois fazem até um som legal, mas como as letras são vulgares, não posso tocar na minha loja de discos.
Sophia, adorei "contornos casmurros aos olhos de outrém". Quando eu for um cantor cult, vou usar como título do meu CD, posso?..rs
Como já dizia Vinícius de Moraes, "fazer samba não é contar piada". Tá certo que não é samba, mas extento o verso para o contexto de "fazer música não é contar piada". Ademais, música com humor já foi feita com muiutíssimo melhor resultado antes por gente como Noel Rosa, Lamartine Babo, Eduardo Dusek e Rita Lee.
PUTZ, honestamente, é burrada o excesso de vulgaridade no caso deles. Burrada pura!
Eles fazem sucesso fora justamente pela sonoridade e porque gringo não entende patavinas do que eles falam. Aí eles tiram do povo por aqui o direito de gostar deles por que limitam com a letra quem vai conseguir curtir - que nem todos nós temos 14 anos de idade, ou vamos conseguir ficar indeterminadamente na adolescencia.
Tinha essa mesma raiva dos Raimundos, porque gostava MUITO da sonoridade dos primeiros trabalhos, mas achava as letras todas iguais e todas fruto de meninos p_nh@t__ros (pra não ser vulgar - mas ao mesmo tempo ser preciso).
Um baita disperdicio de talento e pra eles falta de visão de mercado também - vai gostar de fazer amor consigo mesmo - oopppsss... não é que é o mesmo fenomeno de novo...
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