'Mulher sem Razão' puxa 'Maré' de Calcanhotto
Parceria de Cazuza com Bebel Gilberto e Dé Palmeira, composta em 1986 e lançada por Cazuza em 1989 no álbum duplo Burguesia, Mulher sem Razão é a faixa que puxa Maré, o oitavo CD de Adriana Calcanhotto, nas lojas a partir de 18 de abril. É uma escolha até ousada da gravadora Sony BMG, pois, embora a gravação esteja dentro do alto padrão estético que norteia o disco, a faixa com mais jeito de hit radiofônico é Um Dia Desses, a singela canção de tom ruralista composta por Kassin a partir de versos do poeta tropicalista Torquato Neto (1944 - 1972). Single à parte, Maré também vai ser logo editado em formato digital na loja virtual UOL Megastore. A foto acima à esquerda, da série de divulgação, é de Gilda Midani.
15 Comments:
mauro, um toque: se preocupe mais com musica e menos com mercado.
Mauro,
bonita foto.
pedro k.
lisboa, portugal
rock-n-brasil.blogspot.com
vale lembrar que a música "mulher sem razão", foi composta pra Gal Costa e ela nunca chegou a gravar...
vamso ver o resultado. to ansioso pra ouvir como ficou a gravação.
Linda música de Cazuza gravada em um disco em que o exagerado já não estava no auge de suas forças, e que merecia um registro melhor.Boa sacada da Adriana.
Como é essa gravação? Ela transformou em balada?
ESTOU ANSIOSÍSSIMO PRA OUVIR ESSE CD, "CANTADA" FOI MEIO MONÓTONO, TOMARA QUE ADRIANA RETOME A MESMA LINHA DE MARÍTMO QUE FOI UM CD MARAVILHOSO!!!
GOSTARIA DE OUVIR UM DUETO DE ADRIANA COM MARINA LIMA, OU MARIA BETHANIA!!!
Composta para a Gal? Anônimo 2:21 conte essa história direito, ok?
Nunca ouvi essa música,mas quero muito ouvir.Afinal as 2 músicas que ouvi desses 3(Cazuza,Bebel e Dé) são as MARAVILHOSAS "Eu presciso dizer que te amo" e "mais feliz"(que a Adriana gravou no cd ao vivo dela).Sinto cheiro de música boa...(sinestesia pura :)
Sim, a letra da musica é perfeita, então na voz de Adriana fica ainda melhor.
Ontem fui ao São Luiz (Portugal, Lisboa) ver a Adriana, foi a primeira vez que ela tocou fora da "minha garagem onde tocamos todos juntinhos numa roda", disse ela no meio do show, foi bom, apesar de ter sido só uma pequena amostra, um show de 1 hora. Poder ouvir aquelas musica maravilhosas que já tinha ouvido no CD e depois ali á minha frente foi curtido.
Abraços, Tiago Ramalho.
Ontem foi noite de estreia mundial em show de hora e quinze minutos do album Maré. Foi em Lisboa e eu estive lá. muito bom, muito bonito. Deixo aqui um texto retirado de www.blitz.aeiou.pt :
Mercê de vários sucessos radiofónicos nos últimos anos e de muitos concertos dados em Portugal, Adriana Calcanhotto é uma das artistas brasileiras mais bem cotadas deste lado do Atlântico. Ontem à noite, em Lisboa, o Teatro São Luiz engalanou-se para receber o primeiro espectáculo de apresentação de Maré , o novo álbum da cantora e compositora.
Em Maio, Adriana Calcanhotto regressará a Portugal para uma mini-digressão de seis concertos, com passagem dupla pelos coliseus de Lisboa e Porto. A noite passada serviu de «aquecimento» para essa mesma tournée, com Adriana Calcanhotto e a sua banda – quatro músicos que alternam entre as percussões, os sintetizadores e as guitarras – a estrearem as belíssimas canções de Maré . «Esta é a nossa primeira vez fora do estúdio na minha garagem», explicou a intérprete, pouco depois de um fã mais exaltado lhe gritar «és linda!». «É sempre um susto», confessou.
A noite começou com a subida da cortina do teatro e Adriana Calcanhotto de frente para o público, perfeitamente estática e de búzio colado ao ouvido, numa referência directa à temática marítima do seu mais recente longa-duração. Especialmente agasalhada para o calor que se fazia sentir, a cantora surgiu embrulhada num cachecol cinzento que, à distância, mais parecia uma rede de pescador; do Verão que esta semana deu um ar da sua graça, apenas as chinelas havaianas sobreviveram.
«Maré», a música que abre o disco homónimo, foi o primeiro tema da noite, com a voz límpida de Adriana a contrastar com a manta, hipnótica e intrincada, que as teclas e a percussão múltipla iam tricotando. Em entrevista à BLITZ, a publicar em breve, a artista prometeu fazer de cada espectáculo uma reconstrução do álbum, e o concerto de ontem, apesar de anunciado pela própria como uma espécie de «showcase», mostrou que a Adriana Calcanhotto não interessa reproduzir fielmente as canções do disco.
«Três», outro dos grandes momentos de Maré, seguiu-se no alinhamento, arrebatada e romântica na sua inspiração argentina; já «Seu Pensamento», «Teu Nome Mais Secreto» ou «Sem Saída», de natureza mais sombria e enigmática, serviram à banda para experimentar arranjos e trocar de instrumentos (onde se incluíram melódicas, chocalhos e simples caixas) de forma parcimoniosa mas livre.
Curiosamente, uma das mais fortes candidatas a hit, a jovial «Porto Alegre», que em disco conta com a participação de Marisa Monte, foi deixada de fora de um alinhamento onde, além das novidades de Maré , couberam as aguardadas «Maresia», «Esquadros» (já no encore) e «Vambora». O êxito de entrada imperativa («Entre por essa porta agora e diga que me adora») foi apresentado de forma bem musculada e deu naturalmente origem ao maior coro da noite.
Algures entre a herança inesgotável da Música Popular Brasileira e a escrita intimista, por vezes impressionista, de songwriter urbana contemporânea, Adriana Calcanhotto reservou ainda algumas surpresas para o público nacional, como a interpretação de «Poética do Eremita». A «sobra» de Maré , musicada para violoncelo pela brasileira, tem letra da poetisa portuguesa Fiama Hasse Pais Brandão e soou seca e esquálida, provando a amplitude da tela que Adriana Calcanhotto pinta do mar.
O concerto terminou com a segunda rendição de «Um Dia Desses», uma canção pegadiça que pisca o olho à tradição do Nordeste do Brasil e poderá, a avaliar pelos assobios afinados que escutamos à saída, tornar-se o próximo êxito de Adriana Calcanhotto. Tensa ou apenas concentrada durante a maior parte da actuação, a cantora despediu-se de Lisboa abeirando-se do público e olhando-o nos olhos, agradecida, antes de desaparecer atrás da cortina. Em Maio há (muito) mais.
ALINHAMENTO
Maré
Três
Seu Pensamento
Mais Feliz
Pra Lá
Teu Nome Mais Secreto
Poética do Eremita
Sem Saída
Um Dia Desses
Vambora
Mulher Sem Razão
Maresia
ENCORE
Esquadros
Um Dia Desses
Agora acrescento eu: a banda que acompanha Adriana integra, por exemplo Domenico (do projecto +2) e Bruno medina (dos infelizmente extintos Los Hermanos)
trecho do livro "preciso dizer que te amo-todas as letras do poeta".
"mulher sem razão foi feita por volta de 1985, para Gal Costa, que nunca a gravou. A música acabou sendo registrada num disco de Bebel Gilberto, que nunca chegou a ser lançado de fato no Brasil, e ficou mais conhecida na versão de Cazuza."
bem lembrado: mais feliz e preciso dizer que te amo dão crédito ao trio
Já caiu na rede.
"Já caiu na rede."
É peixe, então! ;-))
E ai? Amou? Kkk 🎶❤
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