10 de junho de 2008

Hyldon abrasileira seu soul com Chico e Baleiro

Projetado nos anos 70 com os sucessos radiofônicos Na Rua, na Chuva, na Fazenda (Casinha de Sapê) e As Dores do Mundo, Hyldon encorpa seu repertório com as 14 inéditas gravadas para o CD Soul Brasileiro, já em fase final de produção. Como o trocadilho do título já anuncia, o cantor - em foto de César Oiticica - dá tom mais nacionalista à obra moldada conforme os cânones da soul music. Das 14 faixas, doze foram compostas recentemente - algumas durante o processo de gravação do disco, iniciado em julho de 2007 - e duas foram retiradas do baú dos anos 70. Rapaz de São Paulo é um soul composto há 35 anos e enfim gravado em Soul Brasileiro com a guitarra de Roberto Frejat. Já Três Éguas, um Jumento e uma Vaca é um samba-rock feito por Hyldon para Emilio Santiago, que não o gravou. O registro tardio do autor conta com intervenções do trombone de Marlon Sette, que toca também em outra música, Domingo Triste.
Soul Brasileiro ostenta time estelar de convidados. A começar por Chico Buarque, que toca kalimba em Medo da Solidão. Zeca Baleiro toca violão em A Moça e o Vagabundo, toada brejeira que compôs em parceria com Hyldon. Carlinhos Brown toca percussão e baixo em Bahia do H. O timbaleiro produziu e mixou a faixa em seu estúdio Ilha dos Sapos, em Salvador (BA). Zé Américo toca sanfona em Forró da Boca Pequena. Afonso Machado toca bandolim em O Choro do Brown, parceria de Hyldon com Ricardo Brasil. O Último Latino-Americano conta com vocais de Karla Sabah e declamação do poeta Mauro Santa Cecília, parceiro de Hyldon na música. Já O Vento que Vem do Mar aglutina as vozes de Carlos Dafé, Dalto, Jorge Vercillo, Tunai e Carlinhos Vergueiro.
Entre inéditas como Brazilian Samba Soul e Copacabana Beach, Hyldon ainda homenageia Guinga no tema isntrumental A Viola e a Moringa (Guinguiana). "O disco é a busca da simplicidade, da coisa orgânica. É muito intuitivo. Não teve nada planejado. As coisas foram acontecendo. No fim, ficou o disco mais brasileiro que eu já fiz. Daí o nome. Eu me deixei levar pela música, sem pensar no mercado, em crise de gravadora ou em jogadas de marketing. O meu sentimento o tempo todo era de uma criança com seu brinquedo predileto: a música. Quem ouvir com o coração aberto vai compartilhar esse sentimento", acredita Hyldon, que, na seqüência da edição do CD Soul Brasileiro, planeja gravar o primeiro DVD com os hits que emplacou nos anos 70. Ou seja, As Dores do Mundo e Na Rua, na Chuva, na Fazenda.

5 Comments:

Anonymous Anônimo said...

o que é kalimba?

10 de junho de 2008 às 14:58  
Blogger Márcio said...

Aqui você vê uma (copie o link sem espaços):

http://www.magictails.com/abydos/images/mid-east/percussion/large/kalimba_small.jpg

10 de junho de 2008 às 16:35  
Blogger Jorge Reis said...

Eu não vivi, pelo menos que lembre a musica dos anos setenta, mas, cada vez mais acho interessante que se jogue luz sobre ela.
Tipo uma fuga da mesmice...
Quando se fala em musica dos anos setenta só se lembram de Tim Maia e acho que tem gente tambem interessante para ser lembrada, ainda que não tenham sido amigos de Nelson Motta.

11 de junho de 2008 às 17:15  
Anonymous Anônimo said...

enfim o mestre está de volta,e com inéditas .Uau!Christina

14 de junho de 2008 às 10:43  
Blogger Unknown said...

Acabei de ouvir o CD. Achei muito fraco. Eu diria péssimo.

10 de novembro de 2008 às 09:38  

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