'Control' foca inferno pessoal de Ian com classe
Resenha de filme
Título: Control
Diretor: Anton Corbijn
Elenco: Sam Riley,
Samantha Morton e
outros
Cotação: * * * 1/2
Em cartaz desde 23 de maio
Título: Control
Diretor: Anton Corbijn
Elenco: Sam Riley,
Samantha Morton e
outros
Cotação: * * * 1/2
Em cartaz desde 23 de maio
Exibido no Brasil em 2007 em concorridas sessões de festivais, Control entrou enfim em circuito nacional regular na quinta-feira, 22 de maio de 2008. O filme expõe a visão classuda do diretor e fotógrafo holandês Anton Corbijn sobre o atormentado Ian Curtis (1956 - 1980), o vocalista do Joy Division que se suicidou aos 23 anos. Não é um filme sobre a banda inglesa que originou o New Order, embora reconstitua seus passos em tom superficial. O foco está nos tormentos pessoais de Curtis, encarnado por um extraordinário Sam Riley. A classe reside na opção pela fotografia em preto e branco - um filme sobre a mente conturbada do mítico artista não poderia comportar cores - e na atmosfera sombria que se cria a partir da trilha sonora, que costura gravações do Joy Division com registros de David Bowie e Iggy Pop, entre outros. Contudo, a música é personagem secundária em narrativa que prioriza os dramas pessoais de Curtis e que foi baseada no livro Touching from a Distance, de Deborah Curtis, mulher do cantor, vivida no filme por Samantha Morton. As letras de Ian Curtis já sugeriam perturbações, mas, na visão sustentada por Control, o lendário artista perderia o controle por questões pessoais como os freqüentes ataques epilépticos e as crises do casamento precoce que o levariam ao adultério. Se fosse um documentário, o filme de Corbijn pecaria pelo enfoque unilateral. Como a narrativa é ficcional, embora baseada em fatos reais, Control envolve o espectador e se revela um filme digno dos prêmios que vem faturando em festivais ao redor do mundo por sua beleza sombria.
1 Comments:
tem gente que já nasce atormentada e vai piorando ao longo da vida. deve ter sido assim com Ian
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