'Cara B' de Drexler rebobina Caetano na 'Cara C'
Música de Caetano Veloso que foi lançada por Maria Creuza em 1976, Dom de Iludir ganha regravação do cantor Jorge Drexler no disco duplo ao vivo Cara B - Jorge Drexler en Concierto. A bonita canção do compositor brasileiro foi incluída entre os 13 (!) covers reunidos no CD 2, intitulado Cara C. Há também na seleção de releituras um tema de Leonard Cohen, Dance me to the End of Love. O registro ao vivo de Drexler inclui três músicas inéditas e descarta seus principais hits. A gravação foi feita em série de sete shows feita em turnê que levou o artista a sete cidades da Cataluña entre 22 de novembro e 1º de dezembro de 2007. Ao todo, o álbum duplo apresenta 32 números. Sai via Warner Music.
8 Comments:
Além de intérprete talentoso, Drexler está entre os melhores compositores que despontaram no cenário mundial nos últimos anos. Não é à toa que vem sendo regravado por cantores de diferentes estilos e gerações (de Ney Matogrosso a Luiza Possi).
Notícia que me deixa feliz demais. Drexler, de fato, é excelente compositor e tem uma voz/canto tão preciso e ao mesmo tempo tão emocionado. É o artista internacional que mais escuto, que mais respeito na atualidade. Gravar esta linda canção do Caetano é só mais uma prova de sua relação de admiração e conhecimento em relação à música do Brasil. Tempos atrás ele disse que gravaria um disco só de voz e violão. Não sei se é este, mas o formato é extremamente adequado à sua arte.
Valeu, Mauro, pela notícia.
Abraço,
Anderson Falcão.
Brasília - DF
Além de Ney e Luiza, vale lembrar que dois parceiros brasileiros de Drexler são Paulinho Moska e Vítor Ramil (com este, compôs a maravilhosa "12 segundos de obscuridad"). Maria Rita fez uma participação no último cd do cantautor uruguaio, bem como já gravou uma música dele ("mal intento").
Confesso que já baixei o Cara B e o Cara C. Estão ótimos. "Dom de Iludir" está num português quase que impecável. "Dance me to the end of love" tem uma leitura interessantíssima, diferente daquelas que já ouvi. Apesar de realmente gostar da candura e sutileza com que Madeleine Peyroux a interpreta, numa versão "de menina sonhadora", devo dizer que Drexler, ao meu ver, é quem capta o verdadeiro espírito da música, como um convite sensual a uma dança de corpos, a quem pede aconchego e algo a mais a outra pessoa. Não sei explicar, é preciso ouvir a versão de Drexler.
Priscila,
obs: apesar de considerar Leonard Cohen um dos melhores compositores de todos os tempos, a interpretação dele não merece comentários (não porque é ruim, mas porque é inferior às dos dois artista supracitados).
Na minha opinião,a versão do Drexler de Dom De Iludir é a melhor versão que essa música já recebeu(de todas que ouvi pelo menos...).Mais 'acelerada',com um violão impecavel e um português ótimo.
Drexler é um artista que eu adoro e que merece ser mais conhecido no Brasil.Nomes que já trabalharam com ele ou gravaram suas canções:Vítor Ramil,Moska,Maria Rita,Celso Fonseca,Luiza Possi,Ivan Lins,Nenhum de Nós,George Israel,Ney Matogrosso e mais outros.(que lista de respeito,hein?!).
Sou eu ou o Drexler lança muitos cds? Eu lembro de três nos últimos anos. Se bem que, talvez, é o mercado que esteja produzindo de menos.
O show vale a pena? Eu nao gosto mto quando músicos lançam shows ao vivo em vez de cds. Salvo a Bethania que desde o começo lança cds shows mto bons.
Eu implico com o Caetano, mas 'Dom de Iludir' é uma canção que estou sempre ouvindo e gostando. A gravação da Maria Creuza é boa, naquele estilo mais 'interpretado'. A versão da Gal Costa para mim é tudo, juntinho ali com a da Wanda Sá e Célia Vaz. Vamos ouvir o Drexler agora.
'Não me olhe como se a polícia andasse atrás de mim' é um achado. Caetano Veloso é bom que chega a dar raiva.
Tenho ouvido o disco sem parar, desde sábado, quando comprei.
O formato voz e violão do concerto cabe muito bem à música de Drexler. Seu estilo de tocar violão, às vezes me remete ao próprio Caetano, que comparece no repertório com a linda versão de Dom de Iludir e que Drexler, com frequencia, menciona com admiração e respeito.
Muitas músicas vem de seus dois (primorosos)trabalhos anteriores: "Eco" e "12 segundos de obscuridad", mas ganharam novos contornos, as melodias saltam do violão de Drexler. As inéditas e as músicas de outros autores também são imperdíveis.
Chama atenção ainda, a forma como ele lida com o público, seja conversando, seja aproveitando seus coros para o arranjo das canções.
Grande trabalho.
Anderson Falcão
Brasília - DF
(Ouvindo Jorge Drexler - Cara B)
OBS.: Vais resenhar o disco, Mauro? Abraço.
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